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Voar é um desejo que começa em criança!

domingo, 31 de dezembro de 2017

Especial de Domingo

Neste último dia do ano, voltamos a publicar um magnífico conteúdo do blog Pery de Serra Negra.
Texto inspirador para quem deseja aprender a voar é, também, um exemplo da extraordinária capacidade didática do saudoso Pery Lamartine.
Boa leitura.
Bom domingo!
Feliz 2018!!

APRENDENDO A VOAR COM DOZE AULAS
Paulistinha CAP-4 fabricado no Brasil 

Nos anos 40 (1940/50), no tempo da “Campanha Nacional de Aviação”, o ensino nessa área era muito elementar, mesmo porque os aviões que se usavam para formar “Pilotos Privados”, eram também muito simplificados e exigia pouco, tanto do Instrutor como do aluno. No ano de 1947, fui instrutor no Aeroclube de Joinville/Santa Catarina, onde preparei uma turma de pilotos. Com a precariedade de manuais, tanto para os alunos como para o instrutor, cuidava-se muito mais da parte prática dos voos do que da teoria necessária para o aluno-piloto. Naquele período, adotei o roteiro que segue abaixo, orientado que fui durante o aprendizado no curso realizado no Aeroclube de Pernambuco. Enquadrar o curso dentro de doze aulas, que seriam repetidas quantas vezes fossem necessárias, dependendo do grau de aproveitamento do aluno. Naturalmente que era um sistema bastante simplificado, mas funcionava e poderia servir de referência para o curso dado hoje, dentro da modernidade experimentada pela aviação. 

Cabine de controle do Paulistinha 

Providências prévias:
Informações para o candidato que pretendia iniciar na aviação esportiva. O ideal era procurar um Aeroclube para fazer o treinamento mais econômico; antes mesmo de pensar no avião, o aluno teria de submeter-se à exames de saúde, cuja orientação era encontrada nas secretarias dos Aeroclubes. Depois de aprovado na saúde, fazia uma parte teórica necessária, para que ele se familiarizasse com o avião e tomasse conhecimento dos regulamentos que regiam às Leis brasileira nesta área. Era tudo muito rápido e de fácil compreensão. Os Aeroclubes dispunham de monitores para dar esses ensinamentos. Só então se entrava na parte prática, que seria dada em aviões do tipo “trainers”, com duplo comando, por serem eles, os mais simples e os mais fáceis para o aluno aprender. 



1ª Aula:
Pode ser chamado “voo de adaptação”. O monitor (ou Instrutor) levava o aluno para um voo panorâmico de pelo menos 20 minutos; antes de pousar fazia umas “manobras acrobáticas” a fim de sentir a reação do aluno. Nesta oportunidade não se devia ensinar nada pois o aluno não estava preparado para absorver os ensinamentos. Normalmente na volta ele sentia enjoado e tremulo, mas isso era normal e não era motivo para o corte a menos que ele próprio tomasse a decisão de desistir. Em toda turma acontece os desertores. Depois do pouso, fazia-se um “briefing” para saber o que tinha se passado com o aluno durante o voo e se iria continuar. 

2ª Aula:
Nesta aula já começava o ensinamento com a inspeção do pré-vôo. O avião nos calços,ficava estacionado no pátio em frente ao hangar . O Instrutor fazia a inspeção geral, acompanhado do aluno, mostrando os pontos que deveriam ser verificados; o trem de pouso, pneus, fixação dos lemes, das asas e ausências de rasgões na tela; se tudo estava normal, autorizava-se o aluno ocupar o lugar do piloto, ajustava-se a posição do assento e afivelava-se o cinto de segurança. O Instrutor ocupava o seu assento na poltrona dianteira. (Aqui vai um esclarecimento: Nesse tipo de avião, o aluno ocupa o assento traseiro pelo simples fato de que no voo solo ele terá que ocupar esse lugar para equilibrar o balanceamento e o centro de gravidade da aeronave). 

Piper J-3 

Atenção
Normalmente esses modelos de avião usados para as aulas iniciais são despojados de equipamentos dispensáveis; são muito simples, não tem “start” (motor de arranque), para fazer o motor funcionar, aciona-se através da hélice. A fim de evitar acidentes terá que haver um diálogo entre o aluno e a pessoa (mecânico) que está movimentando a hélice. O diálogo dá-se do seguinte modo: - Magnetos desligados ? Fala o mecânico. O aluno examina a chave de contatos na posição desligados e responde: OK !... A hélice é movimentada manualmente duas ou três vezes pelo mecânico, que pede: Contato !... O aluno responde a palavra 'Contato' e só depois é que liga os magnetos. A essa altura o motor já funcionando, deixava-se a mil rotações (RPM) uns cinco minutos para aquecer, até atingir a temperatura 40 C. Enquanto esperava o instrutor ia dando informações sobre o voo daquele dia. Cheque de motor, decolagem, saída do tráfego do aeroporto, voo de subida em curvas de 45 graus, nivelar, voo de cruzeiro, neste ponto se fazia os ajustes no compensador para que o avião ficasse estabilizado. O Instrutor ia pilotando o tempo todo para familiarizar o aluno com o avião. Pede que ele acompanhe com a mão sobre o manche, sem apertá-lo, simplesmente para sentir o comando, ver a paisagem e habituar o ouvido as mudanças bruscas de altitude. Lá em cima ele tentava explicar as funções dos comandos. No manche são concentrados quatro comandos: de subida manche para trás, de descida, manche para frente, curva para direita ou esquerda usando sempre o manche . O comando dos pedais faz o avião mudar de rumo. O uso coordenado desses comandos(manche e pedais), com o decorrer dos exercícios, era o que o aluno teria que aprender. Terminada a aula, a descida se daria ao contrário, sempre o aluno acompanhando através do manche, sem no entanto, tomar qualquer ação. Normalmente é o pouso que impressiona o aluno; ver o chão aproximando-se e não saber quando o instrutor vai tomar alguma providência. Depois do pouso e estacionamento da aeronave, era comum o aluno deixar o avião bastante excitado e trêmulo. Nenhuma dessas reações desclassificava o aluno para o curso, a menos que ele próprio, com a sua auto avaliação, desistisse. 

Paulistinha - CAP-4 


3ª Aula:
O instrutor começava a transferir para o aluno algumas funções acompanhando-o de perto: a inspeção da pré decolagem, seguindo o roteiro já dado na aula anterior. Lembrando que se tratava de um monoplano de asa alta construída em armação de aço e alumínio com cobertura de tela. Trem de pouso fixo com feios hidráulicos, bequilha comandada (aquela rodela na cauda), lemes vertical e horizontal ligados ao manche (comando de mão dentro da cabine) e a fuselagem construída com tubos de aço inoxidável cobertos com tela. Nesse modelo usava-se um motor de 65 HP e hélice de madeira. 

Informações da cabine:
espaçosa para dois lugares em tandem (em fila), comando duplo (tanto o da mão como dos pés), freio de estacionamento, comando do estabilizador (compensador), chave de contatos dos magnetos, bagageiro atrás do assento traseiro. 

No painel os instrumentos: 
Contagiros( RPM – rotações da hélice), velocímetro (KPH ou MPH quilômetros ou milhas por hora), bússola, indicador de pressão do óleo e da temperatura do motor e nível de curvas. Era o mínimo de que se necessitava para um avião “trainer” poder ser usado. 

4ª Aula:
Esta aula era para o aluno identificar e entender as funções dos comandos. Ela começava com o avião ainda no estacionamento. O comando de asas chama-se “ailerons”; são ranhuras móveis no bordo de fuga das asas (uma em cada lado), com o objetivo de fazer o avião girar para a esquerda ou para direita quando se vai fazer uma curva. Elas funcionam conjugadas, quando uma sobe a outra desce. 


