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domingo, 16 de agosto de 2015

Especial de Domingo

Reproduzimos matéria sobre os temas apresentados pelo Comandante da Aeronáutica à comissão do Senado, em Brasília, nesta última semana.
Uma boa síntese do que veremos no futuro próximo.
Boa leitura.
Bom domingo!

Comandante da Aeronáutica ressalta possibilidades econômicas de projetos estratégicos

Em audiência no Senado Federal, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato expôs expectativas dos projetos Gripen NG, KC-390 e PESE


O projeto de desenvolvimento e aquisição de 36 caças Gripen NG para a Força Aérea Brasileira (FAB) poderá gerar cerca de 14.500 empregos diretos e indiretos no Brasil.

A informação foi dada na última quinta-feira (13/8) pelo Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, durante audiência pública realizada no Senado Federal pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.

O Comandante da Aeronáutica apresentou o cronograma de entrega de aeronaves, entre 2019 e 2024, e a participação de brasileiros no projeto.

Segundo ele, 357 profissionais vão trabalhar na Suécia, e dos 36 jatos, oito serão construídos por eles no exterior e outros 15 no Brasil.


O Tenente-Brigadeiro Rossato lembrou ainda que as empresas estrangeiras participantes do projeto vão trazer aproximadamente 9,1 bilhões de dólares para o Brasil em compensações de natureza industrial, tecnológica ou comercial.

"Investir nos projetos estratégicos significa investir em empregos, conhecimento, geração de renda, tecnologia", disse o Senador Tasso Jereissati.

Já o Senador Ricardo Ferraço ressaltou que para aproveitar todo o potencial econômico dos projetos, é necessário não haver atrasos."Nós não estamos sozinhos na fronteira tecnológica", afirmou.

Sobre o projeto do KC-390, futuro avião de transporte da FAB, o Tenente-Brigadeiro Rossato disse haver estimativa de o Brasil exportar a aeronave.


O protótipo voou em fevereiro deste ano e 28 unidades estão encomendadas para a FAB.

"Ele é importantíssimo para nós, tanto para a integração nacional quanto no aspecto militar", explicou.


O modelo deverá permanecer em produção pelo menos até 2029, com geração de aproximadamente 15 mil empregos ao longo do seu ciclo de desenvolvimento e produção.

Investimento espacial

Outro ponto abordado durante a audiência pública foi o Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE).


O mercado que o Brasil pode alcançar nesse setor, segundo o Comandante da Aeronáutica, é de R$ 41 bilhões.

Além de lançamentos de foguetes brasileiros e do uso dos dois centros de lançamento localizados no Rio Grande do Norte e no Maranhão, o valor viria do uso de satélites, hoje, um valor que o Brasil paga a outros países por serviços como comunicação e monitoramento de áreas.

"Nós da Força Aérea gastamos com satélites para o SISCEAB", disse o Tenente-Brigadeiro, em referência ao Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.

No próximo ano, haverá o lançamento do Satélite Geoestacionário Brasileiro de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), que será controlado no Brasil a partir de um centro de operações em criação pela Aeronáutica em Brasília.

Contudo, o satélite é francês e será lançado a partir da Guiana Francesa.

Já o PESE prevê o lançamento de várias unidades com tecnologia nacional.