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Voar é um desejo que começa em criança!

sexta-feira, 30 de abril de 2021

Gripen F-39

Pilotos da FAB treinam operação do caça Gripen na Suécia
Pilotos da Força Aérea Brasileira (FAB) estão em Linköping, na Suécia, treinando a operação do caça supersônico F-39 Gripen, o futuro vetor de defesa aérea do Brasil. No intercâmbio, os brasileiros convivem com os instrutores da Força Aérea Sueca. Para o tenente-brigadeiro Luiz Fernando de Aguiar, o Gripen é pensado não apenas como um avião, mas como um sistema de combate, com diversas funcionalidades que extrapolam as capacidades de qualquer outra aeronave já operada pela FAB. O F-39 permite uma pilotagem intuitiva, além de evitar que limites operacionais sejam ultrapassados. Segundo os pilotos, isso facilita o trabalho na cabine da aeronave e os deixa focados na missão a ser realizada, contribuindo para que sejam tomadas melhores decisões com incremento do desempenho em combate.

36 aviões
Os brasileiros na Suécia treinam pela primeira vez em uma centrífuga (simulador dinâmico semelhante à forte pressão da cabine de pilotagem), além de sobrevivência no mar à noite, o que é feito em uma piscina. Dos 36 caças comprados pelo Brasil, 15 serão fabricados pela Embraer, num processo com transferência de tecnologia. 

Fonte: adaptado do original em www.defesaaereanaval.com.br , em 26/04/2021

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quinta-feira, 29 de abril de 2021

Ozires Silva

Ozires e família conhecem o mural pintado em sua homenagem na Embraer
Ozires Silva, um dos fundadores da Embraer, esteve, dia 26 de abril de 2021, na unidade de São José dos Campos (SP), ora referenciada com seu nome, para conhecer o mural de 115 m² pintado em sua homenagem nos seus 90 anos. Ele foi acompanhado do executivo-chefe da empresa, Francisco Gomes Neto, pela presidente-executiva do Instituto INVOZ, Neide Pereira Pinto, e por Alexandre Silva, presidente do conselho da Embraer. Os filhos de Ozires, Sérgio Bueno e Ana Maria Bueno Silva Pinheiro, também o acompanharam. 

Fundador
O engenheiro Ozires, que também é presidente de honra do INVOZ, ficou emocionado e agradeceu a homenagem. Ele foi fundador, presidente da empresa e liderou o processo de privatização da companhia.

Mural
A pintura tem 115 m² fica próxima da entrada de visitantes, na parte externa de um dos hangares da Embraer, em São José dos Campos, agora denominada Unidade Ozires Silva. A obra de arte em 3D possui 11,5 metros de altura e 10 metros de comprimento.


Saiba mais: Blog do NINJA de 24/04/2021. Clique aqui 

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quarta-feira, 28 de abril de 2021

Datas Especiais

28 de Abril
Dia da Travessia do Atlântico pelo "JAHÚ"
28 de abril de 1927, 4:30 hs da manhã. O JAHÚ se prepara para o salto de 2.400 km sobre o Oceano Atlântico. Isso por si só já seria um grande feito pra época, já que o JAHÚ, sendo um hidroavião todo feito em madeira,  sem nenhum tipo de aparelho para comunicação e possuindo apenas sistemas básicos de orientação e navegação, mas ainda enfrentariam muitas dificuldades e sabotagens para concluírem a façanha. O hidroavião JAHÚ, um Savoia Marchetti modelo S-55 de fabricação italiana foi adquirido pelo piloto civil João Ribeiro de Barros, para realizar a travessia do Atlântico sem que fosse necessário dispor de outros meios e apoios que não fosse a própria aeronave. Alguns já  tinham realizado a travessia, mas sempre com apoio de navios dispostos ao longo do trajeto e se utilizando de várias aeronaves. Barros batizou a aeronave com o nome de sua cidade natal e resolveu realizar a travessia, contando com uma tripulação exclusivamente brasileira e para isto, chamou seu amigo e mecânico civil Vasco Cinquini, o navegador Newton Braga e o copiloto Athur Cunha, ambos do Exército Brasileiro sendo que Cunha foi posteriormente substituído por João Negrão, piloto da Força Pública Paulista. Superando todas as dificuldades técnicas, sabotagens e falta de apoio governamental, o JAHÚ, cumpriu seu objetivo pousando em águas brasileiras e sendo recebido sempre por uma grande multidão  nas cidades por onde passou, até finalmente silenciar seus motores na Represa de Santo Amaro, em agosto de 1927. Após muito tempo abandonado e tendo grande parte da estrutura  consumida por cupins o JAHÚ foi inteiramente restaurado e é mantido para a preservação da memória da Aviação Brasileira, sendo o único exemplar existente no mundo todo. Lembrando que os brasileiros foram os primeiros das 3 Américas a realizar a Travessia do Atlântico e que Charles Augustus Lindbergh fez a travessia do Atlântico Norte, 23 dias após os brasileiros! O Governo Estadual Paulista, através da Lei Estadual nº 9.933/98, instituiu a data de 28 de abril, como comemorativa da Travessia do Atlântico pelo JAHÚ.

Para saber mais:
Contato: colecionadorjahu@gmail.com

Publicação da Fundação Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro - 2010: 

Exposição ocorrida em Junho/Julho de 2012, no Museu TAM:
Foi vista por cerca de 20.200 pessoas, neste período:

Entrevista, sobre o Hidroavião JAHÚ:
Programa “INFORME-SE” da “TV UNISA” da Universidade de Santo Amaro - 2012.
Entrevista dividida em 2 blocos:

Exposição no Colégio Dominique em Ubatuba – SP - 2014:

Especial de Domingo: NINJA: Especial de Domingo (ninja-brasil.blogspot.com) 

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terça-feira, 27 de abril de 2021

ARP

FAB e Embraer desenvolverão drone militar de classe avançada
A Embraer anunciou, dia 23 de abril de 2021, ter assinado com a Força Aérea Brasileira (FAB) memorando de entendimento para avaliação das capacidades necessárias ao desenvolvimento de uma aeronave remotamente pilotada (ARP) “de classe superior”. “É uma oportunidade ímpar para a Força Aérea Brasileira aprofundar seus estudos em tecnologias disruptivas que podem causar desequilíbrio no cenário atual e futuro”, ressaltou o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior.

Tecnologia
“Na guerra moderna é imprescindível a utilização de plataformas aéreas não-tripuladas, operando isoladamente ou em conjunto com aeronaves tripuladas. Tal tecnologia permite reduzir custos e riscos, sem perder a eficácia no cumprimento das missões atribuídas à Aeronáutica. ”

Soberania
“Este estudo é de importância fundamental para a manutenção e a expansão das competências da Embraer no desenvolvimento de sistemas aéreos de defesa com alto teor tecnológico e grande complexidade de integração”, disse Jackson Schneider, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança. “É ainda uma oportunidade para o contínuo desenvolvimento de novas tecnologias e produtos para a FAB e o Ministério da Defesa, especial a ampliação da capacidade operacional e a garantia da soberania nacional. Um grande desafio para este sistema aéreo certamente será a sua integração e a operação de forma conjunta com outros sistemas e aeronaves, tripulados ou não-tripulados.” O desenvolvimento de um veículo aéreo não tripulado superior com tecnologia nacional oferece uma oportunidade relevante para uma base industrial de defesa (BID) e suas empresas estratégicas, promovendo o seu desenvolvimento e fortalecendo os conhecimentos para o atendimento das necessidades do Estado Brasileiro.