Na figura apresentada do avião, são identificados na asa além dos ailerons, os flaps que são freios aerodinâmicos, para facilitar o pouso ou ajudar nas decolagens. Nos pequenos aviões, esse equipamento é dispensável. O aluno só vai ter contato com eles quando passar para um avião mais pesado. Os lemes - o avião tem dois comandos localizados na cauda: um vertical (leme) destinado a manter ou mudar o rumo do voo e outro horizontal (profundor) destinado a manter o vôo horizontal, subir ou descer. Os lemes são compostos de duas partes: uma fixa e outra móvel. As partes fixas servem para nelas serem montadas as partes moveis. Estão todas localizadas na cauda do avião. Dentro da cabine são encontrados os comando que atuam nos “ailerons” e nos lemes. Trata-se de uma peça metálica, em forma de bengala que está conectada aos “ailerons” e o leme horizontal. O leme vertical ou de direção é conectado aos pedais. Na cabine ainda se encontra uma pequena manivela que regula a posição do leme horizontal, a manete de aceleração do motor e a chave elétrica dos magnéticos. Já todo identificado, partia-se para voar, a fim do aluno sentir e entender os comandos do avião. Depois daquele ritual,o pré-voo que o aluno fazia diante do instrutor embarcavam para a decolagem. Na rolagem para a cabeceira da pista o instrutor já começava a entregar algumas funções ao aluno para que ele começasse a raciocinar sobre o domínio da máquina. Nesse modelo de avião, aluno no assento traseiro, não consegue ver a frente. O instrutor ensina fazer a rolagem em “S” e pára a 45 graus da pista de onde pode-se ver toda a área de decolagem, aguardando a autorização torre de controle se ali houver. Caso negativo o piloto ver se a área está desimpedida, centraliza o avião no eixo da pista e acelera. (Aqui vale uma observação – nunca desperdiçar para trás um pedaço da pista, ela poderá lhe fazer falta lá na frente, numa emergência). Nesse estágio do curso, o instrutor levava o aluno lá para cima afim de que ele, com suas próprias mãos experimente as reações dos comandos quando acionados. Curvas para direita e para esquerda com diversas inclinações, vôos de subida e de descida, vôo planado sem motor, acelerar e reduzir o motor, mostrar ao aluno o ponto crítico em baixa velocidade quando o avião cai em perda (stal); claro que esse treinamento terá que ser repetido daí para frente em varias aulas até que o aluno se torne auto suficiente. No retorno para o pouso, o instrutor continuava entregando ao aluno alguns momentos para que ele se familiarizasse com tudo. Até ao pouso o aluno devia acompanhar com a mão no manche e com certeza faria a rolagem até o pátio de estacionamento. 

 Cabine de controle do Paulistinha 


5ª Aula:
Na quinta aula repetia-se a quarta,o instrutor acompanhava o aluno,deixando-o bem a vontade para agir e ele ficava verificando onde o aluno ainda não tinha absorvido e procurava fazer as correções. Na decolagem é comum o aluno não manter a reta. É uma decorrência de dois fatores: a tendência que todo avião de hélice tem de mudar o rumo para o lado contrário a rotação na hélice. Por precaução convém, antes mesmo da aceleração usar o comando de pé para neutralizar essa tendência natural. O vento, quando não está bem de frente na pista, pode também atrapalhar a se manter a reta. Na decolagem pode ocorrer outro problema fácil de ser corrigido. O avião ou sai muito cedo ou muito tarde do chão. Aí entra uma correção através do estabilizador, que para a decolagem deve está ligeiramente na posição “cabrar”, ou seja, para o avião deixar o chão no momento certo e em voo atua-se nele quando chegar o momento do vôo de cruzeiro. 

6ª Aula:
Na sexta aula o instrutor acrescentava a matéria dada nas duas aulas anteriores, a decolagem e o pouso; o aluno fazia a rolagem do avião até a pista de decolagem tomando todas as providências que ele já havia aprendido, centralizava o avião no eixo da pista, levava a manivela do estabilizador para a primeira posição “cabrar” para que o avião saisse sozinho do chão. Ataque o motor para potência máxima e logo que ele despregue reduzir para 2000 o RPM, controle a velocidade que deve ficar na subida acima de 100 KPH, curva de pequena inclinação para esquerda e sair do tráfego para executar os exercícios programado para aquele vôo. Nessa altura o aluno começava a receber informações sobre o uso dos instrumentos do painel. O contagiro, o altímetro, o velocímetro, o nível de curva e os instrumentos de pressão do óleo e a temperatura do motor. Só pelo nome já se identificava o instrumento que auxilia o aluno/piloto nas decisões: -Contagiro - mostra as rotações da hélice por minutos(RPM). -Altímetro – mostra a altitude em metros ou pés dependendo da procedência do avião. -Velocímetro - mostra a velocidade em quilômetros por hora(KPH). Os aviões de procedência americana usam milhas (MPH) ou Nós ( aviões ligados a marinha). Curva de Nível - trata-se de um instrumento muito simples composto de um tubo de vidro, curvo, formando um pequeno arco com um líquido dentro; pode ter lá dentro uma bolinha metálica lembrando uma rolimã, quando a curva do tubo é para baixo, quando é ao contrário tem simplesmente uma bolha de ar. O objetivo desse “nível de curvas” é acusar a curva mal feita: derrapada (quando o avião é jogado para fora da curva,ou “glissada” quando a reação do avião é para dentro da curva. No passado, quando o ensinamento de aviação ainda deixava muito a desejar, quando em baixa altura chegou a provocar acidentes fatais). O uso desse instrumento vai ter uma grande valor na pilotagem e se aprende a usá-lo rapidamente quando iniciar os exercícios de coordenação de comando sobre o eixo. 

Porta do Piper J-3 - CUB 


7ª Aula:
A sétima aula seria um repetição da sexta. Por uma questão de segurança, deveria se repetir a sexta aula quantas vezes fosse necessário ate que o aluno tivesse absorvido totalmente os conhecimentos dados. 

8ª Aula:
Ainda repetindo a sexta aula, acrescentava-se um novo treinamento: exercício de coordenação de comandos, executado sobre o eixo do avião. Em voo horizontal, fixa no horizonte um ponto e coloca-se o avião dirigindo para o ponto escolhido. Aplica-se simultaneamente o comando de asa e de pé para o mesmo lado e para o outro sucessivamente, sem perder altura e nem o ponto de referência fixado.Deve-se repetir o exercício em pelo menos cinco vezes em cada vôo. 

9ª Aula:
Tratava-se de uma repetição da oitava aula, acrescentando-se outro exercício que se chama “exercício de coodenação de comandos com 45 graus para cada lado do eixo do avião”. As exigências eram as mesmas da coordenação anterior. Com esses dois exercícios, quando bem treinados, conseguia-se que o aluno executasse as curvas corretamente e aprendesse a aplicar o comando de pé e mão nas quantidades exatas para o avião nem derrapar ou “glissar”. Sendo assim,sai uma curva perfeita e com segurança. É importante que aluno observe que em toda curva, o nariz do avião fica pesado e ele faz a compensação com o leme horizontal, puxando o nariz para cima. 


10ª Aula:
O aluno já sabia decolar mantendo a reta, sair do tráfego, fazer voo de subida em curvas de 45 graus, sabia fazer as curvas sem perder altura, e só faltava aprender a pousar. Esta décima aula devia ser repetida quantas vezes fosse necessário, pois o treinamento estava no final e, em seguida procedia-se o treinamento de pousos. 

