Apresentamos, nesta edição, matéria produzida pela redação do NINJA, a respeito do imperdível passeio que deve ser feito por todos os interessados em aviação e tecnologia, ao Museu da TAM, que reúne quase uma centena de aviões de todas as épocas.
Boa leitura.
Bom domingo!
Um dia no Museu da TAM, entre suas 90 aeronaves
Um senhor que com uma bola de tênis presa a um cabo de madeira esfrega o chão, de modo a remover resíduos de borracha de sola de calçado que marcam o piso. Um jovem que pacientemente limpa a parede de vidro protetora de uma área de exposição sobre corrosão. Um rapaz que retoca a limpeza e brilho das partes de um avião Mirage III. Adolescentes guiando crianças entre as aeronaves e explicando em detalhes o significado e a história de certas peças expostas. Assim é o suporte para o visitante do Museu da TAM em São Carlos (SP).
O acervo do maior museu aeronáutico do mundo mantido por uma empresa de linhas áreas está numa grande área ao norte do município de São Carlos, a 15 quilômetros do centro, na estrada SP318, sentido Ribeirão Preto.
O Museu TAM reúne cerca de 90 aeronaves de pequeno, médio e grande porte. O maior exemplar é um Constellation – avião com quatro motores a pistão, nas cores da extinta Panair do Brasil.
Também há aeronaves que fizeram a história da TAM: Fokker 100, Fokker 27, Embraer 110 Bandeirante e os monotores Cessna empregados na então Táxi Aéreo Marília.
Na parte de aviação militar estão raridades da Segunda Guerra Mundial, como o Messerschmitt BF 109, empregado pela aviação nazista, o inglês Spitfire, o americano Corsair e o P47 Thunderbolt que equipou o 1º Grupo de Aviação de Caça da FAB, o “Senta a Pua”, lutando contra o nazifascimo nos céus da Itália.
Lembrando o conflito da Coréia, estão impecáveis exemplares de Mig (Mikoyan-Gurevich) 15, 17 e 21.
O acervo relativo à Força Aérea Brasileira remete ao lendário P47 Thunderbolt, ao monomotor Regente, caça supersônico Mirage III, HS 125, Búfalo C115, P16 Tracker, Gloster Meteor F8 e TF33.
Já a Aviação Naval é representada por um helicóptero Sea King.
Entre os pioneiros e clássicos, o visitante do Museu da TAM poderá apreciar o primeiro de todos, o 14-Bis, e o Demoiselle, criações do gênio brasileiro Alberto Santos Dumont. Verá, também, um Fleet II, de 1931, porém pintado nas cores da heróica Esquadrilha Lafayette, equipe formada por pilotos americanos a serviço da aviação francesa, durante a Primeira Guerra Mundial, e retratada no filme “Flyboys”. Graça e elegância são vistas no triplano American Flea Ship. Ao alto, planadores presos ao teto parecem voar acima dos visitantes.
O museu expõe, ainda, o avião Jahú que proporcionou a tripulantes brasileiros efetuarem, em 1927, a primeira travessia do Atlântico sem escalas e sem apoio de navios; o motoplanador pilotado pelo casal Moss na viagem ao redor do planeta, a partir do Brasil; o Cessna PT-ADV da recordista e pioneira Ada Rogato; e o Waco CSO operado pela aviação paulista na Revolução Constitucionalista de 1932.
Além das dezenas de aeronaves, impecavelmente bem cuidadas, o museu dispõe de ambientes de interação, como o espaço com motivos aeroportuários para crianças, ambiente de Torre de Controle, exposição de uniformes de aeromoças de várias épocas e instalações de comunicação audiovisual com filmes e imagens que narram a história da aviação, da TAM e do próprio museu.
O Museu TAM - que foi visitado por voluntários do NINJA - funciona de quarta a domingo, das 10 às 16 horas, com entrada até 15 horas. Dada a dimensão da coleção, é recomendável reservar de três a quatro horas para ampla observação da exposição. A taxa de ingresso é de 25 reais, com meia-entrada para estudantes de 7 a 12 anos, professores e maiores de 65 anos. Crianças até seis anos não pagam. Às quartas-feiras, o ingresso é gratuito para todos. Grupos podem agendar a visita e dispor de guias que proporcionarão importantes informações a respeito do acervo, principalmente no caso de escolares. O local dispõe de lanchonete e outros suportes ao visitante.
Texto e Fotos: Redação do NINJA
Saiba mais: www.museutam.com.br