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Voar é um desejo que começa em criança!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Biblioteca Ninja

JAHÚ - SONHO COM ASASObra escrita por Ivan Jaf com ilustrações de Ronaldo Barata.
Publicada pela Panda Books.
Síntese:
Almir trabalha como engraxate na rodoviária de Jaú, cidade do interior de São Paulo. Certa noite, ao observar a estátua de bronze do aviador João Ribeiro de Barros, algo mágico acontece - A estátua começa a falar com o garoto! Num misto de realidade e fantasia, Almir revive com Barros a viagem que marcou a história da aviação brasileira - a travessia do oceano Atlântico com o hidroavião Jahú.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Cursos gratuitos de aviação

EMCA abre inscrições até 22 Out
A EMCA - Escola Municipal de Ciências Aeronáuticas, em Taubaté, SP, abriu inscrições para o processo seletivo 2011. São oferecidas 70 vagas para cursos técnicos de manutenção de aeronaves. A expectativa é de que mais de 560 candidatos se inscrevam para concorrer às vagas . Cada vaga é disputada por cerca de 8 candidatos. O curso é gratuito e as inscrições ficam abertas até o dia 22 de outubro de 2010.
Para participar da seleção, o candidato deve ter idade mínima de 17 anos, ensino médio completo e não possuir diploma de ensino superior. A taxa de inscrição é de R$ 30. O curso tem duração de dois anos e forma técnicos em três especialidades: aviônicos, célula e motopropulsor. Para realizar a inscrição, além de pagar a taxa, é preciso apresentar os originais e cópias do RG, CPF, título de eleitor e ainda um comprovante de residência.
A prova de múltipla escolha, que será aplicada no próximo dia 28 de novembro, contempla quatro disciplinas em 80 questões: Português, Matemática, Física e Inglês, além de uma redação.O resultado será divulgado em 15 de dezembro. A matrícula para os aprovados custa R$ 130 e será realizada de 10 a 14 de janeiro. A aula inaugural será no dia 19 do mesmo mês. A avaliação será aplicada na própria unidade e no Centro Paula Souza.
O diretor técnico da escola, José Fernando de Lacerda Machado, informa que a empregabilidade média dos alunos formados no local é de 47%. "Todos os anos formamos em média 60 profissionais. Um levantamento mostra que quase a metade sai daqui já empregada ou encontra uma vaga no mercado de trabalho em até três meses. As empresas do ramo nos procuram para oferecer essas vagas", disse. Em obra desde o ano passado, já para 2011, a escola Emca deve contar com uma estrutura mais ampla. A construção de 3 salas de aula e um vestiário vão possibilitar a instalação de laboratórios onde hoje são lecionadas as aulas.
A EMCA é uma Escola de Aviação Civil, homologada pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), mantida e administrada pela Prefeitura Municipal de Taubaté. Tem por finalidade formar técnicos em mecânica de manutenção aeronáutica, nas habilitações aviônica, célula e grupo motopropulsor, proporcionando aos alunos significativa oportunidade de ingresso no ramo aeronáutico, em grande fase de expansão. A duração do curso é de 2 anos e visa atender às necessidades de mão-de-obra especializada das empresas aeronáuticas instaladas ou que venham a ser instaladas em Taubaté.
Inscrições: De segunda a sexta-feira das 14h30 às 22h e aos sábados das 9h às 11h. EMCA: avenida Tomé Portes Del Rey, 507, Vila São José,Taubaté, São Paulo.

Fontes: Emca / www.ovale.com.br

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Ligação, Observação e Reconhecimento

As aviações de Ligação e Observação e de Reconhecimento Aéreo

A primeira unidade da Força Aérea Brasileira a desempenhar a função de Observação foi a 1ª. ELO – Esquadrilha de Ligação e Observação, que participou da campanha brasileira na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial. Integrante da Artilharia Divisionária da Força Expedicionária Brasileira, a 1ª ELO tinha como missão regular o tiro da artilharia e observar o campo inimigo. Os pilotos e os mecânicos dos aviões eram da FAB e os observadores aéreos, oficiais do Exército. “Éramos os olhos avançados da artilharia no campo de batalha” explicou, em setembro de 2010, Orpheu Bertelli, voluntário da Forca Expedicionária Brasileira, integrante da 1ª ELO, por ocasião das festividades dos 30 anos do Esquadrão Puma, Terceiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação da FAB, sediado no Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro, cuja origem é a heróica 1ª. ELO. Cessada a participação do Brasil na Segunda Guerra, a 1ª ELO compartilhou suas missões no território nacional com os EMRA – Esquadrões Mistos de Reconhecimento e Ataque, ativos até o início da década de 80 no século XX.No calendário da FAB – Força Aérea Brasileira, o dia 24 de junho é alusivo ao Dia da Aviação de Ligação e Observação e Dia da Aviação de Reconhecimento Aéreo.


RECONHECIMENTO AÉREO - É uma tarefa tipicamente militar, que tem o propósito de obter informações sobre as atividades inimigas e o ambiente operacional, a partir de plataformas aeroespaciais. O Reconhecimento Aéreo tornou-se uma ferramenta essencial para o Emprego do Poder Aéreo, pois possibilita a produção de conhecimentos, que alimenta o processo decisório em todos os níveis da guerra. O Reconhecimento Aéreo na FAB nasceu em 1947, com a ativação do 1°/10º Grupo de Aviação de Reconhecimento-Foto e expandiu suas atividades em 1956, com a criação do 6º Grupo de Aviação, constituído pelo 1º/6º Grupo de Aviação, dedicado à Busca e Salvamento, e o 2º/6º Grupo de Aviação, ao Reconhecimento Fotográfico.
Atualmente, a Aviação de Reconhecimento Aéreo é executada pelos seguintes grupos de aviação:
2º/6º GAv - Esquadrão Guardião - BAAN Anápolis, GO

(com aeronaves Embraer R-99A AEW&C e R-99B Sensor ); 1º/6º GAv - Esquadrão Carcará - BARF Recife, PE (com aviões Learjet R-35A e Bandeirante R-95) e 1º/10º GAv - Esquadrão Poker - BASM Santa Maria, RS (com o caça AMX RA-1A/B).
De acordo com textos da FAB, A obtenção de dados de inteligência concernentes ao inimigo é uma necessidade que nasceu desde os primórdios da História Militar Brasileira. As unidades da FAB que tem por missão a tarefa operacional de reconhecimento aéreo, além de qualificar pessoal especializado em foto-interpretação tem, como missão secundária, realizar surtidas de ataque-ao-solo.

Em função dos sensores utilizados, a aviação de reconhecimento realiza as missões de Reconhecimento Visual (RV), Reconhecimento Fotográfico (RF), Reconhecimento Meteorológico (RM), Reconhecimento Infravermelho (IV) e tem, em seus quadros, pessoal formado e em condições de realizar a análise e produzir relatórios de imagens de Reconhecimento Radar (RD).
Nas missões de Reconhecimento Visual, realizada concomitantemente com o Reconhecimento Fotográfico, o piloto tem que demonstrar a sua proficiência. Ao sobrevoar uma área durante poucos segundos deverá ser capaz de observar, memorizar e descrever, para os Técnicos de Informações de Reconhecimento um mínimo de 80% das características dos objetivos visualizados, incluindo os seus pontos mais sensíveis.
As informações meteorológicas, indispensáveis ao planejamento das ações de guerra, são produzidas através de análises climatológicas, utilização de satélites, observação visual e coleta de dados na área de interesse. A crescente importância que é dada a esse tipo de informação motivou diversos Comandos e Organizações das Forças Armadas a solicitarem a participação da Unidade nas suas manobras e exercícios táticos.
O Reconhecimento Infravermelho é um complemento que contempla a Tarefa do Reconhecimento Aéreo com dados significativos a respeito do nível de atividade dos objetivos sensoriados, proporcionando uma visão dinâmica do objetivo, permitindo ao Comando Superior quantificar com maior segurança o valor relativo do alvo versus o atrito inferido por parte das ações do inimigo, decorrentes de um possível ataque.
A FAB dispõe atualmente de três unidades operacionais voltadas ao reconhecimento. O mais novo esquadrão é o "Guardião", baseado em Anápolis, GO, e que opera os Embraer R-99A e R-99B. Os R-99A são aeronaves de Alerta Aéreo Antecidado e Controle, dotadas de um potente radar Ericsson Erieye em seu dorso. Esse avião tem a capacidade de detectar qualquer aeronave que tenha invadido o espaço aéreo brasileiro, mesmo em baixas altitudes, o que garante a soberania do nosso espaço aéreo. Já o R-99B é uma avançada aeronave de sensoriamento, capaz de fornecer imagens e informações eletrônicas sobre objetivos no solo em tempo real. Ele vem equipado com uma variada gama de sensores complexos, que inclui um radar de abertura sintética (SAR) de alta performance, sensores eletroópticos e multiespectrais, e sistemas de comunicação e inteligência eletrônica.
O esquadrão "Carcará" está sediado na Base Aérea do Recife e é empregado no cumprimento das missões de reconhecimento foto, visual e meteorológico. O esquadrão opera os R-95 Bandeirante e os R-35A Learjet.
O Esquadrão "Poker", baseado em Santa Maria, RS, é a única unidade da FAB que tem por missão principal o reconhecimento tático, operando desde 1999 as aeronaves Embraer RA-1A/B AMX. O esquadrão realiza o Reconhecimento Tático como função primária e mantém a capacidade de ataque, interdição e apoio aéreo aproximado.
Os RA-1 tem provisão para levar cameras internas num compartimento abaixo e a esquerda do cockpit. O Pallet III usa cameras Zeiss de longo alcance, para cobrir alvos de área e sensoriamento remoto. Este mesmo palete pode usar duas cameras Vinten 360 para baixa altitude. O casulo nacional Gespi é levado no cabide central e leva quatro cameras Vinten cobrindo a frente, abaixo e os lados da aeronave. Atualmente os RA-1 estão sendo equipados com os novos casulos Reccelite da Rafael (Israel) com datalink, podendo transmitir as imagens capturadas em tempo real.