11ª Aula:
Decolagens e pousos. A decolagem já foi vista na sexta aula; esta aula era para se treinar a pousar. Para facilitar iniciava-se fazendo-se a tomada de campo em linha reta com a pista. Vem para o pouso a 300 metros de altura com a pista a sua frente. A hora de reduzir o motor com o treinamento o aluno descobre o ponto exato. O motor é reduzido, a velocidade é trazida para ( no caso do Paulistinha) 90 kph, o nariz fica pesado e compensa-se com o estabilizador e o avião avança para pista. Numa altura aproximada do solo de uns 5 metros de altura, o avião é nivelado e ele vai afundando e antes que toque com o trem de pouso no solo o nariz será elevado acima do horizonte e espera-se, o toque no solo dá-se a seguir. Mantem-se a reta até o avião parar. Se a pista não for longa, aplica-se um pouco dos freios, um pé de cada vez até ele parar. Só então inicia-se o taxiamento ou rolagem para o hangar ou para o início da pista para outra tentativa, procedendo-se como na primeira vez. Esta aula teria que ser repetida quantas vezes fosse necessário, até que o aluno aprendesse a pousar corretamente com o seu próprio raciocínio. 

Piper J-3 


12ª Aula:
Esta aula era a decisiva. O instrutor teria que repassar todo o treinamento acompanhando o aluno e tirar alguma dúvida ou algum defeito adquirido. Claro, que essa aula ele iria repetir várias vezes, até estar seguro de que o aluno estava pronto para voar sozinho. Soltar o aluno ”solo” fica a critério do instrutor que, certamente, irá fazer nessa décima segunda aula. Para um bom treinamento usava-se dois modelos de avião: um de fabricação americana – Piper J-3 e o outro fabricado em São Paulo, o Paulistinha ou Neiva CAP-4 que são semelhantes, em último caso um similar. Os dois modelos sugeridos, apesar da fabricação agora está interrompida, ainda se encontra em uso nos aeroclubes pelo Brasil afora. As informações dadas aqui servem para ambos que são semelhantes entre si. Apenas o fabricado no Brasil é ligeiramente mais pesado. 

Painel de Instrumentos do Piper J-3 

O Piper J-3, fez tanto sucesso que chegou a ser usado na 2ª.Guerra Mundial pelas Forças Americanas nos serviços auxiliares. Até 1939 já havia sido fabricado mais de 20 mil unidades desse modelo. 

 Painel de Instrumentos 

A simplicidade do painel de instrumentos é um ponto positivo para a facilidade do treinamento e a compreensão rápida do aluno. 


Estas são as doze aulas mais importantes para o aluno-piloto. O necessário é que elas sejam repetidas quantas vezes forem possíveis, até que o aluno domine o avião com seus próprios meios, antes de fazer o “voo solo”. Daí pra frente, o instrutor passará a ensinar manobras acrobáticas, corrigir vícios adquiridos, aperfeiçoar a boa pilotagem e a segurança do voo. Cada instrutor tem o seu modo, porém irá insistir em exercício de “coordenação de comandos”, “coordenação de 45 graus”, “oito sobre marcos” e “entrada e saída de parafuso”. À medida que o aluno faz mais horas de voo vai se tornando confiante com uma pilotagem refinada. Lembrem-se : Algumas atitudes básicas para se ter um bom desempenho com segurança, é estar se sentindo confortável na poltrona de comando, cinto bem afivelado, descontraído e segurando os comandos com delicadeza. Faça do avião a sua namorada. 

Pery Lamartine 
Instrutor de Pilotagem Elementar Licença no. 3205
Emitida em 22-06-1953 Divisão de Operações
Diretoria de Aeronáutica Civil
Ministério da Aeronáutica

sábado, 30 de dezembro de 2017

Brasil - Portugal

Forças Aéreas Brasileira e Portuguesa fazem exercício conjunto
A Força Aérea Brasileira realizou, entre os dias 7 e 16 de dezembro de 2017, um intercâmbio operacional com Portugal. Dezessete militares do Esquadrão Orungan (1º/7º Grupo de Aviação) e um representante do Comando de Preparo (COMPREP), participaram do II Exercício Brasil-Portugal (BRAPOR). A atividade ocorreu na Base Aérea nº 11 (BA11), na cidade portuguesa de Beja, tendo como objetivo a troca de experiências operacionais, logísticas e o desenvolvimento técnico entre as duas Forças Aéreas. Participaram o Esquadrão Orungan, operador da aeronave P-3AM no Brasil, e a Esquadra 601, operadora da aeronave P-3C Cup+ em Portugal. Para o Major Aviador Alexandre Tadeu Ferreira da Silva, o exercício foi importante para a assimilação da doutrina portuguesa de operação e para a avaliação das possibilidades de melhorias de emprego pela FAB. “A Esquadra 601 já opera com o P-3 há mais de duas décadas, consagrando Portugal como um país de notória participação em diversas operações como membro da OTAN. Devido a isso, as infornações operacionais e logísticas obtidas são, sem dúvida, de grande valia para aprimorar nossa capacidade de emprego, bem como de maximizar a eficiência da operação”, afirmou. “Esse intercâmbio operacional foi uma atividade importante para troca de informações e experiências, visando o manejo e a operação de torpedos e mísseis", afirmou o Sargento Thiago Santos das Neves, operador de equipamentos especiais da aeronave P-3AM. Durante os dez dias do exercício, foram realizadas ações Antissubmarino, Patrulha Marítima, Busca e Salvamento, além do treinamento de procedimentos e técnicas de operação do torpedo Mk46 e míssil AGM- 84 Harpoon.

Foto: Cap Falcão

Fonte: FAB

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Transporte Aéreo

TCU veta voos comerciais na Pampulha
O TCU - Tribunal de Contas da União suspendeu portaria do Ministério dos Transportes que reabriria o aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, para voos entre Estados, conforme divulgou o Blog do NINJA - Núcleo Infantojuvenil de Aviação em sua edição de 9 de dezembro de 2017. A determinação foi assinada no dia 27 de dezembro de 2017, pelo ministro Bruno Dantas, relator do caso que levou a concessionária do aeroporto de Confins a demandar juridicamente com o governo. Com a decisão do TCU, a Pampulha deverá continuar operando apenas voos executivos e regionais, até que o plenário da corte decida sobre o mérito da questão.

Portaria
O Ministério dos Transportes autorizara a reabertura de voos comerciais no terminal de BH em outubro, derrubando portaria anterior que estabelecia a restrição. Houve protesto entre os acionistas privados de Confins, o grupo CCR e a operadora do aeroporto de Zurique. Eles acusaram o governo de descumprir contrato e desorganizar o setor, criando uma concorrência que colocaria em risco investimentos já feitos. O caso foi, então, levado ao TCU. “A questão extrapola decisão sobre a abertura ou não da Pampulha e diz muito sobre segurança jurídica e ambiente de negócios no país”, pontuou o ministro Dantas.

Saiba mais: Blog do NINJA de 9/12/2017 

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Indústria Aeronáutica

Ozires Silva: Boeing e Embraer juntas atende ao interesse de ambas
O ex-presidente e um dos fundadores da Embraer, Ozires Silva, foi convidado pela direção da fabricante brasileira para avaliar a proposta de uma potencial combinação de negócios feita pela americana Boeing, iniciativa classificada por ele como "muito elegante". As negociações tornaram-se públicas na semana passada. Sem dar detalhes das conversas entre as duas empresas, Silva - em entrevista ao jornal Valor Econômico - afirmou que a Boeing está disposta a encontrar uma solução que atenda aos interesses das duas empresas e, ao mesmo tempo, tenha o aval do governo brasileiro e dos acionistas. O objetivo, segundo ele, é aumentar o poder de competição das duas empresas no mercado mundial de aviação. Silva lembrou que o processo de privatização da Embraer também enfrentou desafios e oposição, mas que se não tivesse sido feito, a Embraer não teria sobrevivido.

