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quarta-feira, 23 de março de 2016

Busca e Salvamento

Localizadores de emergência devem ser registrados no BRMCC
Os proprietários de aeronaves e embarcações que possuem balizas de emergência 406MHz (ELT e EPIRB) ou localizadores pessoais (PLB) poderão gerenciar os registros de seus equipamentos junto a um novo sistema de cadastro, o INFOSAR. Com a novidade, os usuários têm autonomia para gerenciar as informações no banco de dados nacional de balizas. Os equipamentos fazem parte de uma rede de busca e salvamento, coordenada pela Força Aérea Brasileira (FAB). Ao serem acionados - em casos de acidentes aéreos ou marítimos - emitem sinais de alertas captados por satélites que são enviados ao Centro Brasileiro de Controle de Missãop (BRMCC) e repassados aos Centros de Coordenação de Salvamento. O INFOSAR disponibiliza o cadastro, a edição, a exclusão e a visualização dos registros e o histórico de acionamento. Antes da mudança, era necessário enviar uma solicitação via-email ou fax ao BRMCC para realizar o registro. A administração das informações era feita por um operador da unidade militar, que inseria os dados manualmente em um banco de dados interno. Agora o usuário tem autonomia para gerenciar os dados técnicos da baliza, do proprietário, dos contatos de emergência e dos dados da aeronave. “É importante notar que, quando a baliza encontra-se registrada, rapidamente é identificada a natureza do sinal transmitido, e por meio de uma simples ligação telefônica, agilizamos o envio dos recursos de salvamento, quando se trata de acionamento real”, explica um dos operadores do BRMCC, Sargento Renato Marques Monteiro. O alerta chega à unidade da FAB em média de três a dez minutos após o acionamento da baliza, além disso, é fornecida a localização do sinal emitido.

Registro no BRMCC
O BRMCC solicita que o usuário que já havia registrado sua baliza junto à unidade recadastre o equipamento pelo endereço infosar.decea.gov.br. É necessário criar uma conta. A partir daí serão gerados login e senha, e, assim, o usuário terá acesso ao sistema. “O nosso sistema traz a necessidade de que todos os proprietários recadastrem suas balizas, visto que ali constam informações que não existiam no banco de dados anterior. Para fins de busca e salvamento, o registro de ELT 406 MHz é obrigatório no Brasil além de ser simples, rápido e livre de quaisquer taxas”, esclarece o militar. Para aqueles que ainda não possuem o registro, o procedimento é o mesmo. Além de proporcionar autonomia ao usuário, o sistema também disponibiliza uma série de ferramentas administrativas e operacionais, como relatórios, integração com o banco de dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) e integração com o sistema de busca e salvamento COSPAS-SARSAT. Um exemplo prático da utilidade dos equipamentos localizadores ocorreu em fevereiro de 2015, o holandês Ebrahim Hemmatnia ficou a deriva no oceano Atlântico, a uma distância de 810 quilômetros da costa brasileira, quando a embarcação em que estava quebrou. O aventureiro foi resgatado graças ao acionamento do Emergency Position-Indicating Radiobeacon (EPIRB), que emitiu um sinal de emergência captado por satélites e retransmitidos ao BRMCC. Equipes da FAB e da Marinha foram deslocadas para prestar o socorro.