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Voar é um desejo que começa em criança!

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Transporte Aéreo

100 anos do primeiro voo comercial
Tony Jannus

No dia 1º de janeiro de 1914, um voo de 23 minutos que levava a bordo apenas um passageiro marcaria o início de uma revolução no mundo: a criação da avião comercial. Cem anos depois, o setor se transformou em um dos pilares da globalização, com mais de 8 milhões de passageiros por dia. Para o futuro, as empresas aéreas não escondem sua meta ambiciosa: atrair a nova classe média de mercados emergentes para continuar a expandir o setor. Nos próximos anos, 1 bilhão de novos passageiros deve se somar ao número de viajantes. Quase todos eles virão de países em desenvolvimento, principalmente da China. O primeiro piloto e o primeiro passageiro de um voo comercial dificilmente poderiam imaginar o que eles estariam inaugurando. Naquele 1º de janeiro, o avião que deixou a cidade de St. Petersburg, na Flórida, em direção a Tampa, não sabia ao certo o destino daquela aventura. No comando da aeronave de madeira estava um jovem de 25 anos, Tony Jannus, que poucos anos mais tarde morreria treinando outros pilotos durante a Primeira Guerra Mundial. Ao seu lado estava o único passageiro - Abram Phell, que até um dia antes era o prefeito de St. Petersburg. Ele pagou US$ 400 pelo voo, o equivalente hoje a quase US$ 10 mil. Isso tudo para ganhar tempo - o mesmo percurso de trem duraria 11 horas. Antes de decolar, o dono da companhia aérea St. Petersburg-Tampa Airboat Line, Percival Fansler, discursou diante de quase 3 mil pessoas. "O que parecia impossível ontem é uma realidade hoje", disse. A travessia não ocorreu sem sustos. A correia do motor acabou caindo e o avião teve de pousar por alguns instantes na água. O piloto e o passageiro tiveram de arrumar o motor e ambos chegariam ao destino final com as mãos sujas de graxa. Nos quatro meses seguintes, a empresa aérea levaria 1,2 mil pessoas pelo trajeto proposto. Mas bastou as autoridades retirarem os subsídios da empresa e a aventura entrou em falência. Apesar disso, a visão de um empresário abriu caminho para outros empreendedores, que investiram em linhas locais. Nos meses seguintes, um serviço entre a ilha de Catalina e Los Angeles foi inaugurado. Em 1919, a primeira rota ligando Nova York a Atlantic City, em New Jersey, seria aberta com aviões da Primeira Guerra Mundial. No mesmo ano, uma nova rota entre a Flórida e o Caribe também foi inaugurada. Por enquanto, o maior avião comercial da era moderna é o Airbus A380, com capacidade para 800 passageiros. Os mais ambiciosos acreditam que, nos próximos 50 anos, a aviação vai mudar de forma radical. "Não tenho dúvida de que, no espaço de uma geração, poderemos voar de Londres para Sydney em duas horas", disse Richard Branson, o polêmico presidente da Virgin Atlantic Airways. Já Ben Baldanza, CEO da Spirit Airlines, aponta que, em 100 anos, será a própria aviação que será obsoleta. "Tecnologias como uma espécie de 'Google, me coloque ali' serão implementadas nos mapas, tornando as viagens aéreas como nós as conhecemos como um produto do passado remoto."