NINJA - Saiba mais:

quinta-feira, 31 de maio de 2018

Datas Especiais

31 de maio:
Dia do comissário de voo
O Dia Internacional do Comissário de Bordo, também conhecido por Comissário de Voo, é comemorado anualmente em 31 de maio. A data homenageia os comissários de bordo, também chamados de aeromoças e aeromoços, responsáveis por tornar as viagens de avião mais agradáveis e seguras para todos os passageiros. São profissionais treinados para atender a todas as situações que possam ocorrer durante os voos. A origem do Dia Internacional do Comissário de Bordo homenageia a criação da Internacional Flight Attendants Association - IFAA (Associação Internacional dos Comissários de Voo), criada em 31 de maio de 1973, ao final do Congresso dos Comissários de Voo - Concov. O Dia do Comissário de Bordo foi oficializado em 1986.

A primeira comissária
Os serviços de bordo em voos comerciais, até 1930, eram efetuados por copilotos e pilotos da própria viagem. Os aviões daquele tempo não eram pressurizados, voavam baixo, em ar turbulento e eram muito barulhentos. Nessa época surge Ellen Church, mulher americana que tinha o sonho de ser piloto de avião mas não foi aceita pela empresa Boeing Air Transport, pois não era permitido na época. Mas ela não era uma pessoa de desistir do sonho de estar presente e trabalhar na aviação, pensou como poderia fazer algo diferente e percebeu que devido à precariedade de estrutura das aeronaves em voo e que por consequência geravam muita insegurança e sofrimento das pessoas quando voavam, ela poderia ser muito útil e também realizar seu sonho.

Pioneirismo
Um dia ao sair do trabalho decidiu novamente passar na Boeing e perguntar se tinha vaga de emprego disponível e foi informada de que seria contratado um funcionário para prestar assistência aos passageiros dentro do avião. Ouvindo isso e por ter a formação de enfermeira, decidiu propor a Steve Simpson da empresa que não aceitou que trabalhasse como pilota, que colocassem enfermeiras a bordo para cuidar dos passageiros e isso seria um fator positivo, traria calma as pessoas que tinham receio e medo de avião. Ela venceu, foi contratada em 1930 como chefe de pessoal navegante comercial, por um período de experiência de 3 meses. Com sua contratação e muita dedicação, Ellen foi primordial na construção da imagem de mais segurança e conforto na aviação, os passageiros sentiram-se mais amparados e seguros. Mas isso não foi o fato mais importante conquistado por essa mulher destemida e desafiadora. Ellen abriu as portas da aviação para as mulheres trabalharem, serem aceitas e terem uma nova opção de trabalho. Ela quebrou o monopólio masculino na aviação.

Sky girls
Atualmente 59% dos comissários de bordo são mulheres.Com o sucesso do trabalho de Ellen a empresa decidiu contratar mais 7 comissárias de bordo que na época foram chamadas de “Sky Girls” (meninas do céu). Nesse período também teve início a padronização física da profissão.Sem estar escrito em nenhum manual ou regra, foram determinadas algumas características quanto a peso, altura, idade. Elas precisavam ser atraentes, pelo menos aos olhos do responsável pela contratação. A Boeing planejava uma jogada de marketing ao introduzir comissárias nas suas tripulações, para atrair mais passageiros. O primeiro voo das comissárias, com Ellen a bordo, ocorreu em 15 de maio de 1930, entre Oakland, Califórnia para Chicago, durou 20 horas, com nada menos que 13 escalas. A vida das comissárias pioneiras não era nada simples e fácil nessa época, elas tinham que recolher saquinhos de vômito, verificar pressão arterial dos passageiros, ajudar a reabastecer a aeronave, conferir os bilhetes de passagem, consertar assentos quebrados durante o voo e ajudar os pilotos a empurrar o avião para dentro do hangar, no final da jornada. Com a experiência foi bem sucedida e o sonho de Ellen realizado outras empresas aéreas logo imitaram a iniciativa. Como contratar exclusivamente mulheres não era o ideal, muitos homens também foram contratados, especialmente nas empresas europeias, e pouco tempo depois deixou-se de exigir a qualificação de enfermagem para o exercício da profissão. A exigência de baixa estatura e baixo peso, no entanto, perdurou até que as empresas começassem a usar os jatos, no final da década de 1950.

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Força Aérea

FAB transporta 16 toneladas de medicamentos para minimizar desabastecimento
Duas aeronaves C-130 Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB) decolaram, na tarde da segunda-feira, 28 de maio de 2018, do Galeão (RJ), para transportar 16 toneladas de remédios de Montes Claros (MG) para Recife (PE). A missão aconteceu em apoio ao Ministério da Saúde, com objetivo de minimizar os efeitos do desabastecimento provocado pelas manifestações em todo o país. A primeira aeronave pousou na cidade mineira por volta de 18h25 e militares do 55º Batalhão de Infantaria do Exército Brasileiro ajudaram no carregamento do avião. Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) – Esquadrão Coral – foi acionado para a missão que, segundo nota do Ministério da Saúde, visa a “dar continuidade aos atendimentos de urgência e emergência, hospitais, transporte sanitário, rede de hemoderivados e insumos, rede assistencial, entre outros, durante paralisação dos caminhoneiros”. Segundo o Ministério da Saúde, todos os estados estão sendo acompanhados e as demandas, mapeadas para atendimento das necessidades com o apoio das forças federais, estaduais e municipais.

Fonte: FAB

terça-feira, 29 de maio de 2018

Segurança de Voo

Simpósio de Segurança de Voo, em São José dos Campos, SP

07 a 09 de agosto de 2018

O IPEV - Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo, do DCTA - Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, com sede em São José dos Campos (SP), realizará o XI Simpósio de Segurança de Voo, de 07 a 09 de agosto de 2018. As inscrições estão abertas. O evento ocorrerá dentro do campus do DCTA, no auditório B do ITA - Instituto Tecnológico de Aeronáutica.

Inscrições: www.ipev.cta.br/ssv

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Embraer

Agências certificam centro de serviços de Sorocaba para o E190-E2
O Centro de Serviços da Embraer, em Sorocaba (SP), recebeu a certificação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA, na sigla em inglês) para realizar manutenções do jato E190-E2, homologando a unidade a oferecer suporte aos clientes brasileiros e europeus. Sorocaba é o primeiro centro de serviços da Embraer no mundo a ser autorizado e homologado a realizar manutenções nas aeronaves E2 em operação, tanto manutenções básicas como mais complexas. Técnicos foram treinados e estão qualificados para esta operação. “Esta especificação operativa para o Centro de Serviços de Sorocaba nos possibilita prestar todo o suporte na operação de nossos clientes e também às aeronaves em processo final de entrega na Embraer”, afirmou o gerente-geral do Centro de Serviços e FBO Brasil, Everton Vicente de Lima. O Centro de Serviços de Sorocaba é dedicado à Aviação Executiva e ampliou seu portfólio de serviços para atender às demandas da nova geração de jatos da empresa. Com quatro anos em operação, o centro oferece serviços de manutenção, reparo e revisão (conhecido na indústria como MRO), para todas as famílias de jatos executivos da Embraer, além do FBO (Fixed Base Operator), base de operação de chegadas e saídas de aeronaves executivas. Os E-Jets E2 têm 280 pedidos firmes, além de cartas de intenção, opções e direitos de compra, o que totaliza mais de 700 compromissos de companhias aéreas e empresas de leasing.

domingo, 27 de maio de 2018

Especial de Domingo

Publicamos novamente conteúdo sobre o maior complexo de ensino técnico da América Latina: a Escola de Especialistas de Aeronáutica – EEAR.
Boa leitura.
Bom domingo!

