ASAS DA LOUCURA
"Santos-Dumont era um homem como poucos. O inesquecível livro de Hoffman conta, com compaixão e empatia, o lado humano de sua história." – The New York Times
"Hoffman cria o retrato arrebatador de um homem que representa tanto o início quanto o fim de uma era de otimismo em relação ao potencial da tecnologia." – Book Magazine
"Um modelo de narrativa inteligente e viva. A pesquisa de Hoffman é impressionante e a sua abordagem tem estilo e ritmo." – Los Angeles Times
"O autor apresenta um relato forte e tocante sobre um homem apaixonado pela idéia de que nós, algum dia, poderíamos usufruir regularmente da liberdade de voar." – Christian Science Mirror
Em Asas da Loucura o premiado jornalista americano Paul Hoffman narra a extraordinária história da vida do aviador brasileiro Alberto Santos-Dumont e dos primórdios da aviação. Fruto de minuciosa e abrangente pesquisa, Asas da Loucura explora, sem mitificação, os aspectos pessoais da vida do aviador e os detalhes de sua personalidade controversa. De suas páginas emerge o retrato sincero de um homem que contribuiu de forma única para a conquista dos céus pelo homem.
A infância em Minas Gerais, cercado pelas obras de Júlio Verne e pelas narrativas históricas dos primeiros voos em balões. A chegada em Paris e as experiências inéditas com o balonismo e os dirigíveis. A inventividade e a ousadia nos costumes que fizeram do reservado brasileiro a coqueluche da capital francesa. A ousada circunavegação da Torre Eiffel, em 1901, diante de uma platéia embevecida. A tão sonhada fama e o carisma que o tornaram, durante um determinado período, o homem mais célebre do mundo. Os distúrbios psicológicos e a morte precoce cujas circunstâncias são reveladas integralmente. Todos esses elementos participam da construção de uma personalidade contraditória e singular.
Desde pequeno, na imensa e remota fazenda de café do pai em Minas Gerais, o futuro aeronauta já demonstrava grande fascínio pelo funcionamento das imponentes máquinas moedoras de café e por motores de toda espécie. Tinha duas obsessões em mente: a primeira era voar; a segunda, alcançar a fama.
Na virada do século, o jovem Alberto se muda para Paris. Em pouco tempo, o extravagante e impecavelmente bem-vestido aviador já passeia pelos bares e restaurantes da cidade a bordo de um dirigível de sua invenção. Depois de vencer a competição internacional de construção do primeiro avião de verdade, Santos-Dumont é consagrado pela imprensa como o conquistador dos ares - na época, a notícia dos primeiros voos dos irmãos Wright, grandes rivais do brasileiro ao título de pais da aviação, ainda não chegara à Europa.
Os anos de glória, porém, seriam breves. Humanitário pacifista, Santos-Dumont testemunhou com grande desgosto a capacidade de destruição dos aviões durante a Primeira Guerra Mundial. A consagração dos irmãos Wright foi outro motivo de contrariedade. Cada vez mais recluso e irascível, o brasileiro seria diagnosticado com esclerose múltipla com apenas 36 anos. O homem que conheceu cedo a glória terminaria seus dias mergulhado na loucura e no desespero.
Numa narrativa arrebatadora, Hoffman conta a história de um homem atormentado, que contribuiu de forma decisiva para a modernidade e simbolizou o espírito torturado do século XX. Eis, finalmente, a biografia definitiva do pai da aviação.
Paul Hoffman, autor do sucesso internacional O Homem que Só Gostava de Números; correspondente especial dos programas Good Morning America e The NewsHour with Jim Lehrer. Foi diretor-presidente da Enciclopédia Britânica e editor-chefe da revista científica Discover. Premiado jornalista, foi também apresentador da série didática Great Minds of Science.