A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico e a Prefeitura de Belo Horizonte devem entregar no mês que vem à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) o plano de desenvolvimento que deve direcionar os rumos do Aeroporto Carlos Drummond de Andrade, na Pampulha, pelos próximos anos. A proposta é permitir que ele foque na aviação executiva e regional, deixando para o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, os voos interestaduais e internacionais. O estudo, elaborado pela empresa de consultoria KED Consultantes, é usado como argumento do governo estadual para incentivar as empresas a participar do leilão de privatização de Confins. Elas estariam receosas por não saber ao certo o que seria feito do terminal da Pampulha.
Pelo estudo, o aeroporto teria capacidade para receber mais de 300 jatos executivos, fortalecendo a aviação executiva, inclusive com a criação de uma aduana para controle da entrada e saída de mercadorias de voos internacionais. Segundo estimativa, somente o setor de manutenção de aeronaves seria capaz de gerar aproximadamente 3 mil vagas de emprego. “Queremos estimular fortemente a aviação executiva. É um projeto para fortalecer a nova centralidade do contorno da Pampulha”, afirma o subsecretário de Investimentos Estratégicos da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Luiz Antônio Athayde.
O setor da aviação em Minas mantém a polêmica dos voos há quase 10 anos, quando o aeroporto da Pampulha foi fechado para voos com aeronaves com capacidade acima de 50 assentos. Com a limitação, grandes companhias aéreas concentraram suas operações em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), dividindo a opinião da população entre a comodidade de um aeroporto distante apenas oito quilômetros do Centro da cidade, porém insuportavelmente cheio (na época), e a viagem de 40 quilômetros até um aeroporto em outro município, que apesar de bem mais distante, oferece mais conforto e segurança aos usuários.
Fonte: www.em.com.br