O risco está no céu, mas as suas origens vêm de terra firme. Mais precisamente das mãos de pessoas inconsequentes. Com a aproximação do período de festas juninas triplica a prática de soltura de balões, uma tradição em muitas regiões do país. Já as ocorrências com laser verde se tornaram uma grande dor de cabeça para os pilotos em qualquer época do ano. Este é o topo da matéria Riscos No Céu, de Flávio Nishimori e Raquel Sigaud, publicado na edição de 236 da Aerovisão – A revista da Força Aérea Brasileira.
Supondo que um balão pequeno de 15 Kg colida com um avião que esteja voando na velocidade de 300 Km/h, o impacto será da ordem de 3 toneladas e meia. Mais grave ainda: se o balão tiver um peso de 50 Kg e a colisão ocorrer um avião a 400 ou 450 Km/h, o impacto sobre para 100 toneladas. Ou seja: um balão no céu pode acarretar um grave acidente aéreo.
Outra brincadeira que se constitui risco para a aviação é apontar raio laser verde para a cabine de aeronaves. A maioria das ocorrências acontece na fase crítica do voo, nos pousos e decolagens, quando se exige uma grande concentração nos instrumentos da cabine. O laser pode causar distração e cegueira momentânea no piloto, comprometendo a condução segura da aeronave. Além de perigoso, apontar laser para aviões e helicópteros é crime, previsto no artigo 261 do Código Penal Brasileiro.