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Voar é um desejo que começa em criança!

domingo, 28 de fevereiro de 2021

Especial de Domingo

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) anunciou o sucesso no lançamento do Amazonia 1, realizado à 01h54 (horário de Brasília) deste domingo (28/02) a partir do Satish Dhawan Space Centre (SHAR), em Sriharikota, na Índia. O Amazonia 1 é o primeiro satélite de observação da Terra completamente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil.Saiba mais sobre esta grande conquista para o nosso país.
Boa leitura.
Bom domingo!

Foi lançado o primeiro satélite 100% brasileiro
O “Amazônia 1”, primeiro satélite completamente brasileiro, foi lançado na madrugada de domingo, 28 de fevereiro de 2021, ao espaço. Desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), sediado em São José dos Campos (SP), o equipamento foi levado para a Índia, ao Satish Dhawan Space Centre, SHAR, em Sriharikota, de onde foi lançado à 01h54 (horário de Brasília). 
O satélite é o terceiro a formar o Sistema Deter e auxiliará na observação e monitoramento da região amazônica. Produzirá imagens ópticas de ampla visada com resolução de 64m e largura da faixa imageada de 866 quilômetros. O “Amazônia 1” – completamente projetado e operado no Brasil – teve investimento de R$ 400 milhões e o envolvimento de diversos pesquisadores.

A 760 Km
O satélite tem quatro metros de comprimento e ficará a uma altitude de 760 quilômetros. Em órbita, ele produzirá imagens em alta resolução do território nacional e terá órbita com rota entre os polos norte e sul.O equipamento enviará sinal para três estações de monitoramento no Brasil: Cuiabá (MT), Alcântara (MA) e Cachoeira Paulista (SP). Desta forma, o satélite brasileiro apoiará o monitoramento da região amazônica, da diversificada agricultura em todo o território nacional, da região costeira, de reservatórios de água, florestas naturais e cultivadas e desastres ambientais. Todos os movimentos do engenho espacial serão coordenados de uma estação estabelecida no Inpe, em São José dos Campos.

Seguiram para acompanhar o lançamento do satélite o diretor do Inpe, Clézio de Nardin, e o Ministro da Ciência e Tecnologia, o astronauta Marcos Pontes.

Volta na Terra a cada 100 minutos
Ele cruzará a Linha do Equador, no sentido Norte-Sul, às 10h30 da manhã do horário local, viajando a uma velocidade de quase 27.000km/h. A essa velocidade, o satélite levará apenas 100 minutos para dar uma volta na Terra, lhe permitindo obter imagens de qualquer ponto do planeta a cada cinco dias. Operando conjuntamente com os satélites CBERS-4 e CBERS-4A, lançados, respectivamente em dezembro de 2014 e dezembro de 2019, serão providas imagens recorrentes do território brasileiro a cada dois ou três dias, melhorando significativamente a oferta de informações aos seus diferentes usuários.

sábado, 27 de fevereiro de 2021

Primeiro milhão

Blog do NINJA atinge um milhão de visualizações
Para divulgar as ações do Núcleo Infantojuvenil de Aviação e viabilizar atividades a distância foi criado, em 17 de abril de 2010, o Blog do NINJA, que hoje atingiu um milhão de visualizações. Os leitores, além de conferir publicações sobre aviação, passaram a conhecer as estratégias e objetivos do NINJA, podendo enriquecer o projeto com novas ideias, colaborando para levar a cultura aeronáutica para mais crianças e jovens. Naquele distante 17/4/2010 publicávamos as primeiras postagens, que hoje reproduzimos para brindar a marca de 1 milhão de visualizações, rememorar os primeiros passos e reafirmar o compromisso de novos voos!! Vamos juntos, rumo ao segundo milhão!!!

Nuvem vulcânica
Olá amigos Ninjas! Para tentar esclarecer um pouco o porque de não se voar devido a nuvem formada por um vulcão na Islândia, lembro que ela contém pedra, vidro, entre outos materiais em forma de pó que podem resultar na parada total dos motores além de, literalmente, "lixar" os parabrisas, deixando o piloto sem visibilidade para o pouso. Já houve 2 casos de aviões grandes que passaram perto destas nuvens e perderam os 4 motores. Um foi em 1982 com um Jumbo da British Airways e um outro com a KLM (empresa Holandesa). Em ambos os pilotos conseguiram reacender os motores a baixa altura, mas os danos foram muitos, quase ocasionando um acidente. Façam pesquisa. Estudem sempre!
Tiago
Tiago Tabarro Rizzi é aviador e colaborador do Ninja


Oshkosh
 
Oshkosh é uma cidade localizada no estado norte-americano de Wisconsin. Lá ocorre o maior evento de aviação do mundo, com exibições de aviões militares, raridades, fóruns, exposições, exibições especiais da Nasa e da Força Aérea Americana, além de shows espetaculares.
Em 2010, o evento vai de 25 de julho a 1 de agosto.
No vídeo, acrobacias para tirar o folego.
Nas fotos, um espaço dedicado a garotada, que é apresentada ao fantástico mundo da aviação desde cedo. Um bom exemplo para os Ninjas, certo?


Casa no ar
Nossos Ninjas gostariam de uma casa destas...


NINJA - Detalhes do Projeto
NÚCLEO INFANTOJUVENIL DE AVIAÇÃO

www.ninja-brasil.blogspot.com
Contato: ninja.aero@gmail.com

Introdução:
“O Brasil é um país de dimensões continentais!”
Quantas vezes já ouvimos essa afirmação?
Ela tem um significado real que nos apresenta um grande desafio.
Foi com muito esforço que aumentamos nossas fronteiras e conseguimos manter, sob uma mesma língua, esse imenso território.
Como estratégia para interligar o país, a opção brasileira foi o transporte rodoviário.
Entretanto, temos comunidades instaladas nos mais distantes pontos, algumas completamente isoladas, com limitada infra-estrutura de comunicação, auxílio médico e outras atividades essenciais.
Vale registrar que nosso transporte fluvial e marítimo ainda não conquistou um papel preponderante e a malha ferroviária ainda está distante de atingir a qualidade estrutural que merece.
Devemos considerar, também, que a frota de carros, ônibus e caminhões tem causado grandes congestionamentos em cidades e rodovias, estas com visíveis problemas de conservação.
Por essas e outras razões, estamos presenciando o fortalecimento do transporte aéreo brasileiro, com uma nova postura do governo e um maior investimento das companhias aéreas.
Isso indica que o mercado precisará de mão de obra qualificada e, para tanto, queremos dar a nossa contribuição, difundindo a cultura aeronáutica entre crianças e jovens, preparando o caminho para os profissionais do amanhã.

Implantação:
A estratégia adotada foi criar o Ninja – Núcleo Infantojuvenil de Aviação, que conta atualmente com o incentivo do Instituto Salerno-Chieus (Colégio Dominique), da EACT - Escola de Aviação Civil de Taubaté (Aeroclube Regional de Taubaté-SP), da Icomunic Produtora e da BCA Consultoria.
Continuamos na prospecção de novos parceiros.
Se você for um deles, entre em contato: ninja.aero@gmail.com
O Ninja é instalado em escolas de ensino fundamental e médio, mediante convênio.

Projeto Piloto:
Em 2010 o Ninja está implantado no Colégio Dominique, em Ubatuba-SP.
Trata-se da primeira experiência prática, que servirá como referência para a criação de novos Ninjas em outras escolas brasileiras.

Programação:
►Para as crianças do 3º até o 5º ano do ensino fundamental a atividade está prevista para o horário letivo normal, procurando integrar o conteúdo às disciplinas do núcleo comum do estabelecimento de ensino conveniado.

