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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Aviação Naval / Força Aérea

Caças da Marinha e da FAB realizam inédito reabastecimento em voo entre caças 

O mais comum, quando se aborda o tema Reabastecimento em Voo (REVO), é a compreensão de que uma aeronave de grande porte, denominada KC, como exemplo o Hércules KC130, efetue transferência de combustível de seus compartimentos para uma aeronave de caça. No entanto, uma operação inédita no Brasil, realizada em outubro de 2016, consistiu na transferência em voo de combustível de caças AF-1 da Marinha do Brasil para caças F5M da Força Aérea Brasileira. Veja, a seguir, texto da Comunicação Social da Marinha do Brasil. 

No dia 18 de outubro de 2016, em Anápolis (GO), o Primeiro Esquadrão de Aviões de Interceptação e Ataque da Marinha do Brasil (MB), o Primeiro Grupo de Caça e o Primeiro Grupo de Defesa Aérea, ambos da Força Aérea Brasileira (FAB), realizaram uma operação de Reabastecimento em Voo (REVO) entre aeronaves de caça. No treinamento, o objetivo era que as aeronaves AF-1 da MB provessem um apoio aéreo aplicável à tarefa de sustentação ao combate, transferindo combustível para as aeronaves de uma esquadrilha de caças F-5M da FAB e, por conseguinte, ampliando a autonomia/alcance das aeronaves recebedoras. O fato, inédito no Brasil, se deu graças à capacidade de a MB atuar com aeronaves de caça como reabastecedoras, através do POD de reabastecimento Buddy Store (sistema que permite a passagem de combustível de uma aeronave para outra). Conectado à estação central das aeronaves AF-1, o Buddy Store foi projetado para permitir a realização do REVO de maneira rápida e eficaz em operações navais nucleadas em porta-aviões, assim como cumprir as funções de reabastecedor em aeródromos pequenos. Também pode ser empregado no caso de pane de reabastecedor ou em uma possível falta desse tipo de aeronave. O exercício contribuiu para o desenvolvimento e para a otimização do emprego conjunto dos recursos materiais das Forças Armadas, bem como para aumentar o nível de padronização de doutrina e dos procedimentos. A operação demonstra o esforço da MB e da FAB para intercambiarem serviços, sem comprometerem suas funcionalidades e consubstanciando o conceito de interoperabilidade.

domingo, 30 de outubro de 2016

Especial de Domingo

Hoje, 30 de outubro, teremos o segundo turno das eleições municipais em muitas cidades brasileiras. Pensando nisso, selecionamos do AEROMAGIA um artigo publicado há uma semana, por ocasião do Dia do Aviador. Ele reporta à questão da política e dos políticos, com ênfase nos deputados federais, cuja eleição acontecerá em 2018. Vale para refletir e pensar muito bem na hora de escolher os nossos representantes. E, depois de elegê-los, manter extrema atenção em suas iniciativas, alertando-os sempre, para evitar ações equivocadas.
Boa leitura.
Bom domingo!

Querem monetizar a palavra ‘aviador’

 Texto: Plinio Lins
Publicado no Aeromagia em 23/10/2016

Hoje, 23 de outubro, é dia de parabenizar os amigos que voam e que são apaixonados por aviação – os aviadores. Mas desculpe estragar a festa: pode ser que em breve essa data mude de conotação. 

Meses atrás, conversava eu com um aluno de uma renomada faculdade de ciências aeronáuticas, e que estava agora fazendo o curso de Piloto Comercial. Entre outros temas gerais de aviação, perguntei a ele como era o curso: que tipo de matéria estudavam, se as provas eram difíceis, etc. A resposta que tive foi a do típico enfastiamento pelo qual qualquer universitário brasileiro passa quando vai chegando ao final da faculdade: grande parte das matérias era enfadonha, muitas delas resumidas, outras delas inúteis e apenas para ‘encher linguiça’, o inglês era básico, e boa parte dos alunos preferia matar aula nos bares, preocupando-se com os estudos apenas nas vésperas das provas. Enfim, um curso superior como outro qualquer. Perguntei se havia alguma matéria sobre ‘história da aviação’ (na faculdade de Direito eles ensinam a História do Direito, na de arquitetura tem a História da Arquitetura, etc). Mas para minha desolação, fiquei sabendo que não há ‘história da aviação’ na grade de matérias. Ou seja, todo o desenvolvimento da aviação, histórias de ases e aviadores, tudo isso é desprezado. Nada de moralmente errado, mas também nada empolgante.