Questão mercadológica
O controle não está em discussão, afirmou Ozires. A ideia é continuar como está. Existe um novo posicionamento no mercado de aviação mundial e os grandes fabricantes como a Boeing, Airbus, Bombardier e Embraer têm que responder a isso. A aproximação entre a Boeing e a Embraer também é uma reação natural à compra que a Airbus fez das operações de jatos regionais da canadense Bombardier. O governo brasileiro não é contra essa parceria e os acionistas da Embraer estão conversando com as autoridades, que entendem que a empresa precisa buscar o mercado dela. Segundo Ozires, o que está sendo discutido é a questão mercadológica, que vem mudando bastante e de forma acelerada.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

FLICKR

Seleção escolhe foto da FAB como uma das melhores do ano
Na escolha, foram levados em consideração os comentários, as curtidas e as visualizações

A foto do helicóptero Bell H-13 da Força Aérea Brasileira (FAB), clicada pelo Sargento Johnson Barros, foi escolhida entre as quinze melhores do Flickr Brasil que foram ao ar neste ano. A seleção foi feita, inicialmente, por um algoritmo (programa de computador), levando em consideração as curtidas, visualizações e comentários, e, posteriormente, por uma equipe da rede social que fez a curadoria. O Sargento Johnson fez a foto da aeronave histórica que está exposta no Museu Aeroespacial (MUSAL), no Rio de Janeiro, em julho de 2014. A imagem já teve mais de 25 mil visualizações e 400 favoritos. Para fazer a foto, foi utilizada a técnica de light painting (pintar com a luz) e exposure stacking (empilhamento de fotos para aproveitar as partes iluminadas). "Fico feliz com o reconhecimento do público pelo trabalho ao qual me dedico na FAB e encaro esse fato como um estímulo aos meus colegas fotógrafos", ressaltou o Sargento.

Confira aqui todas as fotos selecionadas.

Confira aqui outras fotos do Flickr da FAB.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Aeronaves

Maior avião anfíbio faz voo inaugural
O maior avião anfíbio do mundo, o AG600, realizou, no dia 24 de dezembro de 2017, seu voo inaugural na China, um ano e meio depois de completar a sua montagem, informou a agência oficial "Xinhua". O AG600, o primeiro avião anfíbio de grande porte construído na China, decolou do aeroporto da cidade de Zhuhai, sede anual da maior feira de aviação do país. Desenvolvido pela Corporação da Indústria da Aviação da China (AVIC), o aparelho mede 39,6 metros de comprimento e tem 38,8 de envergadura, um tamanho similar ao de um Boeing 737, e tem um peso máximo de 53,5 toneladas. O aparelho foi projetado para missões de resgate marítimo e combate de incêndios.

Saiba mais: Blog do NINJA de 08/05/2017

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Curso para Comissários e Pilotos

Aeroclube de Taubaté abre inscrições para cursos de pilotos e comissários
Estão abertas as inscrições, até 19 de janeiro de 2018, para os cursos de formação de pilotos e comissários de bordo do Aeroclube Regional de Taubaté. As aulas começam, respectivamente, dias 3 e 4 de fevereiro de 2018. No curso teórico para piloto privado as aulas serão aos sábados ou domingos e para o curso de comissários de bordo as instruções serão aos domingos. Os candidatos devem ter, no mínimo, 18 anos e o Ensino Médio e serão, oportunamente, submetidos a exames pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), para obtenção das habilitações técnicas. O Aeroclube Regional de Taubaté está localizado na Estrada Municipal dos Remédios, 2135, Itaim, Taubaté (SP). Sua estrutura está ao lado da pista de pouso, dentro das instalações do Comando de Aviação do Exército, próximo ao Hotel Fazenda Mazzaropi.

Informações: contato@aeroclubedetaubate.com.br
(12) 3621-2277 e (12) 9-9757-8770.

facebook: @aerocluberegionaldetaubateOFICIAL

domingo, 24 de dezembro de 2017

Especial de Domingo

Com alegria, informamos aos leitores do blog do Núcleo Infantojuvenil de Aviação os detalhes sobre o presente que chegou às oficinas do NINJA.
Boa leitura.
Bom domingo.
FELIZ NATAL!!!

Núcleo de Aviação recebe aeronave para fins didáticos
O Núcleo Infantojuvenil de Aviação (NINJA), projeto social que promove cultura aeronáutica para crianças e jovens, sediado e mantido por voluntários em Ubatuba (SP), incorporou ao seu acervo uma aeronave experimental, para dar suporte às atividades pedagógicas proporcionadas nas oficinas do NINJA.

O avião, recebido em doação, é um Teenie Two e requer um programa de reparação pois permaneceu anos ao relento e necessita de consertos, a fim de deixá-lo em condições de apresentação e emprego em tarefas com os meninos e meninas do NINJA, como por exemplo, aulas sobre partes das aeronaves, atuação das superfícies móveis, conhecimentos técnicos e física aplicada.

Reparos
A reparação do avião demandará tarefas, as quais devem mobilizar os alunos do NINJA em observação e interação com voluntários orientadores em recuperação de chapas, limpeza, pintura, solda, mecânica, ativação de comandos e configuração geral.


Ao final do processo, as crianças terão um instrumento para fixação de conteúdos, experiências sensoriais, simulações, diversão e conhecimento, tendo em vista que o avião apresentará aspectos culturais e também será um monumento.

Tennie Two
O desportivo Tennie Two é um monoposto de asa baixa, cabine aberta, triciclo, motor VW para emprego aeronáutico. Foi desenvolvido nos Estados Unidos, em 1969, para construção experimental particular, usando ferramentas comuns. Inicialmente, foi apresentado na edição de maio de 1971 da revista Popular Mechanics. Os painéis exteriores da asa podem ser retirados para facilitar o transporte ou hangaragem. A fuselagem é monocoque. A empenagem consiste de cauda vertical com um leme articulado. O estabilizador horizontal é fixo e contém o profundor articulado. O trem de pouso é de aço tubular, com molas automotivas e borracha no interior, para absorção de choque. O aileron e controle do profundor são comandados por um stick lateral. Para o movimento de leme é usado uma barra de leme, em vez de pedais individuais. Os controles de voo são acionados com hastes, em vez de cabos. O Teenie Two, com peso vazio de 140 Kg, é construído principalmente em alumínio. Os componentes são fixados com rebite pop de aço em vários tamanhos. Tem o comprimento de 3,91 e envergadura de 5,49 metros. O exemplar ofertado ao NINJA teve a construção iniciada em 1980, em Sorocaba (SP), pelas mãos de Ricardo Apra. Foi o terceiro exemplar do tipo montado no Brasil. Posteriormente, foi repassado para o comandante Agapito Francisco Bicudo, de Pindamonhangaba (SP). Embora não tenha sido testado em voo, passa a ser, a partir de dezembro de 2017, auxílio à instrução em solo para os jovens e crianças do Núcleo Infantojuvenil de Aviação, na cidade de Ubatuba (SP).

