NINJA - Saiba mais:

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Concurso AFA

Academia da Força Aérea abre inscrição para Oficial Aviador, Intendente e de Infantaria
Os candidatos aprovados em todas as etapas terão auxílio financeiro, direito à moradia, alimentação e plano de saúde

Você está preparado para começar sua carreira militar? A Academia da Força Aérea (AFA) está com um novo concurso aberto para o Curso de Formação de Oficiais Aviadores, Intendentes e de Infantaria. As inscrições podem ser feitas via internet no período de 28 de abril a 18 de maio de 2015. São oferecidas 58 vagas para a especialidade de Aviação, 25 para Intendência e 15 para Infantaria. O jovem interessado em participar do processo seletivo não pode ter menos de 17 anos e nem completar 23 anos de idade até 31 de dezembro de 2016. A taxa de inscrição é de R$ 70,00. O processo seletivo é composto por provas escritas (Português, Física, Matemática, Inglês e Redação), inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica, teste de aptidão à pilotagem militar (somente para os candidatos que optarem pela especialidade de aviação e obtiverem a menção “APTO” na inspeção de saúde e no exame de aptidão psicológica), teste de avaliação do condicionamento físico e validação documental. As provas escritas ocorrerão no dia 26 de julho de 2015 nas seguintes localidades: Belém (PA), Recife (PE), Salvador (BA), Natal (RN), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Barbacena (MG), São Paulo (SP), Curitiba (PR), Campo Grande (MS), Pirassununga (SP), Porto Alegre (RS), Brasília (DF), Manaus (AM), Porto Velho (RO) e Boa Vista (RR). Se aprovado em todas as etapas, o candidato fará o Curso de Formação de Oficiais Aviadores, Intendentes e de Infantaria na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga (SP), durante quatro anos. Na AFA, eles serão considerados Cadetes da Aeronáutica, receberão auxílio financeiro, terão direito à moradia, alimentação e plano de saúde. Após a conclusão do curso com aproveitamento o aluno será nomeado Aspirante a Oficial. A remuneração inicial do aspirante é de R$ 7.027,50. Para obter mais informações, consulte o edital em: www.fab.mil.br

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Embraer

Características do cargueiro KC-390
A Embraer lança filme de divulgação das diversas características e finalidades do KC-390. Os requisitos do cargueiro foram estabelecidos pela Força Aérea Brasileira e é o maior avião já produzido no Brasil. Estão em andamento os testes com o protótipo, que proporcionará a primeira certificação da aeronave.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Datas Especiais

28 de Abril:
Dia da Travessia do Atlântico
O Governo do Estado de São Paulo, através da Lei Estadual nº 9.933/98, instituiu a data como comemorativa ao feito da primeira travessia do Oceano Atlântico, que foi realizada por brasileiros. Mas muitos não têm, sequer, ideia do que se trata esta comemoração. Há 88 anos os brasileiros entravam para a História por serem os primeiros das três Américas a realizarem a travessia do Oceano Atlântico dispondo de apenas uma aeronave. E esta travessia foi realizada a bordo do “JAHÚ”. 23 dias após os brasileiros, o norte-americano Charles Augustus Lindbergh, fez um voo de Nova York a Paris e até hoje é admirado e cultuado como pioneiro neste tipo de travessia. E os brasileiros? Caso semelhante ao de Santos Dumont e os irmãos Wright. Infelizmente nosso povo esquece rápido nossa História e não cultua nossos heróis.
Temos sempre que avivar a nossa História e não apenas admirar os heróis e histórias dos outros. Estou escrevendo um livro contando desde os primeiros esboços do avião Savoia Marchetti S-55 para mostrar o “JAHÚ” desde quando era "Alcione" e tentou a travessia com o Conde Eugenio Casagrande, mas sofreu um acidente e ficou semi-afundado em Casablanca, até a sua mais recente restauração pela Helipark e onde está exposto no Museu TAM em São Carlos – SP. Esta data é importante para que as gerações futuras tenham a memória de nossos heróis do passado.

Texto: Alexandre Ricardo

Saiba mais: Blog do NINJA dos dias 31/08/2014   e 24/08/2014

Embraer

Embraer busca novo mercado

Unidade voltada para Defesa e Segurança quer desenvolver veículo lançador, novos satélites e avançar na área espacial

A Embraer Defesa & Segurança estuda ampliar sua presença no programa espacial brasileiro e inclui a possibilidade de explorar projetos na área de foguetes. A meta, segundo o presidente da unidade, Jackson Schneider, é ter uma empresa integradora na área espacial. “Isso pode incluir desenvolvimento de veículo lançador e de novos satélites”. A empresa iniciou seus negócios na área espacial em 2013 com o projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas, no qual é responsável pela gestão dos fornecedores e do lançador, além da integração dos sistemas. O satélite é produzido pela empresa francesa Thales Alenia Space e o lançamento será feito pela Arianespace, no segundo semestre de 2016. O custo total do projeto é de R$ 1,3 bilhão. Em 10 de março deste ano, a Thales inaugurou em parceria com a Omnisys um Centro Tecnológico para Espaço e Defesa, em São José dos Campos-SP. 