A Escola de Especialistas de Aeronáutica

O maior complexo de ensino técnico da América Latina é a Escola de Especialistas de Aeronáutica–EEAR, instalada em Guaratinguetá, estado de SP. As especialidades dos formandos pela EEAR são Controle de Tráfego Aéreo, Eletricidade e Instrumentos, Eletrônica, Equipamento de Voo, Meteorologia, Suprimento, Comunicações, Estrutura e Pintura, Fotointeligência, Mecânica de Aeronaves, Material Bélico, Administração, Cartografia, Desenho, Eletricidade, Enfermagem, Informações Aeronáuticas, Laboratório, Música, Pavimentação, Radiologia, Sistema de Informação, Topografia, Eletromecânica, Guarda e Segurança, Metalurgia, Obras.

A Escola de Especialistas de Aeronáutica é a Organização do Comando da Aeronáutica, subordinada à DIRENS - Diretoria de Ensino do COMGEP - Comando Geral do Pessoal, que tem por finalidade a formação e o aperfeiçoamento de Graduados da Aeronáutica. São atribuições da EEAR:
- a formação militar, cívica, intelectual e moral dos alunos matriculados nos cursos e estágios atribuídos;
- a elaboração e a execução dos planos e programas relativos ao ensino e às atividades a serem desenvolvidas; e
- o cumprimento das atribuições emanadas do DIRENS referentes aos concursos de admissão aos cursos e estágios que lhe são atribuídos.

Além do CFS – Curso de Formação de Sargentos, a Escola de Especialistas proporciona outros cursos e estágios:
EAGS - Estágio de Adaptação à Graduação de Sargento,
CAS – Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos,
CPI – Curso de Preparação de Instrutores,
CPE – Curso de Prática de Ensino,
CAICB – Curso de Adaptação ao Idioma e à Cultura Brasileira,
EEMESP – Estágio Especial para Mudança de Especialidade,
CEMASFA - Curso Especial de Mecânica de Aeronaves para Sargentos das Forças Auxiliares,
EAGTS/QESA Estágio de Adaptação à Graduação de Terceiro-Sargento / Quadro Especial de Sargentos,
EAGST / QTA Estágio de Adaptação à Graduação de Sargento de Taifa / Quadro de Taifeiros.

DISCIPLINA, AMOR E CORAGEM

“Disciplina, Amor e Coragem”. Este é Código de Honra do Aluno Especialista da Aeronáutica e a abrange um segmento dos valores morais e éticos constituintes dos fundamentos da vida militar. É composto dos preceitos básicos a serem desenvolvidos e professados consciente e concretamente pelos alunos, como forma objetiva de se prepararem para o atendimento das exigências a que serão submetidos na carreira.

O preceito Disciplina significa a obediência às regras e aos superiores. A vida militar, com suas peculiaridades da caserna, tem como pilar o binômio disciplina e hierarquia.

O preceito Amor é concebido como amor a Deus, amor à Pátria, amor à instituição, amor para consigo mesmo e amor à família.

O preceito Coragem é, por excelência, uma virtude militar. É um estado de espírito que nos leva a enfrentar conscientemente o perigo, mercê dos obstáculos, das dificuldades e do medo que possamos ter. Trata-se de um misto de energia, espírito de decisão, persistência pelo objetivo, integridade e resolução em prol da Pátria, em todas as condições e ocasiões.

O aluno da Escola de Especialistas de Aeronáutica é a razão maior da existência da EEAR e é a praça especial que, por sua capacidade intelectual, qualidade moral e senso de Patriotismo, forma com seus pares uma tropa de elite da Força Aérea Brasileira.

O ingresso na EEAR, para o curso de formação de sargentos, ocorre por intermédio de aprovação em concursos para homens e mulheres, dentro de determinadas condições especificadas em edital, que tenham completado, no ato da matrícula, o ensino médio regular. São jovens de todos os cantos do País que escolheram tornarem-se Sargentos Especialistas da Aeronáutica e que, na cidade de Guaratinguetá, SP, buscam atingir essa meta por meio de muito estudo e dedicação. A partir do momento de sua apresentação na Escola, o jovem é acolhido e passa a participar das atividades de instrução previstas para seu curso ou estágio.


HISTÓRICO
Com a criação do Ministério da Aeronáutica, em 20 de janeiro de 1941, todos os estabelecimentos, instalações, órgãos e serviços referentes à atividade de Aviação no Brasil, até então subordinados aos Ministérios da Guerra, da Marinha e da Viação e Obras Públicas, passaram a pertencer ao novo Ministério, com a transferência imediata do pessoal e material.

A organização e a expansão do novo Ministério e da Força Aérea Brasileira mostraram ser necessário intensificar o preparo do pessoal e, consequentemente, reorganizar os estabelecimentos de ensino herdados das Aviações da Marinha e do Exército, cuja duplicidade cabia ser eliminada. Neste sentido, em 04 de março de 1941, foram baixadas instruções sobre a formação dos sargentos especialistas para a Aeronáutica, a qual seria feita, inicialmente, em uma única escola, que deveria funcionar na ex-Escola de Aviação Naval, na cidade do Rio de Janeiro. Assim, a Escola de Aviação Naval e a Escola de Aviação Militar foram extintas e criada, em 25 de março de 1941, a Escola de Especialistas de Aeronáutica, sediada na Ponta do Galeão, Ilha do Governador - RJ.

Em decorrência das dificuldades surgidas com a II Guerra Mundial, agravadas pela entrada do Brasil no conflito, e com o crescimento da Força Aérea, verificou-se a necessidade de incrementar a formação de técnicos, em número suficiente para atender à demanda crescente. A Escola de Especialistas de Aeronáutica, situada na Ilha do Governador - RJ, não tinha condições de, em curto espaço de tempo, estruturar-se para formar a quantidade de pessoal necessária para manter a infra-estrutura e operar a Força, tanto internamente como fora do Território Nacional.

Como solução imediata, muitos militares e civis foram enviados aos Estados Unidos para que, através de cursos, pudessem satisfazer às necessidades mais prementes das FAB. Esta solução, contudo, começou a sofrer restrições por ser muito onerosa. Após novos estudos, decidiu-se por contratar a "Organização John Paul Ridle Aviation Tecnical School", a qual instalou no Brasil, na cidade de São Paulo, uma Escola Técnica de Aviação - ETAv, com todo o acervo, incluindo técnicos, professores e administradores. A ETAv passou a complementar a formação de especialistas, suprindo as carências então verificadas.

Com o término das hostilidades, embora a necessidade de técnicos para manter as diversas unidades criadas ainda fosse grande, houve certa estabilização na formação de pessoal. Verificou-se, então, que já não era necessário existirem duas escolas com a mesma finalidade e que, consequentemente, estava havendo dispersão de meios. Como solução, houve a fusão das duas Escolas, nascendo em 1950, com sede em Guaratinguetá - SP, a atual Escola de Especialistas de Aeronáutica – EEAR, instalada em terras da antiga Escola Prática de Agricultura e Pecuária, doadas ao Ministério da Aeronáutica em 05 de maio de 1950.

A mudança para essa nova sede foi feita durante os anos de 1950 e 1951, progressivamente, à medida que os prédios foram sendo construídos ou adaptados para suas novas finalidades. Ressalte-se que, em virtude de obras à época, na atual Escola Preparatória de Cadetes do Ar – EPCAR (Barbacena – MG), o 1º ano da 2ª Turma daquela Escola iniciou sua instrução em Guaratinguetá, no Destacamento da Escola de Especialistas, até poder instalar-se adequadamente em Barbacena. Grandes foram as dificuldades apresentadas nessa fase de mudança da Escola de Especialistas para a nova sede. Entretanto, as dificuldades foram superadas e a instalação definitiva em Guaratinguetá, em obediência aos planos elaborados pelas autoridades da FAB, foi realizada sem esmorecimento de qualquer espécie, sendo todo o processo realizado sem interrupção da vida escolar.

