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Voar é um desejo que começa em criança!

quarta-feira, 31 de março de 2021

Aviação Naval

Marinha do Brasil cria Esquadrão de Aeronaves Remotamente Pilotadas
A Marinha do Brasil criou o Primeiro Esquadrão de Aeronaves Remotamente Pilotadas de Esclarecimento (EsqdQE-1), dentro de sua estrutura regimental, a partir de 31 de março de 2021, conforme a portaria 90/MB/MD, de 29/03/2021. A organização militar terá semiautonomia administrativa e subordinada ao Comando da Força Aeronaval, sediada em São Pedro da Aldeia (RJ). O esquadrão tem o propósito de contribuir com o processo decisório de planejamento e emprego do Poder Naval, por meio do emprego de Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP), popularmente conhecidas como drones.

Fonte: Defesa Aérea & Naval

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terça-feira, 30 de março de 2021

Concurso para a AFA

Prazo de inscrições para o concurso da AFA foi prorrogado até amanhã, 31/3
A Força Aérea Brasileira (FAB) aprovou as Instruções Específicas, com a oferta de 83 vagas, para os Exames de Admissão aos Cursos de Formação de Oficiais Aviadores, Intendentes e de Infantaria da Aeronáutica para o ano de 2022. As inscrições para os processos seletivos estão disponíveis até 31 de março de 2021, às 9h do último dia, horário de Brasília (DF) e deverão ser realizadas no site http://ingresso.afaepcar.aer.mil.br. A taxa de inscrição é de R$ 70,00. Para participar do Exame de Admissão, o candidato deve ser voluntário, de ambos os sexos (para os Cursos de Formação de Oficiais Aviadores, com 18 vagas, e Intendentes, com 40 vagas), ou somente do sexo masculino (para o Curso de Formação de Oficiais de Infantaria, com 25 vagas) e estar ciente de todas as condições previstas nas Instruções Específicas do Exame. Para ser habilitado à matrícula no curso, o candidato não pode ser menor de 17 anos e nem completar 23 anos de idade, até 31 de dezembro do ano da matrícula no curso, e ter concluído, na data da Concentração Final do certame, o Ensino Médio, além de outras exigências.

Provas
O processo seletivo é composto de provas escritas (língua portuguesa, língua inglesa, matemática, física e redação), inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica, teste de avaliação do condicionamento físico, procedimento de heteroidentificação complementar e validação documental. As provas escritas ocorrerão no dia 20 de junho de 2021. Os aprovados em todas as etapas deste processo seletivo, e selecionados pela Junta Especial de Avaliação (JEA), deverão se apresentar na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga (SP), no dia 13 de janeiro de 2022, para matrícula e início do curso, que tem duração de quatro anos. Após a conclusão do curso com aproveitamento, serão nomeados Aspirantes a Oficial da FAB.

Fonte: FAB

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segunda-feira, 29 de março de 2021

AFA

Os 80 anos da Academia da Força Aérea
A Academia da Força Aérea (AFA), localizada em Pirassununga (SP), completou, dia 25 de março de 2021, seus 80 anos de existência. Sua história confunde-se com a própria história da Força Aérea Brasileira. No dia 25 de março de 1941, apenas dois meses após a criação do Ministério da Aeronáutica, foi assinado o Decreto nº 3.142, que criou a Escola de Aeronáutica, com sede no Campo dos Afonsos (RJ). Passadas oito décadas de muitas mudanças, a razão de ser desta Organização Militar do Comando da Aeronáutica (COMAER), subordinada à Diretoria de Ensino (DIRENS), continua a mesma: o Cadete da Aeronáutica, o futuro líder da Força Aérea Brasileira (FAB).

Nova localidade
Ainda nos primeiros anos da Escola de Aeronáutica, em decorrência das condições climáticas e topográficas não favoráveis à prática da instrução aérea e da crescente atividade aérea comercial no Rio de Janeiro, iniciou-se a busca por uma nova localidade para sediar a Escola. Foi, então, designada uma comissão de Oficiais com a finalidade de escolher um novo local, isento das limitações do Campo dos Afonsos. Entre os lugares cogitados, foi selecionado o interior do Estado de São Paulo, destacando-se a região compreendida entre as cidades de Rio Claro, Campinas e Ribeirão Preto. Pirassununga acabou sendo a escolhida, e após um período inicial de construção, foi inaugurado em 1960 o Destacamento Precursor da Escola de Aeronáutica (DPEAer). “No dia em que entrei pelo Portão Norte do Destacamento Precursor da Escola de Aeronáutica, só havia aqui as construções que hoje abrigam a Divisão Administrativa e os Bancos, além dos seis hangares”, comenta o Coronel de Infantaria Veterano Celso Aparecido Mencucini Martins, que serviu no DPEAer à época, ainda como Soldado.

Escola de Aeronáutica
Já em 1969, a Escola de Aeronáutica foi rebatizada como Academia da Força Aérea, e em 1971 foi transferida em definitivo para o interior paulista. A chegada dos cursos de Intendência (ainda no Campo dos Afonsos) e de Infantaria (na AFA em 1983, com a extinção da Escola de Oficiais de Infantaria de Guarda em Curitiba-PR) deu maior amplitude ao escopo da formação dos futuros líderes da FAB. O Ninho das Águias, modo como a AFA é carinhosamente chamada, forma também aqueles que são responsáveis pela gestão e logística e pelas ações de salvaguarda das pessoas e das instalações no âmbito do Comando da Aeronáutica. “Alinhada às concepções de vanguarda que sempre permearam a existência da nossa Força Aérea, a AFA veio ao longo dos anos ampliando sua capacidade profissional e realizando os ajustes de rota sempre que as necessidades, contingências e evoluções tecnológicas assim demandavam.”, explica o Comandante Interino da AFA, Coronel Aviador Marcelo Gobett Cardoso. De maneira direta ou indireta, um efetivo de quase 3.000 pessoas da Guarnição de Aeronáutica de Pirassununga contribui para que os jovens militares cumpram sua rotina acadêmica e militar diariamente de forma ininterrupta. Aqueles que servem na AFA como instrutor, de voo ou da área acadêmica, reconhecem a importância desta missão. “A Academia é, para mim, a Unidade mais importante da Força Aérea, pois é onde se forjam os futuros líderes desta nobre Instituição. Quem retorna a AFA, como Oficial no início da carreira, como foi o meu caso, e participa intensamente da instrução acadêmica, seja ela de voo ou não, além de contribuir, efetivamente, nesse mister, tem a oportunidade de sedimentar, de vez, seus alicerces profissionais que servirão de base para sua caminhada futura”, afirma o Coronel Aviador Veterano Paulo Farias de Castro, que serviu por duas vezes no Ninho das Águias. 10 mil formados Alinhada às demandas estratégicas da FAB, a AFA mantém-se em constante atualização, seja na sua estrutura física, seja nas suas práticas acadêmicas e doutrinárias. Após mais de 10.000 Aspirantes formados, a preocupação com a utilização de novos métodos de ensino, o uso de ambiente virtual de aprendizagem, a redefinição do sistema de treinamento simulado de voo e a modernização da aeronave T-27 Tucano são exemplos de ações que visam garantir que o Aspirante formado cumpra com excelência a missão de controlar, defender e integrar os 22 milhões de km² que estão sob responsabilidade da Força Aérea. “Para uma Instituição que não se acomoda com o passar do tempo, resta-nos estar à frente do nosso ciclo e, assim, nos preparar para os 100 anos da Força Aérea Brasileira!”, finaliza o Coronel Gobett. A formação dos cadetes da AFA tem duração de quatro anos. Ao concluir o curso, os jovens recebem diplomas de bacharéis em Administração com ênfase em Administração Pública e bacharéis de acordo com o quadro escolhido: Ciências Aeronáuticas com habilitação em Aviação Militar, Ciências da Logística com habilitação em Intendência da Aeronáutica e Ciências Militares com habilitação em Infantaria da Aeronáutica.

