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Voar é um desejo que começa em criança!

domingo, 19 de setembro de 2010

Especial de Domingo

A fábrica de aviões Aerotec
A proximidade do CTA ensejou a instalação de indústrias aeronáuticas em São José dos Campos, SP, antes mesmo da criação da Embraer. É o caso da sociedade Aerotec, fundada em 1962. Em junho de 1965, voava o protótipo de primeiro avião projetado pela empresa: o Uirapuru.Seguindo a tradição de outras empresas aeronáuticas de médio porte que haviam surgido no país, a Aerotec iniciou suas atividades desenvolvendo um avião de treinamento primário. O Uirapuru é um monomotor metálico de asa baixa, dois lugares e motor Lycoming de 160 cavalos. Tendo construído dois protótipo e realizado ensaios em voo, a Aerotec buscou e obteve uma encomenda do Ministério da Aeronáutica.
Em outubro de 1967, foi contratada a construção de 30 dessas aeronaves para as substituição dos aparelhos T-21 e T22 na instrução primária de pilotos militares. Posteriormente, a Aerotec obteve nova encomenda de 40 aeronaves, conseguindo ainda exportar 18 aparelhos para a Bolívia e Paraguai.
Depois de quinze anos de existência, a empresa chegou a empregar trezentos funcionários, produzindo partes e peças para o avião agrícola Ipanema e também para os aviões da linha Piper, todos fabricados pela Embraer. Mas o fim do contrato com o Ministério da Aeronáutica lançava a empresa numa crise financeira.
A Aerotec havia produzido 130 aviões “Uirapuru”, 100 dos quais para o mercado militar brasileiro. O mercado civil e o mercado externo não eram suficientes para oferecer rentabilidade à companhia, que se viu na contingência de demitir dois terços de seus funcionários.
A Aerotec decidiu então projetar um novo e mais moderno avião de treinamento primário, que pudesse substituir o Uirapuru na Academia da Força Aérea.
Em 1979, o Ministério da Aeronáutica contratava a empresa para realizar o projeto do novo avião e, em março de 1981, a aeronave realizava seu primeiro voo.Denominado Tangará, o avião era um monomotor metálico para treinamento, dotado de motor Avco Lycoming de 160 cavalos. Mas o Ministério da Aeronáutica não realizou encomendas do aparelho à empresa, que a partir de então se limitou a produzir partes e peças para a Embraer.

Fonte: Vencendo o Azul, do historiador João Alexandre Viégas / www.museutec.org.br