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Voar é um desejo que começa em criança!

domingo, 5 de agosto de 2012

Especial de Domingo

FAB celebra 30 anos da presença da mulher em sua história
A FAB – Força Aérea Brasileira celebra os 30 anos da criação do Quadro Feminino, ocorrido em 1º de agosto de 1982. Naquele ano, 150 Oficiais e 152 graduadas formavam o chamado Quadro Feminino de Oficiais da Reserva (QFO), no Rio de Janeiro, e Quadro Feminino de Graduados da Reserva (QFG), em Belo Horizonte, respectivamente. Nas aeronaves, pistas, hangares, escolas de formação, hospitais, controle de tráfego aéreo e nas unidades administrativas, as mulheres estão cada vez mais presentes na Força Aérea Brasileira (FAB). Nos últimos 10 anos, a presença feminina nos quadros profissionais cresceu 154%. Em 2002, elas eram 3.249 e, atualmente, são 8.284 militares. Com passar dos anos, elas têm destacado, inclusive ocupando cargos de liderança e chefia, em áreas antes tipicamente masculinas. Em 2012, completam-se 30 anos do ingresso da mulher na FAB. Nestas três décadas, as oficiais e graduadas acumularam muitas vitórias e entraram para história das Forças Armadas. Em 2003, a então Cadete-Aviadora Gisele Cristina Coelho de Oliveira foi primeira piloto militar a voar sozinha em uma aeronave da FAB no Brasil. Ela voou um planador TZ-23 do Clube de Voo a Vela da Academia da Força Aérea (AFA) - na década de 90, uma cadete-intendente já tinha voado em planador (hoje, Capitão Intendente Sheyla Fernandes Sales). No ano seguinte, a então Cadete-Aviadora Fernanda Göertz tornou-se a primeira piloto militar a solar um avião de instrução básica (T-25) na AFA. Em 2008, a Tenente Márcia Regina Laffratta Cardoso tornou-se a primeira aviadora a ser declarada Piloto de Busca e Salvamento. Já em no ano de 2009, pela primeira vez, uma dupla feminina comandou uma missão. As tenentes-aviadoras Joyce de Souza Conceição e Adriana Gonçalves, do Sétimo Esquadrão de Transporte Aéreo (7º ETA), decolaram de Manaus (AM) em um C-98 Caravan em direção a Parintins (AM). Ainda em 2009, a 3º Sargento Vanessa Felix se tornou a primeira militar da Força Aérea a conquistar o brevê de paraquedista. Seu primeiro salto aconteceu na Base Aérea dos Afonsos, no Rio de Janeiro (RJ). No ano seguinte, durante a Reunião da Aviação de Asas Rotativas, a 3º Sargento Pollyana Soares de Aredes foi a primeira mulher a atirar com uma metralhadora Minigun, de um Helicóptero H-60 Black Hawk. Ela serve no Esquadrão Harpia (7º/8º GAv), sediado em Manaus. Já em 2011, a Tenente Carla Alexandre Borges se tornou a primeira aviadora a assumir o comando de uma aeronave de caça de primeira linha da Força Aérea, um A-1. O voo solo aconteceu na Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro. No mesmo ano, a Tenente Juliana Barcellos Silva, que fez parte da primeira turma de aviadoras da Academia da Força Aérea, foi a primeira mulher a atuar como instrutora de voo na AFA.

1982: as pioneiras
As primeiras mulheres militares da FAB ingressaram em 1982 no Corpo Feminino da Reserva da Aeronáutica, que abrange o Quadro Feminino de Oficiais da Reserva da Aeronáutica (QFO) e o Quadro Feminino de Graduados da Reserva da Aeronáutica (QFG). As primeiras turmas de graduadas foram formadas no então Centro de Instrução de Graduados da Aeronáutica, em Belo Horizonte (MG), atualmente Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), e as de oficiais, no Centro de Instrução Especializada da Aeronáutica (CIEAR), no Rio de Janeiro.
O ingresso de mulheres na Academia da Força Aérea no Quadro de Oficiais Intendentes foi autorizado em 1995. Oito anos depois, em 2003, a AFA recebeu as primeiras mulheres para o Curso de Formação de Oficiais Aviadores. As mulheres puderam ingressar na Escola de Especialistas de Aeronáutica a partir de 2002. A turma Império Azul do Curso de Formação de Sargentos recebeu 287 alunos, dos quais 56 eram mulheres. As mulheres podem ingressar na Força Aérea através de escolas de formação de sargentos e oficiais. Todos os exames de seleção, independente da escolaridade exigida, obedecem as seguintes etapas: prova teórica – nos concursos de nível superior exige também conhecimentos especializados, exame de aptidão psicológica, teste de avaliação do condicionamento físico, inspeção de saúde e, em alguns concursos, prova de títulos e prova prática. Atualmente, as militares ocupam postos de 3° sargento até tenente-coronel. Futuramente, poderão atingir a maior patente da instituição, a de tenente-brigadeiro-do-ar. Todas elas passam por um treinamento que pode durar de 13 semanas, no caso das oficiais temporárias, até quatro anos, no caso das formadas pela Academia da Força Aérea.  As mulheres, ao lado dos homens, recebem instruções militares que incluem uso de armamento e preparação física, além da formação específica para as áreas onde vão atuar.  A Força Aérea oferece oportunidades para mulheres de 18 até 42 anos, de nível médio e superior. Além das especialidades militares, como aviadoras, intendentes e sargentos especialistas, as mulheres podem exercer na FAB funções como médicas, enfermeiras, professoras, jornalistas, publicitárias, assistentes sociais, psicólogas, advogadas, dentre outras especialidades.

Escolas de Formação: 

Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR) - Guaratinguetá (SP); Academia da Força Aérea (AFA) - Pirassununga (SP); Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) – São José dos Campos (SP) e Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR) - Belo Horizonte (MG).

Fonte: FAB