Fontes: Núcleo Infantojuvenil de Aviação - www.ninja-brasil.blogspot.com; www.fab.mil.br

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Aeronaves

O A-29 Super Tucano da FAB
O A-29 Super Tucano é um turbohélice projetado e construído no Brasil para missões de ataque, treinamento e interceptação de pequenas aeronaves. Atinge 590 km/h, leva até 1,5 toneladas de armamentos e já foi exportada para a Colômbia, Chile, República Dominicana e Equador. Na Força Aérea Brasileira, a aeronave é operada a partir das Bases Aéreas de Campo Grande (MS), Porto Velho (RO), Boa Vista (RR) e Natal (RN).

domingo, 26 de setembro de 2010

Especial de Domingo

O HIDROAVIÃO JAHÚ

A primeira travessia do Oceano Atlântico foi realizada pela dupla John Alcock e Arthur Whitten Brown em 1919. A primeira do Atlântico Sul foi realizada pela dupla Gago Coutinho e Sacadura Cabral, em 1922, seguida pela de Ramon Franco e uma equipe da Força Aérea Espanhola, no hidroavião Dornier DO J (Wahl) "Plus Ultra".
O idealizador do raide do Jahú, que se transformou assim no primeiro aviador Sul Americano a fazer a travessia do Oceano Atlântico, foi João Ribeiro de Barros, nascido em Jaú a 4 de abril de 1900, em família abastada graças à lavoura de café. Ainda jovem, influenciado pelo pai, apaixonou-se pela aviação, o que o levou a viajar à América do Norte, pela primeira vez, em 1919. Em fevereiro de 1923, prestou exame no Aeroclube do Brasil, tendo obtido o brevet internacional de nº 88.
A travessia dos portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral, no contexto das comemorações do Centenário da Independência do Brasil, inflamou a imaginação do jovem aviador paulista: era a época dos grandes "reides" transoceânicos, tão perigosos quão gloriosos, em vista da precariedade de meios e do baixo grau de confiabilidade da aviação de então, que deixava os aviadores entregues à própria sorte, à mercê dos elementos; muitos foram os que perderam as vidas nessas tentativas.
Um desses pioneiros foi o italiano conde Casagrande, que por sua conta e com apoio do Governo Italiano, adquiriu junto à Società Idrovolanti Alta Itália (SIAI) – mais conhecida como Savoia Marchetti – um hidroavião do tipo S-55C (Civile) para uma travessia do Atlântico Sul. Tratava-se de uma aeronave de aparência curiosa, com dois "botes" ("scafi") gêmeos e empenagem de leme triplo, sustentada por lanças em treliça. A aeronave foi batizada na fábrica como "Alcyone". Casagrande empreendeu uma tentativa e chegou a cobrir cerca de um quinto do caminho entre a Itália e a Argentina, mas as dificuldades com a hidrodinâmica fizeram-no abortar o reide em Casablanca. O "Alcyone" foi, assim, devolvido à fábrica.
Atento às tentativas de cruzar o Atlântico, Ribeiro de Barros seguiu para Nova Iorque e estudou o assunto com o seu amigo e mentor, Gago Coutinho. Decidiu-se pela aquisição de um S-55 e preparou um pacote de sugestões a ser levado à fábrica SIAI em Sesto Calende, próximo a Gênova. À época, os grandes reides transoceânicos eram iniciativas custosas, patrocinados por grandes empresas ou por governos, e não por pessoas comuns. O fabricante, não querendo ou não podendo ceder a um desconhecido uma aeronave nova, propõs ao aviador brasileiro a venda do "Alcyone". Barros aceitou, estipulando uma série de condições: o avião deveria ser reformado, com a troca dos motores por dois "Isotta Fraschini Asso 500" (desenvolvendo 550 HP de potência máxima cada) e a troca dos "scafi" ineficientes por duas unidades de proa alta e melhor hidrodinâmica. O aerobote foi rebatizado com o nome de "Jahú" (na ortografia da época). Na Itália, Barros impressionou o pessoal da SIAI com a sua habilidade em pilotar o pesado aerobote.
Iniciou-se então a seleção da tripulação: juntou-se a ele o amigo e mecânico, Vasco Cinquini e, do Brasil, foi-lhe indicado como navegador o capitão Newton Braga, oficial de cavalaria em vias de passar à reserva. Para segundo piloto este lhe sugeriu, entre outros, o nome do tenente Arthur Cunha, jovem piloto de caça formado na Escola do Campo dos Afonsos.
No tocante à parte técnica, a carga útil da aeronave havia sido reduzida a um mínimo, suprimindo-se até o equipamento de rádio. O avião fora transformado em um grande tanque de combustível voador, com 16 reservatórios (8 em cada "scafo") conferindo-lhe uma autonomia entre 14,5 e 16 horas de voo, a uma velocidade de cruzeiro de apenas 166 km/h.
O aerobote foi transportado então para Gênova, de onde Barros e sua tripulação decolaram a 13 de outubro de 1926, sob as ovações dos italianos, para a primeira fase do reide, rumo a Gibraltar. Após apenas cinco horas de voo, surgiram problemas e, com os motores rateando perigosamente, Barros foi forçado a descer em Dénia, no golfo de Valência, de onde seguiu para Alicante, que não estava prevista na rota. As autoridades espanholas, desprevenidas, imediatamente detiveram os aviadores, que somente foram soltos após a intervenção da diplomacia brasileira. De volta ao avião, mas sem meios de reparar a avaria no sistema de alimentação dos motores, o Jahú decolou rumo a Gibraltar, com Cinquini alimentando os motores manualmente. Lá chegando, as melhores condições de manutenção e uma inspeção cuidadosa revelaram a presença de uma borra abrasiva nos filtros de combustível; uma mistura de terra, areia e sabão caseiro havia sido introduzida nos tanques, revelando claramente a sabotagem da qual o avião havia sido vítima.
Limpos os reservatórios, o Jahu decolou rumo às ilhas Canárias, em 25 de outubro. O motor traseiro voltou a ratear por falta de alimentação, fazendo com que Cinquini e Braga esgotassem as suas forças nas bombas manuais. Apesar de tudo, o Jahu chegou à Grande Canária em 07h 15min, batendo o recorde de Coutinho e Cabral. Lá, foi descoberta a causa da nova avaria: uma engrenagem desgastada na bomba de alimentação, que teve que ser substituída por outra, usinada artesanalmente na ilha.
Sanado o problema, o Jahu decolou rumo a Praia, no arquipélago de Cabo Verde (alcançado em 9h 26min de voo), para o que seria então o seu maior teste.
Os fatos que se sucederam então, são até hoje polêmicos para os historiadores, tendo em vista que apenas se dispõe de uma versão para os fatos. Há quem nisso veja um sintoma dos graves conflitos políticos e sociais que haveriam de resultar nos conflitos da década seguinte. Segundo o registro de Barros, uma vez em Praia, e estando para se iniciar a parte mais crítica do voo, o tenente Cunha exigiu que lhe fosse entregue o comando do avião e que a tripulação seguisse as suas ordens. Segundo consta, ainda no Brasil o jovem havia entrado em entendimentos com o jornal "A Pátria", que se propusera a remunerá-lo pelo "furo" de revelar que o avião chegaria ao Rio sob o seu comando. Posteriormente, quando do triunfo do Jahu e da descoberta do esquema, o jornal seria empastelado por uma multidão enfurecida.
Sem poder demover Cunha de seu intento, Barros foi forçado a desligá-lo da tripulação, enviando-o para Lisboa. Com Braga a caminho da Itália para trazer um técnico que pudesse consertar as avarias do avião, Barros e Cinquini ficaram ilhados em Praia, uma vez que a aeronave não havia sido projetada para ser pilotada por um só piloto.
Rumores correm de que Barros desistiria; o Presidente Washington Luiz chegou a mandar-lhe um telegrama pedindo-lhe que desmontasse o avião e voltasse ao Brasil. Deprimido, após quatro acessos de malária e com o avião avariado, Barros consultou a sua mãe, Dona Margarida, que respondeu com um telegrama emocionado, segundo o qual:
"...Providenciaremos continuação do reide custe o que custar. Paralisação reide será fracasso. Asas avião representam bandeira brasileira...".
A convite da família Barros, apresentou-se o tenente João Negrão, aviador da Força Pública Paulista que, sem nunca ter pilotado um hidroavião, zarpou para Praia, onde foi recebido efusivamente pela tripulação, mais uma vez completa.
Isto posto, partiu-se para a revisão total do avião, que tinha ficado ancorado ao relento durante meses. Para espanto de todos, foi descoberta a presença de um pedaço de bronze solto no carter do motor traseiro, revelando nova sabotagem contra o Jahu. Felizmente, o próprio exagero no tamanho da peça usada tinha feito com que ela permanecesse no fundo do carter, evitando maiores danos ao motor.
Após os últimos preparativos, na madrugada de 28 de Abril de 1927, o Jahu decolou rumo ao Brasil. Voando a uma altitude de 250 metros e a uma velocidade recorde de 190 km/h, voou durante 12 horas ininterruptas, sem escalas, rumo a Fernando de Noronha, pousando na enseada Norte da ilha sob o sol poente, com problemas na hélice traseira e com 250 kg de combustível ainda a bordo. Todo o país explodiu em comemorações, com acolhidas festivas aos aviadores em todas as demais etapas do percurso: Natal, Recife, Salvador, Rio de Janeiro, até à conclusão do reide na represa de Santo Amaro, em São Paulo, em Agosto do mesmo ano.

O Jahú nunca voaria outra vez. Sempre irrequieto, Barros chegou a planejar um novo reide, do Rio de Janeiro a Lisboa, tendo para isso adquirido especialmente um Breguet 19A GR (Grand Rayon), ou "Breguet Bidon", o qual batizou de "Margarida". A crise econômica mundial e a Revolução de 1930 puseram fim às esperanças do piloto, que viu o avião ser confiscado pelos revolucionários para uso pela aviação do Exército; o "Margarida" seria enfim perdido em um acidente sem vítimas. Barros veio a falecer em julho de 1947.

