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sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Navegação Aérea

ILS Cat 2 em Porto Alegre aumenta disponibilidade do aeroporto
No final do mês de junho de 2014, o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, iniciou as operações com o Sistema de Pouso por Instrumentos Categoria 2, ILS 2. O conjunto de equipamentos, que permite pousos e decolagens em meio à neblina, com teto baixo e pouca visibilidade, para pilotos habilitados e aeronaves homologadas, tem cumprido com as expectativas de diminuir em até 50% os transtornos no aeroporto. Em 30 dias de operação, a partir de 21 de junho de 2014, o Salgado Filho esteve fechado por 7h15min, redução significativa frente às 19h15min do mesmo período do ano passado. Nesses primeiros 30 dias de operação, a capital gaúcha teve seis dias de nevoeiro forte, segundo a Somar Meteorologia. Desses, em três o ILS 2 não foi suficiente, e o Salgado Filho precisou interromper as operações durante o início da manhã. Isso porque o sistema só é eficaz quando a visibilidade seja de pelo menos 400 metros na cabeceira da pista – com o ILS 1 a visibilidade só era possível a até 800 metros –, distância mínima exigida para que o piloto tenha contato visual e possa pousar com segurança. Do contrário, a aterrissagem não é possível, já que o último instante da aproximação deve ocorrer com o piloto tendo o contato visual com o solo. Na avaliação do piloto e professor da faculdade de Ciências Aeronáuticas da PUCRS, Claudio Roberto Scherer, o ILS 2 não pode ser considerado a solução definitiva para o Salgado Filho. Ele explica que o sistema é eficiente dentro da sua margem de 400 metros, mas que em casos de neblina muito cerrada, não adiantará, e o aeroporto precisará ser fechado até que as condições se restabeleçam. – As operações melhoram com certeza. Mas é preciso levar em consideração a intensidade dessa neblina, e quanto mais forte, menos provável que o ILS 2 consiga operar – salienta Scherer. Outra questão apontada por Scherer é quanto à homologação das aeronaves que pousam no Salgado Filho. Além de autorização da Agência Nacional de Aviação (Anac), os pilotos devem estar treinados para usar a tecnologia. Aviões de menor porte e executivos, por exemplo, podem não ter os requisitos para operar com o ILS 2 e só operariam nas condições para o sistema ILS categoria 1.