►Para os estudantes a partir do 6º ano do ensino fundamental, os encontros ocorrem uma vez por semana, no contra-turno ao horário escolar, sendo dois tempos de 50 minutos, separados por um intervalo de 10 minutos.

►O conteúdo é organizado em módulos. Cada módulo tem a duração de seis meses (abril/maio/junho/agosto/setembro/outubro). O Coordenador poderá montar as turmas seguindo outros critérios.

►Em 23 de outubro, Dia do Aviador, ocorre a solenidade de conclusão do módulo, com a entrega de certificados.

►Para as crianças de até 12 anos há muita atividade lúdica; iniciação ao aeromodelismo e apresentação de filmes.

►Para os jovens dos 13 aos 17 anos a programação prevê:
curso teórico; palestras com especialistas; apresentação de filmes; distribuição de clippings; simulação de voo em computador; organização de visitas monitoradas a instituições aeronáuticas; grupos de estudos avançados.

Custos:
Todas as ações são voluntárias.

A escola conveniada deverá apresentar um professor monitor, que será treinado por coordenadores do Ninja.

Todas as atividades teóricas aplicadas ocorrem através de vídeo aulas, cedidas às escolas conveniadas.

Não é cobrada mensalidade do aluno para integrar o Ninja. É recomendado, porém, que as instituições de ensino conveniadas exijam bom comportamento e desempenho escolar satisfatório.

Em alguns módulos são previstas visitas monitoradas a instituições aeronáuticas. Nesse caso há, obviamente, despesas de viagem.

Planejamento básico:
O conteúdo é dividido em módulos, de acordo com a faixa etária dos alunos, obedecendo, em linhas gerais, ao seguinte plano:

→ Dos 8 aos 12 anos – Esquadrão Saint-Exupéry:
Atividades lúdicas / Iniciação ao Aeromodelismo.

→ Dos 13 aos 15 anos – Esquadrão Santos-Dumont:
Primeiros conceitos teóricos / Experimentação / Visitas a instituições aeronáuticas.

Estes alunos seguirão um roteiro elementar de atividades, de acordo com a faixa etária:

1) Familiarização com os comandos de um avião e de um helicóptero.

2) História da Aviação
Ícaro (Mitologia).
Aeronaves mais leves que o ar.
Balões –Pe. Bartolomeu de Gusmão.
Santos Dumont
Irmãos Wright.

3) Gravidade
Experiências.
Massa e peso: a ação da gravidade sobre os corpos.
Gravidade na Terra e na Lua.

4) Transformações físicas e químicas.
Lavoisier.
Experiências - Transformações físicas (evaporação da água, formação de gelo, liquefação do gelo).
Transformações químicas (queima de papel).
Lavoisier e a conservação da matéria.

5) Pressão dos fluidos, líquidos e gasosos.
Princípio de Pascal.
A prensa hidráulica.
Vasos comunicantes.
O Princípio da Ação e Reação.
O motor a jato.

6) Pressão atmosférica.
Barômetro.

7) Volume dos gases e temperatura.
Volume dos líquidos e temperatura.
Gelo.

8) Ventos, furacão, chuva.
Importância das previsões de tempo.
Institutos de meteorologia.

9) Umidade do ar.
O Higrômetro.

10) Paraquedas.

11) Formas aerodinâmicas.
O fenômeno do voo.
Construções de aviões de papel / pipas.

12) O autogiro. O helicóptero.
Sikorsky.
Construção de hélices verticais.

13) Motores a vapor.
As primeiras locomotivas.
A força do vapor comprimido.
Os primeiros “vapores” (navios).

14) Motores a explosão.

15) Combustão.
O papel do oxigênio.
O motor a jato.
Como realizar a combustão sem o oxigênio do ar atmosférico.
Como são impulsionados os foguetes espaciais.

16) Astronomia.
Como surgiram as primeiras observações.
Medidas da Terra/Distâncias - Terra aos outros astros.
Medidas indiretas.
Paralaxe.

17) O papel do Sol.
O dia e a noite.
A inclinação do eixo da Terra.
As estações. A vida na Terra.

18) A Rosa dos Ventos.
Como surgiu a idéia de orientação.

19) O magnetismo terrestre.
Imantação.
Como construir ímãs.
A invenção da bússola. Como se navegava (ou se orientava) antes disso.

20) Os mecanismos atuais de orientação.
O radar
O GPS
Grupo Especial de Inspeção em Voo(GEIV)


→ Dos 16 aos 17 anos – Esquadrão Severiano Lins:
Enfoque profissionalizante / Síntese de Meteorologia – Conhecimentos Técnicos – Teoria do Voo – Navegação Aérea – Regulamentos de Tráfego Aéreo.

Para estes alunos, o roteiro será um resumo do conteúdo trabalhado nos cursos de piloto privado, garantindo os pré-requisitos mínimos ao estudante que tenha interesse em seguir a carreira de piloto ou de comissário de voo:

Conhecimentos Técnicos
Aula 1
O avião e seus componentes
Estrutura do avião

Aula 2
Controles de voo
Trem de pouso

Aula 3
Motores

Aula 4
Operação do motor
Sistema de alimentação

Aula 5
Sistema de lubrificação
Sistema de resfriamento
Sistema hidráulico

Aula 6
Sistema elétrico
Sistema de ignição

Navegação Aérea
Aula 1
Operações angulares

Aula 2
Instrumentos
Proa / Rumo / Rota

Aula 3
Magnetismo Terrestre
Calunga

Aula 4
Nível de cruzeiro
Perfis subida/descida

Aula 5
Estudo do tempo

Aula 6
Plano de voo

Meteorologia
Aula 1
A terra e o sistema solar
Atmosfera terrestre

Aula 2
Calor e temperatura
Pressão atmosférica

Aula 3
Umidade
Nuvens

Aula 4
Vento
Frentes

Aula 5
Condições adversas
Metar

Aula 6
Metar/Speci

Teoria do Voo:
Aula 1
Física – Leis de Newton
Fluidos e Atmosfera

Aula 2
Geometria do Avião
Vetores

Aula 3
Forças Aerodinâmicas
Escoamento

Aula 4
Voos Horizontais
Voo Planado

Aula 5
Voo Ascendente
Voo em Curva

Aula 6
Cargas Dinâmicas
Decolagem e Pouso

Regulamentos de Tráfego Aéreo:
Aula 1
Alfabeto fonético
Unidades de medida

Aula 2
Aeródromos
Numeração Cabeceira
Circuito

Aula 3
Níveis de voo
Regras de voo visual

Aula 4
Cartas

Aula 5
ATZ/CTA/TMA

Aula 6
TWR/APP/CTA

OPINE SOBRE O PROJETO!
ESCREVA PARA: ninja.aero@gmail.com
AJUDE A DIVULGAR.
OBRIGADO POR SUA PARTICIPAÇÃO!

Carreiras na Aviação

Novos alunos chegam à Escola de Especialistas de Aeronáutica
O dia 21 de fevereiro de 2021 foi marcado por emoção e alegria com a chegada dos novos alunos do Curso de Formação de Sargentos (CFS), da Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR). Ao todo, 224 alunos deverão ser matriculados no CFS, sendo dois estrangeiros da República Togolesa (Togo), que juntos integrarão o Esquadrão Azul. Devido ao novo Coronavírus, a Escola desenvolveu uma estrutura voltada para a recepção segura dos alunos, empregando assim todos os cuidados necessários, conforme as diretrizes do Ministério da Saúde, do Ministério da Defesa e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, inclusive a realização de testagem para a COVID-19.