Até hoje, preserva-se, historicamente, parte das instalações da antiga Escola Prática de Agricultura e Pecuária, identificada por um painel de azulejos, aposto na parte frontal e superior do Pavilhão Prefeito André Broca Filho (homenagem ao obstinado político que envidou esforços para trazer a Aeronáutica para a cidade de Guaratinguetá), sede atual da Divisão de Ensino da EEAR, em frente ao Prédio do Comando. A EEAR ocupa, atualmente, um espaço de aproximadamente 10 milhões de metros quadrados, com uma área construída superior a 119 mil metros quadrados, contendo 93 prédios administrativos e 416 residências. É carinhosamente conhecida como Berço dos Especialistas.

Texto: Adaptado pelo NINJA – Núcleo Infantojuvenil de Aviação, a partir do conteúdo do site da EEAR.

sábado, 26 de maio de 2018

Aeronaves

Hércules C-130J, o concorrente do Embraer KC-390

O principal concorrente do jato de transporte KC-390 da Embraer é o C-130J Super Hercules. Designado para ser uma atualização do lendário C-130 Hercules, o desenvolvimento do programa sofreu em função do excessivo otimismo, das limitações da célula anterior e de inesperadas surpresas que poderiam ter sido previstas. Por se tratar de uma iniciativa privada, o programa foi totalmente custeado pela fabricante em seu início e algumas etapas do processo foram encurtadas para se economizar tempo e dinheiro. O que se viu posteriormente foi uma sequência de atrasos e duplicidade de testes e ensaios. O que salvou o programa foi a reputação do projeto original e a ausência de outra aeronave no mercado Ocidental com características semelhantes. Com o fim da divisão dos países em dois blocos geopolíticos, aeronaves que anteriormente eram exclusividade das nações alinhadas com a União Soviética passaram a ser oferecidas ao Ocidente. Dentre estas aeronaves estavam aquelas que ocupavam o mesmo nicho de mercado do C-130 produzido pela Lockheed Martin. Em 1990, o mundo dava os seus primeiros passos rumo à navegação por satélite de forma generalizada e os painéis “glass cockpit” começavam a permear as cabines de muitos aviões (civis e militares).

Cockpit
Com base nas informações coletadas junto aos usuários do C-130, a fabricante da aeronave entendeu que deveria manter a robustez da estrutura, atualizar o grupo propulsor e reprojetar um novo cockpit com painéis e sistemas (principalmente de navegação e comunicação) de última geração. O painel que a Lockheed projetou para o “Super Hercules” possuía quatro telas (sendo apenas uma para cada piloto), além de dois HUD. A grande dificuldade foi provar para a FAA que o HUD seria uma das telas primárias de dados de voo, pois até então não existiam aeronaves civis certificadas desta maneira. Uma das exigências da FAA era a duplicidade dos dados mostrados em cada um dos HUD. Ambos os HUD estão vinculados ao mesmo barramento 1553B (barramento padrão militar) e, portanto, podem atuar independentemente. A Lockheed simplesmente introduziu um switch que permite ao segundo piloto ver o que o primeiro piloto está monitorando caso ele deseje.

Estrutura
Estruturalmente o C-130J é basicamente a mesma aeronave que entrou em operação na década de 1950 (Ver imagem acima mostrando aviões de versões anteriores – hélices de quatro pás). De certa forma isso acabou gerando contratempos para a empresa porque algumas das partes da aeronave não tinham documentação aprovada no sistema da empresa de tão antigas que eram.

Aerodinâmica
Durante a parte dos ensaios em voo relacionados ao comportamento da aeronave em situações de estol, observou-se que o comportamento do C-130J era totalmente diferente dos seus irmãos mais antigos. O fluxo de ar sobre as asas gerado pelas novas hélices de seis pás era o responsável por estas mudanças no fluxo. Os resultados dos ensaios mostraram que soluções aerodinâmicas satisfatórias foram encontradas para determinadas situações específicas, mas para outras não. Por exemplo, situações que envolviam ausência de potência ou potência máxima necessitavam de soluções diferentes que não atendiam a ambos os casos. Estas soluções envolviam o uso de geradores de votex, fendas nas asas e stall strips entre outras. Em função da dificuldade de se encontrar soluções aerodinâmicas satisfatórias e dos atrasos no programa de ensaios em voo a Lockheed optou por instalar um dispositivo chamado stick pusher, muito comum em aeronaves comerciais. O comportamento do fluxo de ar sobre as asas não havia provocado modificações apenas nas condições de estol. Descobriu-se, nas etapas finais do processo de certificação, que o fluxo de ar proveniente da rotação das hélices modificava o processo de formação de gelo nas superfícies da aeronave. O caso mais agudo era na base da deriva. Para contornar este problema introduziu-se um dispositivo anti-gelo distinguível pela cor preta.

Fonte: Poder Aéreo. Texto original de Guilherme Poggio.

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Urgente: Exame da EEAR

Exame de Admissão da EEAR, que seria realizado neste fim de semana, foi adiado
A Força Aérea Brasileira (FAB) informa que o Exame de Admissão ao Curso de Formação de Sargentos da Aeronáutica (CFS) 1/2019 da Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), que seria realizado no próximo domingo (27/05/2018), foi reprogramado para o dia 1º de julho de 2018, permanecendo os mesmos eventos e horários. A mudança ocorre em consequência das manifestações e paralisação dos serviços públicos essenciais, em especial os meios de transporte e de abastecimento, tendo em vista que não há garantia de restabelecimento da normalidade e com fundamento no item 10.4 das Instruções Específicas do referido Exame. "A motivação para o adiamento, por força maior, é a imprescindível garantia do interesse público e o acesso ao Exame em igualdade de condições a todos os candidatos, bem como sua segurança", ressalta o Diretor de Ensino da Aeronáutica, Major-Brigadeiro do Ar Rui Chagas Mesquita. Para mais informações e novo Calendário de Eventos, os candidatos deverão acessar os meios de divulgação previstos no item 1.4.2 das Instruções Específicas: ingresso.eear.aer.mil.br

Fonte: FAB

KC-390

FAB capacita futuros tripulantes do cargueiro KC-390
A Ala 2, em Anápolis (GO), realizou, de 30 de abril a 15 de maio de 2018, o 1° Curso de Emprego da Aviação de Transporte (CEAT). O foco principal foi preparar os tripulantes do Grupo de Implantação da aeronave KC-390, o Grupo Kilo. O CEAT capacitou oficiais e graduados de diversas especialidades em ações de Força Aérea características da tarefa de sustentação ao combate, entre elas, assalto aeroterrestre; evacuação aeromédica; infiltração e exfiltração aérea; transporte aéreo logístico; Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN); salto livre operacional; lançamento aéreo de material; aproximações e decolagens táticas. "Essa capacitação faz parte do processo de preparação operacional dos militares, permitindo o desenvolvimento da concepção operacional e de emprego desse novo vetor, que dará projeção ao poder aeroespacial, como prevê a Doutrina Básica da Força Aérea Brasileira e a Estratégia Nacional de Defesa", explicou o coordenador do curso, Capitão Daniel Elias Souza.