Os Cadetes Aviadores são preparados para a pilotagem militar, sendo fomentado o desenvolvimento do espírito combativo; os Intendentes para desempenhar atividades administrativas e logísticas; os de Infantaria para defesa de pessoal e instalações, com foco em operações especiais, emprego de tropa, autodefesa e defesa antiaérea.

Fotos: Tenente Inforzato/AFA; Acervo

Fonte: FAB

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domingo, 28 de março de 2021

Especial de Domingo

Em 28 de março de 1949, o Presidente da República, Eurico Gaspar Dutra, criou no Ministério da Aeronáutica, através do Decreto nº 26.514, o Curso Preparatório de Cadetes-do-Ar, precursor da atual EPCAR. Neste domingo, um brinde aos 72 anos desta iniciativa.
Boa leitura. 
Bom domingo!

A Escola Preparatória de Cadetes do Ar
A história da Escola Preparatória de Cadetes do Ar - EPCAR - teve início em 1949, com a criação do Curso Preparatório de Cadetes do Ar, a partir do curso prévio da Escola de Aeronáutica, no Campo dos Afonsos no Rio de Janeiro, considerado o Berço da Aviação Militar Brasileira. Foi lá que germinou a ideia de se criar um curso que preparasse convenientemente os futuros cadetes da nova Força Aérea. O contexto mundial era favorável em virtude do vertiginoso crescimento do poder aéreo impulsionados pelas I e II Guerras Mundiais. A nova arma militar, o avião, exigia homens bem treinados para manejá-la e exercia verdadeiro fascínio sobre a juventude que era estimulada também, pela participação do 1º Grupo de Aviação de Caça, na campanha da Itália. Foi assim que em 28 de março de 1949, o Presidente da República, Eurico Gaspar Dutra, criou no Ministério da Aeronáutica, através do Decreto nº 26.514, uma Organização Militar similar que já existiu na Marinha e no Exército, o Curso Preparatório de Cadetes-do-Ar, precursor da atual EPCAR. Era então Ministro da Aeronáutica, o Tenente Brigadeiro do Ar Armando Figueira Trompowski de Almeida e, Diretor de Ensino, o Brigadeiro do Ar Antônio Guedes Muniz. A chegada dos 201 jovens alunos, pioneiros do Curso Preparatório de Cadetes do Ar, a Barbacena em 29 de julho de 1949, foi marcada por um clima de festas e solenes comemorações. Afinal tinha sido grande empenho da classe política do Município e da sua Sociedade Civil para que nele se instalasse a Escola, que em poucos anos se transformaria em um dos maiores centros de Ensino Médio do País e da América do Sul. 
Antes de ocupar as instalações de Barbacena, o Curso Preparatório iniciou suas atividades provisoriamente na Escola Técnica de Aviação em São Paulo, em 28 de abril de 1949, para que o velho casarão de quase cem anos, sofresse as adaptações necessárias para receber os alunos. Em 1950, foram realizadas novas obras de recuperação e modernização das instalações, dessa forma o primeiro ano do curso foi realizado de maio a setembro, na Escola de Especialistas de Aeronáutica, em Guaratinguetá, São Paulo. Ainda hoje a imagem da EPCAR está associada ao imponente prédio do século passado, conhecido por já ter abrigado importantes instituições de ensino, do Império e da República. De 1874 a 1882 funcionou no local, o Colégio Providência. Em 1883 o prédio recebeu uma filial do Colégio Abílio, do Rio de Janeiro. A partir de 1890, foi criado o Ginásio Mineiro de Barbacena que funcionou até 1912. Em 1913 o local passou abrigar o Colégio Militar, até 1926 quando foi extinto. A partir de então, o Ginásio Mineiro voltou a ocupar as instalações até 1949, com a denominação de Colégio Estadual de Barbacena. Desde o começo, vencendo os desafios e as adversidades, foram os pioneiros do Curso Preparatório, os grandes responsáveis por lançar as bases para que a nova Instituição de Ensino subsistisse, com a missão que lhe foi atribuída. A partir de 1949, a tradição da EPCAR foi construída especialmente devido ao espírito pioneiro, a decisão e ao idealismo dos oficiais que estiveram à frente da Unidade, definindo seus rumos, os seus Comandantes. A EPCAR ficou não só pela nobre missão de preparar os futuros Cadetes do Ar e por extensão os futuros oficiais da Força Aérea Brasileira, mas também por formar grandes cidadãos para o país. Esta importância logo foi ratificada pelas autoridades do Ministério da Aeronáutica e em 21 de maio de 1950, pela Lei nº 1.105, o Curso Preparatório de Cadetes do Ar foi transformado em Escola. Em 1956 o cargo de seu comandante passou a ser privativo de Brigadeiro do Ar. Desde seu início, a EPCAR buscou um projeto de ensino voltado para melhor preparação dos alunos visando ao ingresso no primeiro ano do Curso de Formação de Oficiais Aviadores, realizado a princípio na Escola de Aeronáutica, no Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro, e depois na Academia da Força Aérea, em Pirassununga, São Paulo. Esta preparação compreende a formação intelectual, correspondente hoje ao ensino médio, a formação militar que visa a integrar o aluno na profissão de oficial aviador e incentivar os valores e as virtudes militares, além da formação moral e cívica, baseada nos elevados conceitos de honestidade e lealdade, do amor à pátria e na convicção do cumprimento do dever. A prática desportiva, tem se encarregado de condicioná-los cedo, para o exercício da atividade de piloto combate, o objetivo da maioria dos alunos. Tamanhas exigências fizeram com que e a Escola buscasse uma dinâmica pedagógica, que prepare não apenas o militar, mas o profissional e o homem integrado na sociedade do seu tempo. Em 1992, suspendeu, temporariamente, a formação em nível do segundo grau, do ensino médio. Em 1993 a 1996 recebeu a atribuição de planejar e executar cursos e estágios de adaptação ao oficialato destinado a preparar em nível militar profissionais já formados que integrarão os Quadros de Oficiais Médicos, Dentistas e Farmacêuticos e o Quadro Complementar de Oficiais. Em 1995, foi determinada a reativação a partir de 1996, do terceiro ano do Curso Preparatório de Cadetes-do-Ar e em 1997, a reativação do segundo ano. No ano de 2000, com reativação do primeiro ano a EPCAR retornou a sua tradição iniciada em 1949 com a chegada dos primeiros alunos em Barbacena, episódio que marcou expressivamente o primeiro capítulo de sua trajetória. A EPCAR, tem procurado cumprir sua missão de formar e honrar as suas tradições no ensino, com os pés no passado, as mãos no presente e os olhos no futuro. 

Texto de Maj QFO SILVANA, 2001

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sábado, 27 de março de 2021

Aeroportos

Governo Federal investe R$ 1 bilhão para incremento da aviação em 112 municípios
Visando expandir a aviação regional, os investimentos do Ministério da Infraestrutura (MInfra) no setor, de 2019 ao final de 2021, chegarão a quase R$ 1 bilhão em equipamentos de navegação aérea, reforma e construção de novos aeroportos, nas cinco regiões do país. Segundo a pasta, os recursos direcionados por meio da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) e da Infraero, contemplam 112 municípios. O objetivo é aumentar a conectividade e possibilitar a ampliação da oferta de voos em todas as 27 unidades da federação. “O governo federal está viabilizando uma grande transformação no setor aéreo, com a melhoria da infraestrutura, do ambiente de negócios e com a desburocratização de processos, buscando ampliar a presença desse modal no interior do Brasil”, destacou o secretário executivo do MInfra, Marcelo Sampaio.

200 cidades
A meta do governo é chegar em 2025 com 200 cidades oferecendo voos regulares. Em 2019, havia 128 aeroportos brasileiros operando de forma regular, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A partir de 2020, a pandemia afetou a oferta de voos. Atualmente, apenas 96 localidades estão sendo atendidas, por conta das restrições e da queda de demanda. Com a diminuição do fluxo de passageiros, o MInfra tem buscado acelerar obras de reforma e ampliação em diferentes aeroportos. “Temos o desafio urgente e global de superar a pandemia e, num segundo momento, de retomar o crescimento da aviação em nosso país”, destaca o secretário nacional de Aviação Civil do MInfra, Ronei Glanzmann. Parte da estratégia, lembra o secretário, depende de equipamentos adequados e obras de modernização da infraestrutura. Por isso, a ordem no ministério é focar no trabalho para permitir, superados os desafios sanitários, que cada vez mais brasileiros tenham acesso ao transporte aéreo.