Recebidos pelo comandante
O Comandante da EEAR, Brigadeiro do Ar Antonio Luiz Godoy Soares Mioni Rodrigues, recepcionou os alunos e comentou sobre a chegada à Escola. “Ao olhar para cada um desses jovens, esperançosos e confiantes com a carreira que se inicia, sinto-me como há 35 anos, quando ingressei na Força Aérea, pelos portões do Berço dos Especialistas”, destacou. O futuro integrante do Esquadrão Azul, Kesller Gabriel Avelino de Souza, comentou o ingresso à Unidade. "Hoje significa muito para minha formação pessoal, seja ela física ou mental, além da honra em pertencer à Força Aérea Brasileira. É a verdadeira expressão do sentimento de gratidão e dever cumprido”, comentou.

Sonho virando realidade
Para o Soldado Lucas Pereira dos Santos, aprovado no CFS, relatou a emoção do momento. “Adentrar os portões do Berço dos Especialistas é tornar um sonho em realidade. É fazer valer a pena cada momento de luta, as noites em claro e a confiança a mim dedicada. Sei que é apenas mais um passo nas fileiras da FAB, mas com fé em Deus muitas coisas boas surgirão pela frente”, destacou. Eduarda Nascimento Wandermurem da Silva também foi recebida no CFS. “Estou muito feliz e realizada por ter conseguido a aprovação. Sei que aqui enfrentarei muitos desafios, os quais me ensinarão muito. Certamente, após a conclusão do curso, sairei mais madura e forte”, disse.

“Disciplina, Amor e Coragem”
O Código de Honra do Aluno Especialista, “Disciplina, Amor e Coragem”, será o lema que norteará, de agora em diante, o caminho dos novos futuros sargentos da Força Aérea Brasileira (FAB). O Comandante do Esquadrão Azul, Major Especialista em Comunicações Carlos Rogerio de Sousa Brizon, falou acerca da importância do ingresso na EEAR. "O dia 21 de fevereiro de 2021 torna-se especial para os jovens brasileiros que cruzaram os portões da Escola de Especialistas de Aeronáutica, com o sonho de integrar a Força Aérea Brasileira. No semblante de cada um, foi observada a emoção da concretização de muitas horas de estudo e preparação, aliada à ansiedade natural, característica do início de uma grande jornada. O efetivo do Esquadrão sente-se honrado em participar do processo de formação militar dos novos alunos e deseja sucesso na nobre carreira escolhida", comentou. Futuramente, estes mesmos jovens desfilarão entoando a “Marcha da Despedida” e cruzarão novamente os portões da EEAR como Terceiros-Sargentos, prontos para servirem à Pátria, por meio da FAB, em todo o território nacional.

Fotos: Tenente William / Suboficial Jefferson / EEAR

Fonte: FAB

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Heróis Brasileiros

Exposição na Itália homenageia ações da FAB e FEB na II Guerra
A Embaixada do Brasil na Itália inaugurou, no dia 22 de fevereiro de 2021, na Galeria Cândido Portinari do Palazzo Pamphilj, a Mostra “Liberatori – Il Brasile nella Campagna D’Italia (Libertadores – O Brasil na Campanha da Itália – 1944/1945)”. A exposição, gratuita e aberta ao público até o dia 19 de março, visa homenagear a Força Aérea Brasileira (FAB) e a Força Expedicionária Brasileira (FEB), divulgar uma importante página de história e, ainda, relembrar o espírito de fraternidade entre brasileiros e italianos.

Liberdade e democracia
A mostra foi montada seguindo um percurso cronológico, desde a declaração de guerra do Brasil aos países do eixo, passando pelo embarque das tropas para a Itália, as ações nas campanhas aérea e terrestre, o cotidiano dos militares nas bases e nos acampamentos, as memoráveis conquistas e o retorno ao Brasil. Tudo ilustrado por fotos, documentos raros e objetos usados no período, que retratam os feitos de pilotos, soldados e enfermeiras que colocaram em risco a própria vida pela liberdade e democracia dos povos. São dezenas de relíquias expostas em seis vitrines. O acervo de objetos integra a coleção privada do especialista em arqueologia militar e historiador italiano Giovanni Sulla.

Bravos
O Adido de Defesa e Aeronáutico do Brasil na Itália, Coronel Aviador André Luiz Alves Ferreira, ressaltou que a exposição foi concebida pela Embaixada do Brasil na Itália para ser realizada em 2020, sendo um dentre os diversos eventos que estavam planejados para as comemorações dos 75 anos do final da Segunda Guerra Mundial, mas foi postergado em função da pandemia. “O acervo é belíssimo e retrata fielmente o sacrifício de brasileiros e brasileiras que lutaram pelos ideais de liberdade, paz e democracia nos céus e terras italianas. Remete-nos ao cenário do final da Grande Guerra, ao rigoroso inverno de 1944 e à força dos inimigos nazifascistas, sobretudo de sua artilharia antiaérea, maior desafio de nossos bravos pilotos do Primeiro Grupo de Aviação de Caça e da Primeira Esquadrilha de Ligação e Observação. Recordar todas as conquistas e vitórias nos enche de muito orgulho", destacou o Oficial.

Único País latino-americano nas batalhas
Para o Embaixador do Brasil em Roma e idealizador do evento, Hélio Vitor Ramos Filho, a exposição ilustra um dos capítulos mais importantes das relações entre os dois países. “O Brasil foi o único País latino-americano a ter enviado militares para os campos de batalha europeus durante a Segunda Guerra Mundial. O legado dos jovens brasileiros, homens e mulheres, que participaram da Campanha da Itália se traduziu, também, em competência, coragem e, principalmente, na humanidade”, finaliza o Embaixador.

Fonte: FAB

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Indústria Aeronáutica

Phenom 300 da Embraer é o jato leve mais vendido
O jato leve da série Phenom 300, da Embraer, foi, pelo nono ano consecutivo, o mais vendido do mundo, segundo números divulgados, dia 24 de fevereiro de 2021, pela General Aviation Manufacturers Association (GAMA). A Embraer entregou 50 jatos Phenom 300 e Phenom 300E em 2020, tornando-se o jato leve mais entregue do ano.

590 entregas
Este é o nono ano consecutivo em que a série Phenom 300 alcança esta marca, tendo acumulado mais de 590 entregas desde que entrou em operação, em dezembro de 2009. Em 2020, o Phenom 300 foi também o modelo de jato mais entregue entre todos os jatos bimotores do mercado. “O contínuo sucesso do Phenom 300, como o jato leve mais vendido do mundo, é reflexo do nosso comprometimento em entregar a melhor experiência ao cliente na aviação executiva”, disse Michael Amalfitano, presidente & CEO da Embraer Aviação Executiva. Originalmente lançada em 2005, a série Phenom 300 está em operação em mais de 30 países e acumula mais de um milhão de horas de voo.

Fonte: Embraer

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Santos Dumont

O avião bimotor idealizado por Alberto Santos Dumont
O inventor Alberto Santos Dumont, entre tantas outras ideias, também projetou um avião bimotor. No ano de 1905, com sua continuada capacidade criativa, o brasileiro Pai da Aviação concebeu o número 11, como um avião bimotor, monoplano, com 22 metros quadrados de superfície. Não chegou a voar, já que o primeiro aparelho a decolar e pousar com seus próprios meios seria o 14 bis, no ano seguinte.