Hoje, dia do Aviador, recordo-me de que, quando comecei a fazer o PP, fui contar para minha avó, e ela perguntou: “Então você está fazendo curso de aviador?” Na juventude dela, quem pilotava aviões era sempre um aviador, isso é fato. Mas quando ela disse isso, soou algo ainda muito ‘alto’ para mim. Na minha mente, essa expressão era mais adequada para figuras como o Barão Vermelho, Bob Hoover, Douglas Bader, Eric Hartmann, Pierre Clostermann, Alberto Bertelli, Cel Braga… enfim. Eu respondi à minha avó: “Não, não é curso de aviador, é só de piloto mesmo…para ser aviador vai demorar muito ainda, e nem sei se chego lá”. 


Pela quantidade de textos que surgem no dia 23 de outubro, é possível ver o quão sagrada é a expressão ‘aviador’. É uma palavra que, pelo seu histórico, adquiriu um status quase igual do ‘cavaleiro’, para o qual não bastava dominar um cavalo ou ser um exímio guerreiro. Na época da cavalaria não havia ‘curso de cavaleiro’. Era um conjunto de qualidades técnicas e morais, somadas a experiências de vida, que formavam um cavaleiro. E a aviação quando surgiu tinha algo de cavalaria. O ‘Barão Vermelho’ era uma espécie de cavaleiro – e foi para homenagear sua memória que seus inimigos ingleses inventaram o ‘missing man formation’ (um rito digno de cavalaria). Ter sido piloto de caça na Luftwaffe ou na Royal Air Force durante a Segunda Guerra é quase como ter sido da Távola Redonda… 


Aviadores também foram aqueles que cruzavam o Atlântico navegando com referência visual nas estrelas, ou então os que instituíram o C.A.N. – Correio Aéreo Nacional – pelos rincões do Brasil. Esses podiam ser comparados aos navegadores de caravelas ou aos bandeirantes. E iguais a esses, há muitos outros, que igualmente foram e ainda continuam sendo aviadores, muitos deles vivendo entre nós.

Enfim, dentro de todo esse contexto, eis que, semanas atrás, me deparo com a notícia de que um certo deputado mineiro (Caio Nárcio, clique aqui para ter acesso ao perfil dele na Câmara), provavelmente instigado pelos idealizadores do www.projetoaviador.org, resolveu apresentar – sem qualquer consulta entre os pilotos – um projeto de lei pelo qual, num futuro próximo, o título de ‘aviador’ seja ostentando somente por quem tenha o canudo de uma faculdade aeronáutica. O texto diz assim:

Art. 2º – Para os efeitos desta Lei, ficam estabelecidos os seguintes conceitos e definições:

I – Aviador: Profissional que se ocupa de aviação, titular de licença de piloto de aeronaves em conformidade com o Art.3º desta Lei.

II – Piloto: toda pessoa titular de licença, emitida pela autoridade de aviação competente, para operar e praticar a pilotagem de aeronaves ou veiculo aéreo, independente do caráter profissional, desportivo ou privado da atividade aérea, respeitadas as normas de operação, de navegação, de controle do espaço aéreo, leis e decretos.

Art. 3º – O exercício no País da profissão de Aviador, observadas as condições de capacidade e demais exigências legais, é assegurado:

I – Aos titulares de licença de Piloto Comercial ou de Linha Aérea, expedidas por autoridade aeronáutica competente antes da entrada em vigor desta Lei.

II – Aos titulares de diploma de graduação em Ciências Aeronáuticas, expedido por escolas de ensino superior, oficiais, reconhecidas pelo órgão competente, e que o licencie à pilotagem profissional de aeronaves. No artigo quarto ele dá o seu presente aos aviadores: 

Art. 4º São reservadas exclusivamente aos profissionais em conformidade com o Art.3º desta Lei, a denominação de aviador.

Além disso, esse projeto de lei pretende criar um conselho para ‘cuidar’ dos aviadores (igual à OAB, CREA, CRM, etc):

Art. 19º Ficam criados o Conselho Federal de Aviação – CONFAV e os Conselhos Regionais de Aviação – CRAv, como autarquias dotadas de personalidade jurídica de direito público, com autonomia administrativa e financeira e estrutura federativa, cujas atividades serão custeadas exclusivamente pelas próprias rendas.