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segunda-feira, 26 de abril de 2021

Espaço

INPE avança com avaliações qualitativas do satélite Amazonia 1 
A equipe técnica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), unidade do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), concluiu os 45 dias iniciais da fase de comissionamento do Amazonia-1, satélite totalmente projetado e construído por brasileiros e lançado em 28 de fevereiro de 2021.
 
Fase de comissionamento 
Esta etapa é crucial para ajustes e avaliações da qualidade das imagens. Com todas as ações da fase de comissionamento concluídas, o satélite Amazonia 1 seguirá sua operação normal. Neste período, os coeficientes de calibração radiométrica medidos em laboratório foram aplicados e os resultados estão sendo avaliados nas imagens WFI obtidas em tempo real sobre o território brasileiro e por meio do gravador de bordo sobre regiões selecionadas fora do Brasil. Segundo a equipe técnica, a qualidade geométrica de imagens nível 2 (correção de sistema) geradas com parâmetros medidos em solo está sendo avaliada. Adicionalmente, o sistema MS3 está sendo usado para ajustar os parâmetros de configuração do satélite e de sua câmera, o que permite a geração de imagens nível 2 com erros de posicionamento reduzidos e o casamento correto das duas óticas da câmera WFI. Esta etapa do comissionamento também inclui o cálculo dos erros internos e de posicionamento das imagens nível 2, permitindo a avaliação da estabilidade da plataforma do satélite.
 
Fonte: INPE, em 22/04/2021
 
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domingo, 25 de abril de 2021

Especial de Domingo

Na próxima quarta-feira, 28 de abril de 2021, brindaremos mais um aniversário da travessia do Oceano Atlântico pelo hidroavião Jahú, completada em 28 de abril de 1927.
Foi um feito extraordinário realizado por equipe genuinamente brasileira.
Confira o conteúdo que selecionamos sobre o tema.
Boa leitura.
Bom domingo!