Amazônia
A Região Amazônica, com muitos municípios isolados e sem ligação rodoviária, é a prioridade. Desde 2019, cerca de R$ 200 milhões estão sendo destinados para obras e aquisição de equipamentos em 25 aeroportos, localizados no interior de Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso e Pará. Além disso, uma parceria público-privada (PPP) está em fase de estruturação para qualificar oito aeroportos do Amazonas (Parintins, Carauari, Coari, Eirunepé, São Gabriel da Cachoeira, Barcelos, Lábrea e Maués), que devem receber R$ 380 milhões em investimentos a partir de 2022. O modelo será o de concessão patrocinada, prevendo a ampliação, manutenção e exploração dos aeroportos, por gestor privado, com objetivo de melhorar a infraestrutura e a prestação dos serviços. O modelo de PPP deve ser replicado também para outros estados do Norte.

Fonte: Agência Brasil

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sexta-feira, 26 de março de 2021

Operação Covid-19

FAB voa 5 mil horas em um ano de missões de combate à Covid-19
A Força Aérea Brasileira (FAB) completou, no dia 24 de março de 2021, 5.000 horas de voo realizadas no envolvimento das ações de combate ao novo Coronavírus. A FAB iniciou as missões em março de 2020. A primeira foi o acionamento de duas aeronaves VC-2 para o resgate de 34 brasileiros, na China, em apoio à Operação Regresso à Pátria Amada Brasil. Em seguida, duas aeronaves C-130 Hércules resgataram 100 pessoas no Peru, impedidos de regressarem ao Brasil em razão do fechamento das fronteiras, já em apoio à Operação COVID-19. Com o envolvimento das aeronaves KC-390 Millennium, C-130 Hércules, C-105 Amazonas, VC-2, C-99, VC-99, C-97 Brasilia, C-98 Caravan, C-95 Bandeirante, H-60L Black Hawk, dentre outros aviões, a FAB atingiu, em aproximadamente 12 meses, um total de 5.000 horas de voo em cumprimento de missões, que correspondem a cerca de sete meses ou 210 dias de voo ininterruptos.

Forças Armadas
Para atender as demandas que se tornaram crescentes, as Forças Armadas iniciaram ações de apoio aos órgãos públicos e à sociedade com foco no enfrentamento ao novo Coronavírus. A Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e a Força Aérea começaram a atuar coordenados em função do Centro de Operações Conjuntas (COC), acionados pelo Ministério da Defesa (MD) localizado em Brasília (DF). Foram ativados, também, dez Comandos Conjuntos, que cobrem todo o território nacional, além do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), de funcionamento permanente.

Transporte aéreo logístico
Nas missões de Transporte Aéreo Logístico a FAB contabiliza um total de quatro mil toneladas de cargas já transportadas. Entre as missões, foram entregues Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), medicamentos, respiradores hospitalares, vacinas, além de profissionais de saúde. Com o agravamento do sistema de saúde na região Norte, em janeiro de 2021, passaram a ser transportados cilindros de oxigênio, usinas e tanques de oxigênio líquido.

Pessoas internadas em hospitais do Amazonas (AM), Rondônia (RO) e Roraima (RR) foram transferidas, por meio dos aviões da FAB, a outras regiões do Brasil, com o objetivo de disponibilizar leitos para pacientes com COVID-19. Outros internados também foram transportados para demais hospitais da região Norte. Com isso, já foram removidos 766 pacientes.

Ações sociais
Além das missões operacionais, a Força Aérea esteve presente nas ações sociais, como o envolvimento do efetivo na Campanha de Doação de Sangue “Você era a gota que faltava. Doe sangue. Doe Vida!”, contribuindo para o abastecimento dos hemocentros de todo o Brasil; na montagem de Hospitais de Campanha (HCAMP); na entrega de refeições aos caminhoneiros; na distribuição de kits de alimentação para famílias de crianças e adolescentes do Programa Forças no Esporte (PROFESP); na descontaminação de espaços públicos; e, também, na confecção de máscaras. Segundo o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez, a Força Aérea Brasileira não mede esforços para atender todas as demandas e necessidades da população brasileira. "A integração com a sociedade foi, é e sempre será um papel importante das Forças Armadas Brasileiras. Além de ser uma vocação, esta característica consta no arcabouço constitucional que estabelece suas atribuições. O ano de 2020 mais que representou o que a Força Aérea pode fazer pela sociedade nas asas de suas aeronaves e neste ano de 2021 não será diferente. Trabalhamos 24 horas por dia, 7 dias por semana para levar apoio e ajuda aos que mais necessitavam e ainda necessitam de nossas asas que protegem o país", destacou o Oficial-General.

Operação COVID-19
Por meio do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), a FAB cumpre as missões que têm como objetivo minimizar os impactos do novo Coronavírus no sistema de saúde. O Transporte Aéreo Logístico integra as ações da Operação COVID-19, acionada pelo Ministério da Defesa, em uma cooperação com o Ministério da Saúde.

Fonte: FAB

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quinta-feira, 25 de março de 2021

Datas Especiais

25 de março:
Dia do Especialista de Aeronáutica
Neste 25 de março, dia da criação da Escola de Especialistas de Aeronáutica, em 1941, atualmente sediada em Guaratinguetá (SP), comemora-se, no âmbito da Força Aérea Brasileira, o Dia do Especialista de Aeronáutica.

80 anos da Escola de Especialistas de Aeronáutica

Há 80 anos, nascia a Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), conhecida como o “Berço dos Especialistas”. Em oito décadas, a escola já formou mais de 50 mil homens e mulheres. A EEAR tem por finalidade a formação e o aperfeiçoamento de graduados da Aeronáutica, oferecendo 28 diferentes áreas profissionais para o cumprimento da missão da Força Aérea Brasileira (FAB).

Fruto da fusão das escolas de formação de sargentos da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro, a EEAR nasceu em 1941, período em que o mundo passava por momentos críticos com o transcorrer da II Guerra Mundial. No mesmo ano, um pouco antes do surgimento da Escola, era criado o Ministério da Aeronáutica, que impulsionou a aviação militar e civil no Brasil.

1942: primeira turma
Instalada no Rio de Janeiro, a Escola formou a primeira turma em 1942 com apenas 32 integrantes. Mas, com a entrada do Brasil no conflito, houve a necessidade de acelerar a formação do pessoal. Como solução imediata, muitos militares e civis foram enviados aos Estados Unidos para a realização de cursos, de modo que pudessem satisfazer às necessidades da FAB. Porém, por ser muito oneroso, o envio de militares começou a sofrer restrições. Após novos estudos, decidiu-se por contratar a organização John Paul Riddle Aviation Technical School, que instalou no Brasil, na cidade de São Paulo, uma Escola Técnica de Aviação (ETAv) com todo o acervo, como também técnicos, professores e administradores. A ETAv passou a complementar a formação de especialistas, suprindo as carências então verificadas.

Guaratinguetá (SP)
Com o término da Grande Guerra, embora a necessidade de técnicos para manter as diversas Unidades criadas ainda fosse grande, houve certa estabilização na formação de pessoal. Verificou-se, então, que já não era necessário existirem duas escolas com a mesma finalidade e que, consequentemente, estava havendo dispersão de meios. Já na década de 1950, ocorre a transferência da EEAR para Guaratinguetá (SP), nas dependências da antiga Escola Prática de Agricultura, doadas ao Ministério da Aeronáutica em 05 de maio de 1950. A transferência foi feita progressivamente à medida em que as estruturas eram construídas e adaptadas. A região do Vale do Paraíba abriu as portas para que gerações aquecessem o mercado de profissões. 