§1º O Conselho Federal de Aviação e os Conselhos Regionais de Aviação têm como função orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de aviador.

§2º O Conselho Federal de Aviação é o órgão máximo deliberador do exercício profissional na pratica da aviação.

§3º O Conselho Federal de Aviação terá sede e foro em Brasília, Distrito Federal.

Ora, além de piloto e fotógrafo, sou formado em Direito e envolvido em atividades do Judiciário, e nessa condição posso dizer que 90% desses Conselhos Profissionais não são presididos pelos melhores da categoria, e sim pelos mais politiqueiros. Ademais, salvo raras exceções, a maioria dos Conselhos só atua para ajuizar execuções fiscais contra quem não paga a ‘sagrada’ anuidade (que nunca é barata). Não consigo ver vantagem em criar uma entidade dessas para pilotos (ops, para ‘aviadores’).

Talvez quem idealizou esse projeto realmente tenha sido um bom aluno numa faculdade aeronáutica, e talvez acredite que todos estudantes vão às aulas ansiosos pela aviação em si… mas não saiba que a realidade nacional é que muitos querem apenas se livrar daquilo tudo o quanto antes. E fora que os principais ofícios dessa carreira – sentar num avião, aprender a voar, dominar uma máquina, e adquirir a excelência do airmanship – continuam impossíveis de serem ensinados nos assentos de uma faculdade.

Em grande parte esse projeto de lei parece apenas seguir a tradição recente da nossa aviação tupiniquim, onde quase todos, desde aeroclubes, oficinas, até o mais alto escalão da agência reguladora, são especialistas em ‘criar dificuldades para vender facilidades’.

Mas imaginemos que realmente seja necessário aprovar essa lei: sei que há estudos sobre a real necessidade melhor formar pilotos civis, e não quero desprezá-los aqui. Mesmo assim, devo manifestar a indignação com o despropósito, com a falta de tato, com a bola fora que é pretender que, num futuro próximo, a palavra ‘aviador’ seja usada meramente para qualificar uma licenciatura, uma categoria profissional, e seja concedido por lei àqueles que tenham se sentado num banco de faculdade e feito as habilitações sem um pingo de amor à aviação.

Alguém dirá que na esfera militar o título de aviador é acrescido à patente de quem se formou piloto, e ninguém acha isso um exagero. Mas a carreira militar predispõe naturalmente a uma série de abnegações e sacrifícios que fazem o título ser merecido, mesmo para pilotos ainda pouco ‘voados’, o que não é o caso da maioria dos pilotos civis.

Enfim, o que realmente me revoltou é que o título de ‘Aviador’ – conquistado historicamente por quem ‘comeu muito sal’ na vida aeronáutica – seja transformado em moeda de troca. Se compararmos com o mundo da pintura, por exemplo, seria o mesmo que pretender dizer que ‘somente o profissional formado em uma universidade de Artes poderá ser chamado de artista‘.

Certamente quem fez o rascunho desse projeto de lei não considerou todo o sentido que a palavra ‘Aviador’ adquiriu com o tempo, não só a nível nacional como mundial. Imaginem o absurdo que seria qualificar um veterano que esteja apenas com o ‘PP’ válido como um simples ‘piloto’ (ou será que existirá um ‘aviador aposentado’?), ao mesmo tempo que se conceda sumariamente o título de ‘aviador’ a alguém que acabou de receber um canudo e recém cumpriu as horas mínimas…
Se depender dos burocratas tupiniquins, a Ray-Ban deverá repensar o título da sua série de óculos ‘Aviator”. E os fabricantes de jaquetas idem.
Que encontrem outro título para essa licenciatura, porque é impossível fazer ‘curso de aviador’ lendo livros teóricos dentro de uma sala com ar condicionado. 

Fonte: AEROMAGIA

sábado, 29 de outubro de 2016

Concursos da Aeronáutica

Força Aérea tem 450 vagas para nível superior 

Inscrições de 31/out a 18/nov/2016 

A Força Aérea Brasileira (FAB) publicou dois avisos de convocação para 450 vagas de nível superior: um para as especialidades de Magistério (Ensino Médio e Ensino Superior) e outro para as demais especialidades. As inscrições serão realizadas entre os dias 31 de outubro de 2016 e 18 de novembro de 2016 nas organizações militares listadas em cada Comando Aéreo Regional (COMAR). Os selecionados serão voluntários à prestação do Serviço Militar, em caráter temporário, no Quadro de Oficiais da Reserva de 2ª Classe Convocados (QOCon).  