Restauração
Durante seus primeiros anos no Brasil, o Jahú foi doado para exposição, primeiramente tendo permanecido no Museu Paulista (Museu do Ipiranga), onde ficava ao relento.Na década de 1950 a aeronave foi trasladada para as dependências do então recém-inaugurado Museu da Aeronáutica de São Paulo, sob os auspícios da Fundação Santos Dumont, situado no Parque do Ibirapuera, na chamada "Oca", onde permaneceu por cerca de 40 anos.O vídeo a seguir mostra o avião em fase de reforma sob a responsabilidade de monitores da Escola de Especialistas da Aeronáutica.
Com o tempo, as condições inadequadas do edifício, como a falta de manutenção, a alta umidade e o ataque de cupins de solo colocaram em risco a sobrevivência da aeronave. Com a desativação do Museu de Aeronáutica em 2000, o Jahu foi transferido para o hangar da Polícia Militar do Estado de São Paulo, no Aeroporto Campo de Marte, onde se constatou que seu estado de deterioração clamava por uma restauração completa. Esta foi levada avante graças a um convênio assinado entre a Fundação Santos Dumont, a Helipark, o Comando da Aeronáutica e a Aeronáutica Militar Italiana (que planeja a construção de uma réplica própria do S55 para seu Museu Histórico).
Os trabalhos de restauração tiveram início em Abril de 2004 e envolveram uma equipe de doze profissionais. Os dois motores foram recuperados no Parque de Material Aeronáutico de São Paulo (PAMA-SP). O trabalho com a estrutura concentrou-se nas oficinas da Helipark, visando reconstituir a configuração exata da aeronave até os detalhes, desde o tipo de madeira e de pregos (de cobre e de latão), até ao tom de vermelho da pintura original.
Restaurado, foi entregue no dia 26 de Outubro de 2007, no Helicentro Helipark, em Carapicuíba-SP.
O avião foi requerido pela cidade de Jaú, para exposição em museu aberto, porém, mesmo após ganhar o direito frente ao museu proprietário, o avião acabou sendo entregue à cidade de São Carlos, ficando para a cidade natal do piloto apenas uma réplica.

A Fundação Santos Dumont cedeu o Jahu por comodato ao Museu Asas de um Sonho , da TAM, em São Carlos (SP).
Depois do Savoia-Marchetti S.55 ser deixado à própria sorte por anos, o Jahú encontrou um lugar digno e, finalmente, pode ser apreciado em sua plenitude.


Fontes: Wikipédia/Museu TAM

sábado, 25 de setembro de 2010

EMBRAER S/A

Embraer também fabricará materiais e softwares
A Embraer - Empresa Brasileira de Aeronáutica, de São José dos Campos, decidiu ampliar suas atividades e, além de fabricar aeronaves, atuará também nos segmentos de segurança e energia. O Conselho de Administração da indústria aprovou proposta de alteração dos estatutos da empresa para ampliar as suas áreas de interesse comercial.
Foi aprovado também a sugestão da diretoria de alteração do nome de Empresa Brasileira de Aeronáutica S/A para apenas Embraer S/A.
Agora a empresa poderá projetar, construir e comercializar equipamentos, materiais, sistemas, softwares, acessórios e componentes para as indústrias de defesa, de segurança e de energia.Com a mudança, a companhia poderá, por exemplo, investir em áreas como de turbinas, combustível, entre outras, além de sistemas de alta tecnologia embarcados.
A proposta de mudança, porém, ainda precisa ser aprovada pelos acionistas e pelo governo federal.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Portões Abertos & EDA

EDA marca presença nos principais Portões Abertos da FAB
Outubro se aproxima e o Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA) aproveita as comemorações referentes ao Dia do Aviador e Semana da Asa, quando grande parte das Unidades da Força Aérea Brasileira (FAB) promove os seus tradicionais Portões Abertos, para planejar diversos “Circuitos”.
Os chamados “Circuitos” são viagens que contemplam demonstrações em locais mais distantes da sede da Esquadrilha da Fumaça. Para realizá-los, o EDA conta com uma aeronave de apoio para transporte de pessoal, de equipamentos de manutenção e de material de divulgação.Confira abaixo os períodos dos Circuitos e as localidades atendidas:
09 a 13 de outubro – Circuito Sul
09 de outubro – Portões Abertos da Base Aérea de Florianópolis (BAFL)
10 de outubro – Portões Abertos da Base Aérea de Santa Maria (BASM)
12 de outubro – Portões Abertos da Base Aérea de Canoas (BACO)
29 de outubro a 02 de novembro – Circuito Nordeste
30 de outubro – Aniversário da Base Aérea de Salvador (BASV)
31 de outubro – Evento Cívico-Militar em Recife/PE
1 de novembro – Encontro de Aviação em Caruaru/PE
11 a 30 de novembro – Circuito Nordeste, Peru e Suriname
12 de novembro – Evento Cívico em Campina Grande/PB
13 de novembro – Portões Abertos da Base Aérea de Natal (BANT)
14 de novembro – Portões Abertos da Base Aérea de Fortaleza (BAFZ)
15 de novembro – Evento Cívico-Militar em São Luiz/MA
21 de novembro – Festival Aerodesportivo em Lima, Peru
25 de novembro – Dia da Independência em Paramaribo, Suriname
28 de novembro – Evento Cívico- Militar em Manaus/AM
Além disso, o EDA solta fumaça em outras Unidades da FAB que não serão atendidas pelos Circuitos, mas que são mais próximas da sua sede. Assim, oito aeronaves T-27 Tucano se deslocam no final de semana para cumprir a missão e retornam à Pirassununga/SP. Confira:
26 de setembro – Portões Abertos do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR)
02 de outubro – Sábado Aéreo da Base Aérea de Brasília (BABR)
03 de outubro – Portões Abertos da Base Aérea de Campo Grande (BACG)
16 de outubro – Portões Abertos do Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa (PAMA-LS)
23 de outubro – Portões Abertos da Escola de Especialistas da Aeronáutica (EEAR-Guaratingueta-SP)
24 de outubro – Domingo Aéreo do Parque de Material Aeronáutico de São Paulo (PAMA-SP)
06 de novembro – Portões Abertos do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA-São José dos Campos-SP)
Acompanhe a agenda do EDA, que ainda contempla outras localidades em www.esquadrilhadafumaca.com.br ou www.eda.aer.mil.br.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Espaço Aéreo

Espaço brasileiro vai além dos limites territoriais
O espaço aéreo brasileiro é mais amplo que a área do território nacional. Abrange o espaço acima do território da federação e também o espaço aéreo sobrejacente à área oceânica, que se estende até o meridiano 10º Oeste, perfazendo um total de 22 milhões de quilômetros quadrados.
Este espaço é administrado pelo DECEA - Departamento de Controle do Espaço Aéreo, que é subordinado ao Ministério da Defesa e ao Comando da Aeronáutica. O DECEA é o órgão central do SISCEAB – Sistema de Controle do Espaço Aéreo e é responsável pelo controle estratégico e sistêmico do espaço aéreo brasileiro.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Empregos na aviação

América Latina precisará de 81 mil profissionais em 20 anos
A aviação comercial mundial demandará 466.650 pilotos e 596.500 trabalhadores de manutenção, nos próximos 20 anos, para acomodar a forte demanda por aeronaves novas e de substituição. É a avaliação de previsão da equipe da Boeing. As linhas aéreas no mundo precisarão de cerca de 23.300 novos pilotos e 30.000 funcionários de manutenção, por ano, de 2010 até 2029. Esta previsão considera que somente a América Latina precisará de 37.000 pilotos e 44.000 profissionais de manutenção. Segundo estudo da Boeing, são necessárias mudanças nas metodologias de treinamento para engajar a próxima geração.
A previsão da Boeing é baseada no Current Market Outlook, estudo que reúne as perspectivas da aviação para os próximos 20 anos, amplamente considerado como a análise mais compreensiva e respeitada do mercado de aviação comercial.

Fonte: Assessoria da Boeing no Brasil, 18/9/10, citada em www.aviacaopaulista.com

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Patrono da FAB

20 de Setembro: 114° Aniversário de Eduardo Gomes
A Força Aérea Brasileira (FAB) comemora, neste dia 20 de Setembro de 2010, o 114° Aniversário do Marechal-do-Ar Eduardo Gomes, que é um pioneiro da aviação brasileira e patrono da FAB. Filho de Luiz Gomes Pereira e de Jenny de Oliveira Gomes, nasceu em Petrópolis-RJ no dia 20 de janeiro de 1896. Ingressou na Escola Militar de Realengo em 31 de abril de 1916. No Comando do 1o Regimento de Aviação, que assumiu em 15 de maio de 1935, enfrentou a Intentona Comunista a 27 de novembro, quando foi ferido.
Com a criação do Ministério da Aeronáutica, foi transferido do Exército para a Força Aérea Brasileira e, a 12 de dezembro de 1941, assumiu o Comando da 2ª Zona Aérea, permanecendo na função até janeiro de 1945, tendo participado da organização e construção das Bases Aéreas que iriam desempenhar importante papel na 2ª Guerra Mundial.
Terminada a Segunda Guerra, o Brigadeiro Eduardo Gomes lançou-se à luta pela redemocratização do País, tendo disputado duas vezes a Presidência da República. Ocupou duas vezes a Pasta da Aeronáutica: no Governo Café Filho e no Governo Castelo Branco. Permaneceu de 1946 a 1951 à frente da Diretoria de Rotas Aéreas, tendo marcado sua administração por notáveis realizações especialmente no que se refere à expansão do Correio Aéreo Nacional. Permaneceu na ativa da Força Aérea até 13 de setembro de 1960. Faleceu no dia 13 de junho de 1981. Foi proclamado Patrono da Força Aérea Brasileira, de acordo com a Lei no 7.243, de 6 de novembro de 1984.Ordem do Dia - Aniversário do Marechal-do-Ar Eduardo Gomes - Patrono da FAB
FÉ INABALÁVEL ORIENTA O HOMEM NA DIREÇÃO DA VERDADE QUE O ENTENDIMENTO NÃO PODE LHE OFERECER. É O COMPLEMENTO APERFEIÇOADO DA RAZÃO E LÍDIMA GUARDIÃ DA ESPERANÇA, DA JUSTIÇA E DA CORAGEM.
NORTEADO POR ESSE PODEROSO SENTIMENTO E POR UM INVULGAR AMOR À PÁTRIA, O ILUSTRE BRASILEIRO, EDUARDO GOMES, NASCIDO EM 20 DE SETEMBRO DE 1896, NA CIDADE DE PETRÓPOLIS, PAUTOU SUA BRILHANTE TRAJETÓRIA DE INCONDICIONAL DEVOÇÃO AO PREPARO DE UMA NAÇÃO DIGNA DE SEUS FILHOS.
EIS UMA BIOGRAFIA QUE CONSOLIDA A POSIÇÃO DE UM VERDADEIRO ARQUÉTIPO DE TODAS AS VIRTUDES CÍVICAS RELEVANTES DA HISTÓRIA DO BRASIL, OMBREANDO-SE, DESDE SEMPRE, COM OS AGUERRIDOS DEFENSORES DOS IDEAIS DEMOCRÁTICOS.

