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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

FAB - ONU

No Haiti, psicologia da FAB realiza trabalho inédito
Pela primeira vez, militares da área de psicologia da Força Aérea Brasileira (FAB) participaram de uma missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) para identificar os fatores que podem causar estresse nas tropas nesse tipo de trabalho. O objetivo é melhorar o planejamento para a preparação dos próximos profissionais que serão enviados para o exterior.
No período de 8 a 20 de dezembro de 2011, uma equipe de psicólogas do Instituto de Psicologia da Aeronáutica (IPA) acompanhou de perto a rotina dos militares do Batalhão de Infantaria de Manaus (BINFAE-MN) que foram enviados a Porto Príncipe, capital do Haiti. Desde o ano passado, militares de Infantaria da Força Aérea participam da missão da ONU naquele país, ao lado de efetivos da Marinha e do Exército Brasileiro. O Brasil comanda as tropas da missão de paz da ONU no Haiti desde 2004.
A distância da família, a convivência com outra cultura e até os eventuais conflitos locais, típicos desse tipo de missão, podem ser obstáculos para os militares que participam desse trabalho, de acordo com o IPA.
"Foi uma experiência profissional única. Nossos militares foram receptivos e contribuíram de forma significativa com a coleta de dados. Todos demonstraram ser profissionais altamente capacitados e comprometidos com a missão. A rotina de trabalho foi intensa e seus resultados representam apenas o início de uma empreitada ousada que coloca o IPA diante do desafio de desenvolver e dar visibilidade às ações da psicologia no âmbito operacional, contribuindo para a manutenção da saúde e segurança ocupacionais", afirma a Tenente Psicóloga Fabrícia Barros de Souza. A Vice-Diretora do IPA, Tenente Coronel Psicóloga Ana Lúcia Lopes, chefiou a missão.
As primeiras tropas da FAB que foram designadas para a Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti, mais conhecida como MINUSTAH, contaram com uma avaliação psicológica específica dos militares selecionados. A avaliação buscou detectar condições favoráveis a problemas individuais e de relacionamento pessoal, familiar e profissional que pudessem ocorrer durante ou após a missão, de acordo com as Diretrizes do Comando da Aeronáutica para a preparação das tropas para operações de paz.
No Haiti, as psicólogas realizaram entrevistas individuais e em grupos, palestras e vídeo conferências, além da observação da estrutura e ambiente operacional e participaram da rotina diária dos militares. O resultado desse levantamento servirá para aprimorar a preparação dos profissionais que serão enviados no futuro para esse tipo de missão.

Fonte: Agência Força Aérea/IPA