Jahú, relembrando a sofrida história…
Fato pioneiro em nossa história da aviação, pouco registrado nos livros, Comandante João Ribeiro de Barros é lembrado por exemplo por quem circula na rodovia que liga Jaú a Bauru, no interior do Estado de São Paulo ou em outros lugares que possuem o seu nome.
João Ribeiro de Barros
Ele foi o aviador, um dos pioneiros da aviação no Brasil, com uma traje­tória curta pela política que a própria família pouco conhece. Rico e jovem, aos 27 anos nascido em Jaú (SP) tornou-se celebridade na década de 1920 como o primeiro piloto das Américas a comandar uma travessia aérea do Oceano Atlântico sem escalas e sem ajuda de navios. Com ele, não tinha tempo feio, literalmen­te. Para realizar o sonho de sobrevoar o oceano Atlântico, João Ribeiro de Barros aturou gozações da imprensa internacional, en­frentou sabotagens, tempestades, contornou um motim da tripulação e mandou até um Presidente da República calar a boca. Sua obstinação era a marca registrada desse grande aviador de Jaú, que nasceu a 4 de abril de 1900 e ainda menino, ouviu maravilhado os feitos de Santos Dumont na Europa. Decidido a ser piloto, abandonou o curso de Direito em 1919 e mudou-se para os Estados Unidos, onde foi estudar mecânica ae­ronáutica. Voltou para casa em 1921 e, dois anos depois e em abril de 1923, finalmente ti­rou seu brevê, dando início então a uma série de reides aéreos pelo país até que, em 1926 idealizou aquela que seria sua maior aventura. A travessia do Atlântico fora realizada quatro anos antes pelos portugueses Sacadura Cabral e Gago Coutinho. Eles saíram de Lisboa em 30 de março de 1922 a bordo do Lusitânia, um hidroa­vião bimotor Fairey FIII-D e chegaram ao Rio em 17 de junho. Porém um detalhe é que a dupla portuguesa utilizou três aviões nesse per­curso, o que reduziu o brilho de seu feito. Nin­guém havia ainda saído da Europa e chegado à América com uma única aeronave e João Ribeiro de Barros queria ter esse pioneirismo.
Sem apoio financeiro do governo brasileiro ou de empresas, o coman­dante vendeu sua parte da herança paterna para comprar a aeronave com que faria a viagem: era um hidroavião italiano Savoia-Marchetti modelo S-55, de madeira, com mais de quatro toneladas, em precário estado de conservação. Era impulsionado por dois motores Isotta-Fraschini que como mencionado era máquina bem usada, pois o fabricante não tinha modelos novos para ofere­cer. De quebra, dois problemas sérios: bebia muita gasolina e não conseguia decolar com os tanques cheios. Seu dono anterior, o Conde Casagrande, fora obrigado inclusive, a abortar uma travessia da Itália até a Argentina por conta dessas deficiências. Pior para o piloto brasileiro, que começou a ser ironizado pela imprensa estrangeira, primeiro pelo estado da aeronave, segundo que a galeria de heróis era para europeus e o Brasil era pouco famoso na produção de celebridades desta natureza. Num teste pilotado por Barros, o hidroavião quase afundou ao pousar no lago de Sesto Calende, na Itália, já que a parte inferior estava podre. “Mordido” de raiva, João deci­diu se virar com o que tinha. Des­montou o Alcyone (o apelido do hidroavião), conseguiu reduzir o atrito dos flutuadores com a água e reduziu o número de tambores de combustível na parte dianteira, reforçando a tra­seira. Com isso, melhorou a dis­tribuição de peso da aeronave. Feita a modificação, remontou o hidroplano, rebatizado de Jahú, em homenagem à sua cidade na­tal, encheu os tanques e decolou de Sesto Calende em 16 de outubro de 1926 rumo ao porto de Gênova. A façanha tecnoló­gica deixou surpresos até os en­genheiros da Casa Savoia. Iniciada oficialmente a travessia a partir de Gênova, tinha além do piloto, o copiloto Arthur Cunha, o navegador Newton Braga e o mecânico Vasco Cinquini. Um dia antes da partida, o jor­nal O Estado de S. Paulo registrava a euforia dos brasileiros, referindo-se ao comandante como “arrojado” e também publicou os “ardentes votos” da Câmara Italiana de Comércio ao “valoroso aviador” e desejou que o “heroico empreendimento” obti­vesse êxito. Mal sabiam que, poucas horas após deixar Gênova, início da jornada (veja o mapa), o piloto e sua equipe enfrentariam o primeiro de vários testes de nervos. Na véspera da partida, daquele 12 de outubro, um sabotador colocou areia dentro da câma­ra de combustão e um pedaço de bronze no cárter dos motores, além de sabão no tanque de combustí­vel. Na manhã seguinte, obviamen­te ignorando a manobra suja, João e sua equipe, entraram no hi­droavião e decolaram do porto de Gênova sob aplausos da grande multidão.
Na altura do Golfo de Valência, na Espanha, depois de cinco horas de voo sobre o Mediterrâ­neo, surgiram os primeiros pro­blemas causados pela sabotagem pois os motores começa­ram a falhar devido a um problema na alimentação automática de ga­solina, o que obrigou a tripulação ao extenuante uso das bombas ma­nuais. Mas os danos no motor provocados pela sabotagem e em um dos botes forçaram o grupo a pousar em Alicante, no Mediterrâneo espanhol. As autori­dades espanholas não gostaram da inesperada visita e, alegando des­conhecer os propósitos do pouso e sem um aviso prévio promoveram a prisão de todos os tripulantes, que só ganharam a liberdade depois com a ajuda da Embaixada do Brasil em Madri. Ainda na cadeia, João foi colocado numa cela junto com dois detentos espa­nhóis que sabiam do voo. Um vi­rou para o outro e brincou: “Está vendo? É na cadeia que se conhe­cem os grandes homens”. Os problemas, contudo, continuaram, pois duas horas depois de ter ganhado novamente os ares, o Jahú voltou a piorar e fez um pouso de emergência na pos­sessão inglesa de Gibraltar, onde foi constatada a sabotagem. João avi­sou o cônsul brasileiro e provi­denciou a limpeza dos reservató­rios de combustível e o reabaste­cimento dos mesmos. Neste momento o mesmo consulado brasileiro emitiu um laudo técnico e oficial confirmando as suspeitas da tripulação de que o Jahú teria de fato sofrido uma sabotagem. Após a nova decolagem, os motores continua­ram a ratear e o avião teve que pousar na ilha Las Palmas, no arquipélago das Canárias, onde desta vez foi descoberto o pedaço de metal que o sabotador colocara no cárter. Apesar de mais esse contratempo, o avião es­tabeleceu um novo recorde, per­correndo 1.300 quilômetros em 7 horas e 15 minutos, 40 minutos a menos do que o tempo estabeleci­do por Sacadura Cabral e Gago Coutinho na mesma distância. O reparo foi feito em Las Palmas de Gran Canária, Espanha e permitiu ao hidroavião seguir para Por­to Praia, na República de Cabo Verde, onde teria início, de fato, a traves­sia do Atlântico sem escalas. Mas não foi fácil chegar lá, e não apenas pelas condições da aeronave, mas também pela rebeldia do copiloto, o tenente Artur Cunha. Ele trombou de frente com João e aca­bou abandonando a tripulação no meio da travessia. Como se isso não bastasse, Newton Braga teve de voltar à Itá­lia para conseguir peças de reposição do avião. Para completar, João que também tinha contraído malária na Ilha africana, re­cebeu um telegrama do Presidente da República, Artur Bernardes, pedin­do que abandonasse sua aventura. Irritado, o pi­loto recomendou ao chefe do Executivo que “cuidasse das obriga­ções de seu cargo e não se metesse em assuntos de que nada entendia e onde não fora chamado”. João teve que comandar uma reforma com­pleta no motor do hidroavião. A equipe foi obrigada a reparar até o bote salva-vidas porque, quando o avião pousou, avariou o casco, conta o sobrinho Rubens Ribeiro de Barros, que con­viveu por 13 anos com o tio aviador e dele ouviu muitas histórias. “Com­prar equipamento na Europa era algo demorado e essas peças eram da Itá­lia. O processo de compra e conserto demorou meses”, explica Rubens. Diante de tantas difi­culdades, João desanimou. Chegou a anunciar que desmontaria o Jahú e daria por encerrada sua missão. Contudo um telegrama da mãe mexeu com seus brios: “Não desmonte apare­lho. Providenciaremos continua­ção reide custe o que custar. Para­lisação seria fracasso e as asas do avião representam bandeira brasileira. Dize se queres piloto auxiliar”. O piloto respondeu que sim e a fa­mília convidou o primeiro-tenente João Negrão, da então Força Pública de São Paulo. Ele aceitou a mis­são e, em 21 de março de 1927, embarcou rumo a Porto Praia, no arquipélago de Cabo Verde. Com o apelo da mãe em resposta, o filho es­creveu: “A viagem de qualquer ma­neira será feita”.
Com a tripulação completa, o Jahú reiniciou sua travessia na madrugada de 28 de abril de 1927. Voando a 250 metros acima do Atlântico, com uma velocidade média de 190 quilômetros horári­os — recorde absoluto durante os 10 anos seguintes, o hidroavião aproximou-se do arquipélago de Fernando de Noronha, após 12 horas de voo. Uma das hélices se partiu, mas o Jahú, mesmo avaria­do, pousou em águas brasileiras às 16 horas daquele dia. De maio a agosto, o Jahú ainda fez es­calas em Natal, Recife, Salvador, Rio de Janeiro e Santos, antes do pouso final em Santo Amaro (Represa Guarapiranga, na cidade de São Paulo), em 1° de agosto. A recepção aos heróis foi descrita por José Ribeiro de Barros, irmão do aviador, no livro História heróica da aviação. Segundo ele, a população es­tava “convulsionada de espírito cívi­co” pelo “instante que passaria à his­tória do século”. No livro João Ribeiro de Barros, o historiador José Raphael Toscano narra detalhes: “o povo brasileiro soube premiar seu herói, oferecendo-lhe mais de cem meda­lhas de ouro e platina, adornadas de pedras preciosas, dezenas de cartões de ouro e troféus, tudo em comemo­ração ao patriótico empreendimento que se tornou justo motivo de expan­são do orgulho nacional”. Na capa do Estado de S. Paulo de 7 de agosto de 1927, o registro de um dia de celebridades vivido pelos tri­pulantes na véspera: foram recebidos na Força Pública e homenageados com apresentações de esquadrilha aérea e das equipes de equitação e ginástica, “sempre ovacionados pela grande multidão que estacionava na avenida Tiradentes”. Mais tarde, compareceram a uma sessão solene na Câmara Italiana de Comércio, onde o cônsul da Itália e o presidente da entidade os esperavam.
O hidroavião cumprindo sua jornada na represa de Guarapiranga em Santo Amaro, SP
Ao sobrinho Rubens, Barros contava os detalhes e dificuldades da viagem intercontinental. Um de­les é que a travessia havia sido feita apenas com ajuda de bússola, para determinar direções horizontais; altímetro, para medir a altitude; e bomba de fumaça, para calcular a velocidade: “eles a lançavam e mar­cavam em quanto tempo atingia a água”, explicava o sobrinho”.