DESDE A AURORA DA SUA VIDA, DESTACOU-SE POR SEUS INOLVIDÁVEIS DOTES MORAIS E INTELECTUAIS E INATA LIDERANÇA, SUPLANTANDO AS ADVERSIDADES DA INFÂNCIA COM VEEMENTE DEDICAÇÃO AOS ESTUDOS, ATINGINDO A POSIÇÃO DE – CORONEL-ALUNO, COMANDANTE DO BATALHÃO COLEGIAL – NA ESCOLA MILITAR DO REALENGO.
MAIS TARDE, APÓS A SUA NATURAL ESCOLHA PELA PROFISSÃO DAS ARMAS, O ENTÃO TENENTE EDUARDO GOMES, IMPELIDO POR SUA ACENDRADA RESPONSABILIDADE CÍVICA E DESTEMOR, VIU-SE CHAMADO A EMPUNHAR AS ARMAS NA DEFESA DOS VALORES NACIONAIS, NO EPISÓDIO DOS “DEZOITO DO FORTE”.
ABNEGADO E COBIÇOSO PELA ARMA AÉREA, FEZ O CURSO DE PILOTAGEM NA ESCOLA DE AVIAÇÃO MILITAR, SAGRANDO-SE OFICIAL AVIADOR NO LENDÁRIO CAMPO DOS AFONSOS.
COM VISÃO ESTRATÉGICA, CONFERIU VIDA AOS SONHOS DE EXPANDIR E EMPREGAR A AVIAÇÃO MILITAR EM PROVEITO DOS IRMÃOS ISOLADOS PELA IMENSIDÃO TERRITORIAL, ESTREITANDO OS NÓS DA SOLIDARIEDADE E DO AMOR DOS BRASILEIROS, AO PLANTAR A SEMENTE DO CONSAGRADO – CORREIO AÉREO NACIONAL.
COM DISTINTAS AUDÁCIA E INTELIGÊNCIA, DESTACOU-SE NO COMANDO DOS MEIOS AÉREOS LEGALISTAS NA LUTA CONTRA OS REBELDES PERTENCENTES AO MOVIMENTO INSURRECIONAL, CONHECIDO COMO A REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE 1932.
NOVAMENTE FOI COMPELIDO A EMPUNHAR A ESPADA DURANTE A REVOLTA COMUNISTA DE 1935, AGORA NAS DEPENDÊNCIAS DO 1° REGIMENTO DE AVIAÇÃO. PRUDENTE NAS SUAS AÇÕES, MESMO FERIDO EM COMBATE, LIDEROU OS SEUS LEAIS COMANDADOS, IMPEDINDO BRAVAMENTE O AVANÇO DA INSENSATEZ QUE CONTAMINARA OS QUARTÉIS.
A FIGURA DO LÍDER MILITAR TAMBÉM FOI POSTA À PROVA NO DESENROLAR DA II GUERRA MUNDIAL, MOMENTO EM QUE, NO COMANDO DA I E II ZONAS AÉREAS DO RECÉM-CRIADO MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA, ORQUESTROU A LUTA CONTRA A AMEAÇA SUBMARINA QUE ESPREITAVA NOSSOS MARES E COORDENOU BRILHANTEMENTE A CRIAÇÃO DE BASES AÉREAS DE APOIO ÀS FORÇAS ALIADAS, FAVORECENDO A PERFEITA INTERAÇÃO ENTRE TROPAS NORTE-AMERICANAS E BRASILEIRAS NO ESFORÇO DE GUERRA.
INSTADO A MANIFESTAR-SE POR CONVOCAÇÃO DA SOCIEDADE, O “CANDIDATO DO POVO, O BRIGADEIRO DA LIBERTAÇÃO” APRESENTOU-SE NO CENÁRIO POLÍTICO COM O MAIS PURO ESPÍRITO PATRIOTA E SENSO ÉTICO. O INSUCESSO NAS URNAS, NO ENTANTO, JAMAIS ABALOU A SUA ARRAIGADA CONDUTA DE DEFENSOR DAS LIBERDADES INDIVIDUAIS, FUNDAMENTADAS NO PLENO EXERCÍCIO DA DEMOCRACIA.

FRUTO DE SUA AUTORIDADE MORAL E RESPEITO QUE INFUNDIA NO SEIO DA TROPA, FOI CHAMADO A COMANDAR A AERONÁUTICA EM DUAS GESTÕES, POSTANDO-SE COM O OLHAR DE UM RESOLUTO LÍDER E O CORAÇÃO DE UM JOVEM OFICIAL NA SOLUÇÃO DE IMPORTANTES QUESTÕES QUE REFREAVAM O CRESCIMENTO DA AERONÁUTICA E DO BRASIL.
É, POIS, COM IMENSO ORGULHO QUE A FORÇA AÉREA BRASILEIRA REVERENCIA SEU PATRONO – O INSÍGNE BRIGADEIRO EDUARDO GOMES – A PERSONIFICAÇÃO DE UM MITO.
A FORÇA DO SEU CARÁTER, A VIDA ILIBADA E TOTALMENTE DEDICADA A NOBRES IDEAIS TORNARAM-LHE UM LÍDER DE GRANDE EXPRESSÃO, LEGANDO À FORÇA AÉREA BRASILEIRA AS BASES DO SEU FUTURO E DA SUA GRANDEZA.
A AERONÁUTICA DE HOJE É A CONTINUAÇÃO DE TUDO O QUE SEU ESFORÇO IDEALISTA PRINCIPIOU. SEGUIMOS EM NOSSA LABUTA, GUIADOS POR SEUS EXEMPLOS E MOVIDOS PELA VONTADE DE HONRAR TUDO O QUE HERDAMOS DOS SEUS VALOROSOS FEITOS.
“NÃO MORREM AQUELES QUE DEIXARAM NA TERRA, DIGNAS OBRAS QUE REVERBERAM POR TODA A ETERNIDADE”.

MARECHAL-DO-AR EDUARDO GOMES, LÍDER DOS LÍDERES – PATRONO DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA!

SUA OBRA CONTINUA VIVA EM CADA HOMEM E CADA MULHER QUE VESTE O AZUL E QUE SE COMPROMETE A DEFENDER NOSSO CÉU. CONTINUA VIVA NAS ESCOLAS, NOS HANGARES, NAS TORRES E NAS CABINES. NA FORMAÇÃO DO HOMEM, NA EVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA E NA INTEGRIDADE DO CARÁTER. CONTINUA INDICANDO O RUMO DO DEVER E, SOBRETUDO, CONTINUA SENDO O EXEMPLO DE CIDADÃO, LÍDER DE INCANSÁVEIS CONQUISTAS, QUE AMOU O NOSSO PAÍS E AO QUAL DEDICOU TODA A SUA VIDA.
SUA VIBRANTE MENSAGEM CONTINUA ECOANDO, PERENE E CRISTALINA, ANUNCIANDO A NOBREZA DE SEU IDEAL E SUA INCONTIDA FÉ – EM UM BRASIL FORTE E UNIDO, OCUPANDO SEU MERECIDO LUGAR ENTRE AS MAIS PODEROSAS NAÇÕES DO PLANETA.

PARABÉNS BRIGADEIRO EDUARDO GOMES!

