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quinta-feira, 12 de maio de 2011

Carreiras na Aviação

Homenagem para aeromoça que salvou bebê em voo
Quase 40 dias após salvar a vida de uma menina de seis meses durante um voo entre Salvador e Brasília, a comissária Elisângela Cristina de Oliveira, 30, foi homenageada no dia 10 de maio de 2011, em Brasília. Ela recebeu um diploma de honra ao mérito da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), entregue pelo presidente interino da entidade, Carlos Eduardo Pellegrino.
No último dia 6 de abril, Elisângela percebeu que a criança, que estava nos braços da mãe, tinha se engasgado com a papinha que comia. Imediatamente, a comissária pegou a menina e utilizou um procedimento conhecido como manobra Heimlich (método que permite a desobstrução das vias aéreas pressionando o abdômen).
Após ser homenageada, a comissária lembrou-se dos detalhes durante o voo. “Saímos de Salvador à noite com destino a Guarulhos e uma escala em Brasília. Quando faltavam mais ou menos 20 minutos para o pouso na capital federal, percebi um tumulto à frente do avião. Fui ver o que estava acontecendo e ouvi a bebê chorando bem forte. Em poucos segundos, ela (a criança) foi perdendo as forças e eu percebi que ela apenas buscava o ar”, disse a comissária, que mora em Araçatuba (SP) e tem uma filha de um ano.
Elisângela disse que fez duas manobras até ter certeza de que a menina estava salva. “Na primeira não consegui porque minha posição não era a mais adequada. Na sequência, repeti o procedimento e a menina expeliu em minhas mãos líquido e pedaços de alimentos.”
Segundo a comissária, que há nove anos trabalha na empresa aérea Gol, os pais e a menina seguiam para Porto Alegre. “Naquela confusão, não anotei os nomes de ninguém, mas isso é o que menos interessa, o importante é que a criança está bem.”
Elisângela disse ter chorado muito depois que o avião deixou Brasília com destino a São Paulo. “Na hora tive muito autocontrole. Só pensava na minha filha. Se tivesse acontecido o pior com a menina em meus braços, certamente, nunca mais eu iria voar”, disse a comissária.
“Quando cheguei em casa, chamei o meu marido e a babá e repassei para eles os procedimentos que devem ser feitos em casos como o da menina do avião”, afirmou Elisângela. “Não foi um ato de heroísmo, fiz a minha obrigação, mais nada.”


MANOBRAS EM CASO DE ENGASGO:

Menores de 1 ano de idade:
Faça 5 compressões com a mão nas costas e, logo em seguida, 5 compressões na frente, até que o material aspirado seja expelido ou a criança reaja e responda ao estímulo.



Crianças Maiores:
Realize uma manobra que consiste em abraçar a criança por trás e fazer compressões abaixo da costela no sentido para cima, com o objetivo de deslocar o corpo estranho loocalizado na via aérea para a boca, caso não consiga, procure ajuda imediatamente.






Fontes: www.uol.com.br / www.utilidadedemae.blogspot.com