Disciplina, Amor e Coragem
O atual Comandante da EEAR, Brigadeiro do Ar Antonio Luiz Godoy Soares Mioni Rodrigues, passou pela Escola antes de se tornar oficial. “As emoções que me envolvem o coração são as mesmas de 35 anos atrás, quando ingressei pelos portões da EEAR como aluno, sem jamais supor que o Criador e que a Força Aérea reconduzir-me-iam ao Berço dos Especialistas, agora como Comandante”, disse. O Brigadeiro Soares destaca, ainda, sobre a formação dos sargentos especialistas da EEAR. “Tenho a plena convicção de que a Aeronáutica poderá contar, por muitos e muitos anos com homens e mulheres de excepcionais qualificações, formados sob a égide do código ‘Disciplina, Amor e Coragem’, dispostos a contribuir, de forma abnegada e zelosa, para com a missão de manter a soberania do espaço aéreo e integrar o território nacional, com vistas à defesa da Pátria”, conclui.

Fotos: Sargento Bianca Viol/CECOMSAER e Arquivo FAB

Fonte: FAB

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quarta-feira, 24 de março de 2021

Gripen F-39

Brasileiros fazem a primeira instrução de voo no JAS-39D Gripen
Quatro pilotos da Força Aérea Brasileira (FAB) realizaram sua primeira missão de instrução a bordo da aeronave Gripen, denominada de JAS-39D, pertencente à Força Aérea Sueca e alocadas no Esquadrão Wing F-7. Tal ação, realizada na primeira semana de março de 2021, em Såtenäs, na Suécia, objetiva qualificar os Oficiais Aviadores para que possam atuar na implantação da aeronave no Brasil. Os pilotos, pertencentes ao Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA) – Esquadrão Jaguar, fazem parte da equipe designada pelo Comando de Preparo (COMPREP) para realizar o primeiro Curso Operacional do novo vetor de caça da Força Aérea Brasileira (FAB), o Gripen F-39. A primeira fase do curso, denominada Conversion Training, é destinada a verificar a condição fisiológica do piloto, por meio de qualificações específicas de sobrevivência no mar e resistência ao alto fator de carga “G” (de gravidade). Além disso, os tripulantes brasileiros participam de aulas e realizam provas teóricas sobre toda a parte técnica da aeronave, além de procedimentos de padronização. 

Ambientação
Os pilotos também realizam missões com os instrutores suecos focados na operação da aeronave. Os voos básicos visam ambientar os tripulantes às características do vetor. Neles são realizadas acrobacias, emergências simuladas, voo por instrumento, navegação e gerenciamento dos diversos sistemas embarcados. Para o Major Aviador Vítor Cabral Bombonato, a aeronave Gripen na versão Sueca (C/D) impressiona pelo alto nível de tecnologia embarcada. "Diversos sistemas são controlados por computadores, o que reduz bastante a carga de trabalho do piloto em comparação com o F-5M. Um bom exemplo é o sistema de controle de voo, que atua nas superfícies de comando de maneira mais eficiente possível evitando cargas excessivas e perdas de controle. Assim, é possível direcionar a atenção para a execução tática da missão”, explica. O Comandante da Ala 2, Coronel Aviador Gustavo Pestana Garcez, comenta sobre o início dos voos de instrução. “Esta etapa permite aos pilotos conhecerem de perto as capacidades e potencialidades do Sistema Gripen, que no futuro próximo atuará na manutenção da soberania do espaço aéreo brasileiro”, disse.

Visita de integração na Ala 2
Enquanto os pilotos da FAB se aperfeiçoam na Suécia, a Ala 2, em Anápolis (GO), continua a preparação para o recebimento, ainda neste ano, das primeiras aeronaves F-39 Gripen, bem como dos simuladores e equipamentos de apoio. Com isso, o GT-FOX do COMPREP - um grupo de militares escolhidos para prestar assessoria no que diz respeito às atividades de implantação operacional da aeronave - visitaram as instalações da Organização Militar.

Fotos: 1º GDA

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terça-feira, 23 de março de 2021

Espaço

Brasil coloca mais um nanossatélite em órbita
O nanossatélite brasileiro NanoSatC-Br2 foi lançado com sucesso na madrugada do dia 22 de março de 2021, a bordo do foguete russo Soyuz-2. O equipamento, de 1,72 quilograma, foi colocado em sua órbita nominal após a decolagem a partir do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.

Em órbita
O equipamento brasileiro se encontra em órbita baixa terrestre (LEO) para, entre outros objetivos, estudar e monitorar em tempo real os distúrbios observados na magnetosfera terrestre, a intensidade do campo geomagnético e a precipitação de partículas energéticas sobre o território brasileiro. "Momento muito importante que não só traz a tecnologia, mas também essa agregação de valor com participação da universidade, de professores, alunos. Nós precisamos ter uma renovação de quadros, motivar jovens para trabalhar no setor espacial. Eu faço questão sempre de ressaltar esse ponto da participação da universidade dentro do Programa Espacial porque é de lá que vem a maior parte das pesquisas realizadas no país", ressaltou o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes. O ministro destacou que o MCTI tem trabalhado para valorizar cada vez mais o programa espacial brasileiro. "Tanto o Centro Espacial de Alcântara quanto a produção e desenvolvimento de satélites e outras cargas úteis, foguetes, foguetes lançadores, aplicações no espaço e toda a parte de regulação no espaço. Tudo isso tem sido modernizado na nossa gestão. É um upgrade do programa espacial que, apesar das limitações orçamentárias, tem sido levado a cabo graças à dedicação de tantos profissionais que trabalham em conjunto com o MCTI como a AEB, o INPE, a Força Aérea Brasileira, dentre outros parceiros", afirmou. O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), vinculada ao MCTI, Carlos Moura, destacou o trabalho em conjunto e a participação da academia. "É a concretização de um trabalho de muitas pessoas desde estudantes de graduação, pós-graduação, professores, institutos de ciência e tecnologia num ramo que tem crescido cada vez mais que é o dos nanossatélites. A AEB tem como um dos seus objetivos além de apoio às iniciativas de capacitação para o setor espacial também o apoio a iniciativas de ciências", declarou. O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), unidade de pesquisa subordinada ao MCTI, Clezio de Nardin explicou qual o papel do INPE/MCTI nesta empreitada. "Essa classe de nanossatélites é fundamental. A AEB já possui tradição de apoiar pequenos satélites e agora o INPE também se engaja nesta iniciativa mundial pela redução do tamanho dos satélites, começando pelos cubesats como porta de entrada para os grandes satélites para atender as demandas nacionais".

Universidade de Santa Maria
"É um prazer participar de um evento tão importante para a nossa universidade, para o país, para nossos professores, pesquisadores, estudantes e todos os responsáveis pela realização deste projeto. É o segundo nanossatélite que a UFSM participa e temos muito orgulho de fazer parte de um projeto como esse", destacou o reitor Paulo Burmann, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), parceira no NanosatC-Br2.

Sobre o NanoSatC-Br2
O lançamento de nanossatélite é parte do projeto de desenvolvimento de missões espaciais com foco científico, tecnológico e educacional apoiados pelo MCTI e parceiros. Os satélites padrão CubeSat são plataformas padronizadas mais baratas e acessíveis e de rápido desenvolvimento. Suas aplicações no Brasil têm sido, principalmente, com foco em pesquisas e capacitação de recursos humanos e operacionais e, o NanosatC-Br2, posicionará o Brasil à frente na discussão sobre importantes questões das pesquisas relacionadas ao Geoespaço, Aeronomia, Geofísica Espacial e de Engenharias e Tecnologias Espaciais. O NanoSatC-Br2 é o segundo nanossatélite científico universitário brasileiro, proposto no âmbito do Programa NanoSatC-Br, que consiste em uma parceria entre a Agência Espacial Brasileira - AEB/MCTI o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE/MCTI, ambas instituições vinculadas ao MCTI, e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), do Rio Grande do Sul. O programa é voltado para a integração e formação de professores universitários, alunos de graduação e pós-graduação, pesquisadores e tecnologistas em projetos de pesquisa espacial e áreas afins, como o desenvolvimento de engenharias, tecnologias espaciais, ciências da computação e espaciais, promovendo a preparação de uma nova geração de profissionais, pesquisadores e promotores do conhecimento sobre o assunto.