sábado, 23 de dezembro de 2017

FAB TV

As formaturas de dezembro dos novos profissionais da FAB
O FAB TV – canal do Youtube da Força Aérea Brasileira - em sua edição do mês de dezembro traz as emocionantes formaturas das principais escolas da FAB em 2017. Em Guaratinguetá, 466 militares das turmas Kairós e Atlas concluíram o Curso de Formação de Sargentos e o Estágio de Adaptação à Graduação de Sargento, respectivamente. A AFA atingiu uma marca expressiva com a formatura de 143 novos aspirantes a oficial, concluintes dos Cursos de Oficiais Aviadores, Intendentes e de Infantaria. Em Barbacena, a Escola Preparatória de Cadetes do Ar realizou a formatura da turma Lancevaque. É o fim de um ciclo de três anos para 150 alunos. Já o Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR) realizou a Solenidade Militar de Entrega de Espadas aos 132 novos oficiais da Força Aérea Brasileira. Eles são oriundos do Curso de Formação de Oficiais Especialistas (CFOE 2016) – Turma Aurum, e do Estágio de Adaptação ao Oficialato (EAOF 2017) – Turma Hércules, ambos voltados para graduados do efetivo da FAB. O Instituto Tecnológico de Aeronáutica formou sua maior turma da história: 151 alunos. A cerimônia foi realizada em São José dos Campos e os concluintes obtiveram destaques históricos.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Indústria Aeronáutica

Embraer e Boeing negociam eventual fusão
A fabricante brasileira de aviões Embraer e a americana Boeing negociam uma eventual fusão. As tratativas iniciais foram divulgadas pelo jornal americano "Wall Street Journal", nesta quinta, 21 de dezembro de 2017. As ações da Embraer chegaram a valorizar cerca de 40% durante o dia e fecharam em alta de 22,5%, na Bolsa de Valores de São Paulo. O acerto entre as empresas pode criar uma gigante global de aviação, com atuação nos segmentos de longa distância e na aviação regional, e capaz de fazer frente a uma união similar entre as concorrentes Airbus e Bombardier. "Boeing e Embraer confirmaram hoje que as duas companhias encontram-se em tratativas em relação a uma potencial combinação de seus negócios, em bases que ainda estão sendo discutidas. Não há garantia de que qualquer transação resultará dessas discussões. Boeing e Embraer não pretendem fazer comentários adicionais sobre essas discussões", informaram Boeing e Embraer em comunicado conjunto. Conforme o Wall Street Journal, as empresas aguardam a posição do governo brasileiro sobre o negócio. A União tem uma ação de classe especial, chamada de "golden share", que dá poder de veto em decisões estratégicas da Embraer. Isso ocorre porque a empresa nasceu como estatal e foi privatizada nos anos 90. Uma eventual fusão necessita do aval de autoridades brasileiras e americanas. O acordo envolveria um prêmio alto para os atuais acionistas da Embraer, segundo o Wall Street Journal. Atualmente, a Embraer tem um valor de mercado de cerca de US$ 3,7 bilhões. A Embraer é uma empresa privada, de capital aberto. A maioria dos seus acionistas são donos de ações da empresa negociadas na bolsa de valores de Nova York e de São Paulo. Esses acionistas, que são donos de fatias menores do que 5% da empresa, juntos detêm um total de 64,5% da empresa. O maior acionista individual é o fundo de investimentos americano Brandes, dono de 15% da empresa. As discussões entre Boeing e Embraer acontecem poucos meses após as suas principais concorrentes, a europeia Airbus e a canadense Bombardier, unirem esforços, tendo a Airbus comprado uma participação majoritária na produção das aeronaves C-Series da fábrica canadense, concorrentes diretas dos jatos Embraer. Boeing e Embraer já são parceiras em diversos projetos. Elas anunciaram em 2017 um acordo para venda e suporte técnico do novo cargueiro da Embraer, o KC-390. As duas empresas mantêm um centro de pesquisas conjunto sobre biocombustíveis para aviação em São José dos Campos, desde 2015.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Voo comercial para Ubatuba

Two Flex fará voo charter para Ubatuba no Reveillon
Um voo charter a ser realizado pela empresa Two Flex, neste final de ano, marca o retorno de voos comerciais para o aeroporto de Ubatuba. Operando com o avião Caravan Cesnna 208, a Two fará a rota Jundiaí – São Paulo/Marte – Ubatuba, como voo especial para o Reveillon. Coincide com o novo momento dos aeroportos de Jundiaí e Ubatuba, os quais passaram para a administração privada, por meio do consórcio Voa São Paulo.

Datas das viagens
O avião partirá de Jundiaí no dia 29 de dezembro de 2017, às 15 horas; pousará no Campo de Marte e, às 16 horas, rumará para o aeroporto Gastão Madeira, em Ubatuba, devendo chegar às 17 horas. No dia 01 de janeiro de 2018, o Caravan da Two Flex decola de Ubatuba às 16 horas, seguindo para o Campo de Marte em São Paulo e, depois, para Jundiaí, onde deve aterrissar por volta das 18 horas. O valor da passagem (por trecho/assento) é de R$ 660,00.

Volta da aviação comercial
A experiência anunciada para a virada de 2017 para 2018 enfatiza a retomada de voos comerciais (ainda que do tipo charter) já ocorridos na história da aviação em Ubatuba, como abordado no livro “Sobre o Mar de Iperoig”, ao mencionar os voos regulares dos DC-3 da Vasp, de 1967 a 1970, e registrar os voos da Rio-Sul, entre 1980 e 1982.

Venda de passagens: support@flyflapper.com ; (11) 9-9939-8614

Saiba mais: livro “Sobre o Mar de Iperoig” (Clique aqui

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Embraer

KC-390 atinge capacidade operacional
O jato de transporte militar e reabastecimento Embraer KC-390 completou um marco fundamental , com a demonstração pela Embraer à Força Aérea Brasileira (FAB) do atingimento da Capacidade Inicial de Operação (Initial Operational Capability – IOC). O atingimento da IOC assegura as condições necessárias para o início da operação da aeronave, em conformidade com o escopo acordado com a FAB. Como parte da IOC, a Embraer obteve um Certificado de Tipo Provisório do KC-390 junto à ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), atestando a adequação do projeto aos exigentes requisitos de certificação de aeronaves da categoria transporte. “É com grande satisfação que anunciamos o atingimento deste marco importante para o Programa KC-390”, disse Jackson Schneider, presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança. “A campanha de certificação tem avançado conforme o planejado e os testes realizados tiveram grande sucesso, comprovando a maturidade da aeronave e confirmando o desempenho e as capacidades previstas”. Até o presente momento, a campanha de ensaios acumula mais de 1.500 horas de voo nos dois protótipos e mais de 40.000 horas de testes em laboratório dos diversos sistemas da aeronave. A campanha de ensaios estruturais se aproxima do fim, restando apenas o ensaio de fadiga em corpo de prova em escala real. Ao longo de 2018, estão previstos a emissão do Certificado de Tipo final pela ANAC, bem como a realização de ensaios em voo de diversas funcionalidades militares, incluindo testes remanescentes de reabastecimento aéreo, lançamento de cargas e outros, visando o atingimento da Capacidade Final de Operação (Final Operational Capability – FOC), objeto da certificação militar final da aeronave. A entrega da primeira aeronave de série à FAB está programada para acontecer ainda em 2018.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Formatura ITA

ITA forma a maior turma de todos os tempos
A turma recebeu a maior quantidade da principal láurea e, também, formou o aluno com a nota mais alta da história do Instituto