PARABÉNS A FORÇA AÉREA BRASILEIRA!
Tenente-Brigadeiro-do-Ar JUNITI SAITO
Comandante da Aeronáutica
Fonte: CECOMSAER

domingo, 19 de setembro de 2010

Especial de Domingo

A fábrica de aviões Aerotec
A proximidade do CTA ensejou a instalação de indústrias aeronáuticas em São José dos Campos, SP, antes mesmo da criação da Embraer. É o caso da sociedade Aerotec, fundada em 1962. Em junho de 1965, voava o protótipo de primeiro avião projetado pela empresa: o Uirapuru.Seguindo a tradição de outras empresas aeronáuticas de médio porte que haviam surgido no país, a Aerotec iniciou suas atividades desenvolvendo um avião de treinamento primário. O Uirapuru é um monomotor metálico de asa baixa, dois lugares e motor Lycoming de 160 cavalos. Tendo construído dois protótipo e realizado ensaios em voo, a Aerotec buscou e obteve uma encomenda do Ministério da Aeronáutica.
Em outubro de 1967, foi contratada a construção de 30 dessas aeronaves para as substituição dos aparelhos T-21 e T22 na instrução primária de pilotos militares. Posteriormente, a Aerotec obteve nova encomenda de 40 aeronaves, conseguindo ainda exportar 18 aparelhos para a Bolívia e Paraguai.
Depois de quinze anos de existência, a empresa chegou a empregar trezentos funcionários, produzindo partes e peças para o avião agrícola Ipanema e também para os aviões da linha Piper, todos fabricados pela Embraer. Mas o fim do contrato com o Ministério da Aeronáutica lançava a empresa numa crise financeira.
A Aerotec havia produzido 130 aviões “Uirapuru”, 100 dos quais para o mercado militar brasileiro. O mercado civil e o mercado externo não eram suficientes para oferecer rentabilidade à companhia, que se viu na contingência de demitir dois terços de seus funcionários.
A Aerotec decidiu então projetar um novo e mais moderno avião de treinamento primário, que pudesse substituir o Uirapuru na Academia da Força Aérea.
Em 1979, o Ministério da Aeronáutica contratava a empresa para realizar o projeto do novo avião e, em março de 1981, a aeronave realizava seu primeiro voo.Denominado Tangará, o avião era um monomotor metálico para treinamento, dotado de motor Avco Lycoming de 160 cavalos. Mas o Ministério da Aeronáutica não realizou encomendas do aparelho à empresa, que a partir de então se limitou a produzir partes e peças para a Embraer.

Fonte: Vencendo o Azul, do historiador João Alexandre Viégas / www.museutec.org.br

sábado, 18 de setembro de 2010

ANAC

A agência reguladora da aviação civil no Brasil
Cumprindo o papel de agência reguladora das atividades da aviação civil no Brasil, a ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil foi criada pela lei 11.182 de 27 de setembro de 2005, com a missão de promover a segurança e a excelência do sistema de aviação civil,

Cabe à agência, entre outras atribuições estabelecidas no artigo 8° da lei de sua criação:

- regular e fiscalizar os serviços aéreos;

- fiscalizar as aeronaves civis;

- regular e fiscalizar a infra-estrutura aeronáutica e aeroportuária, com exceção das atividades e procedimentos relacionados com o sistema de controle do espaço aéreo e com o sistema de investigação e prevenção de acidentes aeronáuticos;

- homologar, registrar e cadastrar os aeródromos;

- aprovar e fiscalizar a construção, reforma e ampliação de aeródromos e sua abertura ao tráfego;

- regular, fiscalizar e autorizar os serviços aéreos prestados por aeroclubes, escolas e cursos de aviação civil.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Heróis Brasileiros

Pioneiro paraquedista militar do País morre aos 100 anos
O general Roberto de Pessôa, considerado o primeiro paraquedista militar do Brasil, morreu na manhã deste dia 17 de setembro de 2010, aos cem anos. Pessoa faleceu às 2h, no Hospital do Amparo, no Rio de Janeiro, onde estava internado, segundo informações da Brigada de Infantaria Paraquedista, do Comando Militar do Leste, órgão do Exército.
Segundo o Comando Militar, o general foi o pioneiro da atividade paraquedista militar no País. Ele nasceu em 1910, na Paraíba, e cursou a Escola de Paraquedistas dos Estados Unidos em Fort Benning, em 1944. O veterano foi velado no Museu Aeroterrestre, localizado no Centro de Instrução Paraquedista General Penha Brasil, no Campo dos Afonsos.

Fonte: www.ovale.com.br

Conhecimentos Técnicos

A ASA
A Asa, também chamada de aerofólio, é o conjunto destinado a fornecer a força necessária ao voo, ou seja, sustentação, mediante a conjugação com outras forças e com a presença do vento relativo.
A asa possui as seguintes estruturas:
Longarinas: principal elemento estrutural da asa, estendendo-se da raiz à ponta. Sua construção pode ser de madeira ou liga metálica, como nos modernos aviões.
Nervuras: elemento da asa responsável pelo seu formato aerodinâmico.
Estais ou Cordas de piano: ligam as nervuras.
Quanto ao número de planos de asa, podem ser:
Monoplano – um só plano de asa, o que é mais comum nos aviões atuais.
Biplano – dois planos de asa.
Triplano – três planos de asa.
Multiplano – quatro ou mais planos de asa.
Quanto à posição da asa, esta pode ser:
Asa baixa – localizada na parte inferior da fuselagem.
Asa média – localizada na parte média ou central da fuselagem.
Asa alta – localizada na parte superior da fuselagem.
Asa parasol – localizada acima da fuselagem, presa por suportes.
Quanto à fixação da asa na fuselagem, podem ser:
Cantilever – a asa é fixa na fuselagem sem nenhum auxílio.
Semi-cantilever – a asa é fixa na fuselagem com o auxílio de estais e montantes.
A distância da ponta de um lado da asa à outra é chamada de Envergadura.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Navegação Aérea

O GNSS - Sistema Global de Navegação por Satélite
O Sistema Global de Navegação por Satélite (GNSS – Global Navigation Satellite System) consiste em uma constelação de satélites em órbitas predeterminadas ao redor da Terra. O mais utilizado é o GPS (Sistema Global de Posicionamento / Global Positioning System)‏. Embora o GPS esteja disponível para usos diversos, como viagens de automóvel e navegação marítima, entre outras aplicações, há aparelhos próprios para a navegação aérea.O GPS dá o posicionamento a partir das interseções de áreas ao redor dos satélites. O cálculo de distância é realizado por intermédio da diferença de tempo de transmissão e recepção do sinal. Cada satélite possui um relógio atômico para o sincronismo de tempo
O GNSS consiste de três segmentos: Controle, Espacial e Usuário.
O segmento de Controle abrange estações de monitoramento espalhadas no globo terrestre, monitora e faz correções do desempenho do sistema.
O segmento Espacial é composto de 24 satélites distribuídos em 6 órbitas, a uma altitude de 11 mil milhas náuticas e a uma velocidade de 60 Km/s. Esta configuração permite que seis satélites possam ser vistos da Terra.O segmento Usuário é composto pelos equipamentos a bordo das aeronaves, navios, carros e pelos portáteis.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Instituto EMBRAER

Inscrições abertas para 2011
O Instituto Embraer de Educação e Pesquisa, mantenedor do Colégio Engenheiro Juarez Wanderley, em São José dos Campos, abriu na última segunda-feira, 13 de setembro, as inscrições para o processo seletivo 2011. Assim como nos anos anteriores, serão oferecidas 200 vagas para os interessados em cursarem o ensino médio na Instituição, que é uma das melhores do país --avaliada por meio de exames do governo federal.
Para concorrer às vagas, os candidatos devem residir em Jacareí, São José dos Campos, Caçapava e Taubaté, SP, e terem cursado os últimos três anos da vida acadêmica em escolas da rede pública de ensino.As inscrições serão feitas exclusivamente pela internet até o dia 20 de setembro, por meio do site da Fundação Vunesp -- www.vunesp.com.br. A taxa é de R$ 15.
Para participar da seleção, que está programada para acontecer no próximo dia 17 de outubro, os jovens devem concluir neste ano o 9º ano do ensino fundamental e terem nascido até 30 de junho de 1994. Os estudantes aprovados por meio de prova de conhecimentos e redação poderão realizar matrícula para estudar gratuitamente na unidade no próximo ano.
Entre os benefícios, além de instrução com carga de 10 horas diárias, há manutenção dos estudos com fornecimento de transporte, material didático, alimentação e uniforme escolar.Atualmente o Colégio Embraer mantém 600 alunos.

Fonte: jornal O Vale www.ovale.com.br

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Pioneiros

ADA ROGATO
Ada Rogato, Thereza de Marzo e Anésia Pinheiro Machado foram grandes mulheres pioneiras da aviação no Brasil. Personalidade de vulto na aviação brasileira, Ada Rogato nasceu em São Paulo em 22 de dezembro de 1910. O legado que Ada Rogato deixou é de grande relevância no cenário da aviação brasileira diante de seus feitos. Deve ser lembrada e reverenciada pelos adeptos de aviação. Viveu na época de ouro da aviação desportiva. Ada destacou-se como a primeira piloto de planador, primeira dobradora de paraquedas, primeira paraquedista a saltar em São Paulo e na América do Sul. Recebeu o terceiro brevê de piloto civil internacional da FAI, de nº 248, em 1940, e de nº1314, para avião categorias "A" e "B". Seus voos eram sempre realizados em aviões monomotores. Como paraquedista, sagrou-se campeã e executou 105 saltos.
Ada ousava sempre. Sua principal característica era voar sozinha, ainda que a aeronave possuísse recursos limitados. Àquela época, a infraestrutura da aviação era modesta, o que não impediu a arrojada piloto de realizar inúmeros reides. Em 1950, pilotando um Paulistinha CAP-4, o PP-DBL, chamado de “Brasileirinho”, cobriu 11.691 quilômetros, em 116 horas de voo, ocasião em que transpôs, pela primeira vez, a Cordilheira dos Andes. Foi, então, a brasileira que teve a primazia de efetuar essa proeza. Nessa viagem visitou o Paraguai, Argentina, Chile e Uruguai, numa viagem de 11.200km, em 116 horas. Ada Rogato, em abril de1951, sozinha, em sua epopéia aérea, no PT-ADV - avião de 90 HP batizado de “Brasil” - percorreu 51.064 quilômetros em 326 horas de voo,visitando 28 países. Decolou da Terra do Fogo, rumo ao Alasca, no mais longo reide efetuado por um aviador solitário, realizando o Circuito das Três Américas. Em 1952, em seu pequeno Cessna 140, partiu do Campo de Marte (SP) para a Bolívia, pousando no mais alto aeroporto do mundo, El Salto, situado a 4.071 metros de altitude. Superou no voo, com sua habilidade, a rarefação do ar, a qual provocava queda na potência do motor.
No ano de 1956, Ada Rogato novamente ousou ao percorrer 25.057 quilômetros, em 163 horas de voo, visitando inúmeras capitais e sobrevoando parte da selva amazônica. Em março de1960, decolou de Piracicaba (SP) rumo à Ushuaia, o povoado ao extremo sul da Patagônia, nos confins da Terra do Fogo. Foi a primeira mulher aviadora a fazê-lo. Teve que enfrentar, durante várias horas, ventos de través de até 80 Km/h, fazendo correções de 45 graus, para manter a rota. Teve que suportar, inclusive, temperaturas em torno de 3 graus abaixo de zero. Antes de falecer, em 15 de novembro de 1986, foi presidente da Fundação Santos Dumont e diretora do Museu de Aeronáutica e do Espaço.