Rompimento
Para o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Nivaldo Luiz Rossato, a decisão do governo federal de romper o acordo com a Ucrânia para o lançamento do foguete Cyclone-4, do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, abrirá outras perspectivas para o programa espacial brasileiro. “A Embraer tem demonstrado interesse no nosso VLM (Veículo Lançador de Microssatélites)”, disse o comandante, em nota.

Foguete
O projeto do VLM é prioritário no programa espacial brasileiro. O foguete é desenvolvido em parceria com o Centro Espacial Alemão e prevê a participação da indústria nacional desde as primeiras fases de concepção. Segundo estudos já feitos por especialistas, o VLM tem potencial de mercado promissor, tendo em vista que ainda não existe nenhum outro foguete dedicado para atender a essa faixa de mercado (cargas úteis de 120 a 150 quilos). “Estamos interessados em avançar na área espacial, o que abre espaço para atuarmos junto aos principais participantes desse processo”, afirma Schneider, por meio de nota.

Ipanema
A Embraer mostrará na 22ª edição da Agrishow, feira em Ribeirão Preto (SP), o novo avião agrícola, o Ipanema 203, que é maior do que a versão anterior, com 1.360 unidades vendidas. A unidade pré-série do novo Ipanema 203 realizou seu primeiro voo no último dia 16 de abril.

Fonte: O Vale

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Concurso para Sargento da FAB

Aeronáutica tem 283 vagas para cursos na EEAR
As inscrições podem ser feitas até o dia 19 de maio

Estão abertas as inscrições para o concurso ao Curso de Formação de Sargentos da Aeronáutica (CFS-B 2016). As inscrições devem ser feitas até o dia 19 de maio de 2015 no site www.eear.aer.mil.br. A taxa é de R$ 60,00. Este ano ocorrerão dois concursos para o CFS-B: um no primeiro semestre e outro no segundo semestre. O edital, lançado nesta semana, disponibiliza 283 vagas para 14 especialidades. Os aprovados no concurso começarão as aulas no dia 10 de janeiro de 2016. Para participar do exame o candidato não pode ter menos de 17 anos e nem completar 25 anos de idade até 31 de dezembro de 2016 (conforme alínea “h”, inciso V, Art. 20 da Lei nº 12.464). Os interessados devem possuir ensino médio completo, entre outros requisitos estabelecidos no edital. O processo seletivo é composto de provas escritas (Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Matemática e Física), inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica, teste de avaliação do condicionamento físico e validação documental. As provas serão realizadas no dia 12 de julho de 2015 nas seguintes cidades: Belém (PA), Recife (PE), Fortaleza (CE), Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), São José dos Campos (SP), Campo Grande (MS), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Brasília (DF), Manaus (AM) e Porto Velho (RO). Se aprovado em todas as etapas, o candidato fará o curso na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), em Guaratinguetá (SP), durante dois anos. Após a conclusão do curso com aproveitamento, o aluno será nomeado Terceiro-Sargento e receberá um salário inicial bruto de R$ 3.686,25.

Quadro de Vagas

OPÇÃO 01 – AERONAVEGANTES
SOMENTE SEXO MASCULINO
1.
BMA - Mecânica de Aeronaves
45
2.
BMB - Material Bélico
11

OPÇÃO 02 – AERONAVEGANTES
AMBOS OS SEXOS
3.
BCO – Comunicações
11

OPÇÃO 03 - NÃO-AERONAVEGANTES
SOMENTE SEXO MASCULINO
4.
SGS - Guarda e Segurança
22

OPÇÃO 04 - NÃO-AERONAVEGANTES
AMBOS OS SEXOS
5.
BEV - Equipamento de Voo
4
6.
BMT – Meteorologia
7
7.
BSP – Suprimento
11
8.
SAI – Infor. Aeronáuticas
10
9.
SDE – Desenho
6
10.
BEP - Estrutura e Pintura
9
11.
SEM – Eletromecânica
6
12.
SML – Metalurgia
4
13.
SBO – Bombeiro
9

OPÇÃO 05 - CONTROLE DE TRÁFEGO AÉREO
AMBOS OS SEXOS
14.
BCT –Contr. de Tráf. Aéreo
128

Saiba mais: www.fab.mil.br 

Outros concursos para a Aeronáutica: Veja blog do NINJA de 23/04/2015

domingo, 26 de abril de 2015

Especial de Domingo

O único aviador brasileiro veterano da Segunda Guerra Mundial ainda vivo, aos 95 anos, o Major John Buyers concedeu entrevista, em dezembro de 2013, no Museu do Segundo Comando Aéreo Regional, no Recife (PE), reproduzida, em 2015, pela Agência Força Aérea, em comemoração aos 70 anos da vitória brasileira pelo Primeiro Grupo de Caça nos céus da Europa, na luta contra o nazifascismo.
Boa leitura.
Bom domingo!