O curso contou com 15 militares das mais variadas aviações que constituem o Grupo Kilo. O Sargento Antônio Agacy Monteiro Cavalcante foi um dos alunos e atuará na aeronave como Operador Especial Nível Três, que tem a função de operar os sensores e fazer o reabastecimento, entre outras coisas. "O curso foi muito importante porque nivelou conhecimento e qualificou sobre as missões da Aviação de Transporte", ressaltou. A primeira aeronave deve ser entregue à FAB no segundo semestre de 2018.

quinta-feira, 24 de maio de 2018

Indústria Aeronáutica

Embraer:
5 décadas e 46 modelos de aviões
Criada em 19 de agosto de 1969, a Embraer é a principal fabricante brasileira de aviões e uma das maiores do mundo. A empresa já produziu ao longo de sua história de quase 50 anos 46 modelos de avião. Em 2018, fabrica 12. No total, já fez mais de 8.000 unidades desde 1969. A empresa nasceu como uma estatal para a produção do turboélice Bandeirante - cujo cinquentenário de seu primeiro voo se comemora em 2018 - desenvolvido pelo Centro Técnico Aeroespacial, e do EMB-326 Xavante, produzido sob licença da italiana Aermacchi. Na década de 1970, a Embraer colocou no mercado mais dois aviões desenvolvidos na empresa. O turboélice pressurizado EMB-120 Brasília, para transporte de passageiros, e o avião militar EMB-312 Tucano, para treinamento e missões de ataque. Ambos foram amplamente utilizados no Brasil e no exterior. Além dos aviões próprios, a Embraer também produzia, sob licença, aeronaves da Piper Aircraft chamados no Brasil de Carioca, Corisco, Tupi e Seneca. A produção desses modelos depois seria transferida para a Neiva, uma subsidiária da Embraer.

Privatização
O momento mais delicado da companhia ocorreu no início da década de 1990. Em meio às turbulências econômicas do país, a empresa reduziu a produção e demitiu funcionários. Em 1994, o governo do presidente Itamar Franco decidiu pela privatização. Sob controle da iniciativa privada, a empresa teve novos investimentos, o que permitiu o desenvolvimento de aviões mais modernos. Em 1995, voava pela primeira vez o jato regional ERJ-135. Foi o início do crescimento da Embraer no mercado mundial de aviação comercial. A família ERJ incluía mais dois aviões, o ERJ-140 e o ERJ-145, com capacidade para mais passageiros. A partir de 1999, o portfólio de aviões comerciais ganhou novo impulso com a família dos E-Jets, que inclui os modelos E170, E175, E190 e E195. Com os novos aviões, a Embraer se transformou na terceira maior fabricante aeronáutica do mundo, atrás apenas das gigantes Boeing e Airbus. A Embraer tem se dedicado ao desenvolvimento da segunda geração dos E-Jets, batizada de E2, com os modelos E175-E2, E190-E2 e E195-E2. Na área de defesa, o principal projeto é o cargueiro militar KC-390, o maior avião militar já desenvolvido pela Embraer, cujos protótipos estão na fase final de testes em voo.

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Indústria Aeronáutica

Parceria Boeing-Embraer resultará em terceira empresa
Depois de meses de negociação, a Embraer deu os primeiros indícios de qual será o modelo de negócio adotado na parceria com a Boeing. A companhia brasileira afirmou em comunicado ao mercado que a possibilidade em estudo é a criação de uma joint venture (terceira empresa) que ficaria responsável por toda a área de aviação comercial da Embraer. Essa joint venture, porém, teria o controle majoritário da Boeing, segundo especulações de mercado. Com isso, restaria à Embraer exclusivamente as áreas de defesa e aviação executiva, além de uma participação minoritária na nova empresa de aviação comercial. A grande questão é saber como ficará a situação financeira da Embraer após o acordo. A área de aviação comercial, que passaria para o controle da Boeing, é responsável por mais da metade do faturamento da brasileira e responde por grande parte do lucro operacional. Nos últimos cincos anos (2013-2017), a aviação comercial respondeu por em torno de 85% do lucro operacional da Embraer e chegou a representar até 57,7% do faturamento da empresa no ano de 2017. As áreas de defesa e aviação executiva, que devem ficar exclusivamente com a Embraer, viveram um período mais instável principalmente nos três anos últimos anos, quando representaram, juntas, menos de 45% do faturamento da Embraer. Em 2017, por exemplo, a área de defesa e segurança foi responsável por 16,3% da receita e a de aviação executiva, 25,6%. Além disso, a área de defesa chegou a operar no vermelho em 2015, enquanto a executiva responde apenas por uma parcela pequena no lucro operacional da companhia.

Fonte: Defesanet, com texto de Jéssica Sant Ana

terça-feira, 22 de maio de 2018

Datas Especiais

22 de maio:
Dia da Aviação de Patrulha

A Aviação de Patrulha é composta por militares com a responsabilidade de vigiar 24 horas por dia uma área de aproximadamente 4,5 milhões de quilômetros quadrados sobre o litoral brasileiro. O Dia da Aviação de Patrulha é comemorado em 22 de maio e faz referência à primeira ação marcada pelo batismo de fogo, com missões de defesa do litoral brasileiro, durante a II Guerra Mundial, quando os militares brasileiros lutaram contra a ideologia nazifascista. Vídeo mostra a evolução tecnológica ocorrida desde 1942 nas atividades de patrulha marítima, vigilância e proteção das riquezas do pré-sal.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Espaço

Grupo faz pesquisa aeroespacial no Ceará
Ainda que a engenharia espacial seja uma realidade distante em Fortaleza, o Grupo de Desenvolvimento Aeroespacial (GDAe) nasceu com o intuito de estudar a ciência e construir foguetes. A ideia surgiu em 2015, quando alguns alunos da Universidade Federal do Ceará (UFC) criaram um grupo para discutir o assunto. Em 2017, sob a orientação do professor e físico por formação Claus Wehmann, virou projeto de extensão. Com 22 integrantes, todos estudantes de cursos de engenharia da instituição, o GDAe funciona dentro de uma casa feita de plástico, localizada no campus do Pici, e que anteriormente abrigava outro projeto.

Projetos do GEDAE
O grupo desenvolveu dois projetos. Um deles é o Thunder, um foguete mais simples que usa um motor de propulsão sólida. O outro é chamado de Projeto Hermes, um fo.guete híbrido capaz de atingir 5.000 metros de altitude, e tido como projeto principal da equipe no momento. Com o projeto do foguete em mãos, eles também pensam em uma missão. A Missão Dragão do Mar foi pensada para o foguete Hermes. "Geralmente as pessoas criam uma missão relacionada ao objetivo desse foguete. E a nossa missão é basicamente lançar um foguete que use tecnologia híbrida, atinja um apogeu de 5 quilômetros e seja lançado do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno. Acho que a gente não vai levar nenhuma carga paga dentro do foguete. A missão se resume a lançar o foguete mesmo, porque, em termos universitários, já é um feito muito grande". A ideia é que a Missão seja finalizada, com o lançamento, ainda em 2018, segundo o relato de Emanuel Santos, estudante de engenharia mecânica. O foguete Thunder utiliza nitrato de potássio e açúcar como combustível. A ideia do grupo é que ele seja lançado entre maio e junho de 2018, em uma área isolada da Fazenda Experimental Vale do Curu, da UFC, em Pentecoste.

domingo, 20 de maio de 2018

Especial de Domingo

A próxima terça-feira, 22 de maio, é o dia da Aviação de Patrulha. Voltamos a publicar conteúdo sobre o tema.
Boa leitura.
Bom domingo!

AVIAÇÃO DE PATRULHA

O calendário da Aeronáutica do Brasil dedica o dia 22 de maio à Aviação de Patrulha. A data relembra o 22 de maio de 1942, quando um avião B-25 da FAB efetuou ataque ao submarino italiano Barbarigo, que havia torpedeado o navio mercante brasileiro Comandante Lira, próximo ao Atol das Rocas.

Em função dos acordos assinados com os EUA, a FAB passou a receber modernos aviões, treinamento, armamento, doutrina, táticas e técnicas de emprego contra submarinos.