A 68ª turma de formandos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) realizou três feitos inéditos: foi a maior turma de formandos; a que recebeu a maior quantidade da principal láurea e, também, a que formou o aluno com a nota mais alta de todos os tempos. A cerimônia, realizada no último sábado (17/12), foi presidida pelo Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato; e contou com a presença do Diretor-Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos Augusto Amaral Oliveira; e do Magnífico Reitor, Professor Doutor Anderson Ribeiro Correia, entre outras autoridades civis e militares, além de familiares e amigos dos formandos. "A formação no ITA é diferenciada. São os melhores engenheiros que a gente forma no País. E com esse conhecimento que adquirem aqui, eles são grandes impulsionadores não só da Força Aérea como de toda a indústria nacional", destacou o Comandante da Aeronáutica.
Familiares e amigos prestigiam a formatura
Este ano se formaram 151 alunos, sendo 116 civis e 35 militares. Só para se ter uma ideia, em 2016, foram formados 84 alunos e, em 2015, 91. Eles concluíram o curso de Graduação em Engenharia, nas seguintes modalidades: Aeronáutica, Eletrônica, Mecânica-Aeronáutica, Civil-Aeronáutica, de Computação e Aeroespacial. O aluno Felipe Sampaio Lima, de 23 anos, concluiu o curso de Engenharia Mecânica-Aeronáutica. "É muita felicidade e uma realização pessoal. Agora começa uma nova etapa com novos sonhos e novos desafios", afirmou. "Eu me sinto orgulhoso pelo foco que ele teve, pela determinação e ter alcançado o que alcançou", complementou o pai, o Engenheiro Civil Gualter Marques de Lima Neto.
Seis formandos receberam a Summa Cum Laude, que é a maior honraria do Instituto, outorgada aos engenheiros que obtiveram média geral igual ou superior a nove e meio na escala de zero a dez. Até este ano, apenas 32 alunos haviam obtido desempenho semelhante. Um dos formandos que receberam a honraria foi o Capitão Aviador Pedro Kukulka de Albuquerque, que fez a formação complementar em Engenharia Aeroespacial. "Isso representa toda uma batalha que eu comecei em 2003, quando entrei na Academia da Força Aérea. Agora estou deixando um pouco de lado a aviação porque tenho uma nova missão, principalmente, com a parte espacial, a parte de desenvolvimento de satélite", explicou o militar. E o aluno mais bem classificado dentre todos os formandos da turma ITA 2017 foi o Engenheiro Eletrônico Daniel Schwalbe Koda, que obteve a média geral 9,78, a maior de toda a história do instituto.
Comandante da Aeronaútica entrega honraria ao aluno que obteve a maior nota
"Nós estamos marcando história hoje e estamos entregando engenheiros de elevada competência para trabalhar na Força Aérea, no País e até no exterior. Uma comprovação da qualidade e da excelência do Instituto", ressaltou o Reitor Anderson Ribeiro.

ITA
Criado em 1950, o ITA faz parte das Guarnições de Aeronáutica de São José dos Campos (SP), subordinado ao DCTA, o qual tem por missão "ampliar o conhecimento e desenvolver soluções científico-tecnológicas para fortalecer o Poder Aeroespacial, contribuindo para a soberania nacional e para o progresso da sociedade brasileira, por meio de ensino, pesquisa, desenvolvimento, inovação e serviços técnicos especializados, no campo aeroespacial". Atualmente são oferecidos no Instituto cursos de pós-graduação Stricto Sensu, nos graus de Mestrado, Mestrado Profissional e Doutorado; Cursos de Extensão Universitária e de Especialização; e Cursos de Graduação em Engenharia ministrados em regime de tempo integral, em cinco anos.

Fotos: Paulo Roberto

Fonte: FAB

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Aeroportos

DECEA espera sugestões em portaria sobre proteção de aeródromos
A Portaria 957/GC3, de 09 de julho de 2015, que dispõe sobre as restrições aos objetos projetados no espaço aéreo que possam afetar a segurança ou a regularidade das operações aéreas, será modificada. Até o dia 24 de dezembro de 2017, os interessados podem acessar a minuta do novo texto e sugerir mudanças. Alguns dos assuntos tratados nesse documento legislam sobre superfícies de aproximação e decolagem de aeródromos, helipontos e sistemas de iluminação - para citar apenas alguns exemplos. A necessidade de adaptações ao documento original foi verificada pela análise de questionamentos e dúvidas encaminhados pelo Serviço de Atendimento ao Cidadão. Com o objetivo de atender às solicitações dos usuários, o setor de Aeródromos do Subdepartamento de Operações (SDOP) do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), disponibilizou a minuta com sugestões de adequação propostas ao novo texto da portaria. O conteúdo é resultado do trabalho realizado na primeira reunião do Fórum DECEA de Especialistas em Aeródromos, um mecanismo de atualização e evolução normativa, que contou com a participação de representantes de todos os órgãos regionais. De acordo com o Capitão Jorge Luis Werneck Nunes, da Seção de Normas de Aeródromos, do SDOP, é muito importante que o usuário sugira melhorias justamente por conhecer quais são suas maiores dificuldades. A minuta com alterações trouxe mudanças de definições, como por exemplo as Superfícies de Proteção do Voo Visual e a curva de Superfície de Decolagem. Também houve reformulação dos requisitos de solicitação de parecer do Comando da Aeronáutica e simplificação dos dados para a realização de análise de um obstáculo. “Há ainda diferença em competências e na postura com relação à proteção de um aeródromo, bem como mudanças nos dispositivos das transições e nas figuras e tabelas”, complementou. Aqueles que desejarem sugerir mudanças podem preencher um formulário, indicando o item da norma que deve ser retificado, bem como o texto para ser usado em substituição ao anterior e a justificativa.

Minuta da Portaria: Clique aqui

domingo, 17 de dezembro de 2017

Especial de Domingo

O INCAER - Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica, criado pelo Decreto nº 92.858, de 27 de junho de 1986, visa a organizar e disciplinar a preservação da História Aeronáutica Brasileira e divulgá-la para os públicos interno e externo. Desenvolve suas tarefas lidando diretamente com a pesquisa, com o desenvolvimento, a divulgação e a preservação do patrimônio material e imaterial da aeronáutica brasileira. Selecionamos hoje algumas das atividades desenvolvidas pelo instituto.
Boa leitura.
Bom domingo!

Biblioteca Ten Brig Ar Moreira Lima
A Biblioteca do INCAER nasceu, oficialmente, em 30 de outubro de 1989, com a doação de parte da coleção do Tenente-Brigadeiro do Ar Nelson Freire LavenèreWanderley, importante personalidade da Força Aérea Brasileira, e do Dr. Isaac Jackubowsky, funcionário civil da Comissão de Estudos Relativos à Navegação Aérea Internacional (CERNAI), dando início a um braço muito importante do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica, já previsto desde sua criação. A partir de então, foi-se estruturando seu acervo, através de doações feitas por militares e seus familiares. Ocupou o andar térreo do prédio sede do INCAER mas, devido a seu crescimento, foi deslocada ao andar superior. Trata-se de uma Biblioteca especializada em história da aeronáutica, guerras e biografias, contendo livros e uma grande quantidade de periódicos, como as revistas Asas dos anos 30 e a Esquadrilha, além de outras raridades. O acervo atual encontra-se informatizado em sistema próprio, SISBIBLIO, criado pela Seção de Tecnologia da Informação do INCAER, disponível para pesquisas por autor, título e assunto, e acessível no site do INCAER. Possui um projeto de digitalização, em andamento, em que estão sendo tratados e digitalizados o acervo de legislação (BMA e BCA), Almanaques de Oficiais da Aeronáutica e separatas. Parte desse acervo já se encontra disponível para pesquisas. Ao longo dos anos, a Biblioteca foi modernizada, com a instalação de arquivos deslizantes, o que proporcionou, além de embelezamento, proteção do acervo e otimização do espaço.
Como forma de reconhecimento, o espaço foi nomeado “Biblioteca Tenente Brigadeiro Moreira Lima”, em 31 de julho de 2014, justa homenagem prestada ao segundo Diretor do INCAER e Ministro da Aeronáutica, quando da criação do Instituto. Muito já foi feito, mas ainda há muito o que se fazer... (Texto: Bibliotecária Nair de Laia)

Atividades e Produções Culturais
O INCAER foi criado com a finalidade de pesquisar, desenvolver, preservar, controlar e estimular as atividades referentes à memória e à cultura da Aeronáutica brasileira. Assim sendo, representam as principais atividades e produções culturais desenvolvidas por este Instituto:

Encontro no INCAER
É um evento tradicional deste Instituto, realizado na última quarta-feira de cada mês, composto de uma palestra, preferencialmente envolvendo temas relacionados à história aeronáutica brasileira, seguido de debates e, por fim, do habitual “Chá INCAER”, momento de confraternização entre o palestrante, a direção e seus convidados.