Heróis Brasileiros


Um mineiro é o último aviador herói brasileiro da Segunda Grande Guerra

Nascido em Minas Gerais, mas filho de norte-americanos, o Major John Buyers participou da Segunda Guerra Mundial como oficial da Aviação do Exército dos Estados Unidos (USAAF). Por falar português fluentemente, foi designado para atuar como oficial de ligação entre o Comando dos EUA e o 1° Grupo de Aviação de Caça, o esquadrão de combate da Força Aérea Brasileira que se tornou o único da América Latina a participar da guerra na Europa, entre 1944 e 1945. Sua função seria apenas burocrática, mas ele foi voluntário para voar 21 missões de combate ao lado dos seus colegas da FAB. Duas delas aconteceram no dia 22 de abril de 1945, lembrado até hoje como o Dia da Aviação de Caça. Aos 95 anos, o Major John Buyers é o único aviador brasileiro veterano da Segunda Guerra Mundial ainda vivo. Em entrevista concedida em dezembro de 2013 no Museu do Segundo Comando Aéreo Regional, no Recife (PE), ele brinca: "sou o viúvo!". John Buyers lembra das missões nos caças P-47 Thunderbolt e da vida ao lado dos pilotos brasileiros. Mas o oficial americano não se refere a “eles”: apesar de ter passado o conflito em um uniforme dos EUA, o veterano não hesita em se referir aos brasileiros como “nós”. Confira abaixo a íntegra da entrevista:

É verdade que o senhor conheceu Santos Dumont?
Conheci. Meu Deus, como é que eu vou contar? Ele morava em Petrópolis e eu fui procurá-lo lá. Encontrei, conversei com ele um bocado. Recebeu-me muito bem. Foi uma aventura pra mim porque ele já era um homem velhinho. Não me conhecia, nunca me viu mais gordo. Aí então eu meti a cara e fui lá conversar com ele (risos). Mas foi muito bom. Não esqueço nunca a palestra que eu tive com ele. Eu tenho certeza que ele não se esqueceu de mim não. Eu não pilotava avião não, mas eu era maluco por aviação.

E a Carmem Miranda também?
Eu conheci Carmem. Ela estava passando e eu disse: “Ô Carmem, não quer tirar uma fotografia comigo não?”. E ela disse: “Vem cá, meu bem”. Aí chegou lá, me abraçou, e ela foi embora. Nunca mais vi. (risos).


Mas daquele tempo, sua maior lembrança é a participação na Segunda Guerra Mundial, não é?
Nem pergunta, porque foi uma época da minha vida que eu nunca, mas nunca vou esquecer. Porque fomos a uma guerra e foi matança pra aqui, matança pra ali... E o Brasil fez bonito, viu? O Brasil fez bonito na campanha lá. E eu tenho muito orgulho do meu grupo de caça. (lágrimas).

É verdade que inicialmente os americanos não acreditavam muito que o Brasil conseguiria ter um grupo de aviação de caça na guerra?
Eu penso que eles achavam que o Brasil talvez não pudesse, mas foi insistido. E o americano estava querendo pegar o Brasil pelo pé (risos) para ser um bom companheiro para ele. Então ele deu tudo, tudo o possível para esse Grupo de Caça. O americano deu de graça para nós, de graça. E nós fizemos bonito, muito bonito. Nunca pensaram que nós íamos conseguir isso.

O senhor era o Oficial de Ligação. Não tinha qualquer obrigação em voar missões de combate. Mesmo assim, voou 21 vezes ao lado dos brasileiros. Por que isso? Por que arriscou a própria vida mesmo sem precisar?
Eu estava em uma guerra. Eu queria participar da guerra. E eu estava com o grupo de caça… (sorriso) E eu pedi, eu entrava na frente. Mas levei muito tiro. Levei muito tiro. Meu avião voltou várias e várias vezes com buracos. Mas a gente foi pra frente.

Durante a guerra o senhor tinha 24, 25 anos. O que leva um jovem a querer participar da guerra?
É a aventura. Não tem nem dúvida. Foi uma aventura mesmo que nós tivemos lá. Mas nós corríamos o risco. Uns não conseguiram. Morreram, tiveram que saltar de paraquedas, foram parar em campo de prisioneiros. Outros ficaram escondidos lá no meio do mato até que terminasse a guerra. Então tem de tudo.

É verdade que o Tenente-Coronel Nero Moura estava preocupado com um “excesso de coragem” dos pilotos brasileiros?
Estava. Às vezes estavam exagerando um pouco. Mas isso é coisa da mocidade. Você tem um aviãozão cheio de metralhadoras e você não vai fazer nada contra o inimigo? Eles metiam mesmo pra frente para ganhar a guerra e ganhar experiência para o Brasil.