Magistério 
Para a área de magistério são 46 oportunidades para ensino superior e médio. As vagas são para as cidades de Pirassununga e Guaratinguetá (SP), Barbacena (MG), Rio de Janeiro (RJ), São Luis ou Alcântara (MA), Belém (PA), Belo Horizonte, Lagoa Santa ou Confins (MG). Entre as áreas estão física, economia, filosofia, administração, sociologia, línguas inglesa, espanhola e portuguesa, geografia, matemática, educação física, história.

Bacharéis 
As demais vagas (404) destinadas a profissionais de nível superior envolvem áreas como administração, arquitetura, arquivologia, análise de sistemas, biologia, biblioteconomia, ciências atuariais, ciências contábeis, economia, educação física, jornalismo, pedagogia, museologia, serviços jurídicos, entre outras. Na área de saúde, há oportunidades para enfermeiros, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e nutricionistas. Serão selecionados também profissionais de engenharia de agrimensura, elétrica, da computação, civil, mecânica, metalúrgica, química, de segurança do trabalho e de telecomunicações. Para detalhes das vagas, basta consultar o Anexo C do aviso de convocação.

Requisitos 
Entre as condições para participar do processo seletivo estão ser brasileiro nato, voluntário e ter menos de 45 anos de idade em 2017. A Diretoria de Administração do Pessoal (DIRAP), que supervisiona o processo de seleção, orienta a todos os interessados para ler atentamente o edital e prestar atenção nos Requisitos Específicos para que a inscrição seja aceita. Os candidatos devem observar também os Parâmetros de Qualificação Profissional, que dependem da especialidade pleiteada pelo candidato, onde estarão discriminadas as pontuações previstas para a Avaliação Curricular. É importante verificar os documentos obrigatórios para a inscrição, bem como os necessários para a Avaliação Curricular, que terá no máximo cem pontos. Após a inscrição ser aceita (deferida), os candidatos passarão por etapas de classificação na Avaliação Curricular; o comparecimento na Concentração Inicial; entrega dos exames, avaliações e laudos médicos, a aprovação na Inspeção de Saúde, concentração final e habilitação à incorporação. Os candidatos às vagas de Magistério, além das etapas normais do processo seletivo, serão avaliados em uma aula prática (Avaliação Didática), com caráter apenas eliminatório, com nota mínima sete.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Antonov AN-225

O maior avião do mundo virá ao Brasil
O gigante dos céus, maior avião do mundo, o Antonov AN-225 Myria, pousará no Aeroporto de Guarulhos, no dia 14 de novembro de 2016, por volta de 23 horas, segundo estimativa da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). A decolagem está prevista para 9 horas do dia 15 com destino a Santiago do Chile. É a segunda vez que AN-225 vem ao Brasil. A primeira operação foi em 2010, trazendo equipamentos para a Petrobrás. A aeronave, única no mundo, é operada pela Antonov Airlines.

Características do AN-225
O AN-225 Myria é a maior aeronave civil em operação e foi desenvolvida a partir do AN-124 Ruslan com o objetivo de transportar o ônibus espacial soviético Buran. É impulsionada por seis motores a jato e capaz de transportar até 300 toneladas de carga. Com o peso do aparelho, mais combustível e carga o Myria pode chegar a 600 toneladas como peso de decolagem. Possui 84 metros de comprimento e mais de 88 de envergadura. É o único exemplar do projeto e foi lançado em 1988. Ficou desativado entre 1994 e 1999, quando passou a ser empregado pela Antonov Airlines para transporte de cargas pesadas. Em agosto de 2016, a Antonov celebrou acordo com a indústria chinesa de aviões Avic, para eventual produção em série do AN-225, começando pela conclusão da segunda unidade que está em Kiev, na Ucrânia.