Prêmio INCAER de Cultura Aeronáutica
Criado em 2006, tem como objetivo homenagear aqueles militares participantes que obtêm o primeiro lugar nos cursos e estágios de formação da Força Aérea Brasileira (ECEMAR, EAOAR, I FAE, AFA, CIAAR, EPCAR e EEAR), bem como pessoas que se destacaram na promoção da cultura aeronáutica brasileira.

FIDEHAE
O Brasil, como membro da Federação Internacional de Estudos Históricos, Aeronáuticos e Espaciais (FIDEHAE), é representado pelo INCAER nos congressos realizados, anualmente, em países filiados. A Federação tem como objetivo promover a interação acadêmica e congraçar estudiosos dos inventos, feitos e fatos da história aeronáutica e aeroespacial ibero-americana.

Olimpíada de História Militar da AFA
A Academia da Força Aérea (AFA) realiza, anualmente, a Olimpíada de História Militar, com o objetivo de fomentar o interesse pela leitura entre seus Cadetes. O INCAER participa desse evento por meio da elaboração de questões, banca examinadora, confecção de medalhas e diplomas e exposição de livros. O evento tem tido ótima repercussão, obtendo a adesão, a partir de 2016, da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e da Escola Naval (EN).

Noticiário INCAER
Informativo publicado bimestralmente, desde 1993, com o objetivo de registrar eventos e acontecimentos ocorridos no INCAER, bem como no âmbito do Comando da Aeronáutica ou fora deste, sempre que haja envolvimento deste Instituto.

Projeto Memória
O Projeto Memória tem o objetivo precípuo de colher depoimentos de destacadas personalidades da nossa Aeronáutica, que deram o melhor de si e emprestaram seus vastos conhecimentos, narrando experiências colhidas durante suas marcantes e pródigas passagens pela Força Aérea Brasileira.

Ideias em Destaque
Revista semestral, confeccionada e distribuída gratuitamente pelo INCAER. É elaborada com valiosa contribuição de diversos autores civis e militares, contendo assuntos aeronáuticos, políticos, estratégicos e de cultura geral.

Opúsculos
Publicações do tipo “livretos”, impressas e distribuídas gratuitamente pelo INCAER, que abordam temas ligados à Força Aérea e à biografia de personalidades marcantes do cenário histórico da Aeronáutica brasileira. 

Coleção Aeronáutica
Esta coleção é muito abrangente, sendo composta por quatro séries de publicações. Algumas obras são de autor definido e outras foram compostas por equipes de assessores do INCAER.

Fonte: INCAER

sábado, 16 de dezembro de 2017

Concurso para sargento da FAB

Força aérea tem 183 vagas para técnicos
Inscrições de 08 jan. a 06 fev. 2018

A Força Aérea Brasileira (FAB) lançou as Instruções Específicas para o Estágio de Adaptação à Graduação de Sargento (EAGS) para ingresso em janeiro de 2019. As inscrições começam no dia oito de janeiro e terminam no dia seis de fevereiro. Para se inscrever basta acessar o site: ingresso.eear.aer.mil.br. A taxa é de R$ 60,00. As vagas são destinadas a candidatos de ambos os sexos, que atendam às condições e às normas estabelecidas nessas Instruções, para serem habilitados à matrícula no EAGS, não podendo possuir menos de 17 nem completar 25 anos de idade até 31 de dezembro de 2019 e ter concluído, na data da Concentração Final do certame, o Ensino Médio e o Curso Técnico de Nível Médio. O processo seletivo é composto de provas escritas de Língua Portuguesa e Conhecimentos Especializados (relativos à especialidade a que concorre o candidato), inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica, teste de avaliação do condicionamento físico, prova prática da especialidade e validação documental. As provas escritas ocorrerão no dia 22 de abril de 2018. Os aprovados em todas as etapas do processo seletivo e selecionados pela Junta Especial de Avaliação (JEA), deverão se apresentar na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), em Guaratinguetá-SP, no dia 13 de janeiro de 2019, para habilitação à matrícula no curso - que terá duração de um ano. Após a conclusão do estágio com aproveitamento, o aluno será promovido à graduação de Terceiro-sargento e será distribuído e classificado em alguma das organizações do Comando da Aeronáutica localizadas em todo o território nacional, de acordo com a necessidade da Administração. Para obter mais informações, consulte as instruções específicas.

Vagas
Confira abaixo a quantidade de vagas por especialidade:

SAD - Administração - 40
SEF - Enfermagem - 45
SEL - Eletricidade - 14
BET - Eletrônica - 30
SPV - Pavimentação - 8
SIN - Informática - 20
SOB - Obras - 8
STP - Topografia - 8
SLB - Laboratório - 5
SRD - Radiologia - 5

Total - 183

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

FAB Dimensão 22

Vídeo ilustra missão da Força Aérea
Um vídeo promocional da campanha Dimensão 22, sintetiza a responsabilidade de atuação da Força Aérea Brasileira (FAB) no cumprimento da sua missão constitucional de Controlar, Defender e Integrar, dentro de um cenário tridimensional de 22 milhões de km², que abrangem o espaço sobre o território nacional e sobre uma parte do Oceano Atlântico, até a longitude 10 graus Oeste.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Embraer

KC-390 testa pouso com vento cruzado
Um protótipo do cargueiro Embraer KC-390 faz testes de pouso com vento cruzado nos Estados Unidos. A programação previa realizar os testes no Texas. Porém, os ventos não atingiram velocidade suficiente e a equipe foi direcionada para o aeroporto de Scottsbluff, em Nebraska. O KC-390 pode transportar até 26 toneladas de carga a uma velocidade máxima de 470 nós (870 km/h), além de operar em ambientes hostis, inclusive a partir de pistas não preparadas ou danificadas. O avião é capaz de executar transporte de carga, lançamento de tropas ou de paraquedistas, reabastecimento aéreo, busca e salvamento, evacuação aeromédica e combate a incêndios, além de apoio a missões humanitárias. As primeiras entregas do KC-390 para a FAB - Força Aérea Brasileira estão programadas para acontecer até o final de 2018. O total de 28 aviões da FAB será completado em 12 anos.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Aviação Naval

