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terça-feira, 22 de outubro de 2019

Tráfego Aéreo


SEMANA DA ASA - 2019
 

FAB ativa projeto piloto e testa conceito de torre de controle remota
A metodologia de prestação do serviço de controle de aeródromo ativada pela FAB na Ala 12 - Santa Cruz (RJ) é um projeto piloto que visa testar a substituição da arquitetura tradicional de torre de controle - na qual os controladores ficam em cabines no topo da edificação, com visão direta do movimento de aviões em voo nas imediações e de aeronaves e veículos no solo - por sala em edifício baixo, e eventualmente em outra cidade, dotada de monitores que exibem imagens do espaço aéreo em torno do aeródromo captadas por câmeras.

Ideal em área inóspita
Tendo em vista ser um empreendimento de testagem de conceito, a sala que exibe as imagens do aeroporto Santa Cruz fica no próprio aeroporto e cancela o emprego da torre elevada. Em localidades de outros países nos quais foi implantada essa metodologia de serviço remoto, o objetivo foi prover o controle de aeródromo em áreas inóspitas para ser residência de operadores (exemplo, inverno rigoroso), mas onde era requerida tal facilidade de proteção ao voo. De forma que o operador presta o serviço a distância, com a sala de controle instalada em outra localidade, onde as imagens e mensagens de rádio chegam por uma rede de dados e voz.

Torre Remota de Santa Cruz: a primeira da América Latina
O dia 18 de outubro de 2019 fica marcado para a história do Controle do Espaço Aéreo Brasileiro, com a entrada em operação no aeródromo de Santa Cruz, no Rio de Janeiro (RJ), da primeira Torre de Controle Remota da América Latina. Para o Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, Tenente-Brigadeiro do Ar Jeferson Domingues de Freitas, o DECEA vem desenvolvendo projetos voltados para a qualidade e segurança dos usuários. “O objetivo é tornar o transporte aéreo mais rápido, eficiente e econômico”.

Imagens
Neste método de operação, a visualização do controlador de tráfego aéreo da Torre de Controle convencional é substituída pelo acompanhamento em monitores que reproduzem imagens oriundas de um conjunto de câmeras posicionadas próximas da pista, proporcionando ao controlador uma visão abrangente. A estrutura, instalada em Santa Cruz, na Ala 12, é composta por 16 câmeras fixas, sendo duas com a tecnologia Pan Tilt Zoom (PTZ), a partir da qual será possível a mudança de enquadramento, ou seja, o aumento da imagem até 24 vezes, para dar mais nitidez a objetos localizados a quilômetros de distância. O Comandante do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Santa Cruz, Major Aviador Bruno Michel Marcondes Alves, explica que as câmeras PTZ podem, ainda, acompanhar aeronaves, automaticamente, ou bandos de pássaros e animais nas pistas de táxi e de pouso e decolagem, o que contribui para a redução do risco de colisão com a fauna. "O sistema permite, ainda, a realização de vistorias sobre as pistas, além da visualização de posições estratégicas, como, por exemplo, pontos de espera", acrescenta o Major. As câmeras, fixadas na área externa, estão interligadas a 14 monitores de 55 polegadas de altíssima definição, que proporcionam uma visão de 360 graus da área a ser controlada.

Novo conceito
Um dos benefícios com a utilização da torre será o conhecimento operacional que será agregado à Força Aérea Brasileira, ou seja, o conjunto de habilidades e conhecimentos do sistema e da tecnologia será o suporte técnico para o processo de estruturação normativa. Na torre remota serão realizadas as mesmas atividades de controle de uma torre convencional: informação de voo, prestação do serviço de alerta, autorização para pousos, decolagens e cruzamentos, orientação para o taxiamento de aeronaves, além da disponibilização de quaisquer informações necessárias à condução segura das operações aéreas, como dados meteorológicos e informações aeronáuticas. No futuro, o novo conceito tornará possível o gerenciamento e controle de tráfego aéreo em regiões de difícil acesso, como nos Estados e Municípios da Região Norte do país. “Não devemos julgar nossos dias pela colheita, mas sim pelas sementes que foram plantadas. Hoje, com a inauguração da primeira torre remota do Brasil, temos a plena convicção de que uma bela semente foi plantada, que renderá excelentes frutos para o futuro do SISCEAB, em termos de economicidade e eficiência nas operações”, disse o Major-Brigadeiro Engenheiro Fernando Cesar Pereira Santos, presidente da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA).