Os dois Spitfire que vieram para o Brasil
O avião Spitfire foi projetado em 1936 por Reginald Mitchell e entrou em serviço em agosto de 1938. Seu nome Spitfire significa Cuspidor de Fogo. A fama deste caça afirmou-se com a Batalha da Inglaterra, na Segunda Grande Guerra, quando o seu desempenho nas médias e baixas altitudes (nas quais foram travados os principais combates) superou o do então principal caça alemão, o Messerschmitt BF 109. Entre 1943 e 1944, foi gradualmente substituído por caças com maior autonomia de voo, como os americanos Republic Thunderbolt P-47 e P-51 Mustang e o russo Yak-9. Nos primeiros meses de 1944 o Spitfire Mk.XIV viria a se tornar o caça mais veloz do mundo, com uma velocidade máxima de 720 Km/h. Foi produzido e aprimorado antes, durante e depois da Segunda Guerra Mundial. Dos 20.351 exemplares produzidos, dois Spitfire vieram para o Brasil. Um, em 1952, para ser a plataforma do convertiplano projetado pelo CTA. O outro, em 2000, para compor o acervo do Museu Asas de um Sonho, o museu da TAM, em São Carlos.
O primeiro: base para o Convertiplano
O primeiro foi adquirido pelo Ministério da Aeronáutica para o projeto de convertiplano, um híbrido de avião e helicóptero que foi desenvolvido pelo então CTA – Centro Técnico Aeroespacial, em 1952, sob a supervisão do engenheiro alemão Hendrich Focke, com o nome de “Projeto Convertiplano” e batizado de Colibri.
O segundo: exposto no Museu da TAM
O segundo Spitfire MK IX HF/CE é o que se encontra em exibição no Museu TAM em São Carlos. A história deste exemplar começa na fábrica de Castle Bromwich na Inglaterra. Possuia um motor Rolls Royce Merlin 61 com total de 1380 HP/CV e uma autonomia máxima/leve de 1577 Km, alcançando a altitude máxima de 13105 metros. Durante a guerra, o MA793 voou no Norte da África e no Mediterrâneo nas cores da Força Aérea Americana, em seguida retornou para Inglaterra a tempo de participar do Dia D. No início dos anos 50, foi transferido para a Força Aérea da África do Sul. Terminou seus dias em um playground de um hospital de crianças perto de Johannesburg, até ser reconhecido por um piloto que o levou para Santa Monica, Califórnia, Estados Unidos. Em 2000 foi adquirido pela Rolls Royce, do The Museum of Flight em Santa Monica, e trazido para o Brasil, especificamente para Jundiaí onde foi restaurado sob coordenação do Sr. Ian Comber. Após a restauração foi incorporado ao acervo do Museu Asas de um Sonho, o museu da TAM, em São Carlos, SP.
Fonte: http://jpfour.com
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