Passamos a patrulhar nosso litoral e as principais rotas de comboio. A partir de então, nossas perdas foram diminuindo até que os submarinos inimigos praticamente foram expulsos do Atlântico Sul próximo ao nosso litoral. O Brasil realizou vários ataques, tendo sido confirmado o afundamento do submarino alemão U -199 próximo ao litoral de Cabo Frio.

O Brasil é um país territorial e marítimo, totalmente dependente de suas rotas oceânicas para sua sobrevivência, o que exige permanente vigilância e ação de presença em águas bastante afastadas de nosso litoral somente asseguradas por uma Aviação de Patrulha moderna, eficiente e apta ao cumprimento de suas missões.

Histórico
A primeira Unidade Aérea de Patrulha que se tem registro no Brasil foi a Primeira Flotilha de Bombardeio e Patrulha, criada na Aviação Naval em 1931. O Sétimo Grupo de Aviação tem suas origens nos Grupos de Patrulha (GP), implantados em fevereiro de 1942, quase um ano após a criação do Ministério da Aeronáutica e da Força Aérea Brasileira, esta pela absorção da Aviação Naval e da Aviação do Exército.

Durante a Segunda Guerra Mundial, devido aos ataques de submarinos alemães e italianos contra navios mercantes brasileiros, a FAB começou a empreender missões de patrulha empregando todos os meios aéreos disponíveis na época.

Ao término da Segunda Guerra Mundial, a FAB possuía uma Aviação de Patrulha de mesmo nível operacional e com aviões idênticos aos empregados pela Aviação Naval da Marinha Americana.

Seguindo a nova organização da Força Aérea Brasileira, no dia 24 de março de 1947 foi criado o Sétimo Grupo de Aviação (7º GAv), sediado em Salvador, na Bahia.


O 7º Gav operou inicialmente aeronaves Lockheed PV-1 Ventura e PV-2 Harpoon, recebendo em seguida os North American B-25J Mitchell. No dia 30 de dezembro de 1958 chegaram treze aviões Lockheed P-15 Netuno para formar um Grupo Anti-Submarino, iniciando suas operações em 1959 e voando até o dia 03 de setembro de 1976.

Atualmente a Força Aérea Brasileira tem quatro esquadrões de Patrulha, que compõem o 7º GAv, todos subordinados à Segunda Força Aérea (II Fae). O objetivo é realizar missões de esclarecimento e acompanhamento do tráfego marítimo no litoral brasileiro.

O Primeiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (1º/7º GAv - Esquadrão Orungan), sediado em Salvador, na Bahia, foi criado em 8 de novembro de 1947. O Segundo Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (2º/7ºGAv -Esquadrão Phoenix), com base em Florianópolis, em Santa Catarina, foi criado em 11 de setembro de 1981 e ativado em 15 de fevereiro de 1982.

Já o Terceiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (3º/7º GAv- Esquadrão Netuno), sediado em Belém (Pará) foi criado em 27 de setembro de 1990. Em 31 de julho de 1998, criou-se o Quarto Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (4º/7º GAv – Esquadrão Cardeal), baseado em Santa Cruz, no Rio de Janeiro.

Modernização e novos desafios
Os Esquadrões de Patrulha operam a aeronave Bandeirante. O primeiro Embraer EMB-111 Bandeirante Patrulha, designado P-95 na Força Aérea Brasileira, chegou à Base Aérea de Salvador no dia 10 de abril de 1978 sendo utilizado até hoje pelos quatro esquadrões. Para melhor cumprir a missão, as aeronaves P-95 foram modernizadas proporcionando um "upgrade" operacional, com a inserção de modernos instrumentos embarcados, substituição do radar de busca de superfície e painel de controle dos pilotos totalmente digitalizado.

A descoberta da camada do pré-sal e de novas fontes de recursos submersos ao longo de nosso litoral vem transformando a aviação de patrulha em importante elo de defesa dessas riquezas naturais na costa brasileira. Atenta a esses novos desafios que surgem a FAB incorporou à patrulha aeronaves P-3 AM Orion, dotadas de aviônicos de primeira geração.

Patrono da Aviação de Patrulha
MAJOR BRIGADEIRO-DO-AR 
DIONYSIO CERQUEIRA DE TAUNAY

Nascido no Rio de Janeiro, foi admitido na Escola Naval em abril de 1930. Foi declarado Guarda Marinha a 1 de dezembro de 1933. Guarneceu o Navio Escola Saldanha da Gama, em sua viagem inaugural Inglaterara-Brasil. Fez curso de aviador naval, tendo solado em avião De Havilland DH - 82 (Tiger Moth) em 15/09/36. Brevetado, foi servir na 2ª Esquadrilha de Adestramento Militar, onde voou Fairey Mk VIII (Gordon).

No restante de seu tempo na Marinha, voou ainda as aeronaves Wacco CSO, Wacco CJC, Focke Wulf 44J, Focke Wulf 58B e North American 46. Fez as linhas do Correio Aéreo Naval. Já no posto de capitão-tenente, ao qual fora promovido em 1 de junho de 1940, foi incluído na Força Aérea Brasileira em 20/01/41 como Capitão Aviador, com a criação do Ministério da Aeronáutica.

Serviu no Gabinete Técnico do Ministério da Aeronáutica e, com a criação do Agrupamento de Aviões de Adaptação em Fortaleza, em 1942, fez sua transição para os novos aviões que a FAB estava recebendo.

Fez o translado em voo, do EEU para o Brasil, de diversas aeronaves - A primeira como piloto e as outras como Comandante da Esquadrilha:

Vultee BT-15 - Saída de San Antonio, Texas em 23/03/42
North American AT-6C - Saída de San Antonio, Texas em 02/07/43
North American B-25J - Saída de San Antonio, Texas em 26/12/47
Lockheed P-2V-5 (P-15 na FAB) - Saída de Fresno, Califórnia em 17/12/58 comandando uma Esquadrilha de 5 aeronaves para o 1º/7º GAv-B Ae Sv.

Como Capitão serviu no 2º Grupamento de Patrulha na Unidade Volante da Base Aérea do Galeão, onde voou Lockheed A28A (Hudson) e Consolidated PBY-5 (Catalina).

Em 22 de agosto de 1942, o Brasil declarou guerra à Alemanha e à Itália e o 2º Grupo de Patrulha foi das primeiras unidades da FAB a executar missões sobre o Atlântico. O Capitão-Aviador TAUNAY voou 67 missões de Patrulha em aeronaves A-28A Hudson e PBY-5 Catalina.Seu batismo de fogo ocorreu no dia 30 de outubro de 1943, quando fazia uma missão de cobertura aérea de comboio voando um avião Catalina PBY-5. Ao avistar um submarino, ao largo de Cabo Frio, realizou ataque com bombas de profundidade e tiros de metralhadora, tendo enfrentado reação antiaérea.

O Catalina foi atingido no motor, na fuselagem e na empenagem, sendo obrigado a embandeirar a hélice direita. No evento, dois tripulantes foram feridos pelos tiros da artilharia antiaérea: 1º Mecânico 1S QAv Halley Passos e o 2º Mecânico 3S QAv Humberto Mirabelli.

O Ministro da Aeronáutica, pelo Aviso 165, de 13 de novembro de 1943, elogiou a tripulação:

"Tomando conhecimento da parte relativa ao ataque feito a um submarino inimigo, no dia 30 de outubro findo, por um avião da Unidade Volante da Base Aérea do Galeão, tenho grande satisfação em louvar o Capitão Aviador Dionysio Cerqueira de Taunay comandante do avião e sua tripulação pela bravura com que, evidenciando mais uma vez a eficiência da Força Aérea Brasileira, se conduziram no Combate travado e que resultou no afundamento do submarino." (a)Salgado Filho - Ministro da Aeronáutica.

