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Voar é um desejo que começa em criança!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Carreiras na Aviação

Cresce número de mulheres pilotando aeronaves
Cruzando os céus a bordo de aeronaves comerciais e até da Força Aérea Brasileira (FAB), as mulheres estão voando alto na carreira. Aos poucos, as delicadas mãos femininas assumem cada vez mais o comando de aviões que pesam toneladas. Na aviação civil elas conquistam mais espaço. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em 2009 foram concedidas 59 licenças. Em 2012, o número subiu para 185. Na carreira militar, elas também fazem história nos ares. A tenente-aviadora Adriana Gonçalves, de 28 anos, foi a 1ª mulher a pilotar o maior avião da FAB: um Boeing 707, modelo KC 137. A aeronave mede mais de 46 metros de comprimento, 44 de envergadura e pode atingir 800 km/h. O feito foi conquistado em 2012, exatamente 6 anos após ela ter se formado na 1ª turma para oficiais aviadoras da Academia da Força Aérea. Segundo a FAB, a presença feminina na corporação cresceu 154% entre 2002 e 2012. “Com passar dos anos, elas têm se destacado, inclusive ocupando cargos de liderança e chefia em áreas antes tipicamente masculinas”, diz o site da corporação. Quem está nos ares há bastante tempo é a comandante Maria Medeiros, que entrou para o mercado da aviação há mais de 20 anos.  
                                     
Ainda no começo, Maria tornou-se comissária de bordo para custear o curso de pilotagem e, depois, tornou-se instrutora de voo. Desde 2000, ela passou a ocupar a poltrona na cabine de comando de aeronaves e é assim que pretende se aposentar. “Hoje a aviação comercial não discrimina mais as mulheres. O treinamento é altamente profissional e as empresas aéreas já entenderam o quão importante é o papel da mulher em todos os setores”, diz. A rotina dos pilotos nem sempre é fácil, mas a comandante Priscila Schepis de Mello, de 37 anos, afirma que vale a pena. Ela, que viaja a costa brasileira, passa 15 dias a trabalho no comando de um táxi aéreo transportando funcionários para as plataformas de petróleo, atividade também dominada por homens. “Alguns dizem que é melhor pouso que já sentiram. Nós somos mais sensíveis”, diz. Priscila admite que estar entre as nuvens é uma verdadeira paixão. “Estar próximo do céu é uma sensação de realização plena”, diz. Quando está a trabalho, a saudade do filho e de casa é compensada por conversas via internet e telefone. Foi transformando em realidade este sonho de meninos e meninas já crescidos (os cadetes) que a tenente-aviadora Juliana Barcellos, a primeira instrutora de voo da FAB, trabalhou por 3 anos.
De volta ao comando de aeronaves, foi ela quem ensinou até o ano passado os aspirantes a comandante, que entraram sem a mínima noção de pilotagem, a realizarem, entre outras coisas, as manobras e acrobacias que tanto encantam o público. “Não há diferença entre homens e mulheres. Todos têm dificuldades do mesmo jeito”, afirma a tenente Juliana. 

Fonte: www.folhauniversal.com.br