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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Datas Especiais

20 de janeiro: Aniversário do Comando da Aeronáutica
A História registra que em 20 de janeiro de 1941, o presidente Getúlio Vargas assinou o Decreto 2961, criando o Ministério da Aeronáutica e estabelecendo a fusão das forças aéreas do Exército e da Marinha numa só corporação, denominada Forças Aéreas Nacionais. Pouco depois, em maio de 1941, um novo decreto mudou o nome da recém-nascida força aérea para Força Aérea Brasileira (FAB), nome que permanece até os dias de hoje. Em 10 de junho de 1999 o Ministério da Aeronáutica passou à denominação de Comando da Aeronáutica. Em 2011, comemora-se os seus 70 anos de criação.

A respeito dos 70 Anos da Força Aérea Brasileira, reproduzimos as palavras do Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Juniti Saito:


Que venham as próximas décadas!
A capacidade de antever o futuro é atributo fortemente requerido por toda instituição que semeia para o porvir. Vislumbrar o cenário desejado, alocar metas convergentes, modelar atitudes de perseverança e de disciplinamento intelectual são requisitos que levam à obtenção de resultados consistentes, que permitem dotar de realidade o futuro concebido.

Estas são posturas próprias da Força Aérea Brasileira, ciente e zelosa no cumprimento de sua destinação constitucional, em atuação respaldada na Estratégia Nacional de Defesa para paginar o seu futuro de grandeza e de efetividade.

É nesse intento que o Comando da Aeronáutica formula o seu Plano Estratégico Militar, que aglutina metas estruturantes, agrega valor combatente e difunde poder e capacidade de fazer a uma conjuntura projetada para 2031, perpassando um período de vinte anos de afirmação e de exercício de vontade.

O desenho de futuro que traçamos guarda identidade com a celeridade de nossa própria evolução.

Basta observar o passado para perceber como nos agigantamos no campo aeronáutico. Dos primeiros aviões da Escola de Aeronáutica, no Rio de Janeiro, aos modernos sistemas de interligação de dados das aeronaves, sensores e armamentos de hoje, houve um crescimento acentuado, muitas vezes surpreendente.

Em 70 anos, a aviação de caça saiu dos potentes motores à combustão para modernos jatos supersônicos, ao mesmo tempo em que a indústria aeronáutica nacional ganhou um estratégico espaço no cenário global e hoje exporta para o mundo.

Novos helicópteros de ataque, aviões de transporte, de caça, de patrulha, de reconhecimento, além de armamento inteligente e de investimentos na qualificação de recursos humanos fazem parte dessa agenda de trabalho para garantir defesa, para promover segurança, para dissuadir pela percepção de fortaleza e alcance que reveste as nossas asas.

Acresçam-se a isso as ações fomentadas para a necessária mobilidade, a fim de apoiar eficientemente as Unidades Aéreas, quando desdobradas em locais desprovidos de infraestrutura básica. A suportabilidade logística, em seus variados aspectos, é característica essencial em uma Força Aérea moderna.

A concebida ativação de novas bases aéreas na Amazônia Ocidental tem suporte nas diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa, que prevê, primordialmente, o aumento da presença e do poder dissuasório naquela região.

Esta ação relaciona-se diretamente com a criação de novos Pelotões de Fronteira do Exército Brasileiro, na medida em que caberá à Força Aérea Brasileira um maior esforço no imprescindível apoio aéreo na parte médico-hospitalar, de transporte de alimentos e logísticos a esses Destacamentos, bem como provimento das necessidades de projeção de poder e de pronta resposta aos ilícitos ocorridos nos pontos mais remotos da Amazônia.

No que tange à Amazônia Azul, a recente descoberta de petróleo na camada pré-sal e a importância da preservação de nossas riquezas robusteceram a necessidade de uma ampla parceria com a Marinha do Brasil, convergindo esforços de vigilância na repressão a ilícitos marítimos e na segurança da navegação.

Contemplamos, também, o aperfeiçoamento do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), recobrindo todo o país com radares e com malha de comunicações, integrando o seleto grupo de nações que discute hoje o controle de aeronaves no amanhã, feito a partir de satélites.