Texto: Adaptado pelo NINJA – Núcleo Infantojuvenil de Aviação, a partir do original de Lucy Lúpia em www.captain.lucyl.nom.br/adarogato/index.htm

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

F-2000 Mirage

O F-2000 Mirage é um caça de interceptação e defesa aérea. Atinge mais de duas vezes a velocidade do som, ou seja 2.300 km/h, e leva até seis toneladas de armamentos, como mísseis, bombas e foguetes. Na Força Aérea Brasileira é operado pelo 1º Grupo de Defesa Aérea, sediado na Base Aérea de Anápolis, no estado de Goiás.

domingo, 12 de setembro de 2010

Especial de Domingo

O AEROCLUBE DO BRASIL
ERA CAMPO DOS AFONSOS
Fundado em 14 de outubro de 1911 por um grupo de idealistas, o "AEROCLUBE BRASILEIRO" foi verdadeiramente o berço da aviação brasileira. Foi o primeiro a ser fundado no Brasil e um dos primeiros no mundo.
A Assembléia de Constituição foi realizada nas dependências do jornal "A NOITE", gentilmente cedidas por seu diretor IRINEU MARINHO, grande incentivador do Aeroclube.Na ata de fundação, constam os nomes de civis e militares ilustres, políticos, professores, homens de negócios, todos irmanados pelo mesmo ideal: "fomentar no Brasil o desenvolvimento da novel e futurosa arte da aviação".
Porém o mais notável é o fato de que sua primeira diretoria teve como presidente de honra o sócio fundador ALBERTO SANTOS DUMONT, sendo o Almirante JOSÉ CARLOS DE CARVALHO(foto abaixo) Diretor Presidente. VICTORINO DE OLIVEIRA, redator do jornal "A NOITE", foi seu primeiro Diretor Secretário. O atual aeródromo militar dos Afonsos nasceu do que foi o primeiro Campo de Aviação do Aeroclube, construído com muito esforço e perseverança pela primeira Diretoria e onde funcionou a "Escola Brasileira de Aviação". Os primeiros aviões adquiridos pelo Aeroclube - com recursos arrecadados em subscrição pública - foram logo em seguida cedidos ao Exército para servirem pela primeira vez no Brasil como instrumento de observação aérea na histórica "GUERRA DO CONTESTADO" em Santa Catarina, onde perdeu a vida o Ten. RICARDO KIRK, engenheiro do Exército e Diretor da Escola de Aviação do Aeroclube.KIRK (em destaque na foto acima) foi a primeira vítima da aviação brasileira em operações militares e é hoje o patrono da Aviação do Exército.
Após a morte de RICARDO KIRK e com a demorada recuperação dos aviões emprestados ao Exército, somente em 1916 pode ser reiniciado o Curso de Pilotagem, agora sob a direção do Tenente BENTO RIBEIRO FILHO.
Infelizmente a primeira turma - composta de sete civis e dois militares - não chegou a brevetar-se, pois às vésperas dos exames os dois únicos componentes da banca examinadora - Tenentes BENTO RIBEIRO e VIRGINIUS DELAMARE, não puderam comparecer por terem sido mobilizados, em virtude da declaração de guerra do Brasil ao Império Alemão em outubro de 1917, pelo afundamento do navio cargueiro brasileiro "Panamá".
Em junho de 1918, EDU CHAVES é designado Diretor Técnico do Aeroclube e sugere a transferência dos aviões dos Afonsos para Guapira, onde funcionaria a "Seção Paulista do Aeroclube Brasileiro".
No ano seguinte foi efetivada a filiação do Aeroclube junto à FAI (Fédération Aéronautique Internationale), cujo processo de filiação fora iniciado em 1913 pelo Tenente RICARDO KIRK e interrompido durante o recesso provocado pela Guerra 1914/18. Como representante da FAI, passou o Aeroclube a exercer basicamente a função oficial examinadora dos pilotos formados no Brasil, concedendo-lhes os respectivos brevês. O brevê Número 1 foi dado ao piloto RAUL VIEIRA DE MELLO, Primeiro Tenente do Exército, em 21/08/1919. Neste ano o Ministro General Caetano de Faria informava ao Presidente do Aeroclube que o Exército iria precisar das instalações do Campo dos Afonsos para instalar sua própria Escola de Aviação Militar. Sem Campo de aviação no Rio de Janeiro, o Aeroclube agora sob a Presidência do Deputado Maurício de Lacerda, dedicou-se a promover, estimular e a colaborar na criação de Escolas de Aviação em todo o Brasil, credenciando Delegados em vários estados.
Em 1931, quando já existiam várias escolas de pilotagem no Brasil e a aviação comercial já era uma realidade, foi criado o Departamento de Aeronáutica Civil no Ministério de Viação e Obras Públicas, que passou a controlar e regulamentar as atividades aéreas civis.
Esvaziava-se assim a função normativa do Aeroclube e reduzia-se a importância da atividade de representação da FAI, já que os brevês concedidos pelo DAC tornavam desnecessários os da FAI, pelo menos para voar dentro do Brasil.

ERA DE MANGUINHOS
A crise financeira inviabilizava a manutenção do Aeroclube Brasileiro. Entregou-se então a direção do Aeroclube a uma Comissão composta dos senhores PAULO VIANNA, CEZAR GRILLO e ANTÔNIO GUEDEZ MUNIZ.
Em 16 de março de 1932, foi realizada uma Assembléia Geral Extraordinária, homologando os poderes para o Triunvirato. Nessa mesma Assembléia foi aprovada a proposta do então Major GUEDEZ MUNIZ mudando o nome da Entidade para AEROCLUBE DO BRASIL.
Instalações em Manguinhos
Os terrenos de Manguinhos foram definitivamente eleitos pela comissão para o preparo do novo campo de aviação do Aeroclube. A ocupação do terreno se deu por consentimento tácito das autoridades federais e municipais, sem documento formal. A causa era justa e contava com a simpatia de todas as autoridades, principalmente do Presidente GETÚLIO VARGAS.
O instituto OSWALDO CRUZ permitiu que fosse desbastado um pequeno relevo em seus terrenos e PAULO VIANNA tomou a si a obra de aterro do manguezal, sempre com a participação de seus companheiros de comissão.
Em 1936 o Triunvirato deu por terminada sua missão. Os primeiros aviões pousaram. Manguinhos era uma realidade. Renascia o Campo de Aviação dos sonhos dos fundadores do Aeroclube Brasileiro, especialmente de RICARDO KIRK.
Lá estava agora como Presidente o Almirante VIRGINIUS DELAMARE, que em 1917, então tenente, tentava com BENTO RIBEIRO fazer voar a Escola Nacional de Aviação, nos Afonsos.
Foi graças à inauguração de Manguinhos com o prestígio da presença do então presidente GETULIO VARGAS, que tomou impulso a "SEMANA DA ASA", criada em 1935 pela comissão de Turismo Aéreo do Touring Club do Brasil.
Foi uma festiva "SEMANA DA ASA" em Manguinhos, que praticamente consolidou a idéia do então Ministro da Aeronáutica SALGADO FILHO de criar a Campanha Nacional de Aviação, contando com o poderoso e entusiástico apoio do grande jornalista ASSIS CHATEAUBRIAND e que resultou na criação de quase três centenas de Aeroclubes por todo o Brasil.
De Manguinhos saiu a grande maioria dos instrutores que viabilizaram a implantação das Escolas de Pilotagem dos novos Aeroclubes, então criados como resultado da Campanha Nacional de Aviação. Primeira turma de instrutores de voo do Aeroclube do Brasil

Paralelamente às atividades de formação dos instrutores, o Aeroclube não descuidou das suas funções institucionais, mantendo a Escola de Piloto de Recreio e Desporto (hoje piloto privado), incentivando as atividades aerodesportivas.
Em Manguinhos foi realizado o primeiro Campeonato Brasileiro de Acrobacia.
Ainda na década de 40 foram criados os Departamentos de Paraquedismo e de Aeromodelismo, que contaram com dezenas de participantes. O Departamento de Paraquedismo foi organizado e dirigido pelo saudoso CHARLES ASTOR. O Departamenro de Aeromodelismo, por MARIO SAMPAIO.
No final da década de 50 surgiram problemas administrativos muito sérios e o aeródromo de Manguinhos foi interditado sob a alegação de interferência com o tráfego aéreo do Aeroporto Internacional do Galeão e do Aeroporto Santos Dumont.
Sem poder utilizar as instalações de Manguinhos, por 10 anos o Aeroclube funcionou numa pequena sala cedida por um dos sócios e se dedicou a pugnar pelas novas instalações previstas para o mesmo local em que no final da década de 20 existia o Campo de Latecoere, em Jacarepaguá, e que deveriam compensar a tomada do campo de Manguinhos.
Em 1967, lutando contra o tempo para conseguir o novo Campo de Aviação, evitou-se que o Aeroclube do Brasil fosse transformado em "Aeroclube da Guanabara" por força do DL número 205, de 27/02/1967, obtendo aprovação no Congresso Nacional da Lei 5.404, de março de 1968, alterando o artigo 5 e criando o parágrafo 2 para reconhecer o pioneirismo histórico do Aeroclube do Brasil:
"O Aeroclube do Brasil, fundado em 14 de outubro de 1911, a primeira entidade da aviação brasileira com existência local, por seu pioneirismo e pela implantação da mentalidade aeronáutica a que deu curso, é considerada integrante das tradições nacionais na área da aeronáutica".

