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terça-feira, 4 de abril de 2017

Espaço

INPE cria novo combustível para foguetes e satélites
Um combustível limpo e mais barato para foguetes e motores de satélites foi desenvolvido no Laboratório Associado de Combustão e Propulsão (LCP) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). À base de etanol e etanolamina, o novo combustível é combinado ao peróxido de hidrogênio concentrado e começa a queimar espontaneamente, sem a necessidade de uma fonte de ignição externa. Localizado na unidade do INPE em Cachoeira Paulista (SP), o LCP é o único laboratório no Brasil que concentra peróxido de hidrogênio (popularmente conhecido como água oxigenada) para uso aeroespacial. "A eficiência é próxima a dos propelentes tradicionalmente utilizados em propulsão, a hidrazina e o tetróxido de nitrogênio. Porém, os nossos propelentes não são nocivos a saúde, ao contrário da hidrazina que é cancerígena e do tetróxido que é fatal a uma exposição de 10 minutos a uma concentração de 200 ppm no ar", explica Ricardo Vieira, chefe do LCP/INPE. O novo combustível pode ser usado em motores de apogeu, ou seja, de transferência de órbita de satélites ou, ainda, em últimos estágios de veículos lançadores "O mais interessante é comparar o custo destes propelentes. A importação de hidrazina e de tetróxido de nitrogênio custa, respectivamente, R$ 712,00/kg e R$ 1.340,00/kg. Já o peróxido de hidrogênio 90% é preparado no LCP a um custo aproximado de R$ 15,00/kg e o combustível à base de etanol/etanolamina de R$35,00/kg", completa Vieira.

Fonte: INPE