A matéria abaixo está na edição deste domingo do jornal O Vale, de São José dos Campos-SP, com texto de Xandu Alves e destaca a competição que hoje reúne 100 alunos divididos em 11 equipes que projetaram aviões movidos por hélices e elástico. Confira!
Boa leitura!
Bom domingo!
Alunos da escola estadual Ayr Picanço com o aeromodelo protótipo - Foto: Flavio Pereira
Estudar faz bem para a saúde
É o que dizem os melhores alunos de São José dos Campos, que frequentam escolas particulares e públicas e se destacam na turma de adolescentes.
Eles conquistaram respeito e admiração dos colegas e, muitas vezes, um lugar de destaque nas escolas, bem longe da “turma do fundão”.
Hoje, 100 desses estudantes irão se enfrentar em São José, na primeira edição do SAE Brasil Demoiselle, competição de construção de pequenos aviões impulsionados por hélices e elástico.
São 11 equipes de oito escolas de São José dos Campos, uma de Jacareí e duas de Botucatu (SP) buscando fazer o avião voar o maior tempo possível.
Nascido em Taiwan, Chang Yu Ming, 15 anos, lidera a equipe da escola estadual Ayr Picanço Barbosa de Almeida, no Bosque dos Eucaliptos, região sul de São José dos Campos. Estudioso desde criança, quando chegou na cidade, ele vê nas competições uma forma de estímulo. “Às vezes, a escola é muito chata. Mas o aluno tem que se dedicar”, diz ele.
Na escola estadual Juvenal Machado de Araújo, na Vila Tesouro, zona leste de São José, o capitão do time que construiu o avião é o estudante Marcus Vinícius Reck, 15 anos.
Para ele, trabalhar no projeto do avião é pensar no futuro. “A gente está aprendendo coisas que poderão fazer a diferença lá na frente.”
Os estudantes do Poliedro Mariana Oliveira e Isadora Neme (abaixo), Rodrigo
Selingardi e Ana Carolina Bernardes (acima) Foto: Flavio Pereira
Classe A
No colégio Poliedro, um dos mais conceituados de São José dos Campos, os melhores alunos ganharam uma classe só deles, chamada de “classe A”. A turma reúne os alunos com melhores notas no ensino médio. A disputa é grande para entrar no grupo.
“A gente se vê igual aos outros, mas há quem não goste. Acho que estudar é uma coisa muito normal”, diz a aluna Ana Carolina Bernardes, 16 anos.
No Colégio Embraer, referência de bom ensino, os alunos são selecionados quase a dedo, com um vestibular concorrido e difícil. André Zimmermann, 25 anos, foi da primeira turma, formou-se na USP e está na Embraer. “Gosto de saber, mas o colégio me fez gostar de estudar. Foi fundamental”.
O engenheiro André Luiz Zimmermann,
ex-aluno do Colégio Embraer - Foto: Flavio Pereira
Tratamento deve ser diferenciado
O engenheiro Antônio Carlos Perpétuo, 53 anos, fundador da rede de escolas Supera, que ensina métodos para exercitar o cérebro, defende que alunos com grande potencial tenham um tratamento diferenciado das escolas.
Para ele, tratar igualmente estudantes com níveis diferente de compreensão e raciocínio é induzir os gênios à falta de interesse pelo estudo.
“Eles devem ser submetidos a uma educação que desafie os seus limites o tempo todo, só assim a genialidade poderá ser aproveitada em toda a sua riqueza e força”, diz.
Em São José, Perpétuo viu a rede de escolas Supera, criada por ele em 2005, chegar neste ano a 100 franquias no Brasil e uma em Portugal.
Perpétuo usa a rede para difundir o método de “ginástica para o cérebro” criado por ele, capaz de melhorar a performance dos alunos.
Ele vê dificuldades da rede pública em lidar com os super inteligentes. “Há algumas iniciativas e projetos, inclusive em São José dos Campos, mas ainda há um longo caminho a percorrer”.
Para o empresário, é preciso identificar os talentos e inseri-los em um programa de desenvolvimento com suporte até o pós-doutorado.
Alunos da escola estadual Ayr Picanço com o aeromodelo protótipo ‘P’, que
participa da competição de hoje promovida pela SAE Brasil em São José;
pequenos aviões são impulsionados por hélices e elástico e vence o modelo que permanecer no ar por mais tempo - Foto: Flavio Pereira
Escola fará dia da ginástica cerebral
A rede de escolas Supera, de São José dos Campos, vai realizar em 29 de setembro o primeiro “Dia Nacional da Ginástica Cerebral”. Serão 15 cidades brasileiras realizando atividades para melhorar o desempenho do cérebro. Em São José, a ginástica será realizada no Parque Vicentina Aranha. A entrada é de um quilo de alimento não perecível.
Saiba mais:
Competição: A SAE Brasil realiza hoje, em São José dos Campos-SP, a primeira edição da competição Demoiselle, com 11 equipes inscritas.
Estudantes: 100 estudantes do ensino médio de escolas públicas e privadas, sendo oito unidades de São José, uma de Jacareí e duas de Botucatu.
Regras: Os alunos tiveram que projetar, construir e fazer voar uma aeronave de pequeno porte, propulsionada à hélice e movida pela torção de um elástico.
Materiais: Os aviões podem ser feitos de madeira, papel, filme plástico, cola, fibra de carbono e de vidro, linha, arame, tubo plástico, elástico, além de qualquer material denso para o lastro.
Vencedor: Ganha a equipe que fizer a aeronave (não controlada) ficar o maior tempo no ar
Lugar: A competição será realizada no ginásio poliesportivo da ADC Embraer, no Jardim Aeroporto, zona sul de São José dos Campos-SP.
Entrada: A entrada é franca. O torneio começa às 8h.
Entrada: A entrada é franca. O torneio começa às 8h.
Texto: Xandu Alves
Fonte: O Vale
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