Fontes: Agência Força Aérea e Abrapat

sábado, 19 de maio de 2018

Recreio

Gibi com a Turma da Mônica conta o uso da tecnologia nas Forças Armadas
Acaba de ser lançado o Almanaque “A Turma da Mônica e a Indústria de Defesa Brasileira”. O projeto apresenta de maneira lúdica e divertida o papel da Indústria de Defesa Brasileira e das Forças Armadas para o público infantojuvenil, é de iniciativa do Instituto Brasileiro de Estudos em Defesa Pandiá Calógeras (IBED), pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), em parceria com o Instituto Maurício de Sousa.

Valores
Durante o lançamento do gibi, o Ministro da Defesa Silva e Luna destacou a presença do cartunista Maurício de Sousa, que contribui para o entretenimento infanto-juvenil de várias gerações. “É uma grande satisfação para o Ministério da Defesa apoiar e participar desta iniciativa. Sabemos que toda vez que falamos para as crianças e adolescentes, estamos semeando o futuro”, destacou. Segundo o ministro, esta é mais uma oportunidade para que os valores praticados nas Forças Armadas sejam transmitidos às gerações futuras. “Aproveito para cumprimentar com alegria o senhor Maurício de Sousa e equipe pela inspiração e criatividade de sempre. O produto final superou em muito as nossas expectativas”, pontuou.

O ministro da Indústria, Comércio, Exterior e Serviços, Marcos Jorge, considerou que o Almanaque vai ampliar a percepção de jovens e crianças em idade escolar sobre a importância da Defesa Nacional, do ponto de vista do desenvolvimento industrial, além de abordar tecnologias inovadoras. “É na área de Defesa que as empresas nacionais têm a grande oportunidade de comprovar sua competência tecnológica”, ressaltou.

A história
Crianças do Colégio Militar de Brasília e do Programa Forças no Esporte (PROFESP), foram ao evento e receberam exemplares do almanaque. As aventuras do enredo de “A Turma da Mônica e a Indústria de Defesa Brasileira” se passam no mar, na terra e no ar. Misturando humor e informações sobre as principais tecnologias das Forças Armadas, personagens descobrem ações de defesa da Marinha, do Exército e da Aeronáutica para garantir a soberania nacional. A publicação expõe as complexas capacidades produtivas e tecnológicas da Base Industrial de Defesa do Brasil.

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Museus

No Rio, MUSAL terá atividades aviatórias públicas neste fim de semana
Neste sábado e domingo, 19 e 20 de maio de 2018, das 9h às 16h30, como parte da 16ª Semana Nacional de Museus, no Museu Aeroespacial (Musal), no Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro, serão desenvolvidas atividades aviatórias. No sábado haverá a "Exposição de aeronaves da Associação Carioca de Aeromodelismo", exposição de ultraleves, exibição de filmes históricos, visitação às aeronaves históricas, oficina educativa infantil, apresentação de aeromodelos, demonstração aérea da Esquadrilha CEU e apresentação da Banda de Música da Base Aérea de Santa Cruz.

Domingo
No domingo, haverá a exposição de aeronaves da Associação Carioca de Aeromodelismo, "Encontro de carros antigos", exibição de filmes históricos, oficina educativa infantil, visitação às aeronaves históricas, "Corrida Federal Kids", demonstração aérea da Esquadrilha CEU e a apresentação de aeromodelos. Serão disponibilizadas áreas de estacionamento no interior do campus da UNIFA e nos estacionamentos externos do NuPAMAAF, HAAF e da PAAF. A entrada será gratuita. Haverá arrecadação de doação voluntária de alimentos não perecíveis, a serem distribuídos ao Instituto Casa Viva, do Jardim Sulacap, entidade carente auxiliada pelo Musal.

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Espaço

Disputa comercial impede SGDC de levar internet a áreas remotas
Uma disputa judicial suspendeu o uso do SGDC - Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas para um programa que deveria levar internet rápida às áreas mais isoladas do Brasil. O SGDC é o primeiro satélite integralmente controlado pelo Brasil. Foi colocado em órbita há um ano ao custo total de quase R$ 2,8 bilhões. É uma parceria entre o Ministério da Defesa e a Telebrás. As Forças Armadas ficam com 30% da capacidade do satélite para conectar suas instalações militares, como postos mantidos nas fronteiras. A empresa americana Viasat foi escolhida pela Telebrás para operar os restantes 70%, que são destinados a fornecer banda larga de conexão de dados a diversos órgãos do governo federal e ao programa Internet para Todos, que pretende levar o serviço às regiões isoladas do país. A Telebrás tinha previsão de instalar oito mil postos até o fim de 2018 e quinze mil até março de 2019. Mas o programa está parado por causa de uma disputa judicial. No fim de março, a empresa Via Direta Telecomunicações conseguiu na Justiça do Amazonas uma liminar para suspender o acordo entre a Telebrás e a Viasat: alega que a escolha da empresa americana foi irregular. A Telebrás manteve por oito meses um processo de chamamento público em busca de interessados no serviço. Nenhuma empresa se apresentou. A Telebrás, então, passou a receber propostas individuais, privadas, no começo de 2018. Escolheu a Viasat, que até então não atuava no país. A empresa amazonense Via Direta Telecomunicações disse que foi preterida do processo depois de iniciar as negociações para operar parte da capacidade do satélite. A Telebrás afirma que a Via Direta sequer apresentou proposta para participar do negócio. No pedido à Justiça, a Via Direta também lançou dúvidas sobre a soberania do Brasil, já que uma empresa estrangeira operaria um satélite que também atende às Forças Armadas brasileiras.

Sem risco à soberania
O Ministério da Defesa nega que a soberania nacional esteja em risco e defende o programa. A Advocacia-Geral da União recorreu da decisão da Justiça do Amazonas. O caso está nas mãos da presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia. A Procuradoria-Geral da República se manifestou para manter o contrato suspenso. O presidente da Telebrás alega que se trata de uma disputa comercial e afirma que o impasse jurídico causa prejuízo diário de R$ 800 mil ao país. “Desde quando foi suspenso o processo nosso de entrega e ativação, nós já perdemos R$ 25 milhões. É um projeto que já foi assinado uma parceria com mais de quatro mil prefeituras e nós vamos levar banda larga para mais de 50 mil povoados que tenham, pelo menos, 50 casas. Tem povoados com cinco mil brasileiros que não têm nada de banda larga”, disse o presidente da Telebrás, Jarbas Valente.

Fonte: Jornal Nacional via FAB

Saiba mais: Blog do NINJA de 05/05/2017  e 08/07/2017 

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Indústria Aeronáutica

Formato de empresa da Embraer com a Boeing deve ser anunciada até outubro de 2018
O presidente da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva, espera que o anúncio do formato de uma fusão com a norte-americana Boeing, iniciada em dezembro de 2017, seja feito antes das eleições de outubro de 2018. A declaração do executivo foi feita durante evento da Uber, em Los Angeles, nos Estados Unidos, na semana passada. Segundo ele, a maior dificuldade de fechar o negócio não é o valor ou a possível resistência em vender a área de defesa da Embraer, mas em encontrar um formato que preserve a colaboração entre as duas empresas. "A ideia é fazer uma parceria para que a gente consiga ter uma empresa maior, com mais crescimento, mais vendas, mais exportação e mais industrialização. O projeto é muito positivo nesse sentido, não o faríamos para reduzir a empresa, mas sim para criar uma maior", afirmou Souza e Silva.