Marinha do Brasil terá navio porta-helicópteros
A próxima importante aquisição da Marinha do Brasil para a Aviação Naval será um porta-helicópteros, atualmente servindo, com o nome de HMS Ocean-L2, à Marinha Real inglesa. Em operação há 20 anos, a embarcação tem 203 metros e pesa 21,5 mil toneladas. Com essa aquisição, fica afastada a possibilidade de um eventual programa de recuperação do porta-aviões NAe A-12 São Paulo, desativado há 10 meses. O Ocean ainda está ativo no Reino Unido. Só será recolhido à base de Devonport a partir de março de 2018, quando o contrato bilateral já estará concluído. O navio leva 18 helicópteros de vários tipos, entre os quais os preparados para missões antissubmarino, de ataque e apoio à tropa. Na Marinha inglesa, o L2 é empregado em ações expedicionárias. Pode ser rapidamente modificado para realizar missões humanitárias, por exemplo, em casos de catástrofes naturais. Antes da transferência, o porta-helicópteros passará por um período de preparação no Reino Unido, sob supervisão de oficiais brasileiros, para “revisão de equipamentos e sistemas”, de acordo com nota do Comando da Marinha. Tripulantes, especialistas e técnicos serão submetidos a um ciclo de cursos associados ao treinamento, nos centros de instrução da Royal Navy, “visando à familiarização dos militares com o navio”. Depois disso, já nas instalações navais do Rio, e ao longo de um ano, efetivos da aviação embarcada, dos fuzileiros navais e dos operadores de bordo farão viagens de exercício, “para adaptação à doutrina de operação”.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Aeroportos

São Carlos passa a ser aeroporto internacional restrito
A Agência Na­ci­o­nal de Avi­a­ção Ci­vil (Anac) classificou como in­ter­na­ci­o­nal o Ae­ro­por­to Pe­rei­ra Lo­pes, em São Carlos (SP), restrito pa­ra ser­vi­ços de re­pa­ro e ma­nu­ten­ção. Isto significa que uma aeronave poderá voar diretamente do exterior para o aeroporto, para realização de manutenções. A me­di­da atende à de­man­da de ae­ro­na­ves vin­das do ex­te­ri­or que pro­cu­ram o prin­ci­pal cen­tro de ma­nu­ten­ção de aviões da La­tam Air­li­nes, localizado naquele aeroporto. A liberação restrita veda operações de serviço aéreo regular de transporte de passageiros e postal.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

EMBRAER

Jato número 1400 da Embraer é entregue à American Airlines
A Embraer entregou, no dia 6 de dezembro de 2017, o E-Jet número 1.400, um modelo E175, em cerimônia na unidade da empresa em São José dos Campos (SP). A American Airlines recebeu a aeronave comemorativa e escolheu para operá-la a Envoy Air, subsidiária integral do American Airlines Group Inc. A American Airlines é cliente da Embraer há mais de 20 anos e a Envoy é um dos primeiros operadores da família ERJ, com mais de 100 jatos destes modelos na sua frota. Considerando os pedidos de E-Jets realizados em 2013 e 2017, a American Airlines já encomendou 74 aeronaves do modelo E175, sendo que 54 deles serão operados pela Envoy. A entrega de hoje representa o E175 número 44 da Envoy. A família de E-Jets, lançada em 1999, tem deixado sua marca na história da aviação, uma vez que a Embraer é a única fabricante a desenvolver um portfólio moderno de quatro aeronaves direcionado especificamente para o segmento de 70 a 130 assentos. Com uma taxa média de voos concluídos de 99,9% e mais de 16 milhões de ciclos de voo, a frota de E-Jets superou a marca de 22 milhões de horas voadas. Desde que entrou em operação, em 2004, quando a primeira aeronave foi entregue à LOT Polish Airlines, da Polônia, a família de E-Jets já recebeu mais de 1.800 pedidos firmes e entregou 1.400 aviões. Atualmente, os E-Jets voam nas frotas de 70 clientes em 50 países.

Empresa russa terá mais dois Embraer 195 na frota
A companhia aérea russa Saratov Airlines expandiu seu programa pool de peças de reposição com a Embraer até 2021 para continuar recebendo suporte de componentes reparáveis para a frota de E-Jets da companhia. A Saratov Airlines foi a primeira companhia a operar os jatos Embraer na Rússia, em dezembro de 2013, com duas aeronaves do modelo E195. A companhia aérea também adicionará, por meio de leasing, dois novos E195, que devem ser entregues no início de 2018. O programa pool de peças de reposição da Embraer apoia mais de 30 companhias aéreas. Concebido para permitir às empresas de aviação minimizar investimentos em recursos e estoques de alto custo, o programa conta com a expertise técnica da Embraer e sua rede de provedores de serviços para reparo de componentes. Os resultados são economia nos custos de reparo e estoque, redução no espaço necessário para armazenamento e eliminação de recursos necessários para gerenciamento de reparos.

domingo, 10 de dezembro de 2017

Especial de Domingo

Nestes tempos atuais, em que reality shows tentam forjar heróis, vale um mergulho na história para rememorar as ações daqueles que, de fato, merecem esta designação.
O Especial de Domingo de hoje é dedicado a um destes brasileiros.
Boa leitura.
Bom domingo!

Heróis Brasileiros
Itália homenageia piloto brasileiro da II Guerra Mundial
O piloto brasileiro Tenente Frederico Gustavo dos Santos foi homenageado na cidade de Spilimbergo, nordeste da Itália, no dia 04 de dezembro de 2017. Ele faleceu em combate durante a Segunda Guerra Mundial, após ter executado 43 missões bem sucedidas. O Tenente Santos era natural de Salvador (BA) e chegou à cidade de Pisa, na Itália, em 04 de dezembro de 1944, vindo diretamente da Escola de Pilotagem nos Estados Unidos. Sempre foi descrito como um apaixonado pela aviação, desenhando aeronaves inventadas por ele mesmo em seus momentos de lazer. No dia 13 de abril de 1945, na sua 44ª missão de guerra, ao destruir um depósito de munições na cidade de Spilimbergo, conseguiu êxito em seu objetivo, mas faleceu ao ser atingido pelos destroços da explosão. Depois de terminada a guerra, uma comissão liderada por dois oficiais foi enviada para tentar localizar seus restos mortais. Próximo ao local do impacto da aeronave havia uma estrada com uma cruz com seus dados e o "dog tag" (pequena placa metálica de identificação) utilizado por ele. Os alemães haviam realizado uma última homenagem a Santos.

Senta a Pua

"É muito importante não deixarmos de lembrar desses exemplos de brasileiros destemidos que aqui vieram dar as suas vidas em prol da liberdade do povo italiano", declarou o Embaixador do Brasil na Eslovênia, Renato Mosca de Souza.

A cerimônia contou com a participação do Prefeito de Spilimbergo, Renzo Francesconi; do Adido de Defesa e de Aeronáutica na Itália e Eslovênia, Coronel Aviador Max Luiz da Silva Barreto; do Adido Naval na Itália, Capitão de Mar e Guerra Bruno de Moraes Bittencourt Neto; do Comandante do Depósito de Spilimbergo, Tenente-Coronel Antonio Boccongelli e de diversas outras autoridades civis e militares. Além de Spilimbergo, as cidades de Tarquínia - primeiro campo de pouso utilizado pelo Esquadrão Senta a Pua na Itália, Pianoro - local do falecimento do Tenente Cordeiro, Rodano - local do falecimento do Tenente Aurélio - e Pistoia - cemitério onde foram depositados os despojos de todos os brasileiros falecidos em combate na Itália, também realizaram homenagens aos guerreiros da Força Aérea Brasileira.

"É uma verdadeira honra poder estar aqui e prestar esta justa homenagem aos nossos predecessores. Nunca deixaremos que os sacrifícios realizados por eles sejam esquecidos. Convido a todos que queiram visitar estes locais a procurarem nosso escritório em Roma", declarou o Coronel Max. Em 2018 deverão ser acrescentadas ainda as cidades de Pisa - aeroporto utilizado pelo 1º Grupo de Aviação de Caça, depois de Tarquinia - e Alessandria - local de falecimento dos Tenentes Medeiros e Dornelles.