UM POUSO BREVE
No dia 3 de janeiro de 1927, quando a travessia oceânica era apenas um plano, o aviador já era tema de lei aprovada pela Câmara Municipal de São Paulo (CMSP), que o imortalizou como nome de uma via (ainda hoje denominada Ribeiro de Barros, na zona oeste da capital). “Esse moço que, no ‘raid’ admirável que vem fazendo, tem patenteado, aos olhos do mundo, o quanto podem a bravura, o civismo, a abnegação e, sobretudo, a persistência de nossa gente”, disse em Plenário o vereador Diógenes de Lima, proponente do projeto de lei sobre a denominação da via. Se­gundo o parlamentar, a proposta era legitimada por um abaixo-assinado de proprietários e moradores da rua que receberia o nome do piloto. Nove anos mais tarde, o coman­dante foi o único eleito pela Ação Integralista Brasileira (AIB) para a Câmara Municipal de SP, com 1.426 votos. “Os che­fes integralistas recomendaram aos seus eleitores que descarreguem seus sufrágios no candidato João Ribeiro de Barros”, escreveu a Fo­lha da Manhã (hoje Folha de São Paulo) de 5 de julho de 1936. Como candidato, o slogan de campanha do piloto foi “Contra o aumento dos impostos”, usado também pelos demais concorren­tes integralistas naquele ano. As­sumiu no dia 9 de julho, vestido com o uniforme verde do partido, e, antes de fazer o juramento de­vido, de respeito às leis e às Cons­tituições Federal e Estadual, bra­dou “em nome de Deus, anauê!”. A saudação, de origem tupi, foi adotada primeiro pelos escoteiros e depois pelos integralistas. Porém sem documentar os motivos, Barros renunciou em 25 de julho de 1936. Se continuasse na Câmara, seu mandato terminaria em 19 de novembro do ano seguinte, com o fe­chamento do Legislativo pelo Estado Novo (1937-1945), de Getúlio Vargas. A Ação Integralista Brasileira era composta, principalmente, por estreantes na política, como o avia­dor, e por membros da classe média, “intencionada a romper com os gru­pos chefiados por coronéis, latifun­diários, cafeicultores ou que agiam a mando dessas pessoas”, como explica o historiador Renato Alencar Dotta, que pesquisa o integralismo brasileiro como doutorando na Uni­versidade de São Paulo (USP).
Mas o Jahú utilizado no maior feito da aviação brasileira depois de San­tos Dumont quase apodreceu por completo no antigo Museu de Aeronáutica da Fundação Santos Dumont no parque do Ibirapuera (onde hoje está a Oca). O bimotor Jahú, que fez a glória do aviador João Ribeiro de Barros, falecido em 19 de junho de 1947, foi abandonado, junto com inúme­ras outras aeronaves históricas, que ficou fechado durante cerca de 10 anos. Foi um descaso tão grande que a família Ribeiro de Barros lutou muito na Justiça para anular a doação do avião e de outros objetos do piloto àquela instituição. Admirado por astronautas ame­ricanos e cosmonautas soviéticos, o Jahú esteve exposto, de 1927 a 1962, no Museu do Ipiranga. De lá, foi para o Ibirapuera, onde teve início seu martírio que durou 40 anos. Os conselhei­ros da Fundação Santos Dumont, em sua maioria ex-pilotos e pesso­as ligadas à aviação, foram mor­rendo e cedendo lugar a burocra­tas. Foram eles inclusive os responsáveis por uma reforma de­sastrosa do avião, que teve seu re­vestimento original, em lona, subs­tituído parcialmente por uma ca­mada de espuma coberta por nái­lon. Na ocasião a família Ribeiro de Barros fez a reclamação do absurdo e conseguiu sustar o péssimo reparo na Justiça e teve em represália, a proibição de entrar no museu pelo então presidente da Funda­ção Santos Dumont, Jorge Yunes. O sobrinho do aviador pioneiro ainda relataria que mendigos usaram documen­tos lá guardados como papel higiê­nico, além de vários objetos do acervo terem sido roubados, incluindo duas bombas e um paraquedas do caça Gloster Meteor. O último item, por sinal, foi usado em um salto no Campo de Marte e não abriu, cau­sando a morte do paraquedista. A saga da família Ribeiro imaginava alguns destinos para a aeronave como por exemplo entregá-la à Prefeitura de Jaú, que construiria um memorial em homenagem ao ilustre filho da terra, exibi-la permanente­mente no Aeroporto Internacio­nal de Cumbica, pois até então existia planos de batizá-lo com o nome do avi­ador, etc.. Com a desativação do Museu de Aeronáutica no Ibirapuera em 2000, o Jahú foi transferido para o hangar da Polícia Militar do Estado de São Paulo, no Aeroporto Campo de Marte, onde se constatou que seu estado de deterioração era tão grave que clamava por uma restauração completa. Esta foi levada avante graças a um convênio assinado entre a Fundação Santos Dumont, a Helipark, o Comando da Aeronáutica e a Aeronáutica Militar Italiana. Os trabalhos de restauração tiveram início em Abril de 2004 e envolveram uma equipe de doze profissionais. Os dois motores foram recuperados no Parque de Material Aeronáutico de São Paulo (PAMA-SP). O trabalho com a estrutura concentrou-se nas oficinas da Helipark, visando reconstituir a configuração exata da aeronave até os detalhes, desde o tipo de madeira e de pregos (de cobre e de latão), até ao tom de vermelho da pintura original. Terminado todo o processo de restauração a aeronave foi entregue, no dia 26 de Outubro de 2007, no Helicentro Helipark, em Carapicuíba. O avião foi então requerido pela cidade de Jaú, para exposição em museu aberto, mesmo após ganhar o direito frente ao museu proprietário. Mas a Fundação Santos Dumont cedeu o Jahú por comodato ao Museu TAM na cidade de São Carlos (SP), onde atualmente encontra-se exposto, ficando para a cidade natal do piloto apenas uma réplica. Em fevereiro de 2016, o Museu TAM Asas de um Sonho, que abriga o Jahú e outras aeronaves históricas, suspendeu as atividades e a aero­nave ficará inacessível ao público por tempo indeterminado, até que sejam concluídas as negociações entre os envolvidos para a instalação de um novo museu no Campo de Marte na Capital. Segun­do o professor da USP Fernando Catalano, doutor em engenharia aeronáutica, os motores do avião são os dois últimos remanescentes no mundo.

Por sua vez, o aviador após os momentos do feito histórico, permaneceu recluso em Jaú até o fim da vida e passava bastante tem­po ao lado da família, narrando às crianças as histórias sobre suas aventuras. “Ele se reunia comigo e meus amiguinhos na escada, pa­gava sorvete ou pastel e ficávamos ouvindo extasiados enquanto ele falava sobre a travessia”, lembra o sobrinho Rubens. Em 1947, com 47 anos, o co­mandante morreu na mesma fazen­da em que nasceu. Não se casou e nem teve filhos. “Ele tinha amigos, era simples, próximo da família e se dava com todos”, conta Rubens. “Após a prisão, ele ficou muito tris­te, se isolou no campo”, recorda. Segundo os médicos disseram à fa­mília, as possíveis causas da morte foram um rompimento no baço ou as consequências da malária que contraiu na Africa. Uma música feita para home­nagear Barros e sua equipe, quan­do voltaram da travessia, previa que o Brasil os recolheria “ao seio da história”. Mas a realidade é que, exceto homenagens isoladas, como um mausoléu construído em frente à igreja matriz de Jaú, o comandante e seu feito não têm o devido reconhecimento dos bra­sileiros. Uma das poucas iniciativas de perpetuar a conquista brasileira na memória popular é a lei estadual 9.933/1998, que transformou o 28 de abril no dia de “comemoração e divulgação da travessia do Oceano Atlântico sem escalas”.