O senhor lembra das suas missões?
Lembro. A gente não esquece. Não sei como eu posso dizer para você. Eu tive sorte. Eu levei muito tiro, mas nenhum deles foi fatal. Não tive que saltar de paraquedas. E eu tenho muito orgulho do primeiro grupo de caça. Porque eles fizeram bonito. Ninguém pensava que o Brasil ia fazer o que fizemos. Mas eu procurava orientar também os pilotos brasileiros para eles não se exporem demais. Eu conversei com os pilotos americanos que estavam lá e eles me explicaram coisas, como fazia, como era e tal, e passava isso para o pessoal brasileiro.

O 1° Grupo de Caça voava o P-47, o “trator voador”. Dava confiança voar aquela aeronave em combate?
Ah, dava! Por que não? Ele era muito maneável. Foi um avião extraordinário. E nós tivemos muita sorte. Tem isso também. Eu acho que dos pilotos eu sou o último, não tem mais nenhum brasileiro. Eu sou o viúvo (risos).

Mais que colegas, amigos de muitos anos?
Ah sim. Isso você não consegue tirar da cabeça nem do coração.

Nero Moura foi um amigo em especial?
Sim, senhor. Um grande amigo e não esqueço nunca do Nero Moura. Eu, às vezes.... Não tem mais nenhum deles vivo. Todos já morreram. Eu sou o último. (choro) Eu perdi muitos amigos. Mas eu ganhei muitos.

Olhando essa maquete atrás do senhor a gente lembra que o Grupo de Caça precisou enfrentar chuva, lama, neve... Qual era o segredo para, mesmo assim, conseguir cumprir tantas missões? 
Eram os mecânicos. Os mecânicos foram muito bons. Foram muito bons mesmo. Eu não me lembro de nenhuma missão que tivesse voltado por um problema qualquer no motor ou falha do mecânico. Não existiu. Eles sabiam e eles queriam que nós fossemos e voltássemos. Era um encaixamento ali que eu não sei explicar, mas nós dependíamos dos mecânicos e os mecânicos dependiam de nós.


Depois de cumprir as missões, como era dormir no fim do dia?
Todo mundo dormia com sossego. Dormia com sossego e com o orgulho do que tinha feito naquele dia. É uma coisa que a gente não sabe explicar (sorriso).

Havia medo, também?
Medo? (risos) O cabelo ficava arrepiado, mas a gente ia mesmo. Ninguém ia voltar sem fazer a missão que tinha saído para fazer. Agora, tem uma vantagem, nossos pilotos eram de primeira. E nós tivemos um treinamento muito bom.

Além de dormir, o que dava para fazer para tentar relaxar?
Escrever cartas para casa. Eu escrevia para meu pai porque ele estava preocupado. Eu procurava mandar uma carta de dois em dois dias porque chegava lá e ele sabia que tava tudo bem. E assim eram os outros também.

O senhor contava tudo nas cartas ou procurava só deixar o seu pai mais tranquilo?
Não contava que levei tiro aqui, levei tiro ali. Escrevia uma carta de saudades. Muitos arranjaram namoradas lá, também, né?

E quem fazia mais sucesso, o brasileiro ou o americano?
Eu não sei dizer a você porque eu não fui procurar isso. Cada um fizesse como quisesse! É coisa lá deles mesmo. Eu tinha uma namorada aqui e eu escrevia carta para ela.

O 1° Grupo de Aviação de Caça combateu na Itália de outubro de 1944 até maio de 1945, no fim da guerra. Os pilotos que chegaram no início ficaram até o final, sem substituição. Tivemos pilotos com 80, 90 e até 100 missões. Ninguém pediu para ir embora?
Não. Isso não existiu. Nós estávamos orgulhosos daquilo que nós estávamos fazendo. E nós sabíamos que tínhamos que voltar para o Brasil, e de cabeça erguida. Não tivemos nenhum que fizesse uma missão e depois dissesse "não vou mais". Isso não existiu. Ele ia a primeira, e queria a segunda, a terceira, a quarta (risos).

Quando o senhor estava em uma missão, o que passava pela cabeça?
Cai fora pra não ser abatido!!! (risos).

Que tipo de alvo o senhor atacou?
Tudo o que você pode imaginar. Eu peguei vários. O inimigo precisava de munição. Então a gente procurava descobrir onde estava a munição dele e atacava aquele negócio. Eles ficavam sem meios de lutar. O alemão era bom mesmo. Mas houve um período em que eles estavam ficando sem munição. Então eles escondiam e nós descobrimos onde é que estava. A gente ia lá, metralhava e bum, explodia aquela porcaria. Eles que se danassem! Também tem outra coisa: eles pegaram tudo que tinham e botavam ali, às vezes, sem um treinamento muito bom. Então nós tivemos essa vantagem. Nós tivemos um preparo muito bom.

