Robô pousa em cometa a 6 bilhões de Km da Terra
Um sinal emitido a mais de 500 milhões de quilômetros da Terra mudou a história da exploração espacial dia 12 de novembro de 2014, ao anunciar que o robô Philae havia pousado com sucesso sobre o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. Dotado de um laboratório miniaturizado, o robô integra a missão Rosetta, que busca mais respostas sobre a origem da vida na Terra.
O projeto da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), que custou o equivalente a R$ 4 bilhões, entra para a história por fazer aquilo que até então só existia na ficção-científica. Um feito de engenharia, ciência e matemática combinados permitiu que um robô de tamanho semelhante ao de uma máquina de lavar viajasse 6 bilhões de quilômetros atracado à sonda Rosetta para alcançar o cometa 67P e, após alinhamento, iniciasse uma descida de sete horas para pousar pela primeira vez em um cometa.
O robô Philae, aliás, pode ter pousado não apenas uma vez, mas duas vezes, segundo indicou Stephan Ulamec, gerente de pouso da missão Rosetta. Informações iniciais apontam que o robô teria "quicado" sobre a superfície, antes da aterrissagem final. "Hoje não pousamos apenas uma vez, mas duas vezes no cometa", afirmou Ulamec, sob aplausos dos cientistas e jornalistas reunidos no centro de Darmstadt, na Alemanha.
A preocupação é que o robô não está fixado como deveria à superfície do cometa. Durante a operação, os arpões que deveriam ter sido disparados pelos pés do robô não funcionaram. Os cientistas terão de decidir se tentarão acionar os arpões novamente para garantir a atracagem.
Fonte: www.esa.int