Fonte: INPE

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segunda-feira, 22 de março de 2021

Espaço

Satélite Amazonia 1 abre oportunidades para a indústria aeroespacial brasileira
Com o sucesso do lançamento, dia 28 de fevereiro de 2021, do Amazonia 1, primeiro satélite de observação da Terra 100% projetado, testado, integrado e operado nacionalmente, o Brasil passa a dominar o ciclo completo de desenvolvimento e operação desses equipamentos e abre novos horizontes para empresas do setor aeroespacial. Cerca de 60% dos recursos orçamentários para o desenvolvimento do satélite foram destinados aos contratos firmados com a indústria nacional para o desenvolvimento e fabricação de subsistemas e equipamentos.

Dois módulos
Composto por um módulo de carga útil e um de serviço, o satélite conta com geradores solares, sistemas de propulsão, câmeras, antenas e um gravador digital de dados, todos desenvolvidos no Brasil. Segundo Célio Vaz, presidente da Orbital Engenharia, responsável pelos geradores solares, "o mercado internacional valoriza não somente expertise, mas a quantidade de horas de voo dos equipamentos no espaço". Criada em 2000, a empresa já forneceu produtos para outros satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCTI), como o CBERS 2B, CBERS 3 e CBERS 4 e 4A, e hoje já exporta soluções. “Nessa área de espaço, não basta apenas saber fazer, mas conta a experiência. Nós exportamos painéis de cubesat para a iniciativa privada na Inglaterra. Isso significa que a barreira do histórico de voo começa a cair. Para nós, participar de uma missão bem-sucedida como a do Amazonia 1 é motivo de orgulho e o coroamento de todo nosso esforço e trabalho de anos. Com o trabalho de desenvolvimento, estamos gerando empregos de alta especialização e competência”, afirma. Lançado em 28 de fevereiro de 2021, pelo Satish Dhawan Space Centre, em Sriharikota, na Índia, o satélite foi comemorado por autoridades nacionais que viajaram à Índia. Todas ressaltaram também as novas possibilidades para empresas aeroespaciais do Brasil.

Trabalho de um time
“O Amazonia 1 é um satélite de produção nacional, desenho nacional. É importante ressaltar que isso não é um trabalho de uma pessoa, é um trabalho de um time muito grande. Um lançamento desse, ele congrega muitos esforços. O fato da própria construção, o fato de nós termos, no satélite, a plataforma multimissão que pode ser utilizada para outros satélites, isso nos dá a possibilidade de ter a indústria trabalhando no Brasil nesse desenvolvimento, que vai ser utilizado em satélites com outras finalidades também”, afirmou o ministro e astronauta Marcos Pontes.
“Posso afirmar que esse dia representa a consolidação de um processo de ganho de conhecimento e maturidade para o Brasil na área de desenvolvimento de satélites - e esse dia é um divisor de águas. Estamos, mais uma vez, cumprindo nossa missão, colocamos em órbita um dispositivo que atende as demandas nacionais de monitoramento da Amazônia brasileira e aumenta nosso conhecimento no sentido de permitir o monitoramento de nossas safras”, ressaltou o diretor do INPE/MCTI, Clezio de Nardin. “Esse satélite é um marco em inúmeros sentidos e um marco também na plataforma multimissão, tanto pelo histórico do projeto, sua importância e retorno que o projeto promoverá para a sociedade, e um retorno também de criação do mercado espacial, o que é algo importante para todos nós”, disse o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI), Carlos Moura.

Amazonia 1: sensoriamento remoto
As imagens captadas pelo satélite serão usadas para monitorar o desmatamento da Amazônia, regiões costeiras do país, desastres ambientais, reservatórios de água e florestas, além de apoiar o setor de agronegócios. O Amazonia 1 é o primeiro construído a partir da Plataforma Multimissão (PMM), estrutura inovadora desenvolvida pelo INPE/MCTI, capaz de se adaptar aos propósitos de diferentes missões e, assim, reduzir custos de projetos espaciais. A plataforma conta com subsistemas de controle de altitude, órbita, propulsão, gerador solar, suprimento de energia e estrutura mecânica que garantem a operação do satélite em órbita. O satélite pesa cerca de 640 kg, tendo 2,5m de altura, e uma envergadura de aproximadamente 7,5m com os painéis solares abertos. Equipamentos a bordo, interconectados através de 6km de cabos, os painéis solares possuem mais de 6m² de área que permite gerar uma potência da ordem de 1.000 watts, até o fim de sua vida útil. Embora o Brasil já tenha lançado seis satélites de sensoriamento remoto, o Amazonia 1 é o primeiro completamente projetado, integrado, testado e operado pelo nosso país. Sua construção representa um saldo tecnológico e um grande feito para as instituições públicas envolvidas, a indústria nacional e o Programa Espacial Brasileiro. Isso permite adquirir mais autonomia para atuar em missões dessa categoria e avançar rumo a missões espaciais mais complexas. Significa também ganho de capacidade para trabalhar em todas as etapas, em todos os subsistemas de missões em parcerias nacionais ou internacionais.

Fonte: INPE

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domingo, 21 de março de 2021

Especial de Domingo

Voltamos a estudar o conteúdo de mais um capítulo de "Vencendo o Azul", de João Alexandre Viégas.
Boa leitura.
Bom domingo!

José do Patrocínio e o Dirigível Santa Cruz

Nascido em Campos, Estado do Rio de Janeiro, a 9 de outubro de 1853, José do Patrocínio tornou-se conhecido por sua participação na campanha abolicionista. Jornalista, orador de talento e político, Patrocínio dedicou os últimos anos de sua vida ao projeto e construção de dirigíveis.


Aos 15 anos de idade deixou sua cidade natal seguindo para a Capital do Império. Uma vez no Rio de Janeiro, conseguiu um emprego na Santa Casa de Misericórdia e graças a sua vivacidade, tornou-se aprendiz de farmácia. Em 1872, aos dezenove anos de idade, entrou para a Faculdade de Medicina, onde, dois anos mais tarde, formou-se em farmácia. Mas, por falta de capital para abrir um estabelecimento próprio, ingressou no jornalismo, profissão que exerceria até a morte.


Como jornalista, tomou posição a favor de Júlio César Ribeiro de Souza, quando este contestou a originalidade do projeto do dirigível La France, concebido pelos militares franceses Renard e Krebb. Patrocínio lembrou que o inventor brasileiro não tivera mais do que uma centena de contos de réis para efetuar suas experiências, enquanto os franceses haviam podido contar com quantias mais de 10 vezes superiores.


Proclamada a República, inicia-se um período de dificuldade para Patrocínio, que se opunha ao novo regime. Em 1892, ele foi deportado para o Amazonas, sendo anistiado meses mais tarde. No ano seguinte, irrompendo a Revolta da Armada, Patrocínio escondeu-se para fugir à prisão. Durante esse retiro, deteve-se sobre uma idéia que o assaltava desde o primeiro ano da faculdade: voar num balão.

Desenhos acima integram o memorial descritivo do aeróstato Santa Cruz(1902). 
 Fonte: Arquivo Nacional 

Em 1897, a normalidade política já voltara ao país, e Patrocínio dedicava-se ao projeto de um dirigível. Com a ajuda de um amigo, Magalhães Viégas, chefe de fundição do Arsenal da Marinha, trabalhava nos fins de semana no projeto. Na virada do século, o balão era o principal preocupação de Patrocínio. Em 1901, o projeto estava pronto. O inventor batizou sua aeronave de Santa Cruz. O aparelho traria algumas inovações: a estrutura seria de alumínio e a barca e o invólucro formariam um todo rígido e integrado.