O senhor pensava sobre o inimigo? Sobre aqueles homens que combatiam pelo outro lado? 
Aquilo é uma guerra. Eles estavam lá para matar a gente e a gente estava lá para matar eles. É isso aí, né? Quanto mais inimigos você pudesse acabar...

Por outro lado, como era quando um brasileiro não voltava de uma missão?
O que é que podia fazer? O que é que a gente podia fazer? (silêncio) Nós chorávamos. Guerra é guerra. E a gente procurava não fazer o mesmo erro que ele fez. Às vezes era um erro que ele fez. A gente não fazia a missão do mesmo jeito que ele fez, aquele ataque. Mas nós tínhamos uma tropa muito boa. Éramos muito jovens e inventávamos ataques (risos). Nós atacávamos dessa altura do chão (eleva o braço na altura do ombro) e ele não tinha mais como procurar.

E como foi a alegria quando o Tenente Danilo Moura voltou depois de fugir durante 30 dias depois de ter sido abatido?
Ah! Ninguém dormiu naquela noite. Foi uma brincadeira tão grande. A gente se abraçava, rolava no chão (risos) (silêncio) (lágrimas). É isso a vida, né? A vida é assim. Mas você não sabe a história toda do Danilo. O Nero não tinha escrito para a família dele dizendo que o Danilo tinha sido abatido. Ele disse: “O que é que eu vou dizer? É meu irmão mais moço. E os meus pais vão ficar muito tristes”. Aí então eu disse: “Ô Nero, espera mais um pouquinho. Que diferença vai fazer? Se você escrever hoje, ou amanhã, ou depois de amanhã. Não faz diferença nenhuma. O fato é que nós não sabemos onde o Danilo está”.


O 1° Grupo de Aviação de Caça recebeu a Presidential Unit Citation, um reconhecimento direto da Presidência dos Estados Unidos. O que os brasileiros fizeram de especial?
Isso tem duas coisas. Uma é que o Brasil merecia. A outra é que os Estados Unidos não querem brigar com o Brasil de jeito nenhum, por nada. Nós somos grandes amigos. Os americanos são grandes amigos do Brasil. E até hoje, até hoje, os americanos falam sobre essa atuação do Primeiro Grupo de Caça, nosso brasileiro, e eles são muito agradecidos pelo trabalho que nós fizemos. O Brasil foi uma coisa que eles nunca pensaram que iria ser. O que é que o Brasil era? O Brasil era uma porcaria. Pilotos brasileiros fizeram um sucesso, eles mostraram que os brasileiros não são uns porcarias, uns m... qualquer.

Como é que foi quando o senhor soube que a guerra havia acabado?
(sorriso) Sabe que eu não me lembro? Foi uma festança danada. A gente atirava com o revólver pra cima. Bum bum bum pá pá pá rá rá. Fazia barulho, fazia muito barulho (risos).

O senhor voou B-17, B-25, T-6, P-47... Que aeronaves o senhor voou na guerra?
Pilotava. Mas na guerra, só o P-47.

Mas havia também um B-25 para missões de apoio, não? O senhor teria se afeiçoado muito a esse avião...
Desert Lil’ [Havia o costume, na época, de batizar as aeronaves com apelidos. Desert Lil’ era o nome do B-25 que cumpria missões de apoio para o 1° Grupo de Aviação de Caça]. Aquele era meu avião. Ninguém voava com ele.

Por que ele era bom?
Não! É porque eu não podia arrumar outro! Se um cara quebrasse o avião a gente não tinha outro.

Foi seu avião preferido?
Todo avião que você consegue pousar e não quebrar, é bom! (risos) O avião foi ótimo!

O que o senhor fez depois da guerra?
Me casei e fui trabalhar na usina de açúcar do meu sogro.

E sentia falta da guerra? A guerra deixa saudades?
Eu tenho lembranças boas, vamos assim dizer, porque eu consegui escapar. Não fui atingido de uma forma a ser ferido, nada disso. E quando eu voltei para o Brasil eu já escrevia para uma menina, aí eu me casei com ela.

Parou de voar?
Praticamente. Eu fiz muito correio aqui no Brasil. Fiz todo Brasil, tudo, tudo, tudo quanto era aeroporto por aqui. Depois plantei árvore. Plantei muita árvore. Hoje na minha idade não dá mais, eu olho para uma árvore e sei que a plantei, não sei quantos anos atrás, mas plantei.