Fonte: Informação enviada por Jorge Rosa da Silva, extraída do livro Alberto Santos-Dumont: O Pai da Aviação, de Fernando Hippolyto da Costa.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Transporte Aéreo

Setor aéreo tem o melhor mês desde início da pandemia
Os dados de janeiro de 2021 do setor aéreo brasileiro foram os mais positivos, no Brasil, desde o início da pandemia Covid-19. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a quantidade de passageiros em voos domésticos no mês passado foi de 6,09 milhões, maior volume registrado desde março de 2020. 

Ocupação de aeronaves
O levantamento da Anac mostra que o percentual médio de ocupação de aeronaves no mercado doméstico em janeiro de 2021 foi de 81,7%, redução de 4,4% em relação ao ano passado. No apurado dos últimos 12 meses, a taxa foi de 79,2%. Desde o início da pandemia, o Governo Federal atuou para reduzir os efeitos da Covid-19 no turismo, protegendo os trabalhadores e os turistas. As ações envolveram iniciativas como a Medida Provisória 936, que permitiu a flexibilização de salários e jornadas de trabalho; a MP 948, que regulamentou as relações de consumo no segmento; e a MP 963, que garantiu R$ 5 bilhões à concessão de empréstimos por meio do Fundo Geral do Turismo (Fungetur).

Turismo
O Ministério do Turismo também lançou o Selo Turismo Responsável, Limpo e Seguro, que já conta com mais de 26 mil adesões. Trata-se de uma sinalização visual que identifica estabelecimentos e guias de turismo que assumiram, declaradamente, o compromisso em adotar protocolos de biossegurança para proteger turistas e trabalhadores contra a Covid-19. E, dessa forma, possibilitar que a retomada das atividades turísticas ocorra de forma mais segura no Brasil.

Fonte: Ministério do Turismo

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

ITA Transportes Aéreos

Chega o primeiro avião da ITA
A ITA Transportes Aéreos recebeu no sábado, 20 de fevereiro de 2021, a sua primeira aeronave, um Airbus 320. 

O jato, procedente de Madrid, aterrissou em Natal (RN), antes de seguir para São José dos Campos (SP), onde receberá a pintura oficial da nova empresa brasileira de transporte aéreo.

Cidades
A ITA pretende começar a voar em março e deverá atender as cidades de São Paulo, Ribeirão Preto, Presidente Prudente, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Foz do Iguaçu, Florianópolis, Salvador, Fortaleza, Vitória e Goiânia. “Estamos muito felizes porque todo o cronograma vem sendo cumprido para obtermos as certificações junto à ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil)”, comemora Sidnei Piva, presidente do Grupo Itapemirim.

domingo, 21 de fevereiro de 2021

Especial de Domingo

Uma merecida premiação internacional para Ozires Silva é o destaque de hoje. Mais um reconhecimento à inteligência, aos esforços e à dedicação deste grande brasileiro.
Boa leitura.
Bom domingo!

Ozires é o primeiro brasileiro a receber a medalha Guggenheim de engenharia aeronáutica
O engenheiro Ozires Silva, um dos fundadores da Embraer, se tornou o primeiro brasileiro a receber a medalha Guggenheim, uma das mais importantes condecorações internacionais de engenharia aeronáutica do mundo. A revelação ocorreu dia 18 de fevereiro de 2021, em um comunicado do Instituto Americano de Aeronáutica e Astronáutica (AIAA, na sigla em inglês), responsável pela comenda. “Este distinto reconhecimento ao engenheiro Ozires Silva considera suas excepcionais e inovadoras contribuições para a aviação. Sua paixão, coragem e liderança abriram caminho para que a Embraer se expanda de forma que poucos imaginavam, transformando a aviação regional e levando a nossa empresa a ser admirada globalmente. É uma honra e um grande privilégio para mim e para todos os meus colegas da Embraer sermos inspirados diariamente por sua visão pioneira e espírito inovador”, disse Francisco Gomes Neto, Presidente e CEO da Embraer.

Premiação internacional
A medalha Daniel Guggenheim foi criada em 1929 como uma premiação internacional, com o propósito de reconhecer pessoas que tiveram conquistas notáveis ​​no campo aeronáutico. A nomeação é realizada por um conselho de especialistas do American Institute of Aeronautics and Astronautics (AIAA), American Society of Mechanical Engineers (ASME), SAE International e Vertical Flight Society, dos Estados Unidos. Na lista de personalidades reconhecidas há pioneiros da aviação e profissionais que dedicaram suas vidas ao desenvolvimento aeronáutico ao longo da história.

Nomes destacados
Entre alguns destaques da indústria estão: William E. Boeing, Lawrence D. Bell, Leroy R. Grumman, Igor Sikorsky, Charles Lindbergh, James S. McDonnell, Marcel Dassault, entre outros.

William E. Boeing
Lawrence D. Bell
Leroy R. Grumman
Igor Sikorsky
Charles Lindbergh
James S. McDonnell
Marcel Dassault

Ozires Silva
Ozires Silva nasceu em 8 de janeiro de 1931, em Bauru - SP. Em 1948, entrou para a escola da Força Aérea Brasileira (FAB), no Rio de Janeiro, onde obteve sua licença de piloto militar, quatro anos depois. Mudou-se para São José dos Campos - SP para estudar no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em 1959, graduando-se em Engenharia Aeronáutica, em 1962. Após a graduação, passou a liderar o Departamento de Aeronaves do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento, do atual DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial). Em 1965 iniciou o projeto IPD-6504, que se tornaria depois o avião Bandeirante. Na Força Aérea Brasileira chegou ao posto de Tenente-Coronel. Ozires Silva liderou a Embraer entre os anos de 1970 até 1986 e retornou em 1992, para presidir a companhia até a sua privatização, em dezembro de 1994.

Fonte: Embraer

sábado, 20 de fevereiro de 2021

Operação Covid-19

Esquadrão da FAB leva vacinas para brasileiros indígenas
Militares da Força Aérea Brasileira (FAB), do Primeiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (1º/8º GAV), Esquadrão Falcão, sediado na Ala 10, em Parnamirim (RN), operando uma aeronave H-36 Caracal, realizaram o transporte de vacinas para a população indígena em aldeias Yanomami. Nesta etapa, as ações ocorreram de 03 a 13 de fevereiro de 2021. As missões foram realizadas como parte da Operação COVID-19, deflagrada pelo Ministério da Defesa, em apoio às ações do Governo Federal para o combate à pandemia causada pelo novo Coronavírus e suas consequências.

Em Roraima
Engajadas na Operação COVID-19, equipagens (helicópteros e tripulações) do Esquadrão Falcão foram deslocadas para Surucucu (RR) desde o dia 1º de fevereiro, quando os militares passaram a transportar profissionais de saúde, vacinas e insumos médicos para atender aos povos indígenas que habitam a região montanhosa da floresta Amazônica, entre o norte do Amazonas e de Roraima e o sul da Venezuela. No dia 03 de fevereiro de 2021, o helicóptero de matrícula FAB 8513 realizou duas surtidas, decolando de Surucucu (RR) com destino às Aldeias Araciki e Hewetheou, respectivamente, transportando seis profissionais de saúde e 560 quilos de carga, entre insumos médicos e vacinas contra a COVID-19. No dia 05, foi realizada a retirada das equipes de saúde, que permaneceram dois dias nas aldeias Yanomami. Em seguida, mais voos foram acionados nos dias 8, 9 e 10, contemplando as aldeias de Araciki 1 e 2, Turemau, Hewetheou, Wathou e Xiothou, distribuindo um total de 387 doses de vacinas, número correspondente ao total de habitantes das aldeias.