Bibliografia:
Barros, José Ribeiro de – História heroica da aviação: reide “Gênova–Santo Amaro”, Museu da Aeronáutica de São Paulo Fundação Santos Dumont SP – 1927/1929

Machado, Gisele e Uliam, Leandro – O voo do João de Barros, Revista APARTES – #19 Câmara Municipal de SP – Abril 2016

Ferraresi, Rogério – O longo voo do Jahú, JÁ Diário Popular #69 – São Paulo Março 1998

Acervo do Museu de Jaú, Acervo de Júlio Cesar Poli, acervo público

UNESP de Araraquara, globo.tv, USP de Piracicaba e Primo Carbonari

Fonte: LAAMARALL

O Núcleo Infantojuvenil de Aviação (NINJA)  e a travessia do Jahú

Em 2017, nos 90 anos do exato dia e horário em que o hidroavião Jahú completou a travessia do Atlântico Sul, a equipe de voluntários do NINJA concluiu - em nossa sede, Colégio Dominique, Ubatuba (SP) - uma atividade com alunos do ensino fundamental sobre esta grande aventura realizada por brasileiros corajosos e determinados.
A ação foi mais um singelo passo para tornar a Sala Gastão Madeira, sede do Núcleo Infantojuvenil de Aviação, num espaço permanente de memória da cultura aeronáutica brasileira, despertando em estudantes e visitantes o interesse pela trajetória daqueles que contribuíram e contribuem para avanços e conquistas tecnológicas extraordinárias.
Sobre o voo do Jahú, em 2014 o NINJA promoveu a mostra “Jahú: Influência de uma Época”, exposição criada pelo pesquisador e colecionador Alexandre Ricardo Baptista que na ocasião nos presenteou com a seguinte frase: "Quero deixar uma semente de contribuição com nossa História para que não caia no esquecimento das gerações futuras.".
Seguindo este pensamento, para rememorar em 2017 a travessia do Atlântico Sul por João Ribeiro de Barros e sua equipe, o NINJA promoveu diversas atividades que incluíram as publicações deste blog; o lançamento do livro "Vou Ali. Já volto", de autoria do voluntário Cesar Rodrigues; atividades lúdicas, palestras e exposições no espaço Memória da Gente, administrado pelo Instituto Salerno-Chieus e o Colégio Dominique.
E assim vamos em frente, conquistando voluntários e apoiadores comprometidos com a história, o presente e o futuro das novas gerações.


Saiba mais: Blog do NINJA de 8/12/13; 24/8/1423/1/1729/1/17; 5/2/17; 2/4/17; 9/4/17; 16/4/17; 23/4/17 e 28/4/17

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sábado, 24 de abril de 2021

Ozires Silva

Fábrica da Embraer em São José dos Campos (SP) passa a se chamar Unidade Ozires Silva
A Embraer anunciou, dia 23 de abril de 2021, que o seu principal complexo industrial em São José dos Campos (SP) passa a se chamar “Unidade Ozires Silva”. A homenagem faz parte das ações realizadas este ano em comemoração aos 90 anos do engenheiro e tenente-coronel da Aeronáutica que liderou o grupo responsável pela criação da companhia em 1969.

Mural de 115 m²
O anúncio foi realizado em um evento virtual que apresentou também um mural artístico de 115 m² pintado na parte externa de um dos hangares da empresa, próximo à entrada de visitantes. A obra de arte em 3D com 11,5 metros de altura e 10 metros de comprimento destaca Ozires Silva e o avião Bandeirante, lendário projeto aeronáutico que motivou a criação da Embraer. “É uma honra anunciar a decisão de nomear o nosso histórico complexo industrial para 'Unidade Ozires Silva' e transformar a paisagem do local com um imenso mural artístico de grandeza proporcional ao feito do líder que sonhou e realizado um dos mais ambiciosos projetos tecnológicos do Brasil ”, disse Francisco Gomes Neto, CEO da Embraer. “A criatividade, sensibilidade, precisão, ousadia e primor dos profissionais do nosso time de pintura refletem o DNA de inovação da empresa e a união de esforços dos colaboradores que têm no engenheiro Ozires Silva a inspiração maior.”

Memória
A homenagem é uma iniciativa da Embraer e do Instituto Embraer, responsável pela preservação e promoção da memória da companhia. A criação e execução da arte são da equipe da cabine de pintura de aeronaves, internacionalmente reconhecida pelas figuras realísticas e design criativo que ilustram o exterior das demonstrações de demonstração e ensaio em voo da companhia, e de clientes nos cinco continentes. A atividade contou com a dedicação dos colaboradores Clodoaldo Quintana, Diego dos Santos Costa, Luiz Roberto Tenório de Almeida e Moises dos Santos Costa. A agora “Unidade Ozires Silva” iniciou a operação no dia 2 de janeiro de 1970 e foi o local de produção de aeronaves históricas da Embraer como o Bandeirante, Xavante, Ipanema, Xingu, Brasília, Tucano, AMX, a família ERJ-145 e jatos executivos Atualmente, concentração principalmente como atividades de desenvolvimento, fabricação e suporte dos jatos comerciais da família E-Jets E1 e E2. Com a expansão da Embraer em múltiplas unidades pelo Brasil e pelo mundo ao longo das últimas décadas, a primeira sede da empresa passou a ser conhecida como “Unidade Faria Lima”, em referência ao nome da avenida principal que dá acesso à fábrica e ao aeroporto de São José dos Campos (SP). O mural artístico e a nomeação do local se somam a uma sequência de homenagens realizada em 202, em comemoração ao aniversário do engenheiro Ozires Silva, nascido em 8 de janeiro de 1931, na cidade de Bauru, estado de São Paulo.

Fonte: Embraer

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sexta-feira, 23 de abril de 2021

Espaço

Helicóptero-robô da NASA faz segundo voo em Marte
O helicóptero-robô Ingenuity da NASA fez seu primeiro voo no planeta Marte no dia 19 de abril de 2021. Três dias depois o aparelho alçou o seu segundo voo no planeta vermelho. Desta vez, o robô alcançou uma altitude maior, voou para os lados e capturou outras fotos da região.

Voo desafiador
Em mensagem no Twitter, o perfil oficial da NASA celebrou: "Voe alto ou vá para casa! O Mars Helicopter completou com sucesso seu segundo voo.” Voar em Marte é particularmente desafiador. Para levantar voo e conseguir a sustentação, o helicóptero deve ser ultraleve e girar seus rotores extremamente rápido. O líder da missão, MiMi Aung, disse que cada imagem registrada pelo helicóptero em Marte é especial, mas a mais icônica é aquela tirada pela nave mostrando sua sombra na superfície, algo que o Ingenuity conseguiu na segunda decolagem.

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quinta-feira, 22 de abril de 2021

Datas Especiais

22 de abril:
Dia da Aviação de Caça
Celebrado em 22 de abril, o Dia da Aviação de Caça relembra o esforço e a audácia dos militares do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA), o Esquadrão Jambock, que, no auge da Segunda Guerra Mundial, a bordo dos caças P-47 Thunderbolt, cumpriam missões de combate contra alvos no norte da Itália.

Do P-47 ao F-39
Assim como o P-47 Thunderbolt, o jato Gloster F-8 Meteor e os supersônicos Dassault Mirage III e Tiger F-5, o F-39 Gripen está chegando, para marcar a história da aviação de caça da Força Aérea. Conhecido por sua eficiência, baixo custo de operação, elevada disponibilidade e avançada capacidade tecnológica, o vetor será responsável pela soberania e pela proteção da Nação, realizando missões variadas, como as de policiamento do espaço aéreo em regiões críticas. O emprego dessa aeronave trará um importante salto qualitativo e tecnológico ao Brasil devido a alguns dos recursos embarcados até então inéditos para a FAB.