E o senhor é feliz?
Sim! Felicíssimo. Porque estou vivo, tem umas mulheres maravilhosas aqui: a minha esposa e a minha filha. Eu sou um homem feliz. Há muitos anos eu fui ao Vaticano. Fui na Capela Sistina. E eles estavam ordenando oitocentas pessoas lá. E eu tinha ido só para ver. Aí eu tinha levado uma garrafa de guaraná para se tivesse sede. E eu dei essa garrafa de guaraná para o chefe deles, e ele veio e me batizou lá na Capela Sistina. Eu sigo o batismo daquele dia. Não vou nem para cá nem para lá, é aquele batismo. Sou feliz.

E qual o segredo para essa felicidade?
É você saber viver e obedecendo as leis de Deus que vai dar certo.

E para a saúde? Como manter a saúde até hoje?
Regular hours in clean living [vida regrada e sem excessos]. Se você seguir isso, você vai viver muitos anos.

sábado, 25 de abril de 2015

Gripen NG

Maquete em tamanho real do Gripen NG é entregue à FAB
A curiosidade e o entusiasmo marcaram a exposição da maquete em tamanho real do caça Gripen NG, na Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro. É a primeira vez que o equipamento é montado e exposto em uma unidade da Força Aérea Brasileira (FAB). Os militares e convidados puderam entrar e interagir com o Gripen. O evento fez parte da programação da Reunião da Aviação de Caça, que contou com a participação de 11 unidades aéreas que voam as aeronaves F-5, A-1 e A-29, de 18 a 22 de abril de 2015. Depois de passar por Santa Cruz, a maquete segue para Brasília onde permanecerá sob a guarda da Base Aérea local e poderá ser utilizada em eventos como os tradicionais Portões Abertos nas cidades brasileiras, quando a população terá a oportunidade de conhecer como será o futuro caça da FAB. O clima e a localização geográfica da capital federal foram determinantes para escolha do lugar onde o modelo ficará guardado, que facilita a conservação do material e está em uma região central do país. O transporte pode ser feito por carretas ou com a ajuda das aeronaves C-130 Hércules. A previsão é que ainda este ano a maquete participe de exposições estáticas abertas ao público. A maquete foi cedida temporariamente pela Saab, fabricante do Gripen, e uma agenda de exposições está em fase de elaboração. É feita de fibra de vidro, madeira e metal. O painel pode ser ligado e permite visualizar algumas das funcionalidades da aeronave multitarefa. Também fazem parte os protótipos dos armamentos que podem ser utilizados no Gripen, como o míssil A-Darter. São necessários dois dias de trabalho para a montagem. Os equipamentos pesam cerca de 11 toneladas e ficam armazenados em dois containers. “A montagem do modelo requer um trabalho minucioso, é um quebra-cabeças onde todas as peças têm um lugar bem específico, inclusive dentro do container. Se a sequência não estiver correta, o material não se encaixa”, afirma o mecânico Suboficial Divaldo Soares.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Segurança de Voo

Encontro em SP vai atualizar profissionais da segurança operacional

Os interessados têm até o dia 8 de maio para realizar o cadastro no evento

O Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV) vai reunir Gerentes de Segurança Operacional de empresas aéreas (GSO) e elos do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER) no dia 18 de maio em São Paulo. O objetivo é atualizar os profissionais da segurança operacional e debater assuntos de prevenção de acidentes aeronáuticos nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) também participará do encontro com debates e esclarecimentos sobre o Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional (SGSO). Os interessados têm até o dia oito de maio para se cadastrar no link http://goo.gl/forms/Hf42shJcLc. Para mais informações, entre em contato, por meio do e-mail previne.seripa4@gmail.com ou do telefone (11) 2221-5635 / 5636.

Serviço:
II Encontro de Gerentes de Segurança Operacional e Elos-Sipaer
Local: Auditório do SERIPA IV
Avenida Braz Leme, 3258, Santana - São Paulo (SP).
Data: 18 de maio
Horário: das 9h às 17h

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Concursos para a FAB

Aeronáutica tem concurso para bacharéis e técnicos
Para quem tem nível superior e está interessado em seguir carreira de oficial na FAB, estão abertas as inscrições para quatro concursos que contemplam 21 profissões, somando 75 vagas. Para participar dos exames de admissão de Dentistas, Engenheiros e Farmacêuticos, os candidatos não podem completar 36 anos até o dia 31 de dezembro de 2016. Já os profissionais que participarem do exame de admissão para o Estágio de Adaptação de Oficiais de Apoio deverão ter no máximo 32 anos em 31 de dezembro de 2016. As inscrições seguem até as 15h (horário de Brasília) do dia cinco de maio e a prova acontece no dia 14 de junho.

IFI: análise curricular
E no dia 22 de maio de 2015 terminam as inscrições para o processo seletivo de admissão de servidores civis temporários do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI). Estão sendo oferecidas 34 vagas: 22 para engenheiros, 3 para administradores e 9 para técnicos (7 em mecânica de aeronaves e 2 em eletrônica). A seleção será feita por meio de análise curricular e os profissionais vão trabalhar em São José dos Campos (SP).