O Presidente da República Campos Salles visita o hangar onde José do Patrocínio tentava construir o dirigível Santa Cruz. 
 Fonte: Museé de L`Air Le Bourget 

No projeto, Patrocínio pretendia utilizar simultaneamente conceituais dos aparelhos mais leves e mais pesados do que o ar. O balão contaria com asas e um invólucro contendo hidrogênio ou gás de iluminação bem como balonetes de ar quente para provocar a ascensão do aparelho. Em meados de 1901, Patrocínio instalava um hangar no bairro de São Cristóvão para a construção do aparelho. Mas em 12 de dezembro uma violenta tempestade se abatia sobre o Rio de Janeiro, destruindo o hangar e deixando um saldo de dois mortos e cinco feridos. Em 1902, Patrocínio voltava ao trabalho decidido a concluir o balão e anunciando para 7 de setembro, data nacional, o seu primeiro voo. O inventor sonhava uma viagem do Rio de Janeiro a Santos, terra de Bartholomeu de Gusmão, levando consigo seu amigo o poeta Olavo Bilac. Mas os meses passavam e a construção do dirigível não evoluía. Nem mesmo a visita ao hangar do Presidente da Republica, Campos Salles, resultou em recursos financeiros para a construção do balão. Uma emenda de autoria de Nilo Peçanha era apresentada no Congresso, propondo um auxílio de 40 contos de réis a Patrocínio e Augusto Severo dessem continuidade a suas experiências. Mas a emenda recebeu violenta oposição de Barbosa Lima, que lembrou as posições de Patrocínio contrárias a Floriano Peixoto. A realidade caminhava em sentido diverso dos planos do inventor que, naquele ano, contraía tuberculose. Doente e sem recursos, Patrocínio recebeu a visita do poeta e amigo Olavo Bilac, que o encontrou vivendo em extrema penúria. Para tentar realizar seu projeto, Patrocínio havia vendido sua casa e seu jornal, e morava num pequeno cômodo ao lado do hangar. Bilac o descreve “magro, esquelético, com olhos encovados no fundo das órbitas”. Consciente da gravidade de sua doença, Patrocínio tinha esperança de viver mais um ano para concluir o balão e "voar longe! Respirando o ar de Deus, o grande ar virgem das alturas”. Mas a morte chegou primeiro, aproximando o inventor do perfil trágico dos poetas românticos de sua época, muitos deles seus amigos, na sua obstinação solitária de construir um dirigível.

Fonte: Vencendo o Azul

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sábado, 20 de março de 2021

Tecnologia

Motor rotativo Wankel como substituto de motor a pistão em aviões
Engenheiros aeronáuticos europeus colocaram, em 2007, um motor rotativo Wankel para certificação de uso em pequenos aviões. Os motores Wankel possuem apenas duas partes móveis, mas até hoje não despertaram interesse mais generalizado devido ao seu alto consumo de combustível. O problema foi resolvido. Os motores a pistão de quatro cilindros, utilizados na maioria dos aviões de pequeno porte, são baseados em uma tecnologia desenvolvida há mais de 70 anos. Embora funcionem muito bem e tenham uma confiabilidade a toda prova, eles têm duas desvantagens significativas: têm cerca de 80 partes móveis - o que é sempre um fator de risco - e só funcionam com uma gasolina especial de alta octanagem.

Motor rotativo Wankel
O novo motor Wankel, desenvolvido por pesquisadores da Universidade Politécnica de Lausanne, na Suíça, tem apenas duas partes móveis e funciona com querosene, o combustível padrão da aviação comercial, utilizado por todos os aviões a jato. O uso de motores rotativos Wankel na aviação não é exatamente uma novidade. O fabricante de automóveis Mazda, do Japão, fabrica automóveis com esse tipo de motor. Aficcionados por aviação, principalmente nos Estados Unidos, já fizeram inúmeras adaptações desse motor automotivo, principalmente para uso em pequenos aviões construídos de forma amadora, na garagem de suas casas.

Motor a querosene
O projeto do motor Wankel data dos anos 1930, mas nunca representou um concorrente sério para os motores a pistão devido ao seu alto consumo de combustível. Mais recentemente, com o advento da moderna tecnologia eletrônica automotiva, passou a ser possível controlar de forma mais precisa a injeção de combustível, a ignição e a combustão no interior do motor. O resultado é que agora já se dispõe de um motor Wankel com o mesmo consumo de combustível de um motor a pistão. E funcionando com querosene de aviação. Segurança e confiabilidade são fatores-chave na aviação. O motor Wankel tem apenas um rotor, que substitui o virabrequim, pistões, anéis, válvulas e todo o aparato móvel de um motor a pistão. Ao invés de 80 partes móveis, o motor rotativo pode ter apenas duas ou três, o que o torna extremamente seguro e confiável. A fabricação do novo motor ficou a cargo da empresa Mistral Engines, da Suíça. Além de equipar pequenos aviões, a empresa afirmou que o novo motor Wankel poderá ser utilizado em inúmeras outras aplicações, como barcos e geradores de energia.

Felix Wankel
O Motor Wankel rotativo de combustão interna foi inventado pelo engenheiro alemão Felix Wankel (1902-1988). Utiliza rotores com formato semelhante ao de um triângulo, em vez dos pistões dos motores alternativos convencionais. Wankel concebeu seu motor rotativo por volta de 1924 e obteve sua primeira carta patente em 1933. Durante a década de 1940, dedicou-se a melhorar o seu projeto. Ainda nas décadas de 1950 e 1960, houve um esforço considerável no desenvolvimento de motores rotativos. Eram particularmente interessantes por funcionar de um modo suave e silencioso, devido à simplicidade de seu mecanismo, e também pelo número reduzido de peças, comparado com os motores alternativos a pistão. Diferentemente dos motores com cilindro e pistão, o motor Wankel não utiliza o princípio da biela e manivela. Ele não produz nenhum movimento alternativo. Por isso tem funcionamento mais suave, com menos atrito, menos vibração e é mais silencioso.

Fonte: www.inovacaotecnologica.com.br em 31/07/2007. Acessado em 17/03/2021.

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sexta-feira, 19 de março de 2021

Tráfego Aéreo

Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo passa a ser o Centro Regional de Controle do Espaço Aéreo Sudeste


O Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo (SRPV-SP) passa ser o Centro Regional de Controle do Espaço Aéreo Sudeste (CRCEA-SE). A nova denominação, a partir de 1°de abril de 2021, foi definida na portaria 60/GC3 do Comandante da Aeronáutica, Tenente Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez, assinada em 17 de março de 2021.

Serviços
Conforme o artigo 2 do documento, " o CRCEA-SE tem por finalidade prover os serviços de controle do espaço aéreo e de telecomunicações do COMAER (Comando da Aeronáutica), bem como conduzir as aeronaves que têm por missão a manutenção da integridade e da soberania do espaço aéreo brasileiro, na área definida como de sua responsabilidade". O CRCEA-SE, tendo como comandante um coronel do quadro de aviadores, fica sediado na capital de São Paulo e subordinado ao DECEA - Departamento de Controle do Espaço Aéreo.

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quinta-feira, 18 de março de 2021

Concurso para a AFA

83 vagas para a Academia da Força Aérea
Inscrições até 29/03/2021

A Força Aérea Brasileira (FAB) aprovou as Instruções Específicas, com a oferta de 83 vagas, para os Exames de Admissão aos Cursos de Formação de Oficiais Aviadores, Intendentes e de Infantaria da Aeronáutica para o ano de 2022. As inscrições para os processos seletivos estão disponíveis até 29 de março de 2021, às 9h, horário de Brasília (DF) e deverão ser realizadas no site http://ingresso.afaepcar.aer.mil.br. A taxa de inscrição é de R$ 70,00.

Aviadores, Intendentes e Infantes
Para participar do Exame de Admissão, o candidato deve ser voluntário, de ambos os sexos (para os Cursos de Formação de Oficiais Aviadores, com 18 vagas, e Intendentes, com 40 vagas), ou somente do sexo masculino (para o Curso de Formação de Oficiais de Infantaria, com 25 vagas) e estar ciente de todas as condições previstas nas Instruções Específicas do Exame. Para ser habilitado à matrícula no curso, o candidato não pode ser menor de 17 anos e nem completar 23 anos de idade, até 31 de dezembro do ano da matrícula no curso, e ter concluído, na data da Concentração Final do certame, o Ensino Médio, além de outras exigências.