Esquadrões
Os pilotos da Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira comemoram a data e seguem a missão, voando muito rápido, prontos a responder às necessidades e aos desafios da Nação brasileira. Atualmente, esses militares atuam nos seguintes Esquadrões: o Joker (2°/5° GAV), localizado em Parnamirim (RN), o Jaguar (1° GDA), em Anápolis (GO); o Jambock e o Pif-Paf (1° GAVCA), no Rio de Janeiro (RJ); o Pacau (1°/4° GAV), em Manaus (AM); o Poker (1°/10° GAV) e o Centauro (3°/10° GAV),em Santa Maria (RS); o Pampa (1°/14° GAV), em Canoas (RS); o Escorpião (1°/3° GAV), em Boa Vista (RR); o Grifo (2º/3º GAV), em Porto Velho (RO); e o Flecha (3º/3º GAV), em Campo Grande (MS). Em cada um deles, a formação dos pilotos prima pela excelência, com emprego de técnicas e táticas atualizadas, por meio de pesquisas, estudos, visitas, intercâmbios e participações em exercícios operacionais.

Fonte: FAB

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quarta-feira, 21 de abril de 2021

Tecnologia

Azul instala wi-fi em seus aviões Embraer E2
A Azul Linhas Aéreas iniciou a instalação de Wi-Fi em suas aeronaves E2 produzidas pela Embraer. O primeiro avião a receber o equipamento que permite conexão de internet em voo por Wi-Fi, foi o Ararinha Azul, matrícula PS-AEF. Além do sistema de modem e roteador dentro da própria aeronave, é instalado uma antena num casulo na parte superior traseira da fuselagem, modificando um pouco sua aerodinâmica. Com o Ararinha Azul, já são 10 aviões da empresa que estão com a tecnologia instalada e em funcionamento. Conforme a Azul, a velocidade da conexão para download é 30mb/s, bem próxima da maioria das velocidades disponíveis em ambientes domésticos no Brasil.

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terça-feira, 20 de abril de 2021

Busca e Salvamento

FAB resgata tripulante doente em navio a 240 Km da costa
O Esquadrão Falcão (1º/8º GAV), sediado na Ala 10, em Parnamirim (RN), resgatou, na manhã do sábado, 17de abril de 2021, um homem que estava a bordo de um navio de bandeira Malta, que navegava na costa brasileira. O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), Organização da Força Aérea Brasileira (FAB) responsável pela coordenação de missões aéreas, acionou o Esquadrão após o contato do Centro de Coordenação de Salvamento Aéreo (SALVAERO) de Recife (PE). O navio Istambul foi localizado a cerca de 240 km da costa brasileira, na direção da cidade pernambucana. Antes da decolagem, um médico do Terceiro Distrito Naval analisou as informações recebidas pelo Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo (SALVAMAR) sobre o estado da vítima. Bayram Gulaci, de 51 anos e de nacionalidade turca, apresentava quadro de apendicite aguda e precisava de intervenção cirúrgica imediata.

Atendimento médico
A aeronave H-36 Caracal, matrícula FAB 8517, decolou de Parnamirim (RN) e voou até a posição do navio para realizar o resgate. O helicóptero manteve o voo pairado enquanto homens de resgate SAR (do inglês, Search and Rescue – Busca e Salvamento) desceram até o convés e içaram a vítima. Ao final, o Esquadrão transportou o paciente para o estado de Pernambuco para receber atendimento médico especializado. Toda a operação durou, aproximadamente, duas horas. O Homem de Resgate (HSAR), Sargento Diogo Ramos, conta que o acionamento ocorreu por volta das 4h20 da madrugada deste sábado (horário de Brasília). "Sempre que somos acionado dessa forma, principalmente nesse horário, começa a passar um filme na cabeça de todos os treinamentos realizados e também de como pode evoluir a missão, visto que ela é muito complexa. Com o passar dos minutos, essa apreensão é substituída por uma vontade enorme de cumprir a missão da melhor forma possível e, após terminado o resgate, vendo a vítima recebendo o tratamento necessário, finalmente, ter a sensação de dever cumprido", descreve. Para o Comandante da Aeronave, Capitão Aviador José Wellington Félix de Carvalho, a melhor sensação é saber que contribuiu para salvar mais uma vida. "A prontidão e o preparo técnico de todos os membros da equipe possibilitaram, de forma eficiente e eficaz, a remoção da vítima em apenas 14 minutos após interceptarmos o navio. Ao término do içamento, recebemos os agradecimentos do Comandante do Navio, em nome da Força Aérea Brasileira", conta. A tripulação do helicóptero foi formada por 11 militares, sendo três pilotos, um mecânico, dois operadores de equipamentos, três homens de resgate, uma médica e um enfermeiro.

Fotos: 1º/8º GAV

Fonte: FAB

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segunda-feira, 19 de abril de 2021

Espaço

Nasa seleciona a SpaceX para levar astronautas à Lua
A Nasa selecionou a companhia SpaceX, para a próxima missão tripulada à Lua, anunciou, dia 16 de abril de 2021, a agência espacial americana. “Estamos todos muito emocionados em anunciar que escolhemos a SpaceX para continuar com o desenvolvimento de nosso sistema de pouso humano integrado”, declarou Lisa Watson-Morgan, chefe do programa de Sistema de Aterrissagem Humana da Nasa, em coletiva de imprensa.

Seleção
A empresa SpaceX, fundada em 2002, venceu o concurso com o protótipo da nave espacial Starship, concebida para transportar grandes tripulações e cargas em viagens espaciais de longa distância. O veículo está sendo testado nas instalações da SpaceX no sul do Texas, mas as quatro tentativas de voo até agora terminaram em explosão. O contrato de 2,9 bilhões de dólares é a mais importante vitória da SpaceX e reforça a posição da empresa como parceira privilegiada da Nasa. Em 2020, a companhia se tornou a primeira empresa privada a enviar com sucesso uma tripulação à Estação Espacial Internacional. No concurso, a SpaceX concorreu com a empresa Blue Origin e a empreiteira de defesa Dynetics. Tornou-se a única escolha da Nasa para o programa – uma ruptura surpreendente com as práticas anteriores da agência espacial, que normalmente escolhe várias empresas a fim de se prevenir caso uma delas venha a falhar.

Última viagem à Lua
A última missão tripulada à Lua, com a Apollo 17, aconteceu em dezembro de 1972, três anos depois da chegada do homem à sua superfície, com a missão Apollo 11. Já estiveram na Lua 12 astronautas americanos, sendo dois deles civis: o engenheiro Neil Armstrong e o geólogo Harrison Schmitt – o primeiro e o último entre homens que pisaram em solo lunar, respectivamente.

Artemis
Em maio de 2019, a Nasa anunciou que a próxima missão lunar tripulada, ainda sem custos contabilizados, se chamaria Artemis, que, na mitologia greco-romana, era a irmã gêmea de Apolo e deusa da caça e da Lua. Dois meses antes, o governo do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já tinha antecipado em quatro anos, para 2024, o regresso de astronautas americanos à Lua, incluindo a primeira mulher. Os planos da Nasa são de transportar quatro astronautas a bordo de uma cápsula Orion, usando um foguete de seu Sistema de Lançamento Espacial. A Orion se acoplará, então, a uma estação orbital na Lua, chamada Gateway. Lá, a Starship esperará para receber dois membros da tripulação para a etapa final da viagem até a superfície da Lua. Os astronautas pousarão no polo sul do satélite, onde há gelo nas suas crateras e, portanto, condições para ter potencialmente água em sua forma líquida.