terça-feira, 15 de maio de 2018

Tráfego Aéreo

Pesquisa ouvirá pilotos e controladores a respeito da Terminal São Paulo
O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) realiza, até 31 de maio de 2018, uma pesquisa de opinião sobre a Reestruturação na Área de Controle da Terminal São Paulo, denominado Projeto TMA-SP Neo. O objetivo é conhecer a percepção dos controladores de tráfego aéreo e pilotos em relação à circulação aérea da TMA-SP. Os usuários poderão, também, deixar críticas, sugestões e considerações. O gerente do projeto, adjunto do chefe da Divisão de Operações do Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo (SRPV-SP), Major Aviador Robson Laube Roque Moreira, afirma que essa iniciativa prioriza o Processo de Decisão Colaborativa, nas quais aeroportos, empresas aéreas, pilotos e controladores de tráfego aéreo não apenas são ouvidos, mas participam ativamente das etapas. “A pesquisa vai ao encontro dessa estratégia, dando oportunidade aos usuários do sistema de participarem do desenvolvimento do projeto”, destaca. De acordo com o oficial, a intenção é manter a política de melhoria contínua aplicada pelo DECEA, modernizando as trajetórias da Terminal São Paulo. “A reestruturação visa proporcionar uma maior eficiência energética, por meio da redução de combustível gasto pelas aeronaves e consequente redução das emissões de carbono (CO²), além de diminuir a carga de trabalho dos controladores de tráfego aéreo e pilotos”, explica.

Remodelação
Haverá uma remodelação completa das rotas das aeronaves que voam por instrumento dentro da Terminal São Paulo, por meio dos recursos da Navegação Baseada em Performance (PBN, do inglês Performance Based Navigation), além da aplicação das melhores práticas observadas nas terminais mais congestionadas do mundo. O projeto, que envolve planejamento, treinamento e execução, já encontra-se em andamento e a previsão de início dos novos procedimentos de navegação aérea é setembro de 2020.

Benefícios
Entre os principais benefícios esperados com as alterações na TMA-SP, destacam-se a melhoria da eficiência das rotas dentro da terminal, a maior fluidez das operações, a absorção do aumento da demanda do tráfego aéreo nos próximos dez anos e a manutenção dos índices de segurança operacional no espaço aéreo. Segundo o chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA, Brigadeiro do Ar Ary Rodrigues Bertolino, a reestruturação da Terminal São Paulo está alinhada com os objetivos de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). “Com a iniciativa, agregaremos mais eficiência ao gerenciamento do tráfego aéreo, contribuindo para redução no tempo de voo, no consumo de combustível, na poluição do meio ambiente, além da diminuição da carga de trabalho dos controladores e tripulação”, esclarece. O Brigadeiro Bertolino afirma, ainda, que a colaboração dos usuários do sistema é essencial para avaliar a estrutura atual da Terminal São Paulo: “A pesquisa contribuirá para identificar oportunidades de melhorias na concepção do espaço aéreo da nova TMA-SP”, afirma.

Pilotos: Clique aqui

Controladores: Clique aqui

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Concurso para médicos

Força Aérea seleciona 104 médicos
Inscrições de 14/05 a 12/06/18

A Força Aérea Brasileira (FAB) lançou edital para o Exame de Admissão do Curso de Adaptação de Médicos da Aeronáutica (CAMAR) do ano de 2019. As inscrições estarão disponíveis de 14 de maio a 12 de junho de 2018. A taxa é de R$ 130,00. Ao total, são 104 vagas para diversas especialidades, como Médico de Família e Comunidade, Pediatria e Otorrinolaringologia, distribuídas em todas as regiões do Brasil. Para participar do exame de admissão, os candidatos não podem completar 36 anos até o dia 31 de dezembro de 2019. O processo seletivo é composto por prova escrita (língua portuguesa e conhecimentos especializados), inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica, teste de avaliação do condicionamento físico, prova prático-oral e validação documental. As provas escritas ocorrerão no dia 29 de julho de 2018. Se aprovado em todas as etapas dentro do número de vagas, o candidato fará o curso no Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), em Belo Horizonte, Minas Gerais, durante aproximadamente 17 semanas. Após a conclusão do curso com aproveitamento, o aluno será nomeado Primeiro-Tenente do Quadro de Oficiais Médicos da Aeronáutica.

Edital: Clique aqui

domingo, 13 de maio de 2018

Especial de Domingo – Em Primeira Mão

Museu Asas de um Sonho será instalado em São José dos Campos (SP)
João Amaro, Wiliam Rady e Ozires Silva
O Museu Asas de um Sonho será instalado em São José dos Campos (SP), nas proximidades do MAB – Memorial Aeroespacial Brasileiro, ao lado da Embraer. O início da construção foi anunciado ontem, 12 de maio de 2018, às 12h10, dentro do MAB, em reunião da qual participaram João Francisco Amaro, presidente do museu, o prefeito de São José dos Campos, Felício Ramuth, e o coronel Ozires Silva, um dos fundadores da Embraer.


Estiveram presentes, ainda, Neide Pereira, Kiko Sawaya, Antonio José Catter, Wiliam Rady, entre outros, os quais assinaram uma breve ata, materializando o primeiro momento do projeto.

Pausa
No dia 02 de fevereiro de 2016, o presidente do Museu TAM – Asas de um Sonho, então sediado em São Carlos (SP), anunciava o encerramento da exposição permanente naquela cidade, acenando com a possibilidade de ressurgir em outro local.

“O nosso sonho foi interrompido, mas não acabou! Trata-se de uma pausa para elaboração de um projeto mais amplo, de modernização, adaptação a novas tecnologias, abertura a parcerias e o ressurgimento em um novo local”, disse em um comunicado.

Justificava o fechamento das portas das imponentes instalações, devido queda de receita, dos custos em alta do setor aéreo e da recessão econômica que, naquele início de 2016, fustigava o país, já que a TAM Linhas Aéreas era a mantenedora do museu. Ontem, 12 de maio de 2018, com o anúncio da construção de um complexo para abrigar o acervo do Asas de um Sonho em São José dos Campos, batizada como a Capital do Avião, concretiza-se o que João Amaro dizia em seu comunicado de 2016:

“Já há tempo, contudo, achava que seria necessária a repaginação de todo o projeto, incluindo a parte arquitetônica, uma atualização tecnológica que permitiria instalar modernos simuladores de voo, a maior integração com a internet tendo em vista a importância da democratização do museu através da rede e uma definição das fontes de custeio”.

Renascimento
Naquele comunicado de dois anos atrás, Amaro dizia que “o nosso museu renascerá mais forte, com uma nova localização e totalmente modernizado. A sua transferência é um grande desafio, um trabalho enorme e dispendioso, uma operação de logística gigantesca prevista para até cinco anos. Nesse ínterim, o museu ficará fechado com suas aeronaves protegidas, e seus motores inibidos no mesmo local onde se encontram”.

Já é tradicional que passeios em São José dos Campos (SP) – como os realizados por turmas do NINJA, Núcleo Infantojuvenil de Aviação - incluam no roteiro uma visita ao MAB – Memorial Aeroespacial Brasileiro, onde são exibidas aeronaves, experimentos do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, itens da Força Aérea Brasileira e material relacionado à história aeroespacial do Brasil.

Brevemente, com a construção do Museu Asas de um Sonho, os acervos se complementarão e tornarão a visita ainda mais interessante.

Um dia no museu
O material a ser trasladado para o novo endereço do museu retratará a exposição anteriormente apresentada em São Carlos, conforme publicação no blog do NINJA, em 2015:
Um senhor que com uma bola de tênis presa a um cabo de madeira esfrega o chão, de modo a remover resíduos de borracha de sola de calçado que marcam o piso. Um jovem que pacientemente limpa a parede de vidro protetora de uma área de exposição sobre corrosão. Um rapaz que retoca a limpeza e brilho das partes de um avião Mirage III. Adolescentes guiando crianças entre as aeronaves e explicando em detalhes o significado e a história de certas peças expostas. Assim é o suporte para o visitante do Museu Asas de um Sonho. (...) O museu da TAM reúne cerca de 90 aeronaves de pequeno, médio e grande porte. O maior exemplar é um Constellation – avião com quatro motores a pistão, nas cores da extinta Panair do Brasil.

