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sexta-feira, 6 de maio de 2011

Senta a Púa!

JAMBOCK AZUL
No mês passado, no Dia da Aviação de Caça (22/4), a Azul Linhas Aéreas Brasileiras homenageou o 1º Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira com um jato adesivado e batizado especialmente para a ocasião. O PR-AYS, 19º Embraer 195 da companhia, chama-se agora “Jambock Azul”, código usado no rádio para identificar os pilotos brasileiros durante a Segunda Guerra Mundial. Este código é utilizado até hoje pela unidade.
A iniciativa de prestar a homenagem ao grupo da FAB partiu do vice-presidente Técnico-operacional da Azul, comandante Miguel Dau, um “caçador e eterno Jambock” e veterano do 1º Grupo de Aviação de Caça. “Uma singela homenagem aos heróis que deram suas vidas pela liberdade e democracia. Estou muito feliz por participar deste momento”, disse Dau durante a homenagem, no Rio de Janeiro.
A aeronave foi apresentada ao público na cerimônia do Dia da Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira, na Base Aérea de Santa Cruz, na zona Oeste do Rio de Janeiro. Escoltada por dois caças F-5 EM, a aeronave “Jambock” aterrissou em grande estilo e abriu o evento. Além do batismo do avião, a solenidade teve ainda a exposição de caças F-5 EM e A-1, e uma simulação de ataques com armamentos reais em um estande de tiro próximo da pista de pouso da Base Aérea de Santa Cruz.

A HISTÓRIA
O Brasil juntou-se aos países aliados na Segunda Guerra Mundial para defender seus princípios. Foram enviados para a guerra voluntários da Força Expedicionária Brasileira (FEB), bem como integrantes da Força Aérea Brasileira. Criado em 18 de dezembro de 1943, o 1º Grupo de Caça da FAB teve como primeiro comandante, o Coronel Nero Moura. Ele e outros 32 pilotos deixaram o Brasil e foram treinar na Base Aérea de Aguadulce, no Panamá, inicialmente em aeronaves P-40. Mais tarde, passaram a voar com os Republic P-47 Thunderbolt, que à época eram as mais avançadas e poderosas aeronaves de ataque dos aliados.
No dia 22 de abril de 1945 ficou imortalizado como Dia da Aviação de Caça no Brasil. Na data o 1º Grupo de Caça voou e completou com inegável brilho o maior número de missões em um único dia. Nesta ocasião, 100 veículos diversos, três pontes, 14 barracas inimigas e três unidades de artilharia anti-aérea foram destruídas pelos pilotos brasileiros.
“Senta a Púa!” é o grito de guerra do 1º Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira. As faixas externas verde e amarela representam o Brasil.
O avestruz é uma referência à capacidade dos pilotos brasileiros de “tolerar” a comida servida na cantina das bases aéreas norte-americanas onde treinaram antes dos combates na Europa. A fisionomia do avestruz foi “inspirada” no colega do Capitão Aviador Fortunato, o 1º Tenente Aviador Pedro de Lima Mendes. O quepe do avestruz representa o piloto de caça da Força Aérea Brasileira.
O escudo traduz a robustez do P-47 Thunderbolt, bem como evoca a proteção aos pilotos. Seu fundo azul e o Cruzeiro do Sul são a representação do céu brasileiro com sua constelação mais famosa.
A pistola disparando simboliza o formidável poder de fogo do P-47, dotado de oito metralhadoras “ponto cinquenta” – meia polegada, medida no diâmetro interno dos canos.
Na cerimônia, os pilotos do 1º Grupo de Caça, os “Jambocks” da Base Aérea de Santa Cruz, voam com supersônicos Northrop F-5 protegendo os céus do Brasil e usando orgulhosamente o mesmo código no rádio que seus antecessores imortalizaram.

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