Provas dia 20/06/2021
O processo seletivo é composto de provas escritas (língua portuguesa, língua inglesa, matemática, física e redação), inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica, teste de avaliação do condicionamento físico, procedimento de heteroidentificação complementar e validação documental. As provas escritas ocorrerão no dia 20 de junho de 2021. Os aprovados em todas as etapas deste processo seletivo, e selecionados pela Junta Especial de Avaliação (JEA), deverão se apresentar na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga (SP), no dia 13 de janeiro de 2022, para matrícula e início do curso, que tem duração de quatro anos. Após a conclusão do curso com aproveitamento, serão nomeados Aspirantes a Oficial da FAB.

Inscrições e instruções: Clique aqui 

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quarta-feira, 17 de março de 2021

Aeroportos

Embarque 100% digital é testado no aeroporto Santos Dumont
O governo federal iniciou, dia 11 de março de 2021, os testes de embarque aéreo 100% digital, no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, a partir do uso de reconhecimento facial e sem apresentação de cartão de embarque ou documento de identificação. O projeto piloto Embarque + Seguro, criado pela Secretaria Nacional de Aviação Civil do Ministério da Infraestrutura e desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) objetiva tornar mais ágil, seguro e eficiente o processo de embarque nos aeroportos. De acordo com a Infraero, que administra o terminal aeroportuário, essa ferramenta já era oferecida no mercado mundial e agora chega ao Brasil, mas com o diferencial de contar com tecnologia do Serpro, que usa uma base de dados unificada, capaz de checar e validar, em poucos segundos, a identidade do passageiro.

Embarque +Seguro
Após a aprovação do projeto piloto do Embarque +Seguro, o governo federal pretende dar continuidade ao processo visando a implantação da tecnologia nos principais aeroportos do país. Os testes no Santos Dumont devem continuar até o segundo trimestre de 2021, informou à Agência Brasil o Ministério da Infraestrutura. Nas próximas semanas, devem ocorrer testes semelhantes no Aeroporto de São Paulo-Congonhas (CGH) e no Aeroporto Internacional de Confins, em Minas Gerais. A ideia é concluir o processo até junho de 2021.

Fonte: Agência Brasil

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terça-feira, 16 de março de 2021

Concurso para a FAB

Aeronáutica tem 132 vagas de nível superior
A Força Aérea Brasileira (FAB) lançou seis editais para Exames de Admissão que contemplam 47 profissões de nível superior, nos Cursos de Adaptação de Médicos da Aeronáutica (CAMAR), de Dentistas da Aeronáutica (CADAR), de Farmacêuticos da Aeronáutica (CAFAR) e aos Estágios de Adaptação de Oficiais Engenheiros da Aeronáutica (EAOEAR), de Oficiais de Apoio da Aeronáutica (EAOAP), e de Instrução e Adaptação de Capelães da Aeronáutica (EIAC) para o ano de 2022. As provas escritas estão marcadas para o próximo dia 27 de junho de 2021.

Inscrições até 22/03/2021
Foram abertas 132 vagas para os cursos que serão ministrados no Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), em Lagoa Santa (MG). As inscrições para os processos seletivos ocorrem no período de 09 a 22 de março de 2021 (até às 10h do último dia, horário de Brasília) e deverão ser realizadas no site www.fab.mil.br/ciaar. A taxa é de R$ 130,00.

Limites de idade
Para participar dos exames de admissão de Médicos, Dentistas, Engenheiros e Farmacêuticos, os candidatos não podem completar 36 anos até o dia 31 de dezembro de 2022. Os bacharéis concorrentes do exame de admissão ao Estágio de Adaptação de Oficiais de Apoio, devem possuir, no mínimo, 18 e, no máximo, 32 anos até o dia 31 de dezembro de 2022. Para participar do exame de admissão ao Estágio de Instrução e Adaptação para Capelães, os candidatos devem ter entre 30 e 40 anos completados de idade até 31 de dezembro de 2022.

Provas
Os processos seletivos são compostos de provas escritas (língua portuguesa, conhecimentos especializados e redação), verificação de dados biográficos e profissionais, inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica, teste de avaliação do condicionamento físico, prova prático-oral (somente para médicos, dentistas e farmacêuticos), procedimento de heteroidentificação complementar e validação documental. Para o exame de admissão de Capelães também haverá a etapa de avaliação do ordinariado militar do Brasil.

Especialidades de Engenharia
Para os engenheiros as vagas por especialidades são: Civil (três), da Computação (quatro), Eletrônica (três), Elétrica (três), Metalúrgica (uma), Mecânica (três), Química (duas) e de Telecomunicações (uma). 

Administração, Análise de sistemas, Biblioteconomia,
Contabilidade, Enfermagem, Fisioterapia, Pedagogia, Psicologia e Direito
No Quadro de Apoio (IE EAOAP) a oferta é de 13 oportunidades, para áreas de: Administração (duas), Análise de Sistemas (uma), Biblioteconomia (uma), Ciências Contábeis (uma), Enfermagem (uma), Fisioterapia (uma), Pedagogia (duas), Psicologia (uma) e Serviços Jurídicos (três).

Médicos
Para médicos são oferecidas 80 vagas, nas especialidades: Anestesiologia (sete), Cancerologia Clínica (uma), Cardiologia (cinco), Cirurgia Geral (uma) e Clínica médica (18). Ainda há chances para Cirurgia Torácica (uma), Endocrinologia (duas), Gastro enterologia (três), Geriatria (uma), ginecologia e Obstetrícia (três), Hematologia (uma) Medicina Intensiva (quatro), Medicina da Família e Comunidade (11), Neurologia (uma), Nefrologia (uma), Oftalmologia (cinco), Otorrinolaringologia (três), Pediatria (duas), Psiquiatria (cinco), Radiologia (quatro) e Urologia (uma).

Inscrições: www.fab.mil.br/ciaar

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segunda-feira, 15 de março de 2021

Indústria Aeronáutica

Desaer montará fábrica em Araxá (MG) para produzir o avião ATL-100
A empresa aeronáutica Desaer anunciou que montará uma fábrica em Araxá (MG), onde produzirá o avião ATL-100, para uso civil e militar. É um bimotor de asa alta, tradicional, empenagem convencional, estrutura semi-monocoque com seção central da fuselagem em material metálico, não pressurizado, com superfícies de comando, rampa traseira e partes não estruturais em material composto, trem de pouso triciclo fixo e alcance com MTOW (peso máximo de decolagem ) de 19.000 libras de 1.600 km. Uma dos pontos fortes do novo avião será sua rampa de carga, que poderá receber até 3 pallets LD3 na versão fullcargo, versões quick-change para ambulância, evacuação humanitária e paraquedistas equipados. Poderá também ser equipado para realizar missões de patrulhamento, vigilância, inteligência e reconhecimento.

DESAER
A Desaer (Desenvolvimento Aeronáutico) é uma empresa 100% brasileira, localizada na Incubaero, um departamento da Fundação Casimiro Montenegro Filho no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), no campus do DCTA em São José dos Campos (SP). Com a unidade Araxá, a Desaer pretende atrair parceiros da empresa para o Brasil, contribuindo para a geração de novos empregos. “Estamos orgulhosos em construir nossa unidade Araxá, que vem agregar força à indústria aeronáutica brasileira, realizando investimentos, desenvolvimento tecnológico e inovação, gerando novos empregos e, desta forma, contribuindo para o desenvolvimento do Estado de Minas Gerais”, afirmou Evandro Fileno Diretor-Presidente da Desaer.