No campo espacial, o projeto de veículos lançadores de satélites conta com um centro de lançamento cada vez mais modernizado, fundamental para alavancar o Brasil em seu processo de independência tecnológica, científica e econômica. Conhecimento é a moeda do futuro, e a Ciência, Tecnologia e Inovação praticadas no Comando da Aeronáutica geram, continuamente, fatos portadores de futuro.

O acervo crescente de equipamentos no período compreendido entre 2010 e 2031, aliado às novas características tecnológicas das aeronaves que comporão a frota da FAB, projeta a necessidade de aumento do efetivo, não só em relação ao número de tripulantes e mantenedores, como também no que tange às inúmeras atividades complementares para o cumprimento das missões atribuídas ao Comando da Aeronáutica, como aquelas afetas ao apoio ao homem, nas suas condicionantes de saúde, moradia e disponibilidade para o trabalho.

Qualificar adequadamente os nossos recursos humanos é de importância basilar, pelo quanto induz desempenhos à altura de nossas expectativas para o atendimento a demandas cada vez mais diversificadas.

Mesmo com uma história de sucesso, novos desafios e ameaças surgirão no futuro da Aeronáutica, assim como novas oportunidades para o engrandecimento do papel da Instituição como um dos personagens da sociedade brasileira. Responder aos desafios, suplantar as ameaças e aproveitar as oportunidades conformam o caminho que garantirá ao Comando da Aeronáutica uma atuação duradoura e consolidada na geração de futuro.

Evidencia-se, portanto, a fundamental importância do Plano Estratégico Militar da Aeronáutica, em consonância com a Estratégia Nacional de Defesa, para o aparelhamento da Aeronáutica, para o desenvolvimento da indústria nacional de defesa e para a consecução dos objetivos maiores do nosso país. O Brasil caminha para uma posição de destaque no cenário internacional, e a Aeronáutica está pronta a defrontar o porvir.

Não obstante, com o tanto que já aprendemos, temos muito ainda a realizar.
Que venham as próximas décadas!