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domingo, 18 de abril de 2021

Especial de Domingo

Voltamos a estudar a trajetória de Edu Chaves, um dos pioneiros da aviação brasileira.
Boa leitura.
Bom domingo!

Edu Chaves

Eduardo Pacheco Chaves, conhecido como Edu Chaves, (São Paulo, 18 de julho de 1887 — São Paulo, 21 de junho de 1975) foi um aviador brasileiro, pioneiro nas ligações aéreas entre São Paulo e Santos; São Paulo e Rio de Janeiro, e também entre o Rio e Buenos Aires.

Filho de Elias Pacheco Chaves e de Anésia da Silva Prado, antiga família de cafeicultores, nasceu em um casarão da rua de São Bento, na cidade de São Paulo.

Fascinado pela aviação, vai para a França com o propósito de tornar-se piloto. Em 28 de julho de 1911 adquire seu "brevê" de piloto da Federation Aeronautique Internacionale a bordo de um aparelho modelo Bleriot de 25 HP.

Ainda na França, foi o primeiro aviador a realizar voos noturnos. Voou nos céus do Brasil no dia 8 de Março de 1912, na cidade de Santos. Nesta época teve a oportunidade de voar em companhia do aviador francês Roland Garros na breve estadia deste no Brasil.

Criou a primeira escola de aviação do país em Guapira, São Paulo, onde empregou aviões trazidos da Europa.

Por suas proezas aéreas, mereceu o epíteto de "Bandeirante do Azul" e, por ordem cronológica, é considerado o 3º aviador do Brasil, precedido por Santos-Dumont e Jorge Möller.

UM VOO PIONEIRO
Desde princípios da segunda década do século XX - quando o avião se transformou num esporte elegante - as proezas dos mais destemidos aviadores passaram a assombrar o mundo.

Existiam até pilotos europeus que percorriam os países da América do Sul, atraindo verdadeiras multidões, que pagavam para assistir a suas façanhas aéreas em circuitos fechados.

Naquele tempo, a aviação começava a engatinhar no Brasil através de experiências aviatórias, consideradas como verdadeiros espetáculos públicos, tal era o interesse que despertavam no povo.

E eram poucos os brasileiros que podiam praticar tal esporte, considerado sofisticado, uma vez que era necessário o brevet através de curso na França e os próprios aparelhos, que também tinham que ser adquiridos na Europa.

Edu Chaves e o monoplano Bleriot na praia do Gonzaga, em 1912
Foto: coleção do comendador Amadeu da Silveira Saraiva
O entusiasmo pela aviação - a exemplo dos países europeus - repercutia de Norte a Sul do País. Era a chamada "época heróica da aviação"

Foi assim que o governo paulista veio a instituir um prêmio de 30 mil réis (isso em 1912) ao primeiro piloto que conseguisse voar entre São Paulo-Santos-São Paulo. Esse prêmio oferecido - bem gordo para a época - atraiu a atenção dos adeptos da aviação, inclusive do famoso ás da aviação francesa Roland Garros, que já havia levado a cabo a primeira travessia aérea do Canal da Mancha em 1910, ao lado de Bleriot.

Uma vez inscrito, Garros procurou logo preparar o seu aparelho Bleriot para tentar realizar o raid proclamado. Outro aviador, que se interessou pela prova, foi o brasileiro Edu Chaves, de renome internacional, devido às suas façanhas aéreas na Europa, onde fora brevetado em 1911.

Aconteceu que o aeroplano de Roland Garros, que estava com uma peça desgastada, não oferecia condições de concretizar o ousado voo através da Serra. E, apesar da tentativa de adquirir uma outra peça, não conseguiu consertar o avião.

Já estava prestes a desistir, quando o piloto brasileiro, que tinha um aparelho idêntico - embora sendo competidor, mas na condição de amigo -, ofereceu ao francês uma peça original que havia recebido da Europa.

Correspondendo ao cavalheirismo do rival e agradecendo ao mesmo tempo a sua nobre atitude, Garros convidou Edu para participar da segunda parte do raid, uma vez que o brasileiro tinha uma bússola e podia manter o rumo certo, principalmente sobre a Serra do Mar.

A prova foi realizada no dia 9 de março de 1912, e o monoplano Bleriot, pilotado pelo francês Garros, aterrissou na praia, onde foi grande a afluência do público.

Na viagem de regresso, Edu Chaves foi junto com Roland, transportando a primeira carta aérea, enviada pela firma de café Antunes dos Santos & Cia. e endereçada ao Sr. Gabriel Corbsier, de São Paulo, com o seguinte texto:

Temos a satisfação de cumprimentar V. Sa. por intermédio do nosso amigo Eduardo Chaves, arrojado aviador, que causou assombro à população de Santos, nas suas ascensões, assim como o notável aviador sr. Garros. Certos da feliz travessia Santos-São Paulo, nos regozijamos por tão ousada iniciativa.

Apesar da espessa neblina que cobria todo o trajeto, o Bleriot, com Garros e Chaves a bordo, chegou em São Paulo, tendo aterrissado no Parque Antártica.

TEM QUE SER AGORA!
Edu Chaves herdeiro de tradicional família de plantadores de café, atraído pelo fascínio da aviação, foi para a França em 1911, onde, a 28 de julho do mesmo ano, voando num pequeno Bleriot, de 25 HP, ganhou o seu brevet de piloto aviador conferido pela Federation Aeronautique Internacionale, tornando-se, assim, o primeiro brasileiro a se diplomar na escola de Etapes.

A exemplo de Alberto Santos Dumont, Edu Chaves também deslumbrou os franceses com as suas proezas aéreas, tornando-se o primeiro aviador a fazer uma travessia noturna. Foi a 31 de outubro daquele mesmo ano de 1911, que o aviador paulista consagrou-se definitivamente ao conquistar o "Prix des Escales", após concretizar uma travessia noturna entre Paris e Orleans, numa prova em que o piloto tinha que realizar o maior número de voos entre as duas cidades.

Dessa forma, conseguiu fazer vinte e sete escalas, cobrindo um percurso de 1.000 quilômetros, causando a admiração geral, uma vez que, durante a prova, procurava orientar-se para não perder o rumo, servindo-se dos sinais luminosos de uma ferrovia.

De volta ao Brasil, Edu trouxe vários aviões encaixotados, organizando então uma escola de aviação na região de Guapira, em São Paulo, tornando-se igualmente o primeiro aviador brasileiro a voar nos céus do nosso país - fato que ocorreu em Santos, no dia 8 de março de 1912, quando sobrevoou a Praia do José Menino pilotando um Bleriot, de 50 HP, que trouxera da Europa e fora descarregado de um navio no porto local, naquele mesmo dia.

Após acompanhar o desembarque do pequeno aeroplano, Edu transportou-o até a praia, onde, sob o olhar curioso dos banhistas, começou a montar o aparelho. Quando terminou a montagem, entrou no Bleriot, acionou o motor, deslizou pela praia e alçou voo debaixo dos aplausos de centenas de pessoas que se encontravam no local. Depois de algumas evoluções sobre a baía de Santos, aterrissou tranquilamente na areia da praia, onde foi cercado pelos curiosos que desejavam ver de perto o seu aparelho voador.