Araxá
A futura instalação em Araxá, destinada a sediar as atividades da parte administrativa e de engenharia da família ATL de aeronaves regionais da Desaer, estão previstas para o primeiro semestre de 2021. As obras para a linha de produção estão previstas para o segundo semestre de 2021. A cadência de produção inicial está estimada em quatro aeronaves por mês, com 1250 empregados diretos e indiretos.

Saiba mais: Blog do NINJA de 09/10/2018 (Clique aqui)  e de 18/10/2018 (Clique aqui

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domingo, 14 de março de 2021

Especial de Domingo

Sempre é tempo de relembrar os estudos sobre o início da aviação militar no Brasil.
Boa leitura.
Bom domingo!

O início da Aviação Militar no Brasil
Quadro “Além do Horizonte” do Coronel Pedro Paulo Cantalice Estigarríbia

A origem da Aviação Militar no Exército Brasileiro tem como cenário os campos de batalha de Humaitá e Curupaiti, na Guerra da Tríplice Aliança. Ao Patrono do Exército, Luís Alves de Lima e Silva, na época Marquês de Caxias, coube o pioneirismo de empregar balões cativos em operações militares na América do Sul. Naquela região, nas cercanias de Humaitá e Curupaiti, o terreno era plano e ausente de pontos elevados que servissem para observação e coleta de informações sobre o inimigo e como base para condução das batalhas. Naquele conflito, os exércitos costumavam construir estruturas de madeira que chegavam a quinze metros de altura, para observar, de maneira precária, as linhas inimigas e obter informações das posições e movimentos da tropa. Para um chefe militar planejar uma ofensiva de grande envergadura naquele terreno, o uso de um balão para observação constituía um valioso trunfo. Com visão inovadora, ao ser destacado para assumir o comando naquele Teatro de Operações, mesmo antes de deixar o Rio de Janeiro, o Marquês de Caxias solicitou a aquisição de um balão. Em janeiro de 1867, o Ministro da Guerra, por meio do consulado brasileiro em Nova Iorque (EUA), encomendou a construção de dois balões e a aquisição de equipamento para produção de hidrogênio. O negócio foi conduzido pelo Professor Thadeus S. Lowe, que tinha sido aeronauta-chefe do Exército do Potomac durante a Guerra de Secessão e que indicou dois aeronautas norte-americanos para atuarem em prol do Exército Brasileiro. Os aeronautas e os balões chegaram a Tuiuti no final de maio e, após a resolução de problemas de suprimento, em 24 de junho de 1867, deu-se o primeiro emprego militar de balão na América Latina, com sua ascensão a 330 metros. O primeiro aeronauta brasileiro em campanha foi o Capitão Francisco Cesar da Silva Amaral, que subiu com o balão no dia 12 de julho de 1867. Além dele, também cumpriram missões aéreas naquele conflito os Capitães Conrado Jacob de Niemeyer e Antonio de Sena Madureira e o Primeiro- Tenente Manuel Peixoto Cursino do Amarante. Àqueles militares coube a honra de escrever o primeiro capítulo da história da Aeronáutica Militar Brasileira.


Ao todo, foram efetuadas vinte ascensões com um único balão, que era o menor dos dois, tendo em vista que as dificuldades de suprimento impediram a produção do hidrogênio necessário ao balão maior, que tinha mais que o dobro de volume. As informações sobre a disposição do inimigo no terreno, colhidas por meio da observação aérea foram fundamentais para o Marquês de Caxias. Após a Guerra, foi criado o Serviço de Aerostação Militar, mas as atividades balonísticas foram incipientes até a virada do século. Nesse período, o único fato considerado digno de nota foi a Revolta da Armada, que teve início em setembro de 1893, liderada por altos oficiais da Marinha de Guerra. O Marechal Floriano Peixoto acolheu com simpatia a proposta do Deputado Augusto Severo de construir um dirigível, entrevendo a possibilidade de emprego do balão na luta contra os revoltosos. Apesar de construído, ele não foi utilizado para aquele fim. No começo do Século XX, as potências militares procuravam desenvolver balões e aviões para emprego em operações militares. O Governo Brasileiro, com o objetivo de manter-se a par da nova fronteira militar, no ano de 1907, enviou à Europa o Tenente Juventino Fernandes da Fonseca com a missão de aprofundar os estudos em balonística, adquirir balões e material para a constituição de núcleo de aerostação. Foram adquiridos quatro balões franceses e, em 20 de maio de 1908, no Realengo/Rio de Janeiro, com a presença do Ministro da Guerra, Marechal Hermes da Fonseca, foi realizada a primeira ascensão de um desses balões em céus brasileiros. O evento, que deveria ter sido um momento de glória para o Tenente Juventino, foi marcado pela tragédia, pois uma falha na válvula de controle de gás provocou a queda do balão, ocasionando nosso primeiro acidente aéreo fatal, que vitimou o bravo oficial. O crescente desenvolvimento dos aviões alimentou interesse pelo uso militar do espaço aéreo. Esse interesse persistiu entre as autoridades militares brasileiras, o que suscitou a iniciativa de um grupo de aeronautas estrangeiros, liderados pelo italiano Felice Gino, de propor a criação de uma escola para formação de pilotos militares. O acordo entre o Ministério da Guerra e esse grupo permitiu que, em 1913, fosse criada a Escola Brasileira de Aviação, com a construção de oito hangares no Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro, e aquisição dos primeiros aviões do Exército, fabricados na Itália. No ano seguinte, iníciou suas atividades, com a formação de pilotos da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro. Com as dificuldades surgidas na época, e com o início da I Guerra Mundial, a Escola Brasileira de Aviação foi desativada. No alvorecer da aviação, alguns jovens passaram a se entusiasmar pelo voo naquelas precárias aeronaves, entre os quais um jovem tenente do Exército Brasileiro chamado Ricardo Kirk, que, mais tarde, foi o primeiro a obter o brevê internacional, tornando-se fundamental para a Aviação Militar.

Escola de Aviação no Campo dos Afonsos/ Rio de Janeiro

A nova página da história da Aviação no Exército Brasileiro viria a ser escrita somente após o final da I Guerra Mundial, quando reabriu sua Escola de Aviação Militar, no Campo dos Afonsos/Rio de Janeiro, inaugurada em 10 de julho de 1919. A frota da escola era composta por aviões franceses usados na I Guerra Mundial. No ano seguinte, graduou-se a primeira turma de pilotos aviadores militares. Em 1927, a Aviação Militar passou por uma fase de reorganização e desenvolvimento, criando-se a Arma de Aviação do Exército e a Diretoria de Aviação Militar. Com aviões novos e a vinda da Missão Militar Francesa de Aviação, foi dado um grande impulso para a Escola de Aviação Militar e, consequentemente, para a nova Arma. A primeira unidade aérea da Aviação Militar foi criada, em maio de 1931, no Campo dos Afonsos/Rio de Janeiro, e denominada Grupo Misto de Aviação. Essa unidade teve atuação destacada no combate aos revolucionários paulistas, na Revolução de 1932, contribuindo assim para o adestramento e amadurecimento da Aviação. A partir daí, iniciou-se uma nova fase de crescimento: o desdobramento pelo território nacional, com a criação de outras unidades. Após o início da II Guerra Mundial, os ensinamentos colhidos com a derrota da Polônia, em 1939, e da França, em 1940, deixaram evidentes a importância do domínio estratégico do espaço aéreo na estratégia militar e do poder aéreo para a segurança nacional. Por esse motivo, o Governo Brasileiro passou a considerar a aglutinação do poder aéreo do país, na época composto pela Aviação Naval, pertencente à Marinha do Brasil, e pela Aviação Militar, do Exército Brasileiro. A reunião dos meios aéreos, materiais e humanos foi efetivada em 20 de janeiro de 1941, com a criação do Ministério da Aeronáutica, atribuindo à Força Aérea Brasileira a exclusividade da realização de estudos, serviços ou trabalhos relativos à atividade aérea nacional. Foram extintos o Corpo de Aviação da Marinha e a Aviação Militar, encerrando-se, assim, a fase inicial da Aviação no Exército. 

Fonte: Revista Verde Oliva • Nº 216 • Abr/Maio/Jun 2012

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