Tenente-Brigadeiro-do-Ar JUNITI SAITO
Comandante da Aeronáutica


ORDEM DO DIA - 20/01/2011:
Aniversário do Ministério da Aeronáutica

AS DATAS, MUITAS VEZES, PERDEM-SE NA TÊNUE TEIA DA MEMÓRIA, MAS AS OBRAS POSSUEM A VOCAÇÃO DA ETERNIDADE.
AO CELEBRARMOS OS SETENTA ANOS DO COMANDO DA AERONÁUTICA, EVIDENCIAMOS, COM SERENO ORGULHO, QUE AS OBRAS ERIGIDAS PELOS HOMENS E MULHERES DE AZUL PERPETUAM-SE E CONJUGAM-SE COM A INCONTESTÁVEL ASCENSÃO DO BRASIL NO CENÁRIO INTERNACIONAL.
A ALVORADA DESSES FEITOS OCORREU QUANDO OS RIGORES DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL ATESTARAM A NECESSIDADE DE UMA UNIDADE DE DOUTRINA NO TRATO DAS QUESTÕES AERONÁUTICAS E, POR DECORRÊNCIA, A PERTINÊNCIA  DO EMPREGO UNIFICADO DO PODER AÉREO, TESE ESTA DEFENDIDA POR TEÓRICOS DA ESTATURA DE GIULIO DOUHET.
ADICIONALMENTE À UNIÃO DAS ASAS DA AVIAÇÃO NAVAL E DA AVIAÇÃO MILITAR, IMPUNHA-SE A NECESSIDADE DE CRIAÇÃO DE UMA INFRAESTRUTURA AEROPORTUÁRIA CAPAZ DE ATENDER ÀS DEMANDAS DO BRASIL, UM PAÍS ÁVIDO POR CRESCIMENTO, AGREGANDO-SE, NESSE CONTEXTO, O UNIVERSO DA AVIAÇÃO CIVIL.
DOS IDEAIS DE UNIÃO E DA BUSCA PELA EFICÁCIA, NASCE O MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA.
É POSSÍVEL COMPREENDER, NAS PALAVRAS DO ENTÃO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, GETÚLIO VARGAS, AO ASSINAR O DECRETO DE CRIAÇÃO DO NOVO MINISTÉRIO, MAIS QUE UMA DECLARAÇÃO PROTOCOLAR, A VERDADEIRA DESTINAÇÃO DA NOVA FORÇA: “A EFICIÊNCIA E O APARELHAMENTO DA AVIAÇÃO BRASILEIRA SÃO DECISIVOS PARA O PROGRESSO E SEGURANÇA NACIONAIS.”
À TÊMPERA E À TENACIDADE DEMONSTRADAS PELA FORÇA AÉREA BRASILEIRA NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, UNIRAM-SE A VOCAÇÃO PARA O APOSTOLADO E O PENDOR INATO PARA O SOCORRO.
AS ASAS DA FORÇA AÉREA AGIGANTARAM-SE LEVANDO ALENTO, ESPERANÇA E PROGRESSO AOS MAIS DISTANTES RINCÕES DO NOSSO IMENSO TERRITÓRIO.
OS BANDEIRANTES DO AR, AO REESCREVEREM A HISTÓRIA DOS DESBRAVADORES, REAFIRMAVAM, A CADA MOTOR QUE RUGIA POR ENTRE AS NUVENS, A CONSCIÊNCIA DO SEU PAPEL NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DESTA GRANDIOSA NAÇÃO.
FOI ASSIM QUE, NESSA NOBRE JORNADA, O PODER AEROESPACIAL BRASILEIRO CONSOLIDOU-SE, CABENDO À AERONÁUTICA AS FUNÇÕES DE LIDERANÇA E PARCERIA NA CRIAÇÃO DE UMA COMPLEXA INFRAESTRUTURA AEROESPACIAL, FORTALECENDO A CAPACIDADE TECNOLÓGICA E ESTRUTURANDO A AVIAÇÃO CIVIL E MILITAR.
COM JUSTIFICADO ORGULHO, CONSTATAMOS QUE A SEMENTE PLANTADA PELO MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA, AO DOTAR O PAÍS DE UMA SÓLIDA E PROMISSORA INDÚSTRIA AEROESPACIAL, GANHOU ASAS E HOJE LEVA A BANDEIRA NACIONAL A TODOS OS CONTINENTES.
PIONEIRISMO, INTEGRAÇÃO E PESQUISA NÃO FORAM AÇÕES PERSEGUIDAS AO ACASO; REPRESENTOU, NA VERDADE, UMA MAGNÍFICA OBRA QUE MERECE A REVERÊNCIA DESTE EVENTO COMEMORATIVO.
RESSOAM AINDA, AS PALAVRAS DE ALBERTO SANTOS-DUMONT, FORMULADAS NO DISTANTE ANO DE 1918:
“É COM ENTERNECIDO CONTENTAMENTO QUE EU ACOMPANHO O DOMÍNIO DOS ARES PELO HOMEM: É MEU SONHO QUE SE REALIZA.”
O SONHO DO PAI DA AVIAÇÃO FEZ-SE DE TODO O BRASIL. E HOJE, BALIZADOS POR SUA HERANÇA, OS INTEGRANTES DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA O TRANSMUTARAM NUMA REALIDADE QUE SE MATERIALIZA EM DESENVOLVIMENTO E ESPERANÇA PARA O PAÍS.
COMPANHEIROS!
O LEGADO DE NOSSOS ANTECESSORES REFLETE, INEQUIVOCAMENTE, UMA HISTÓRIA CONSTRUÍDA COM A MESMA TENACIDADE, ESPÍRITO INVENTIVO E ABNEGAÇÃO QUE CARACTERIZARAM A OBRA DO PAI DA AVIAÇÃO, INCONTESTE TESTEMUNHO DA POTENCIALIDADE DESTE PAÍS.
SOMOS HERDEIROS DESSA FORÇA, REVIGORADA, A CADA DIA, PELA CERTEZA DE TERMOS NOSSAS VIDAS VINCULADAS À TRAJETÓRIA DE DESENVOLVIMENTO QUE CARACTERIZA O NOSSO COMPROMISSO POR UMA NAÇÃO MAIS JUSTA, FORTE E SOBERANA.
PARABÉNS, COMANDO DA AERONÁUTICA!

Tenente-Brigadeiro-do-Ar Juniti Saito
Comandante da Aeronáutica

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