REABERTURA EM JACAREPAGUÁ
Finalmente em 1972 - dez anos sem voar - o Aeroclube reiniciou suas atividades no Aeródromo de Jacarepaguá, administrado então pela ARSA, contando apenas com um velho "Aeronca Sedan" (PP-DZW), comprado pelo Aeroclube em 1950, e mais três "FOKKER" (T21 e T22), desativados pela Academia da Força Aérea e cedidos pelo DAC para a formação de pilotos.
PAULO VIANNA, um dos principais responsáveis pela construção de Manguinhos, agora aos 80 anos, novamente enfrenta o desafio de recomeçar tudo de novo em Jacarepaguá. Acostumado a duras lutas, lá estava ele voando novamente os velhos FOKKER e formando novos pilotos. Morreu poucos meses depois acreditando nas promessas das novas instalações que seriam construídas para repor as de Manguinhos.
Após o fechamento de Manguinhos nos anos 60, o Aeroclube praticamente sem receita financeira suficiente, teve sua filiação à Fédération Aéronautique Internationale suspensa. Porém, em 1978, o então Presidente do Aeroclube, hoje sócio Benemérito, CLÁUDIO VIANNA, contando com a ajuda do antigo sócio PIERRE GLOSTERMANN, piloto francês, ás da RAF durante a Segunda Guerra e também formado no AeCB em Manguinhos, conseguiu a aprovação da FAI para restabelecer de imediato a filiação do Aeroclube como "membro ativo", dando assim cobertura a todas as modalidades de desporto aéreo praticados no Brasil.
NOVOS TEMPOS
Presentemente, o Aeroclube dispõe em Jacarepaguá de uma sede social e administrativa, inaugurada em 1982, denominada "Mal. IVO BORGES" como homenagem ao segundo Presidente da era Manguinhos, responsável pela compra do conjunto de salas na rua Álvaro Alvim, na Cinelândia, cuja receira de aluguel permitiu a sobrevivência do Aeroclube nos dez anos sem as rendas de Manguinhos.
Dispõe também de dois Hangares: "PAULO VIANNA", inaugurado em 1989, e "RICARDO KIRK", inaugurado em 1993. Todos estes imóveis pertencem a INFRAERO, entregues ao Aeroclube em regime de comodato.A atual Diretoria do AEROCLUBE DO BRASIL está priorizando, como um dos mais importantes projetos, a intenção de resgatar a memória histórica do Aeroclube. Trabalha também para dinamizar e modernizar suas atividades.

Compilado do trabalho RESUMO HISTÓRICO DO AEROCLUBE DO BRASIL do Sócio Benemérito J. BONIFÁCIO, economista, "Piloto de Recreio e Desporto", brevetado em Manguinhos em 1947.

Visite: www.aeroclubedobrasil.com.br

sábado, 11 de setembro de 2010

Datas Especiais

Os 30 anos do Esquadrão Puma
O Terceiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação - 3º/8º GAV - comemorou no último dia 10 de setembro seus 30 anos de história, reverenciando sua origem. Sediado na Base Aérea dos Afonsos, no Rio de Janeiro, o Esquadrão, conhecido como Puma, herdou a missão da Primeira Esquadrilha de Ligação e Observação - 1ª. ELO - que participou da campanha brasileira na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial. Integrante da Artilharia Divisionária da Força Expedicionária Brasileira – FEB - , a 1ª. ELO tinha como missão regular o tiro da artilharia e observar o campo inimigo. Os pilotos e os mecânicos dos aviões eram da FAB e os observadores aéreos, oficiais do Exército.
Toda a trajetória que começa em 1945, passa pela criação do Terceiro Esquadrão Misto de Reconhecimento e Ataque (3º EMRA) até a criação do 3º/8º GAV, em 1980, que ganha mais visibilidade, publicidade e destaque a partir de hoje.: Um Salão Histórico registrará numa linha do tempo a memória de cada fato que marcou o Esquadrão.
Operando atualmente com o helicóptero H-34 Super Puma, o esquadrão é responsável, entre outras missões, por busca e salvamento, socorro em voo, socorro a vítimas de desastres naturais, transporte especial, além de missões humanitárias. Em junho, por exemplo, a participação do 3º/8º GAV foi decisiva no esforço de ajuda aos desabrigados pelas enchentes nos estados de Alagoas e Pernambuco. “Prontidão, operacionalidade e altruísmo são as marcas desta equipe”, define o Comandante do Esquadrão Puma, Tenente-Coronel-Aviador Alexandre Anselmo Lima.Na cerimônia militar que marcou no último dia10 as comemorações dos 30 anos do Esquadrão Puma, três veteranos da 1ª. ELO foram homenageados: Orpheu Bertelli, de 86 anos, Geraldo Perdigão, de 88 anos e Sebastião Rubens Tecles, de 99 anos.
“Só o fato de não ter sido esquecido pela FAB e pelos colegas, depois de 65 anos, é um orgulho, uma honra”, revela emocionado Orpheu Bertelli que se apaixonou pela aviação por influência do primo, Alberto Bertelli, um ícone da aviação civil brasileira, campeão sul-americano de acrobacias aéreas em 1947. Voluntário da Forca Expedicionária Brasileira, Orpheu partiu para a Itália em 1944 com a 1ª. ELO. “Éramos os olhos avançados da artilharia no campo de batalha” explica este herói brasileiro.

Fonte: Agência Força Aérea

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Conhecimentos Técnicos

Estabilizador horizontal e profundor
O “Estabilizador Horizontal” (horizontal stabilizer em inglês) é a superfície horizontal da parte traseira da fuselagem usada para estabilizar ou balancear o avião. Previne movimentos de subida e descida do nariz. No estabilizador horizontal está o profundor. O “Profundor” (elevator em inglês) é a seção horizontal móvel da empenagem, anexada ao estabilizador horizontal, que proporciona ao avião mover-se para cima e para baixo, mediante movimentos longitudinais no manche. Durante a decolagem é usado para levantar o nariz e executar a subida.

Ninja-Brasil: versão para a web

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Parque de Material Aeronáutico

Os 75 anos do Parque de Lagoa Santa - MG
No dia 1° de setembro, o histórico Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa comemorou os 75 anos de lançamento da pedra fundamental das instalações do primeiro núcleo industrial de aviões e hidroaviões no Brasil.
À época, o evento contou com a participação do então presidente Getúlio Vargas e de diversas autoridades civis e militares do país. Na mesma data, houve o primeiro pouso e decolagem de uma aeronave em Lagoa Santa, realizados por um "WACO 1D8" da Armada.

Pesquise: Especial de Domingo, 30/05/10, Arquivo NINJA.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

EMBRAER

Empresa poderá exportar 12 KC-390 para a Colômbia
A Embraer participou no dia 1º de setembro de 2010, em Brasília, de cerimônia de assinatura da Declaração de Intenções entre os Ministérios da Defesa do Brasil e da Colômbia visando à participação do país vizinho no programa de desenvolvimento e na produção do jato de transporte militar KC-390. Este é o primeiro passo nas negociações bilaterais que definirão os termos e condições da participação da Colômbia no programa, e que
poderá resultar na implantação de uma fábrica de peças usinadas naquele país para atender ao mercado aeronáutico, e na aquisição, por parte do Governo Colombiano, de 12 aviões KC-390.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Esquadrilha da Fumaça

EDA encerra apresentações pela América do Norte
Após sete demonstrações no Canadá e EUA, para um público somado de cerca de um milhão de pessoas e com sobrevoo histórico sobre Nova Iorque, os oito T-27 (Tucano) da Esquadrilha da Fumaça e um C-130 do Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (Esquadrão Gordo) iniciaram o caminho de volta ao Brasil, em voos diários de 6 horas em média, partindo de Portsmouth, local da última apresentação, com escalas na Flórida, Porto Rico, Boa Vista e Anápolis.
A Esquadrilha ainda se apresentou na Base Aérea de Anápolis e nas festividades de hoje, 7 de setembro, em Brasília, antes de retornar a sua sede, em Pirassununga, na Academia da Força Aérea.Com um esforço de quase 500 horas de voo e um efetivo de 35 militares, a Esquadrilha da Fumaça representou, mais uma vez, a capacidade do piloto militar brasileiro, dividindo o brilhantismo das manobras com os Thunderbirds da Força Aérea Americana, os Blue Angels da Marinha Americana e os Snowbirds da Força Aérea Canadense.
As demonstrações da Fumaça no exterior possuem um caráter maior que representar a Força Aérea Brasileira, levam o nome do país para fora de nossas fronteiras. “Penso que o êxito foi obtido, pois mesmo com algumas adversidades meteorológicas presentes durante a viagem, por exemplo, o fato de não realizarmos o voo de aprovação exigido pelos órgãos de aviação dos Estados Unidos, que são sempre muito rigorosos, fomos autorizados a realizar a nossa demonstração. O voo em Nova Iorque fora das rotas normais das aeronaves e sempre muito controlado, também demonstra o conhecimento e a confiança que já depositam no Esquadrão de Demonstração Aérea da Força Aérea Brasileira”, disse o Tenente-Coronel-Aviador José Aguinaldo de Moura, comandante da Fumaça, no caminho de volta ao Brasil.
O final da viagem da Esquadrilha, bem como ela transcorreu, pode ser acompanhado através do site www.fab.mil.br ou no blog www.esquadrilhadafumaca.com.br/americadonorte_2010.