Regiões de difícil acesso
O objetivo dessas missões é viabilizar a assistência de saúde a esses povos que ocupam regiões de difícil acesso, locais em que apenas aeronaves de asas rotativas conseguem pousar. "As aldeias ficam em locais extremamente distantes e isolados. Muitas delas com áreas restritas para aproximação e pouso até mesmo de helicópteros. A região de serras exige que as tripulações façam um planejamento extenso para configurar a aeronave corretamente e colocá-la na potência adequada para a altitude da região. Diversos são os cuidados, tais como manter distância adequada das malocas, atenção à temperatura e altitude das serras e a volatilidade das condições meteorológicas", explica o Capitão Aviador Leir Gomes de Oliveira. Segundo o Capitão Leir, operando nessa região, percebe-se que o emprego de aeronaves de asas rotativas é a única opção para a chegada da vacina a essas comunidades indí­genas. "A Força Aérea está fazendo a sua missão, ao integrar as comunidades indígenas, levando tratamento contra a COVID-19 a esses povos que habitam os rincões mais distantes do nosso País", completa.

Esquadrão na Operação COVID-19
Realizar missões humanitárias e de integração nacional, como as da Operação COVID-19, é parte do propósito do Esquadrão Falcão, permitindo que suas tripulações coloquem em prática todas as habilidades e competências que treinam exaustivamente. "Além de contribuir para o controle da pandemia, esse tipo de missão permite aos pilotos e demais tripulantes exercitar todo o treinamento realizado pela Unidade Aérea. Os pousos em localidades remotas exigem planejamento, estudo, julgamento e capacidade de decisão de todos os integrantes da tripulação", completou o Comandante do 1º/8º GAV, Tenente-Coronel Aviador Wankley Lima de Oliveira.

Reportagem: Tenente Juliana Lopes (BANT) e Tenente Flávia (CECOMSAER)

Fotos: Sargento Expedito e Sargento Alves (1º/8º GAV)

Fonte: FAB

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Pioneiros

CASIMIRO MONTENEGRO FILHO
O Marechal-do-Ar Casimiro Montenegro Filho nasceu em Fortaleza, Ceará, em 29 de outubro de 1904. 

Desde cedo interessou-se pela aviação que, naquela época, dava os primeiros passos e começava a apresentar os contornos de algo que marcaria o modo de viver das pessoas em todo mundo.

Em 1923 entrou na Escola Militar no Rio de Janeiro, alcançando com rapidez posições importantes, mostrando habilidade e competência nas funções que exercia.

Em 1931 foi o piloto que tornou realidade o Correio Aéreo Nacional, fazendo pela primeira vez um voo histórico do Rio de Janeiro para São Paulo, levando uma única carta. Sempre manteve sua forte vocação de pioneiro e visionário.

Acreditava firmemente na força da educação, como ferramenta do desenvolvimento. Dedicou-se particularmente para construir bases para atividades industriais que permitissem o desenvolvimento da aviação e do país.

Concluiu com êxito o Curso de Engenheiro Militar na Escola Técnica do Exército em 1938.

Em 1943, já promovido a Tenente-Coronel, assumiu a Diretoria Técnica da Aeronáutica, quando começou a pensar que somente teríamos uma indústria aeronáutica no Brasil quando se pudesse dispor de uma escola para a formação e a preparação dos técnicos de alto nível que seriam necessários.

Germinava, em sua cabeça privilegiada, a ideia da criação do Instituto Tecnológico de Aeronáutica - ITA.

Procurou então, as escolas mais destacadas do ramo, em particular nos Estados Unidos, onde visitou o Massachussetts Institute of Technology - MIT e o Wright Field, destacado centro de treinamento e de formação de pessoal para a Força Aérea norte-americana.

Naqueles seus pensamentos caminharam na direção de criar um Centro Técnico que pudesse se apoiar em três direções básicas: ensino, pesquisas e indústria.

Foi assim que, auxiliado por uma equipe de oficiais da aeronáutica e assessorado pelo Prof.Reitor Richard Smith do MIT, em 1948, começou a transformar o sonho em realidade.

É pela multiplicidade de sua presença na vida pública do país que o Marechal Montenegro há de ser conhecido, perpetuado, entendido e louvado.

Como valoroso militar, como administrador diligente e íntegro, como leal companheiro e como chefe de família exemplar.

O Marechal Casimiro Montenegro Filho faleceu aos 95 anos, no dia 26 de fevereiro de 2000, em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, deixando um legado de extrema importância ao desenvolvimento do país e um exemplo dignificante para todas as gerações vindouras.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Indústria Aeronáutica

Embraer apoia decisão do governo a respeito subsídios aeronáuticos
A Embraer recebe com satisfação as ações do governo brasileiro no sentido de encerrar o contencioso sobre subsídios aeronáuticos contra o Canadá na Organização Mundial do Comércio (OMC) e de lançar negociações de disciplinas mais efetivas aplicáveis ao apoio governamental no setor de aviação comercial. Na OMC, o Brasil questionava os mais de US$ 3 bilhões em subsídios ilegalmente concedidos pelos governos do Canadá e do Quebec à Bombardier para o lançamento, desenvolvimento e produção do programa C-Series. Esses subsídios distorceram as condições de concorrência no mercado global de jatos comerciais, ocasionando prejuízo grave à Embraer, em clara violação das regras de comércio internacional da OMC.

OMC
Apesar da solidez dos argumentos apresentados pelo Brasil no Painel, o contencioso na OMC não será capaz e produzir os resultados esperados pelo Brasil e pela Embraer, em função das transformações por que passou o setor desde o início do contencioso, em 2017. Com a saída da Bombardier do mercado da aviação comercial e a transferência do programa C-Series (agora A220) para a Airbus, que dispõe de uma segunda linha de montagem final nos Estados Unidos, a disputa comercial contra o Canadá na OMC deixou de ser o caminho mais efetivo para se alcançar o objetivo do Brasil e da Embraer: o reestabelecimento de condições equilibradas de concorrência no mercado de aviação comercial.

Apoio à aviação comercial
A Embraer apoia a iniciativa do Brasil de lançar negociações de novas disciplinas mais efetivas para o apoio governamental no setor de aviação comercial, como melhor forma de se alcançar condições justas e equilibradas de competição nesse mercado, conforme a experiência bem-sucedida do Entendimento Setorial Aeronáutico (ASU) sobre créditos à exportação, assinado em 2007 no âmbito da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). A Embraer acredita que fabricantes de aeronaves comerciais devem competir com base na qualidade de seus produtos e não no volume de incentivos que recebem de seus governos.

Fonte: Embraer

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Concurso para a FAB

Força Aérea tem inscrições ao concurso para a EEAR
Seguem até 15 de março de 2021 as inscrições para o concurso da Força Aérea Brasileira (FAB) com 242 vagas para admissão ao Curso de Formação de Sargentos (CFS), no primeiro semestre de 2022, na EEAR - Escola de Especialustas de Aeronáutica, sediada em Guaratinguetá (SP). O edital reúne oportunidades em cinco especialidades: mecânica de aeronaves (68 vagas), material bélico (17), guarda e segurança (30), equipamento de voo (12) e controle de tráfego aéreo (115). As três primeiras áreas são exclusivas a homens, enquanto as duas últimas podem ser disputadas por candidatos de ambos os sexos. Os interessados devem possuir idade entre 17 e 24 anos (até 31 de dezembro de 2022) e Ensino Médio.

Inscrições até 17/3
As inscrições vão até as 15h de 17 de março de 2021, devendo ser registradas mediante o preenchimento de formulário disponível no site https://ingresso.eear.aer.mil.br/. A taxa é de R$ 60.