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Datas Especiais

22 de abril:
Dia da Aviação de Caça
O Dia da Aviação de Caça é celebrado neste dia 22 de abril, pela Força Aérea Brasileira, homenageando os principais responsáveis pela manutenção e defesa da soberania do espaço aéreo e enaltecendo os feitos dos brasileiros na Segunda Guerra Mundial, entre 1944 e 1945. O dia 22 de abril é o aniversário da Aviação de Caça, por ter sido o dia de sua maiores realizações no Teatro da Itália na Segunda Guerra Mundial. No dia 22 de abril de 1945, o 1º Grupo de Aviação de Caça realizou 11 missões de 44 sortidas, com somente 22 pilotos. Foram destruídos naquele dia, 97 transportes a motor (avariados 17), um parque de viaturas, imobilizados 35 veículos, 14 edifícios ocupados pelo inimigo (avariados 3), uma ponte rodoviária (avariada), uma ponte de balsas e outra ferroviária, 3 posições de artilharia (avariadas), além de um sistema de trincheiras de grande importância tática.

As sete décadas de tradição também significam a necessidade de buscar atualizações.São cinco perfis de pilotos e futuros pilotos, desde a Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR) e Academia da Força Aérea (AFA) até os Esquadrões que operam aeronaves de caça. Se novidades como o caça Gripen NG e o míssil A-Darter ainda não estão disponíveis, a Semana da Aviação de Caça, celebra o compromisso dos militares pela FAB, desde a atuação nos céus europeus durante a Segunda Grande Guerra, contra a tirania nazista. "Em operações nas quais há a presença de forças estrangeiras, tornou-se comum ouvir elogios ao desempenho apresentado pelos pilotos de caça da Força Aérea Brasileira", garante o Brigadeiro do Ar Fernando Almeida Riomar, Comandante da Terceira Força Aérea (III FAE), organização responsável pelo preparo operacional dos 10 esquadrões de caça da FAB e de mais três de reconhecimento.

Renovação
O principal projeto de reequipamento da FAB, a aquisição dos Gripen NG, ainda está em curso, mas nos últimos 10 anos houve uma grande renovação da frota. Em 2005, a FAB ainda contava com os modelos F-103 Mirage e AT-26 Xavante, ambos com tecnologias da década de 60. Os F-5 ainda estavam no mesmo patamar de quando chegaram, em 1975. Os A-1, recebidos inicialmente no fim dos anos 80, eram as aeronaves de caça mais modernas da FAB. De lá para cá, os F-103 e AT-26 foram aposentados, e os F-5 e A-1 passaram por processos de modernização. No caso dos F-5, novos mísseis Derby, o novo radar Grifo e sistemas de bordo atualizados permitiram atuar no chamado combate BVR (do inglês Beyond Visual Range, ou além do alcance visual), quando os pilotos combatem a distâncias tão grandes que sequer enxergam os inimigos.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Aniversário de Brasília

A FAB e sua relação com a capital federal

A Força Aérea teve papel fundamental na construção de Brasília 

Transporte de material de construção, apresentação da Esquadrilha da Fumaça, construção da futura Base Aérea. A ligação da Força Aérea Brasileira (FAB) com Brasília remonta a elos estabelecidos antes mesmo de sua inauguração, em abril de 1960. De lá para cá, essa relação com a capital federal, que completa hoje (21/04) 55 anos de existência, só se intensificou. Atualmente, 6.319 militares da Aeronáutica servem em 35 unidades na cidade. E muitos deles fizeram da capital mais do que seu local de realização profissional: a transformaram em lar definitivo.

É o caso do Major Aviador Adriano Barbosa Maia, do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA). O militar nasceu em Brasília e se mudou para Pirassununga (SP), em 1996, para cursar a Academia da Força Aérea (AFA). Já em 2003, ele teve a oportunidade de voltar à capital federal, onde permanece até hoje. Casado e pai de dois filhos, o Major conta que gosta muito do clima, da arborização e da organização da capital. "Servir à FAB morando em Brasília significa uma oportunidade de permanência na cidade, pelo fato de haver muitas organizações militares e muitas vagas para os diversos níveis hierárquicos, o que favorece aspectos de estabilidade profissional do cônjuge, bem como maior regularidade na vida escolar dos filhos", ressalta o oficial.

Quando a cidade era ainda um canteiro de obras no meio do Centro-Oeste, aeronaves da Força Aérea ajudavam a trazer o material necessário para a concretização do projeto de Lúcio Costa. Naquela fase a participação do Correio Aéreo Nacional (CAN) foi fundamental. "Com a ajuda de aviões da FAB, era possível minimizar os 1.200 quilômetros de distância entre o Rio de Janeiro e Brasília para o translado de insumos de construção. Os aviões do CAN traziam toneladas de materiais, máquinas e apoio braçal para o pontapé inicial na construção da nova capital brasileira", explica a historiadora do Sexto Comando Aéreo Regional (VI COMAR), Tenente Emília Cardoso.