Sobre o AN-124: Blog do NINJA de 01/07/2015

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Força Aérea na Amazônia

Militares levaram atendimento de saúde até Iranduba (AM)
Cerca de 1000 moradores da região amazônica foram atendidos no Hospital de Campanha da Força Aérea Brasileira (FAB), em Ação Cívico-Social (ACISO) realizada no município de Iranduba, localizado a 40 quilômetros de Manaus (AM). A ação fez parte da Operação Amazônia, entre 7 e 18 de outubro de 2016, contando com aproximadamente 40 profissionais de saúde das Forças Armadas em atendimentos incluindo pediatria, ortopedia, cardiologia e centro cirúrgico. Além da ACISO, a Operação Amazônia reuniu mais de 1.800 militares das Forças Armadas e de instituições parceiras empregando nove aeronaves, 28 embarcações e 44 viaturas. O objetivo foi treinar a interoperabilidade das Forças Armadas em diversos cenários.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Aeronaves

Rússia certifica jatos Embraer 170 e 175
Os jatos modelos E170 e E175 fabricados pela Embraer receberam, em 12 de outubro de 2016, a homologação da Agência de Transportes da Rússia. Com isto, as companhias aéreas daquele país poderão adquirir e voar comercialmente os dois modelos de aeronaves da fabricante brasileira. Anteriormente, os modelos E190 e E195 já haviam sido homologados pela agência da Rússia, onde a Saratov Airlines trabalha com o E195 (foto).

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Aviação do Exército

EB tem intenção de adquirir avião de asa fixa
A Aviação do Exército Brasileiro deseja incorporar pelo menos um modelo de asa fixa à sua frota. A informação foi dada pelo Centro de Comunicação Social do Exército ao site airway.uol. A principal opção, segundo aquele Centro, seria o monomotor turboélice Cessna Caravan, já empregado pela FAB (foto). Outros possíveis modelos seriam o Vulcan Air Observer e o Viking Air Twin Otter. A aeronave seria operada principalmente na Amazônia, em apoio aos Pelotões de Fronteira. Atualmente, os deslocamentos para essas localidades de defesa nacional são executados pela Força Aérea Brasileira. A aquisição de aviões de asa fixa faz parte do Plano Estratégico do Exército 2016-2019. A Aviação do Exército - cuja principal unidade de comando é sediada em Taubaté (SP) - foi reativada em 1986 e entrou em operação três anos depois apenas com helicópteros. Os atuais aviões de asa rotativa do Exército são os helicópteros Pantera, Jaguar, Esquilo e Black Hawk .

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Conexão FAB

Programa mostra a maior operação de resgate já feita pela FAB
A edição de outubro de 2016 do programa Conexão FAB detalha como foi o retorno de militares do Para-Sar ao local do acidente do voo 1907, dez anos depois. O programa para as mídias em internet, produzido pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, apresenta também detalhes da 4º Mostra BID, a maior feira nacional na área de defesa e quais são as novidades para o mercado.Outra notícia é sobre os últimos testes do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações, um equipamento que permitirá a expansão da internet banda larga para todo o país.

domingo, 23 de outubro de 2016

Especial de Domingo


SEMANA DA ASA - 2016
 

23 de Outubro:
Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira 

No dia 23 de outubro de 1906, o brasileiro Alberto Santos Dumont, realizava o primeiro voo com uma aeronave mais pesada que o ar, capaz de decolar por seus próprios meios mecânicos e, mediante reações aerodinâmicas, voar com o 14-Bis. Para rememorar aquele feito, nesta data, portanto, comemora-se o Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira.

Santos Dumont no desfile do Dia do Aviador e da Força Aérea
Encenação do encontro de Santos Dumont com a Força Aérea Brasileira atual, desfile militar com cadetes da Academia da Força Aérea e imposição da Ordem do Mérito Aeronáutico. Esses foram os destaques da cerimônia em comemoração ao Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira, realizada sexta-feira, 21, em Brasília (DF).

Homenagem aos aviadores e à FAB 

Em vídeo produzido pelo CECOMSAER, o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, homenageia os aviadores e o efetivo da Força Aérea Brasileira (FAB).

Mensagem alusiva ao Dia do Aviador 

"Celebrar o voo do mais pesado que o ar transcende a importância do feito do brasileiro Alberto Santos Dumont e de seu imensurável legado para a humanidade.

Sua contribuição no campo da aviação, assim como nas outras linhas de pesquisa que desenvolveu, repercutiu em sólidas modificações para nossa sociedade e representa a consolidação da engenhosidade e da persistência em prol de um objetivo, o desenvolvimento.