Provas
Agendada para 30 de maio e com duração de quatro horas e vinte minutos, a prova objetiva cobrará a resolução de questões de múltipla escolha abordando conteúdos sobre língua portuguesa, língua inglesa, matemática e física. Haverá aplicação em Belém/PA, São Luís/MA, Recife/PE, Natal/RN, Rio de Janeiro/RJ, Belo Horizonte/MG, São Paulo/SP, São José dos Campos/SP, Campo Grande/MS, Canoas/RS, Santa Maria/RS, Curitiba/PR, Brasília/DF, Manaus/AM, Porto Velho/RO e Boa Vista/RR. As outras etapas do processo seletivo incluem: inspeção de saúde e exame de aptidão psicológica, de 10 a 27 de agosto; e avaliação do condicionamento físico, de 19 a 22 de outubro.

Aluno especialista
Os aprovados em todas as fases do concurso iniciarão o CFS (Curso de Formação de Sargentos) em 19 de janeiro de 2022. O curso é ministrado em Guaratinguetá (SP), com duração de dois anos, em regime de semi-internato. Durante a formação, os alunos são considerados praças especiais e recebem soldo, alimentação, alojamento, fardamento e assistências médico-hospitalar e dentária. Ao concluir o curso, os militares serão declarados na graduação de terceiro-sargento, e poderão servir em todo o território nacional, conforme as necessidades do Comando Aeronáutica.

Informações: Clique aqui 

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Espaço

INPE verifica redução de 70% em desmatamento na Amazônia Legal
O mês de janeiro de 2021 apresentou o menor índice de alertas de desmatamento na Amazônia Legal dos últimos quatro anos, com uma redução de 70% em relação ao mesmo mês de 2020, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Nos últimos seis meses, os avisos de desmatamento tiveram redução de 21%. Entre agosto de 2020 e janeiro de 2021 foram 988 Km² de redução em alertas, de acordo com dados do Inpe. A título comparativo, trata-se de uma área superior a área urbana da cidade de São Paulo – maior centro urbano do país com aproximadamente 950 Km².

Trabalho integrado
Os dados demonstram o bom desempenho do trabalho integrado coordenado pelo Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL) na região, principalmente por meio da Operação Verde Brasil 2. Do início da operação até janeiro de 2021, foram apreendidos 331 mil m³ de madeira, 1.699 embarcações, 326 tratores e 20 aviões/helicópteros, resultando na aplicação de 4.842 multas e totalizando o valor de 3,33 bilhões de reais. A otimização das ações das equipes de campo durante a Operação tem sido garantida por meio do trabalho técnico-científico de uma equipe de analistas de órgãos governamentais reunidos no Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), órgão subordinado ao Ministério da Defesa.

GIPAM
O Grupo de Integração para Proteção da Amazônia (Gipam) faz a fusão e verificação de informações disponíveis nos bancos de dados de agências de proteção ambiental e órgãos policiais e elabora relatórios que mostram detalhes sobre onde ocorre o desmatamento e o garimpo ilegal. A partir desses relatórios, o comando da Operação Verde Brasil e os órgãos ambientais realizam o planejamento das ações das Forças Armadas e equipes de fiscalização. O grupo é composto, permanentemente, pelos seguintes órgãos: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Serviço Florestal Brasileiro, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Fundação Nacional do Índio (Funai), da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Agência Nacional de Mineração (ANM).

Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Operação Culminating

FAB avalia positivamente o emprego do KC-390 no exercício Culminating
Missão cumprida com sucesso. Essa é a avaliação da primeira participação do KC-390 Millennium da Força Aérea Brasileira (FAB) em um Exercício Operacional Internacional. As conquistas inéditas do KC-390 aconteceram em Louisiana, Estados Unidos, entre os dias 12 de janeiro e 05 de fevereiro de 2021, durante o Exercício "Culminating". O treinamento da FAB em conjunto com o Exército Americano, Exército Brasileiro (EB) e Força Aérea Americana teve, entre os objetivos, a preparação de militares e tripulantes para missões de emprego em operações aeroterrestres.

Dever cumprido
De acordo com um dos um dos integrantes da tripulação do KC-390, Major Aviador Bruno Américo Pereira, a sensação é de dever cumprido “Nós conseguimos fazer os voos de acordo com o planejado, realizando também a missão de lançamento de paraquedistas, com o C-17 e C-130 da Força Aérea Americana. Agora nós vamos continuar a formação e desenvolvimento doutrinários da aeronave”, comenta. Com um balanço positivo da participação no Exercício "Culminating", o KC-390 cumpriu etapas fundamentais para o processo de implantação da aeronave, tais quais: a conclusão da primeira participação em um treinamento com cenários militares e objetivos referentes às práticas de combate, a realização do lançamento de paraquedistas com uma tripulação 100% composta por tripulantes da Força Aérea Brasileira e a participação em um voo de formatura tática com aeronaves militares já consagradas.

De acordo com o Capitão Aviador Anderson Dias Santiago, uma aeronave em fase de implantação traz muitos desafios. “Nós estamos ampliando as nossas capacidades e pudemos colocá-las em prática no Exercício 'Culminating'. Então, para nós foi um ganho muito grande. Nós temos trabalhado há alguns anos no desenvolvimento de técnicas e práticas e esses procedimentos foram muito bem executados durante o treinamento”, destacou. “Temos a convicção de que a nossa aeronave é muito capaz e estamos prontos para participar de qualquer exercício que venha a acontecer”, complementa o Capitão Santiago.

KC-390
O primeiro KC-390 Millennium foi entregue à Força Aérea em setembro de 2019. E, após cerca de um ano e meio operando a aeronave multimissão, a FAB atualmente conta com quatro KC-390 em sua frota realizando missões fundamentais para o país.

Fotos: Sargento Bianca Viol / CECOMSAER

Vídeo: Suboficial Barros / CECOMSAER

Fonte: FAB

domingo, 14 de fevereiro de 2021

História

Augusto Severo e a data do primeiro voo de seu balão dirigível no Brasil
Em referência ao texto publicado pelo blog do NINJA, hoje, 14 de fevereiro de 2021, no qual o escritor João Alexandre Viégas, no livro “Vencendo o Azul: história da indústria e tecnologia aeronáuticas no Brasil”, reporta que a primeira ascensão do balão dirigível projetado e construído por Augusto Severo e batizado de Bartholomeu de Gusmão teria ocorrido em 14 de fevereiro de 1894, há que se considerar, para consolidação do registro factual, o cotejamento com a informação do historiador Rodrigo Moura Visoni, segundo o qual o dia da ascensão foi em 07 de março de 1894.

Ascensão a 8 metros
Em artigo na Revista Aeromagazine, número 281, de outubro de 2017, Visoni escreve que “graças ao relato enviado ao jornal A República por uma das testemunhas do acontecimento, o coronel Eduardo de Borja Reis, pôde-se resgatar a data e saber alguns detalhes desse feito memorável da Aeronáutica Brasileira.” A experiência da ascensão do balão dirigível Bartholomeu de Gusmão é assim descrita por Rodrigo Visoni: “No dia 7, finalmente, na presença de militares, fotógrafos e jornalistas, o dirigível saiu do galpão carregando 560 Kg de lastro e elevou-se a 8 m de altura, momento em que os 20 homens responsáveis por segurar as cordas que prendiam o veículo quase foram suspensos no ar! A experiência teve que ser logo interrompida porque a barca, feita de pinho branco, puxada em sentidos opostos pelos operários inexperientes, acabou sofrendo flexão. Devido ao risco de ruptura, o balão foi recolhido.” O historiador também descreve o fim do balão: “Dias depois, o Bartholomeu de Gusmão, embora abrigado, foi destruído por um vendaval.”