O intrépido aviador Edu Chaves, que veio a falecer no dia 21 de junho de 1975, em São Paulo, aos oitenta e oito anos de idade, deixou escrito, com letras de ouro, páginas imortais na história da Aviação Brasileira, ficando guardada para sempre uma frase que disse às vésperas de uma prova difícil, com todo o arrojo e coragem que lhe era peculiar: "Voar amanhã não vai dar graça. Tem que ser agora".

Texto: Livro Episódios e Narrativas da Aviação na Baixada Santista, do jornalista e pesquisador J.Muniz Jr. Edição comemorativa da Semana da Asa de 1982, Gráfica de A Tribuna, Santos/SP.

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sábado, 17 de abril de 2021

Carreiras na Aviação

Nova turma da EPCAR teve aula inaugural
A Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR) realizou em Barbacena (MG), no dia 12 de abril de 2021, a aula inaugural da nova turma do Curso Preparatório de Cadetes do Ar (CPCAR). A palestra foi ministrada pelo Tenente-Brigadeiro do Ar Luis Roberto do Carmo Lourenço e contou com a presença de Major-Brigadeiro do Ar Ricardo Reis Tavares, Major-Brigadeiro do Ar Marcos Vinicius Rezende Mrad e do Brigadeiro do Ar Paulo Ricardo da Silva Mendes.

Futuros pilotos
Devido ao distanciamento social, em decorrência da pandemia da Covid-19, alguns alunos participaram por videoconferência. “…A ligação da EPCAR com a missão da Força Aérea é mais do que direta, porque para cumprir a missão de defender o espaço aéreo e integrar o território nacional, dentre várias outras necessidades, precisamos do piloto e do avião e o piloto está começando a ser formado aqui. As missões que a FAB cumpre são complexas e exigem comprometimento, profissionalismo, sacrifícios e, às vezes, até riscos…”, disse o Brigadeiro do Ar Paulo Ricardo. Ele agradeceu ao oficial palestrante por sua carreira e motivação. 

Fonte: Barbacena Online, via FAB

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sexta-feira, 16 de abril de 2021

Espaço

1° satélite de madeira pode entrar em órbita ainda em 2021
O primeiro satélite de madeira do mundo poderá entrar em órbita ainda em 2021, de acordo com a previsão de estudantes da Finlândia. O projeto chamado WISA WOODSTAT pretende enviar um pequeno satélite para o espaço com uma cobertura feita de madeira compensada. O satélite, que foi construído por estudantes da Finlândia, pode chegar ao espaço, ainda este ano, a bordo de um foguete da Rocket Lab. “O nosso objetivo é colocar o primeiro satélite de madeira na órbita da Terra até ao final de 2021”, escreveu a equipe responsável pelo projeto em mensagem no Twitter. A equipe é financiada pela empresa WISA, do segmento da madeira compensada, e utilizará uma tecnologia de comunicação por rádio capaz de ser captada por um simples receptor de baixa potência.

Fonte: www.renovamidia.com.br , em 14/04/2021

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quinta-feira, 15 de abril de 2021

Pioneiros

EUCLIDES PINTO MARTINS
Na tentativa de provar a viabilidade da rota aérea ligando as Américas (norte e sul), o cearense Euclides Pinto Martins (15/4/1892-12/4/1924) e o piloto americano Walter Hilton, iniciaram em 4 de setembro de 1922 saindo da Flórida, o primeiro voo dos EUA para o Brasil, na façanha que seria conhecida como rota Nova York-Rio de Janeiro, pois a primeira tentativa sem êxito havia saído do rio Hudson, no mês de agosto do mesmo ano. Os pioneiros pilotando o hidroavião biplano, de 28 metros de envergadura e dois motores "liberty" de 400 hp, cada. Acompanhados por um jornalista e um cinegrafista, decolaram uma máquina de oito mil quilos, criado na pioneira Fábrica Curtiss. O Sampaio Corrêa II, nome dado ao avião, para homenagear o senador e presidente do aeroclube do Rio de Janeiro, atravessou a América Central e em primeiro de dezembro pousou no rio Canani, no Pará, ao norte da foz do rio Amazonas, dirigindo-se para a Ilha de Maracá, Belém e Bragança aonde por força de um temporal pousou no rio Caeté. Três dias depois decolou de Bragança para São Luís do Maranhão. Em 19 de dezembro amerissou em Camocim, terra natal de Pinto Martins.
O grande aviador foi muito homenageado, mas seguindo viagem para completar a missão decolou em direção a Aracati. Chegando a Fortaleza o Sampaio Corrêa II por dificuldade de amerissagem nas agitadas águas da enseada do Mucuripe, sobrevoou a cidade por alguns minutos e seguiu de volta a Aracati, onde pernoitou e partiu no dia seguinte para Natal. Mal viajando 50 milhas o motor começou a apresentar problemas o que levou ainda em terras potiguares um pouso não planejado na Baía Formosa, perto de Canguaretama, chegando em Recife, sofreu consertos e recebeu um novo motor. No dia oito de fevereiro de 1923, precisamente às 11h32min, o Sampaio Corrêa II foi avistado sobrevoando a Baía de Guanabara. Ao pousar foram recebidos na lancha Independência do Ministério da Marinha. Pinto Martins aos 31 anos entrava para a história dos pioneiros da aviação brasileira. Em 13 de maio de 1952 o Aeroporto de Fortaleza recebia o seu nome, eternizando numa justa homenagem o cearense que levou longe o nome de seu País.

Fonte: Jornal O Povo, Fortaleza,Ceará, em 28/5/2006.

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quarta-feira, 14 de abril de 2021

Tráfego Aéreo

Nova metodologia centraliza o processamento de planos de voo
O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) ativou, dia 11 de abril de 2021, o projeto de Centralização de Planos de Voo, com a finalidade de consolidar, em um sistema único, o trâmite de todas as mensagens que visam a utilização do espaço aéreo brasileiro, possibilitando, assim, aprimorar a consistência dos dados e proporcionar um adequado planejamento estratégico, operacional e tático. O foco do projeto é a padronização de um caminho único para todas essas mensagens, buscando uma validação segura e automatizada por meio do Sistema Integrado de Gestão de Movimentos Aéreos (SIGMA).

Fluxo
O Centralizador de Planos de Voo é um módulo do SIGMA que trará maior apoio ao serviço de gerenciamento de fluxo de tráfego aéreo prestado pelo CGNA (Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea), organização que permite, a partir das intenções de voo, a harmonização do fluxo de tráfego. O fato de todos os planos de voo e mensagens associadas serem obrigatoriamente submetidos ao Centralizador traz mais eficiência e segurança e permite um planejamento completo e automatizado.

Empresas aéreas
O sistema conta também com a funcionalidade de envio de planos em lote por parte das empresas aéreas, possibilitando uma integração entre os sistemas dessas empresas e o centralizador de planos de voo. Visando ainda uma maior confiabilidade para o usuário, o projeto inclui funcionalidades como um código alfanumérico para identificação única de cada plano (IDPLANO), assegurando a rastreabilidade da informação em todo o sistema.

ICEA
A Centralização do Plano de Voo também trará confiabilidade e disponibilidade do sistema 24 horas por dia, por meio do novo Centro Reserva concebido no Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), em São José dos Campos (SP). Esse Centro operará em paralelo com as mesmas capacidades de processamento do centro principal.