Fonte: CECOMSAER - Centro de Comunicação Social da Aeronáutica

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Vagas na Aeronáutica

Prorrogadas até 13 Set as inscrições para engenheiros
O Comando da Aeronáutica prorrogou as inscrições para a seleção de engenheiros voluntários à prestação do serviço militar temporário no ano de 2010. Os interessados têm agora até o dia 13 de setembro para disputar uma das 182 vagas oferecidas, nas seguintes áreas (especialidades): Engenharia Agrícola, Engenharia Cartográfica, Engenharia Civil, Engenharia da Computação, Engenharia de Alimentos, Engenharia de Telecomunicações, Engenharia Elétrica, Engenharia Eletrônica, Engenharia Mecânica, Engenharia Metalúrgica e Engenharia Química.
Podem concorrer ao preenchimento das vagas os brasileiros natos de ambos os sexos, desde que atendidas, dentre outras estabelecidas no Aviso de Convocação, as seguintes condições: ter menos de 38 anos de idade até o dia 31 de dezembro de 2010 - candidatos nascidos a partir de 1º de janeiro de 1973; estar prevista pelo menos uma vaga para a especialidade correspondente à sua graduação em engenharia na área de jurisdição do Comando Aéreo Regional (COMAR) correspondente ao seu local de residência; ter concluído com aproveitamento, em instituição de ensino superior reconhecida pelo Sistema Nacional de Ensino, curso superior (bacharelado) em engenharia, na especialidade objeto desse processo seletivo; ter exercido atividade profissional como Engenheiro, na área objeto desse processo seletivo, pelo período mínimo de 24 meses, em instituição pública ou privada; possuir no máximo, na data de incorporação, o total de seis anos de efetivo serviço prestado às Forças Armadas ou Forças Auxiliares, contínuos ou não, contabilizada qualquer espécie de serviço militar; encontrar-se em situação de regularidade junto ao conselho profissional correspondente, condição necessária ao exercício da profissão; e, se do sexo masculino, encontrar-se quite com o serviço militar até a data prevista para a incorporação.
O processo seletivo é regionalizado, sendo realizado na área de jurisdição de cada Comando Aéreo Regional (COMAR).
Para outras informações acesse www.fab.mil.br e veja a nota do blog do NINJA do dia 17 de agosto de 2010.

Fonte: Agência Força Aérea/COMGEP

domingo, 5 de setembro de 2010

Especial de Domingo

A ACADEMIA DA FORÇA AÉREA
A Academia da Força Aérea – AFA é um estabelecimento de ensino cuja finalidade é a formação, em nível superior, de homens e mulheres para o quadro de Oficiais da Ativa da Força Aérea Brasileira – FAB: Aviadores, Intendentes e de Infantaria. Está localizada na cidade de Pirassununga, cidade do interior do Estado de São Paulo, situada a 200 km ao norte da capital, às margens da Rodovia Anhanguera. A AFA, conforme divulgado no âmbito do NINJA – Núcleo Infantojuvenil de Aviação, é um dos portões de oportunidades para ingresso na FAB. A missão da Academia é forjar homens e mulheres, desenvolvendo, incentivando e aprimorando, em cada cadete, os atributos intelectuais, morais e físicos, de forma a obter-se, como produto final desse treinamento, oficiais capazes e eficientes, em condições de tornarem-se os verdadeiros líderes de uma moderna força aeroespacial. Os ensinamentos morais, científicos, militares e técnico-especializados são ministrados por oficiais dos diversos quadros da Força Aérea e por professores civis.
No Brasil, cadete é o jovem, brasileiro nato, que ingressa nas Forças Armadas pelo assentamento de praça nas respectivas fileiras. Cadete da Aeronáutica é o jovem que ingressa na Força Aérea, depois de preencher as condições legais de idade, escolaridade, aptidão física, exame médico e psicotécnico. É prerrogativa do cadete preparar-se para servir ao futuro da Pátria, ao amanhã da Nação, de forma a assegurar-lhe a incolumidade, a perenidade e a honra.
HISTÓRICO
A idéia de criar a Força Aérea remonta a I Guerra Mundial, quando coube à Marinha tomar a iniciativa de organizar o primeiro núcleo militar de aviação do Brasil. Estava, pois, dado o primeiro passo. Pelo Decreto no 12.167, de 23 de agosto de 1916, o então Presidente da República Wenceslau Braz, fundava a Escola de Aviação Naval, enquanto o Ministro da Marinha, Almirante Alexandrino Faria de Alencar, iniciava as negociações para a aquisição dos primeiros aviões Militares Brasileiros, a fim de equipar aquela Escola. Foram três Curtiss, modelo F, adquiridos dos Estados Unidos. O Exército só iria ter sua Escola de Aviação Militar após o término da Guerra. Em 15 de janeiro de 1919, pelo Decreto 13.417, foi aberto um crédito de dois mil contos de réis, para que se organizasse o serviço de Aviação Militar. O serviço foi provido de infra-estrutura, adquirindo-se aviões e outros materiais necessários. Foram contratados, também, professores para a escola, além de operários para a manutenção.
Com a criação do Ministério da Aeronáutica em de 20 de janeiro de 1941, sentiu-se a necessidade de intensificar a formação de pessoal. A Força Aérea, em eminente expansão, devido às necessidades da Guerra, às portas do Brasil, obrigou-se a um programa de aceleração imediata do ritmo de formação de pessoal navegantes e especialistas. Além disso, o novo Ministério acabava de herdar das aviações do Exército e da Marinha, uma duplicidade de centros de formação que, por razões óbvias, devia ser eliminada. Conseqüentemente, foram extintas a Escola de Aviação Militar e a Escola de Aviação Naval, enquanto era criada, no Campo dos Afonsos, a Escola de Aeronáutica, pelo Decreto nº 3,142, de 25 de março de 1941, que iria centralizar toda a formação de oficiais aviadores.
Em janeiro de 1942, foi designada uma comissão de oficiais aviadores, com a finalidade de escolher um novo local, isento das limitações do Campo dos Afonsos, para a construção da nova Escola de Aeronáutica. A escolha de Pirassununga decorreu das excepcionais características topográficas da área oferecida. No ano de 1949, o Ministério da Aeronáutica designou um grupo de oficiais para apresentar projeto sobre a nova Escola. Em 17 de julho de 1956, foi nomeada nova comissão para elaborar o projeto definitivo da Escola, que deveria atender as duas fases: mudança para Pirassununga do último ano do Curso de Formação de Oficiais Aviadores e, posteriormente, mudança completa da Escola.
Em 17 de outubro de 1960, foi inaugurado, em Pirassununga, SP, o Destacamento Precursor de Aeronáutica. Em 10 de julho de 1969, a Escola de Aeronáutica passou a denominar-se Academia da Força Aérea, e, em decorrência, o Destacamento passou a denominar-se Destacamento Precursor da Academia da Força Aérea. No ano de 1971, a Academia da Força Aérea foi transferida, definitivamente, do Campo dos Afonsos para Pirassununga.Hoje, a Academia dispõe de uma área construída de 215.246m², sendo 141.800m² de área administrativa e 73.246m² de área residencial. Para seu funcionamento, a AFA possui uma Estação de Tratamento de Água; sistema de energia elétrica, rede viária de 50 km e uma rede telefônica.
CURSOS
Atualmente, funcionam na Academia os seguintes cursos: Curso de Formação de Oficiais Aviadores (CFOAv), Curso de Formação de Oficiais Intendentes (CFOInt) e o Curso de Formação de Oficiais de Infantaria (CFOInf), sendo todos com duração de quatro anos. Ao ser matriculado, o jovem recebe as regalias e as responsabilidades inerentes à situação de Cadete. CORAGEM, LEALDADE, HONRA, DEVER e PÁTRIA constituem o Código de Honra do Corpo de Cadetes da Aeronáutica.
Matemática, Cálculo Diferencial e Integral, Informática, Eletricidade, Mecânica, Física, Química, Língua Portuguesa, Língua Espanhola, Língua Inglesa, Psicologia, Sociologia, entre outras disciplinas de nível universitário, dão o embasamento cultural necessário à formação acadêmica de futuros Oficiais Aviadores, Intendentes e de Infantaria. Educação Física e Instrução Militar são ministradas diariamente, dentro de rígidos padrões.Os cadetes aviadores iniciam a instrução aérea no 1º semestre da 2ª série, voando o T25 Universal, avião de instrução primária/básica de fabricação nacional, e, nessa aeronave, voam cerca de 75 horas. Na 4ª série, os cadetes realizam a sua instrução na aeronave T27 Tucano, turboélice de instrução avançada, também de fabricação nacional, no qual voam cerca de 125 horas. Aerodinâmica, Propulsão a Jato, Navegação Aérea, Tráfego Aéreo, Inglês Técnico e Meteorologia completam o currículo técnico-especializado do Curso de Formação de Oficiais Aviadores.
Os Cadetes Intendentes estudam em laboratórios de administração e intendência, onde aprendem a ciência e a tecnologia moderna da gestão econômico-financeira e dos serviços especializados de intendência, preparando-se assim para as tarefas de um combatente de superfície.
Os cadetes Infantes estudam Métodos de Defesa e Segurança das Instalações Militares, Emprego de Defesa Antiaérea de Aeródromos e Sítios, Comando de Frações de Tropas e de Equipes Contra-Incêndio, Legislação Militar, Emprego de Armamento, Serviço Militar e Mobilização, entre outras.
Os cadetes desfrutam, dentre as atividades de lazer nos fins de semana, de diversos clubes com atividades dirigidas por eles próprios e supervisionadas por Oficiais. Esses clubes recebem suas denominações de acordo com a atividade que desenvolvem: Clube de Voo a Vela, Clube de Aeromodelismo, Clube de Plastimodelismo, Clube de História Militar, Clube de Literatura, Clube de Informática, Clube de Tiro, Clube das Gerais e Centro de Tradições Gaúchas e Clube de Tradições Nordestinas.
INGRESSO NA AFA
O ingresso na AFA ocorre mediante concurso público, conforme requisitos em edital específico, divulgados entre os meses de maio e junho, pelos endereços eletrônicos da FAB e da AFA. É preciso que os candidatos, homens e mulheres, na faixa de idade exigida, tenham concluído até a data da matrícula no ano seguinte o ensino médio.

Texto: Adaptado pelo NINJA – Núcleo Infantojuvenil de Aviação, a partir do conteúdo no endereço eletrônico da AFA.
Visite: www.afa.aer.mil.br e www.fab.mil.br