Especial de Domingo

Em 14 de fevereiro de 1894, há exatos 127 anos, o inventor brasileiro Augusto Severo realizou uma experiência no Realengo (RJ), com seu balão dirigível “Bartolomeu de Gusmão”, cuja ascensão foi comprometida por uma avaria na longa nacele de madeira. Marcando a data, publicamos novamente conteúdo sobre as ideias, iniciativas e esforços de Augusto Severo. (Nota do Editor: 7 de março de 1894 é a data apontada como a correta, segundo o historiador Rodrigo Moura Visoni. Saiba mais clicando aqui).
Boa leitura.
Bom domingo!

Os Dirigíveis de Augusto Severo


Augusto Severo de Albuquerque Maranhão, ou simplesmente Augusto Severo, como ficou conhecido, nasceu a 11 de janeiro de 1864, em Macaíba, pequena cidade do Rio Grande do Norte, filho de uma conhecida família potiguar. De seus 12 irmãos, dois chegaram à chefia do governo estadual em 1892. Em 1893, ocupou a vaga deixada no Congresso Nacional por um de seus irmãos que assumia o Governo do Rio Grande do Norte. A partir daí, foi reeleito por sucessivas legislaturas, até sua morte precoce, em 1902, aos 38 anos.

Severo foi durante três anos aluno da Escola Politécnica do Rio de Janeiro, deixando de completar o curso em função de problemas familiares que o levaram de volta ao seu estado natal. Seu interesse pela aeronáutica e pela mecânica era antigo. Realizou experiências com um balão cativo em Recife e, durante o movimento republicano, projetou seu primeiro dirigível, denominado Potiguarania, que nunca chegou a ser construído.

Em fins do século XIX, diversos inventores procuravam aumentar a estabilidade e dirigibilidade dos balões. O desenvolvimento das aeronaves mais leves do que o ar estava limitado pelo problema fundamental dos propulsores. Giffard havia realizado, em 1852, um voo bem sucedido com um dirigível impulsionado por um motor a vapor. A experiência, no entanto, não teve continuidade, pois era evidente que o motor a vapor apresentava um peso excessivo para aplicação aeronáutica. Além disso, o hidrogênio, um gás inflamável, era então empregado como elemento ascensional, o que tornava impraticável a aplicação do motor a vapor em dirigíveis.

Em 1886, dois militares franceses, os capitães Charles Renard e Arthur Krebs, construíram e voaram em um dirigível movido por um motor elétrico. A aeronave denominada La France, fora inteiramente financiada pelo Ministério da Guerra francês. O motor elétrico, no entanto, apresentava o mesmo problema verificado com o motor a vapor para aplicação aeronáutica: peso excessivo em relação ao empuxo possível com a tecnologia disponível na época.

Santos-Dumont retomou as experiências com dirigíveis valendo-se de motores a explosão e, a partir daí, diversos outros inventores seguiram sua trilha, estudando os problemas da dirigibilidade e estabilidade das aeronaves, ainda por resolver nos primeiros anos do século XX. Augusto Severo partilhou desse esforço, oferecendo uma contribuição à resolução do problema da estabilidade dos dirigíveis.

No ano seguinte, a jovem República brasileira irá enfrentar seu primeiro teste de força. À sangrenta Revolução Federalista do Rio Grande do Sul segue-se a Revolta da Armada que teve início em setembro de 1893, liderada por altos oficiais da Marinha de Guerra. Os revoltosos dominaram a maior parte da esquadra e conquistaram o controle da Baía da Guanabara, totalizando 16 navios de guerra e 18 embarcações mercantes. Com essas forças, bombardearam a Capital, exigindo a renúncia de Floriano Peixoto. O momento era de extrema tensão. A República estava ameaçada por um movimento de fundo monárquico. Sob o pretexto de garantir as vidas e o patrimônio das empresas estrangeiras que operavam no Brasil, alguns embaixadores ameaçavam com a invasão do território nacional por tropas de seus países.Momentaneamente sem esquadra para atacar os navios sublevados, Floriano Peixoto acolheu com simpatia a proposta do deputado Augusto Severo, de construir um dirigível "prevendo a possibilidade do emprego do balão na luta contra os revoltosos". Empregar balões em operações militares não era uma ideia estranha às Forças Armadas do Brasil. Durante a Guerra do Paraguai, balões cativos haviam sido utilizados para observação de posições inimigas, e, além disso, era conhecido o interesse das forças armadas de outros países pela aplicação de balões como arma de guerra. Até 1893, no entanto, apenas balões cativos e balões livres haviam sido usados, os primeiros para observação de movimento de cercos por mensageiros. O dirigível, com suas possibilidades ofensivas, ainda não começara a ser empregado.

Dessa forma, Augusto Severo viajou a Paris em 1893 para mandar construir e acompanhar a fabricação do dirigível Bartholomeu de Gusmão, pela conhecida casa Lachambre & Machuron, responsável pela construção de vários dos balões de Santos Dumont

O Bartholomeu de Gusmão tinha 60 metros de comprimento e a barca media 52 metros, o que pressupunha uma carga útil significativa.


A estrutura era de bambu. Severo teria pretendido fazê-la de alumínio, mas o material não era disponível no Ministério da Guerra e Severo não dispunha de recursos para adquiri-lo.

O conde Zepelin concebeu seus aparelhos como um todo rígido, anulando a separação entre a barca e o envelope contendo o gás, e construindo o invólucro de uma malha de liga de metal leve, que também apresentava rigidez. Até Zepelin, todos os projetos de dirigíveis, inclusive os de Severo, haviam usado tecido para cobrir o invólucro com o gás. A concepção da estrutura rígida, devida a Severo, antecedeu em 14 anos ao primeiro voo de Zepelin sobre o Lago Constança.

No dia 14 de fevereiro de 1894, o dirigível realizava sua primeira ascensão. Contudo, durante os testes de estabilidade, partiu-se a barca, danificando a estrutura do aparelho. (Nota do Editor: saiba mais sobre divergência desta data clicando aqui).Ao mesmo tempo, a guerra civil seguia seu curso. Floriano Peixoto comprava, na Europa, uma nova esquadra, composta de belonaves usadas, de maneira a poder travar combate o mais rapidamente possível. Em março de 1894, a esquadra estava pronta para o confronto e prestes a irromper na Baía de Guanabara. Os revoltosos resolveram, então, evitar travar uma batalha decisiva e tomaram o rumo do alto mar. O perigo iminente estava afastado e tinha início o declínio da revolta. Findo o movimento, o governo se desinteressou pelas experiências de Severo. A aeronave não recebeu os reparos necessários, sendo abandonada.

Este relativo insucesso, não afastou Severo das experiências aeronáuticas. Mas, a partir de então, contou apenas com seus recursos particulares para dar sequência a seus trabalhos. Em 1902, oito anos depois da ascensão do Bartholomeu de Gusmão, Severo estava novamente em Paris para acompanhar a construção e realizar um voo com seu novo dirigível, denominado Pax.

O aparelho tinha 30 metros de comprimento, valia-se de 2.000 metros cúbicos de hidrogênio para elevar-se, além de dois motores de 16 e 24 cavalos para propulsão horizontal. Realizados os ensaios com o aparelho preso ao solo, no parque aerostático de Vauginard, em Paris, Severo, acompanhado de um mecânico, elevou-se aos ares na aurora de 12 de maio. Muitas pessoas acompanhavam a experiência. A imprensa européia noticiara o evento.

