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Voar é um desejo que começa em criança!

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Tecnologia

UFRN cria GPS para foguetes
Desenvolver e inovar pela independência tecnológica e para facilitar estudos científicos brasileiros. Esses são os objetivos do “aeroGPS”, projeto criado e desenvolvido por um professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e pioneiro no Brasil. Já lançado seis vezes em foguetes suborbitais e utilizado em praticamente todos os lançamentos da Agência Espacial Brasileira (AEB), agora será aprimorado para uso em satélites. O último lançamento de foguete com aeroGPS ocorreu na noite de 1º de setembro de 2014, no Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão. “É um equipamento de localização e velocidade aprimorado, mais preciso que os radares usados hoje em dia no Brasil. Mas isso não os substitui, eles se acrescentam”, resumiu o professor Francisco das Chagas Mota, que desenvolveu software específico para foguetes. Executado, testado e bem-sucedido, o projeto nasceu em 2001 nos Estados Unidos, mas começou a se desenvolver para sua aplicabilidade atual em 2006, no laboratório de Engenharia da Computação e Automação da UFRN, graças a um edital da AEB para projetos que visam desenvolver equipamentos a serem usados pela agência. “A AEB é financiadora por edital que dura dois anos e estamos conseguindo renovar. Recebemos R$ 400 mil para equipamentos e material para montagem de cerca de 30 GPS”, explica. Segundo ele, o custo unitário de um aparelho desse fica em torno de R$ 200 e são usados cerca de dois por ano. A importância do desenvolvimento desse GPS no país, segundo Francisco Mota, é para facilitar o acesso a esse tipo de equipamento no Brasil. Para importar o produto o custo é alto e é preciso atender ao Internacional Traffic in Arms Regulations (Itar), ou “Normas para Tráfego Internacional de Armas” em tradução livre. “É preciso atender ao Itar, uma série de quesitos que vão avaliar em que será usado, de que forma, até com visita ao laboratório, porque o aeroGPS é considerado equipamento de risco, já que pode ser usado em mísseis”, conta o professor. Segundo ele, esse é um equipamento estratégico e vantajoso, de importância fundamental pela parte de localização de um foguete, o que pode para levar a certa autonomia tecnológica do país. Outra parceria destacada pelo professor Francisco Mota foi com o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), de São José dos Campos, no interior do Estado de São Paulo.