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Voar é um desejo que começa em criança!

terça-feira, 27 de abril de 2010

Biblioteca Ninja


AIR&SPORT
Os melhores testes

Autor: Fernando de Almeida
Fotografias: Koi e Laerte Gouvêa
Tema: Aviação
Editora: Skydive em parceria com 360 Graus Multimídia
Páginas: 208
Formato: 22,7 x 29,8 cm

São 20 testes de aeronaves e uma matéria sobre qualidade de voo.

Ensaios das seguintes aeronaves:
• AMT 200 - Super Ximango
• Stemme S-10
• Piper PA-18 SUPER CUB
• M-26 Iskierka
• Cuesta EMB-810 D
• Maule MXT 420
• Maule Anfíbio
• Cirrus SR-20
• Piper Saratoga
• Sukoi - 29
• NA-T6
• Mooney M-20R Ovation
• Cessna P210
• Tradewind Propjet Bonanza
• Piper Malibu Mirage
• Pilatus PC-12
• Foxtar Baron
• Cessna Citation V
• ATR-42
• Embraer ERJ-145

O objetivo principal da publicação proposta é fornecer, tanto aos jovens que ingressam no mundo da aviação, como aos pilotos privados e comerciais já atuantes no mercado (além daqueles que pensam em seguir carreira na engenharia aeronáutica), um material de referência escrito por um dos maiores conhecedores do assunto no Brasil, Fernando de Almeida.
A abertura consiste numa detalhada exposição sobre o que é "Qualidade de Voo". O objetivo dessa matéria introdutória é familiarizar o leitor com os parâmetros que devem ser analisados, tanto no âmbito conceitual do projeto (o chamado "perfil de missão" de cada aeronave) como no de pilotagem (como esses parâmetros se traduzem na prática, como cada tipo particular de aeronave reage às solicitações do piloto). São comentadas as características de "qualidade de voo" de diversas aeronaves, englobando desde treinadores primários a aeronaves de passageiros. Segue-se à matéria introdutória uma seleção de vinte testes de aeronaves publicados originalmente na revista Air & Sports, das quais cinco foram ou são fabricadas no Brasil.
Há também dois objetivos secundários da publicação, mas que merecem ser citados: primeiramente, a preservação de uma parte importante da memória aeronáutica brasileira, uma vez que entre as vinte aeronaves testadas encontramos pelo menos quatro exemplos de grande importância para a nossa aviação. As características de projeto e pilotagem dessas aeronaves serão tão válidas daqui a cem anos como o são hoje.
Em segundo lugar, uma maior divulgação das possibilidades do tão pouco explorado aero-turismo pelo país, uma vez que os testes foram realizados em diversos locais do Brasil, e as sempre presentes referências do autor a aspectos da paisagem, ora geológicos, ora hidrográficos, são um convite para conhecer dos ares as belezas de nossa terra.
Num sentido mais amplo e de médio a longo prazo, a publicação objetiva contribuir significativamente para que o Brasil seja cada vez mais auto-suficiente tanto em sua indústria aeronáutica, já uma das mais importantes do mundo, como em recursos humanos atuantes na área.
Vale salientar que no aspecto gráfico não se trata apenas de uma coletânea de matérias já publicadas: a publicação conta com um esmerado tratamento gráfico quanto à diagramação, inteiramente refeita, e a maioria das fotografias, de alto impacto visual, não foi publicada anteriormente.

Biografia

Nascido em 1933 em Belo Horizonte (MG), filho da escritora Lúcia Machado de Almeida e do museólogo Antônio Joaquim de Almeida, Fernando de Almeida foi contaminado pelo aerococus (no jargão dos apaixonados pela aviação, o vírus que faz da relação do homem com as máquinas voadoras uma verdadeira paixão) ouvindo dos tios histórias sobre o Correio Aéreo Nacional, que com seus Wacos, Stinsons e Fairchilds, assentou as bases de uma aviação brasileira de âmbito realmente nacional.
Aos 17 anos começa a voar no AeroClube de Carlos Prates, MG, no saudoso Piper J-3, aeronave responsável pela formação de mais de uma geração de pilotos, e que ainda hoje tem em seu descendente Paulistinha um treinador civil primário em diversos aeroclubes do país. Viaja aos Estados Unidos em 1954, como parte de um programa de intercâmbio para jovens pilotos, conhecendo diversas bases militares e aeroclubes. O voo é feito em uma das famosas Boeing B-17, as "Fortalezas Voadoras", que tiveram um papel de destaque na Segunda Guerra Mundial, a qual ele tem o prazer de pilotar, sob a supervisão atenta do comandante, sobre o Rio Xingu. De regresso ao Brasil, ingressa no ITA, onde é graduado em Engenharia Aeronáutica em 1959. Seu trabalho de graduação consiste no ante-projeto de um avião de turismo/ treinador primário biplace (o " Colibri"), cuja asa chegou a ser construída para ensaio no ITA.
Já casado com Maria Lúcia Fabrini de Almeida, com um filho e a esposa grávida do segundo, é convidado pela SIMCA para um estágio na indústria automobilística francesa. A indústria aeronáutica brasileira encontrava-se na época em estágio embrionário e por uma questão de timing aliado à necessidade, esse engenheiro aeronáutico de futuro promissor acaba por ingressar na indústria automobilística. No entanto nunca deixou de lado sua verdadeira paixão, e já na França voa sempre que possível no Saint Cyr, próximo a Paris. Foi então que um sobrevoo desavisado e quase rasante sobre uma curiosa construção meio escondida em uma floresta nos arredores da capital francesa lhe valeu uma bela reprimenda e quase criou um incidente internacional—era o prédio da OTAN, onde se realizava uma importante reunião com diversas autoridades de segurança européias!
De regresso ao Brasil, ocupa diversos cargos de engenharia na indústria automobilística, onde se aposenta pela VOLKSWAGEN em 1993, quando passa a se dedicar integralmente à aviação. Entretanto, desde 1983 já escreve para a imprensa especializada, realizando testes de diversas aeronaves, matérias sobre segurança de voo, aviação experimental e aviação histórica, tendo testado mais de cem aeronaves diferentes, de ultra-leves a jatos. Além da graduação em engenharia aeronáutica, suas qualificações incluem a de piloto privado, piloto de acrobacia, piloto de planador e de voo em formação. É um dos fundadores da ABAAC (Associação Brasileira de Aeronaves Antigas e Clássicas).
Sua morte em julho de 2003 numa aeronave experimental, em companhia de um amigo proprietário da mesma, privou o país de um dos maiores entusiastas e divulgadores da arte de voar.