Dias atuais

Brasília concentra várias organizações militares da FAB de grande importância no contexto nacional. Na capital federal, além do Comando da Aeronáutica (COMAER), onde são tomadas todas as decisões estratégicas, estão instalados órgãos destinados à prestação de serviços para a sociedade. O Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I), por exemplo, exerce a vigilância e o controle da circulação aérea geral na região central do Brasil e é responsável pela maior quantidade de tráfego aéreo do País, ou seja, 45% do total. O órgão está capacitado para lidar com 4.000 planos de voo repetitivos e 2.500 planos de voo simultâneos. Também estão instalados na capital federal o VI COMAR, o Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR) e o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro, o COMDABRA, cuja missão é assegurar a soberania do espaço Aéreo nacional.

Base de Brasília

Considerada o portal do Brasil para o mundo, a Base Aérea de Brasília (BABR) tem suas raízes antes da construção da cidade. O Presidente Juscelino Kubitschek criou, pelo Decreto 42.697, de 27 de novembro de 1957, o então Destacamento de Base Aérea de Brasília, unidade que daria origem à atual BABR. Atualmente a Base desempenha um papel fundamental no centro-oeste brasileiro. “A Força Aérea teve uma função importante no transporte de autoridades, como a do próprio presidente Juscelino, em suas visitas de inspeção. A presença de nossas unidades é fundamental para atividades de defesa da capital política do país", ressalta o pesquisador da história da FAB, Coronel Reginaldo dos Santos Guimarães, integrante do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCAER), Além de dar apoio a aeronaves vindas de diversas localidades, a BABR também já recebeu figuras ilustres como o Papa João Paulo II, Chefes de Estado, Seleções de Futebol, entre outras. É da Base também que chegam e partem muitas missões humanitárias. Foi de lá que uma equipe da FAB saiu para realizar o transporte de um pulmão, que proporcionou o primeiro transplante desse órgão no Centro-Oeste.

Fonte: FAB

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Aviação agrícola

Protótipo do novo Ipanema voa pela primeira vez
A unidade pré-série do novo avião agrícola desenvolvido pela Embraer – denominado Ipanema 203 – voou pela primeira vez, no dia 16 de abril de 2015, na Unidade da Embraer em Botucatu (SP), onde o Ipanema é produzido. Segundo o piloto José Maurício Leite Nogueira, “a performance em voo foi excelente, apresentando comandos suaves e precisos”. A aeronave será apresentada ao público pela primeira vez durante a Agrishow, maior evento do agronegócio no País, que será realizada entre 27 de abril e 1º de maio de 2015, em Ribeirão Preto (SP). Evolução do produto que é líder em seu segmento, com mais de 60% do mercado brasileiro e mais de 1.360 unidades vendidas, o Ipanema 203 possui dois metros a mais de envergadura de asa em relação ao modelo anterior e hopper com capacidade 16% maior em volume. A nova envergadura da asa permite uma faixa de deposição 20% maior, o que aumenta ainda mais a sua produtividade. Depois de pesquisas em conjunto com a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), os winglets (pontas das asas) foram reprojetados. O resultado foi a diminuição da área lateral da aeronave, aumentando o controle e melhorando a eficiência da pulverização. O avião tem novo sistema de ar condicionado, cinto de segurança com air bag e cabine mais alta, com novo conceito ergonômico. O assento, por exemplo, foi reformulado e revestido por couro natural perfurado, que permite fácil limpeza, transpiração e possui maior durabilidade. As alavancas de comando e os pedais foram reprojetados, com ângulos mais suaves. Tudo isso para facilitar o dia a dia do operador, permitindo que ele desempenhe seu trabalho com maior conforto e eficiência. O avião Ipanema é o mais longevo da Empresa, com 43 anos de produção ininterrupta. O mercado terá uma aeronave mais avançada, com ganhos na produtividade, sendo a única do mundo produzida em série para voar com etanol.
Líder no mercado de aviação agrícola no Brasil, o Ipanema é utilizado principalmente na pulverização de fertilizantes e defensivos agrícolas, evitando perdas por amassamento na cultura e flexibilizando a operação. As principais culturas que têm demandado o avião são: algodão, arroz, cana-de-açúcar, citrus, eucalipto, milho, soja e café. Ele também pode ser utilizado para espalhar sementes, combater vetores e larvas, e no combate primário a incêndios e povoamento de rios.

Tabela comparativa

Característica
Ipanema 203
Ipanema 202
Compr. das asas
13,30 m
11,07 m
Enverg. da empenagem 
4,27 m
3,66 m
Altura máxima            
2,43 m
2,22 m
Compr. da aeronave   
8 m
7,43 m
Diâmetro da hélice    
2,18 m
2,13 m
Capacidade do hopper    
1.050 litros
900 litros