Dessa feita, cabe a celebração de hoje homenagear os esforços de nossos antecessores e o permanente empenho daqueles que, na atualidade, dão prosseguimento aos feitos do nosso Patrono da Aviação. 

Assim sendo, a Força Aérea Brasileira registra e externa as congratulações para os aviadores, mantenedores, equipes de solo e de apoio, os aficionados, enfim, todos que dão vida à atividade de voar e fazer voar.

Neste momento de celebração, volto minhas palavras aos integrantes da Força Aérea Brasileira.

No ano do nosso septuagésimo quinto aniversário devemos fazer uma reflexão sobre o que somos, onde estamos, o que queremos ser e onde estaremos dentro de vinte e cinco anos, quando completaremos o centenário de nossa criação.

Se olharmos para trás, veremos que construímos uma Força Aérea sobre sólida base de idealismo e carregada de responsabilidade em relação ao destino de nossa nação.

Nascemos sob o fogo da segunda grande guerra e, desde cedo, sentimos a dor do sangue derramado dos nossos jovens aviadores. Marcaram naquele ano de 45 que nosso destino seria vencer ou morrer. Essa forte motivação para encarar desafios traçou o rumo de nosso futuro.

Percebemos e decidimos, já naquela década, que o Brasil teria um futuro com fortes vínculos com a aviação.

Tivemos nestes 75 anos diversas gerações, que foram agregando valor ao nosso espírito aeronáutico, digno de Santos Dumont e de nossos predecessores da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro.

Neste contexto, destaca-se a figura de nosso patrono Eduardo Gomes, um dos heróis dos Dezoito do Forte e criador do Correio Aéreo Nacional, o CAN, que jamais deixou de ter sua fundamental existência para a integração de nosso imenso território. Até os dias de hoje nosso país depende fundamentalmente da aviação para integrar as remotas regiões do norte e noroeste brasileiro.

Não podemos perder a consciência dessa responsabilidade. Devemos, pois, manter o mesmo espírito de Eduardo Gomes, Protásio, Camarão e tantos outros.

Ao valorizar nossa missão de integração nacional, atendemos uma de nossas três grandes responsabilidades, que são integrar, defender e controlar.

Não devemos, entretanto, dispensar menos atenção à grande responsabilidade de defender e garantir a integridade de nosso território.

É primordial ter a consciência da dimensão de nossa área de responsabilidade, de nossas riquezas no mar e em regiões pouco habitadas e carentes de infraestrutura.

Para tanto, devemos estar preparados! As ameaças podem estar ocultas, mas existem e podem mostrar suas garras como temos visto ao redor do mundo em tempos recentes.

Neste contexto, a indispensável incorporação de novos vetores e armamentos, a modernização da estrutura organizacional, o domínio de tecnologias e a plena integração com as Forças coirmãs centrada em um Ministério da Defesa estruturado e coeso, concorrerão para o sucesso de nossa missão.

Outra grande responsabilidade de nossa Força Aérea é manter o controle de 22 milhões de quilômetros quadrados, durante 24 horas do dia, sete dias da semana. Uma missão hercúlea que temos cumprido com maestria, a despeito das restrições financeiras que afetam o sistema. Este trabalho é reconhecido internacionalmente, colocando o Brasil entre os primeiros países em excelência dos serviços prestados.

Para que possamos manter a vanguarda de nossas ações e estarmos plenamente capacitados aos desafios do futuro, nesse ano em que comemoramos o jubileu de 75 anos de nossa Instituição foi lançado um estudo ousado e inovador, o projeto Força Aérea 100.

Um importante conceito, baseado em estudos complexos e estritamente alinhado com o que existe nas modernas Forças Aéreas de todo o mundo, possui como objetivo primordial a centralização de atividades administrativas e a otimização do emprego operacional de nossos vetores.

Assim sendo, o momento nos impele a focar as ações para nossa missão institucional e, motivados pela engenhosidade e perseverança de nosso Patrono, iniciamos esta jornada que nos conduzirá a uma Força Aérea mais forte e operacional.

Integrantes do Comando da Aeronáutica,

Ao celebrar o marcante voo de Santos Dumont, manifesto minhas saudações a cada um dos membros deste efetivo responsável pelo cumprimento das inúmeras atribuições de nossa Força.