O segundo e derradeiro projeto de Severo, o balão Pax, voou em Paris em 1902, quatro anos antes do histórico voo do inventor alemão. Para alguns, Severo apresentara uma ideia nova, e seu aparelho seria o “primeiro sistema aeronáutico rígido que se mostrava”. O fato é que o inventor brasileiro concebeu um aparelho que oferecia respostas tecnicamente consistentes para a questão da estabilidade e dirigibilidade dos balões.

Segundo Domingos de Barros, Severo teria se inspirado nos peixes para imaginar sua aeronave. "Guiando-se, inteligentemente pelo exemplo da Natureza, considerou o aerostato como o equivalente do habitante imerso e livre no seio das águas, isto é, como desempenhando o papel, a função de uma espécie de peixe do ar. E guardadas as proporções, projetou e construiu o seu enorme habitante do ar, tomando por modelo o habitante do mar - o peixe. Assim como as partes sólidas do peixes estão apoiadas e presas a uma espinha central, rígida, servindo de centro firme de resistência, o arquiteto brasileiro de aeronave resolveu consolidar o conjunto aerostático por uma só viga sólida central, para que ela pudesse prender-se, firmemente, em um conjunto robusto e unificado todas as partes diversas do enorme navio do ar".

O PAX

O aparelho representava uma nova concepção de dirigível. Até então, os aparelhos eram compostos de duas partes distintas, unidas por cordas ou fios de arame: o invólucro contendo o gás e a barca contendo o motor, local em que viajava o aeronauta. A separação entre os dois corpos causava um movimento oscilatório durante o voo e provocava considerável perda de velocidade, energia e capacidade de manobra, além de representar um fator permanente de acidentes. Santos-Dumont, por mais de uma vez, sofreu a perda de controle de seu aparelho em função da flacidez do envelope contendo o gás.

Severo concebeu seu aparelho como um todo rígido, fazendo coincidir o eixo de resistência ao avanço com o eixo de propulsão, instalando a hélice propulsora na extremidade posterior do eixo longitudinal que atravessava o envelope contendo o gás, fazendo com que a barca e o invólucro constituíssem um mesmo corpo. A barca e o eixo longitudinal do envelope contendo o gás formavam um trapézio, cuja base inferior era constituída pela primeira e a base superior pelo segundo. Dessa maneira, a oscilação era reduzida, diminuindo as perdas de velocidade, capacidade de manobra e superando uma das causas de frequentes acidentes.


O Pax aprofundava a concepção da aeronave semi-rígida já presente no Bartholomeu de Gusmão. Era uma aeronave menor, melhor concebida e realizava manobras a 400 metros de altura com perfeição. Durante cerca de 10 minutos, o Pax realizou evoluções em todas as direções, suave e silenciosamente.


Mas, subitamente, uma explosão rompeu a placidez da manhã, e o dirigível foi consumido rapidamente por chamas, precipitando-se sobre uma avenida em Paris e causando a morte imediata de Severo e do mecânico Sachê, que o acompanhava.



As razões do acidente provocaram controvérsia. É certo que a barca projetada originalmente de alumínio fora construída de bambu, material menos resistente e mais pesado do que o metal. Em função desse fato, Severo teve necessidade de aumentar a quantidade de hidrogênio, inicialmente prevista para 1900 metros cúbicos, elevando esse número para 2500 metros cúbicos. Para tanto suprimiu os balonetes previstos no projeto e cuja função era exatamente a de evitar contrações e expansões repentinas do hidrogênio que poderiam causar a perda de controle ou explosão da aeronave. Severo largara às cinco horas e 15 minutos da manhã de 12 de maio. O balão havia recebido o hidrogênio no hangar. Durante o voo, o sol nascera, aquecendo o ar e causando expansão do hidrogênio contido no envelope. Uma das válvulas de segurança estava situada próxima ao motor. O hidrogênio comprimido teria se projetado sobre o motor aquecido e causado a explosão.

Segundo o jornalista Georges Caye, testemunha do acidente, Severo havia imaginado utilizar motores elétricos e pilhas muito potentes, mas não podendo demorar-se em Paris (seu mandato de Deputado chamava-o de volta ao país), aconselharam-no a substituir os motores elétricos, cuja construção seria lenta e onerosa, por motores a explosão Buchet. O inventor tinha receio de empregar o motor a petróleo: "Se eu dispusesse ainda de dinheiro e de tempo não hesitaria um só instante em mandar construir meus motores elétricos (...) considero com pavor esse foco de calor em baixo de meu balão".

O acidente com Severo talvez pudesse ter sido evitado mediante a fabricação da barca de alumínio e a manutenção dos balonetes, ou, ainda, através do emprego do motor elétrico no lugar do motor a explosão. Na verdade, a escassez de recursos disponíveis pelo inventor contribuiu significativamente para o acidente. Em carta enviada de Paris a seu cunhado, Pedro Velho, ele afirma que os arranjos finais para o voo do Pax demandavam cinco mil francos e que não sabia como obtê-los, lamentando que até pequenas jóias de família tivessem sido consumidas por seu projeto.

Desde fins do século XIX, toda trajetória dos dirigíveis está marcada por inúmeros acidentes relacionados ao emprego do hidrogênio, um gás inflamável. Depois do conhecido acidente com o dirigível Hindenburgo, esses aparelhos foram abandonados. Apenas a partir da produção econômica de hélio, um gás incombustível, é que os dirigíveis voltaram a ser utilizados.

Em 4 de agosto de 1908, o Zepelin IV, um imenso dirigível de 140 metros de comprimento e 12000 metros cúbicos de hidrogênio, deixou o Lago Constança para uma viagem de onze horas sobre o rio Reno. Sofreu uma primeira avaria e foi reparado. Sofreu uma segunda e incendiou-se consumindo 650 mil francos empregados em sua construção. Uma subscrição popular levantou cerca de seis milhões de marcos na Alemanha para que o inventor pudesse dar sequência a suas experiências aerostáticas, o que aconteceu.

Além de sua concepção de aeronaves semi-rígidas, Severo acreditava que os dirigíveis deveriam voar em grandes altitudes, valendo-se da menor resistência ao avanço e da ausência de turbulência. Severo qualificava os dirigíveis como "navios de alto ar", vislumbrando com clareza uma tendência do desenvolvimento ulterior da aviação. Para Severo, nas baixas camadas do "oceano aéreo", os aparelhos encontrariam um ambiente hostil, maior resistência ao avanço e riscos constantes à navegação, ao passo que, nas altas camadas atmosféricas, as aeronaves fluiriam calma e suavemente para seus destinos.

Outra ideia do inventor era de que as aeronaves constituir-se-iam em terríveis armas de guerra, a tal ponto que inibiriam as conflagrações entre as nações. O dirigível poderia chegar sobre o inimigo "guardado por uma nuvem que lhe serviria de manto, sem ser pressentido, e derramar, com o incêndio, a miséria sobre um país inteiro, e diante de tal expectativa, a sabedoria humana, a garantia de vida, o instinto de conservação do indivíduo e das nações só têm um remédio, uma saída: o acordo fraternal".

Para o inventor brasileiro, o estado poderia financiar pesquisas. Debatendo no Congresso Nacional uma moção de congratulações a Santos Dumont, que havia ganho o prêmio Deutsch em Paris, Severo afirma que o êxito de Dumont "anima e justifica a intervenção do Estado, auxiliando-o. Que construa um balão maior e que o experimente". Nesse sentido, propôs, e obteve do Congresso uma verba de cem contos de réis para fomentar os trabalhos de Dumont.

Fonte: Vencendo o Azul: A história da indústria e tecnologia aeronáuticas no Brasil

Autor: João Alexandre Viégas