A parceria será uma espécie de retorno às origens: o ITA teve dois reitores americanos, ex-professores do MIT - Massachusetts Institute of Technology, na década de 50, quando foi criado por militares da Força Aérea Brasileira. Na década seguinte, o ITA forneceu a base de engenheiros que impulsionou a produção de aviões no país, gerando empresas como a Embraer, fundada como uma estatal em 1969, também em São José dos Campos, SP.
A parceria com o MIT inclui projetos de pesquisa conjuntos e um intercâmbio maior de professores e alunos. “Melhorar a pós-graduação vai permitir que os novos professores sintam que podem desenvolver também uma carreira notável como pesquisadores”, diz Carlos de Brito Cruz, diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo, ele mesmo um ex-aluno do ITA.
“Isso é o que mais atrai professores de alto nível.” O ITA vai precisar de professores com mentalidade inovadora para atualizar sua grade de disciplinas. No ano que vem, a escola definirá os detalhes de um sistema de créditos que permitirá, em 2015, escolher matérias optativas a partir do 3º ano da graduação — e não mais no último, como é hoje. As áreas de conhecimento que mais serão contempladas são engenharia de sistemas, de inovação e de materiais, cursos que não existem hoje no ITA.
“Com seu processo de recrutamento, o ITA terá dificuldade de contratar professores com as características adequadas para tocar a modernização”, diz Silvio Meira, outro ex-aluno da escola e fundador do polo de inovação Porto Digital, em Recife.
Fonte: http://exame.abril.com.br