Também há aeronaves que fizeram a história da TAM: Fokker 100, Fokker 27, Embraer 110 Bandeirante e os monotores Cessna empregados na então Táxi Aéreo Marília.

Na parte de aviação militar estão raridades da Segunda Guerra Mundial, como o Messerschmitt BF 109, empregado pela aviação nazista, o inglês Spitfire, o americano Corsair e o P47 Thunderbolt que equipou o 1º Grupo de Aviação de Caça da FAB, o “Senta a Pua”, lutando contra o nazifascimo nos céus da Itália.


Lembrando o conflito da Coréia, estão impecáveis exemplares de Mig (Mikoyan-Gurevich) 15, 17 e 21. O acervo relativo à Força Aérea Brasileira remete ao lendário P47 Thunderbolt, ao monomotor Regente, caça supersônico Mirage III, HS 125, Búfalo C115, P16 Tracker, Gloster Meteor F8 e TF33. Já a Aviação Naval é representada por um helicóptero Sea King.

Entre os pioneiros e clássicos, o visitante do Museu da TAM poderá apreciar o primeiro de todos, o 14-Bis, e o Demoiselle, criações do gênio brasileiro Alberto Santos Dumont. Verá, também, um Fleet II, de 1931, porém pintado nas cores da heróica Esquadrilha Lafayette, equipe formada por pilotos americanos a serviço da aviação francesa, durante a Primeira Guerra Mundial, e retratada no filme “Flyboys”. Graça e elegância são vistas no triplano American Flea Ship. Ao alto, planadores presos ao teto parecem voar acima dos visitantes.

O museu expõe, ainda, o avião Jahú que proporcionou a tripulantes brasileiros efetuarem, em 1927, a primeira travessia do Atlântico sem escalas e sem apoio de navios; o motoplanador pilotado pelo casal Moss na viagem ao redor do planeta, a partir do Brasil; o Cessna PT-ADV da recordista e pioneira Ada Rogato; e o Waco CSO operado pela aviação paulista na Revolução Constitucionalista de 1932.

Além das dezenas de aeronaves, impecavelmente bem cuidadas, o museu dispõe de ambientes de interação, como o espaço com motivos aeroportuários para crianças, ambiente de Torre de Controle, exposição de uniformes de aeromoças de várias épocas e instalações de comunicação audiovisual com filmes e imagens que narram a história da aviação, da TAM e do próprio museu.

Saiba mais: Blog do NINJA de 07/02/2016  e 23/08/2015  

sábado, 12 de maio de 2018

Biblioteca NINJA

O Amigo Alemão
“O Amigo Alemão” é um livro com uma história real e emocionante desenvolvida a partir do encontro fortuito de um caça Bf-109 alemão com um bombardeiro B-17 americano, durante as batalhas aéreas da Segunda Guerra Mundial. Um inusitado ato de nobreza entre pilotos inimigos de guerra, no dia 20 de dezembro de 1943, resultaria num paradoxal fraterno encontro dos pilotos, 47 anos depois. Tudo porque um B-17, pilotado por Charlie Brown, totalmente destroçado, sem partes importantes da aeronave, e que racionalmente não poderia mais estar voando, foi escoltado por um caça inimigo para fora do espaço aéreo da Alemanha, porque Franz Stigler, ás da Luftwaffe, a força aérea alemã, já considerava o material fora de combate e resolveu poupar a vida dos indefesos tripulantes. O livro mostra a vida antes da guerra de cada um dos protagonistas, as suas ações durante o conflito, o que se passou com cada um após a capitulação da Alemanha e o encontro, em 1990, que os aproximou como amigos, quando puderam contar o episódio.

Um presente ao NINJA
No dia 24 de março de 2018, o piloto de provas (Prova 06) e piloto de caça (Jaguar 17) na Força Aérea Brasileira, comandante Luiz Carlos Rodrigues, fez uma palestra aos meninos e meninas do Núcleo Infantojuvenil de Aviação - NINJA, em Ubatuba (SP), sobre o tema “Aviação: Serve para quê?”. Após o evento, presenteou o Núcleo de Aviação com um exemplar de “O Amigo Alemão”, o qual passa a ser leitura entre alunos e voluntários instrutores do NINJA. Na dedicatória, o piloto do supersônico Mirage e de tantos outros aviões, como os fabricados pela Embraer, diz aos alunos: “Aos Ninjas, uma homenagem do comandante Rodrigues àqueles que serão felizes ao construírem o seu próprio futuro. – Não vales pelo que és, mas pelo que fazes por sê-lo. Ubatuba, 24 de março de 2018. Luiz Carlos Rodrigues, Prova 06.”

O livro:
O Amigo Alemão
Autores: Adam Makos com Larry Alexander
407 páginas
Editora Geração

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Gripen NG

FAB recebe representantes de forças aéreas operadoras de Gripen
A Força Aérea Brasileira (FAB) recebeu, pela primeira vez, a comitiva do Gripen Users Group (GUG) - uma conferência do grupo de usuários do caça Gripen. O grupo se reuniu, dia 08 de maio de 2018, no Comando da Aeronáutica (COMAER), em Brasília (DF), onde compartilhou informações e discussões operacionais, de manutenção, e logística relacionadas ao caça. O Grupo de Usuários é composto por República Tcheca, Tailândia, Hungria, África do Sul, Suécia e Brasil. De periodicidade semestral, o evento é composto por um grupo de Aquisição e Desenvolvimento e dois subgrupos - Operacional e Logístico. A comitiva brasileira foi inclusa no GUG em 2017 e sua primeira participação foi em Praga, na República Tcheca. Segundo o Major-Brigadeiro do Ar Jefson Borges, responsável pelo contato entre o Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER) e as Forças Aéreas operadoras da aeronave, os encontros são fundamentais para que os usuários do caça possam detalhar suas experiências, táticas, soluções logísticas, desenvolvimentos e dificuldades que precisam ser sanadas.

F-39
Para o Coronel Aviador Ricardo Resende, Presidente do Grupo Fox - responsável por coordenar a implantação do novo avião de combate da FAB, os encontros são imprescindíveis. O Grupo Fox trabalha desde janeiro no Comando de Preparo (COMPREP) da FAB, em Brasília, na coordenação de implantação do caça, que aqui recebeu a designação de F-39. A Real Força Aérea da Tailândia, usuária do caça, recebeu a aeronave Gripen C/D em 2011. Para o Capitão Jackkrit Thammavichai, um dos membros do GUG, conhecer os demais países que também operam a aeronave é importante para discutir os pontos técnicos e logísticos.

Visita técnica
O Grupo seguiu de Brasília para Gavião Peixoto (SP), no dia seguinte, para conhecer as instalações da Embraer Defesa & Segurança. A empresa apresentou as etapas já realizadas tanto relativas ao caça F-39 quanto ao novo cargueiro multimissão da FAB, o KC-390. Até 2020, 179 engenheiros trabalharão na transferência de tecnologia do Gripen NG, além de 73 técnicos especializados. Desses profissionais de engenharia, 125 estão atuando no Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen (GDDN, na sigla em inglês), inaugurado em 2016, na Embraer. O espaço é considerado o principal marco no processo de transferência de tecnologia entre Brasil e Suécia. Das 36 unidades do Gripen NG adquiridas pelo Brasil, 23 serão produzidas pela Embraer, sendo 15 totalmente fabricadas aqui. O centro brasileiro está conectado à Saab na Suécia e aos parceiros industriais no Brasil.

Fonte: FAB