Neste contexto de regozijo, rogo que cada um dos senhores e senhoras estejam convictos que o fruto de suas atividades é um Brasil mais justo e soberano. Mantenham, portanto, a radiante chama da motivação. A nação brasileira reconhece seus trabalhos, seja por meio da integração nacional, do desenvolvimento tecnológico, do gerenciamento do tráfego aéreo ou, da permanente vigilância de nossos céus.

Dessa forma, permaneçam serenos e confiantes no fiel cumprimento de suas atribuições para que possamos navegar ombreados por nossos irmãos de armas rumo ao futuro promissor que todos almejamos.

Parabéns pelo Dia do Aviador!

Parabéns a toda a Força Aérea Brasileira!"

Tenente-Brigadeiro do Ar NIVALDO LUIZ ROSSATO
Comandante da Aeronáutica.

sábado, 22 de outubro de 2016

Datas Especiais


SEMANA DA ASA - 2016
 

Dia do Paraquedista: 22 de outubro 
Neste 22 de outubro comemora-se o Dia do Paraquedista. Nessa data, em 1797, o francês André Jacques Garnerin (1769-1823) saltou de uma altura de 600 metros no parque Monceau, em Paris, realizando o primeiro salto bem-sucedido com paraquedas. No Brasil o paraquedismo teve início com Charles Astor, em 1931, no Aeroclube de São Paulo. Em 1944, o Capitão Roberto de Pessoa foi o primeiro militar brasileiro a realizar, nos Estados Unidos, um curso regular de paraquedismo. Em 1945, o Exército Brasileiro enviou aos EUA mais 34 militares, que ao retornar passaram a integrar a recém criada Escola de Paraquedistas do Exército Brasileiro, atual Centro de Instrução Paraquedista General Penha Brasil, organização militar integrante da Brigada de Infantaria Paraquedista, com sede no Rio de Janeiro, RJ. Além do Exército, a Força Aérea e a Marinha mantém militares treinados para incursão em qualquer tipo de terreno com o emprego de paraquedas. No meio civil - como esporte - a atividade é regida pelas normas da CBPq - Confederação Brasileira de Paraquedismo. Os saltos são feitos de alturas que variam de 600 a 3 mil metros. Existem saltos semi-automáticos, nos quais o acionamento do equipamento não depende da ação do saltador. Na modalidade de queda livre, na qual a abertura do velame é comandada pelo saltador, voa-se até 1 minuto em média, seguido de navegação de até 5 minutos, após a abertura do velame.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

ITA


SEMANA DA ASA - 2016
 

Cresce interesse de mulheres pela Engenharia do ITA 
O número de mulheres buscando as carreiras do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), localizado em São José dos Campos (SP), cresceu em relação ao ano passado. É isso que aponta o relatório de estatísticas das inscrições para o exame de admissão ao ITA 2017. No concurso de 2016 foram registradas 3.010 mulheres, representando 24% dos inscritos (12.493). Para 2017, esse montante subiu para 3.164 vestibulandas, ou seja, 25,3 % do total (12.485). “É um aumento significativo. Para se ter uma ideia, dos 995 inscritos em São José dos Campos, 257 são mulheres”, explica o professor Luiz Carlos Rossato, chefe da seção de concursos do ITA. O relatório de estatísticas traça um raio x do concurso de 2017 e apresenta dados interessantes. O número de candidatos inscritos, por exemplo, ficou em 12.485, sendo que 6.182 optaram pela carreira militar. Em 2016, 6.026 haviam feito essa opção. A relação candidato/vaga também se elevou e passou de 89,2 para 113,5.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Datas Especiais


SEMANA DA ASA - 2016
 

20 de outubro: Dia do Controlador de Tráfego Aéreo 
Neste 20 de outubro celebra-se o Dia Internacional do Controlador de Tráfego Aéreo. A data tem como origem o 1º Encontro Internacional de Controladores de Tráfego Aéreo, realizado em 20 de outubro de 1960, na Grécia. Formado e capacitado tecnicamente no Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA) e na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR) e capacitado em gestão sistêmica no Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), o profissional de controle do espaço aéreo desempenha múltiplas funções. Atua principalmente como operador em Torres de Controle, Controles de Aproximação e Centros de Controle de Área. Também pode atuar em busca e salvamento, gerenciamento de navegação aérea, pesquisas, gestão de unidades de proteção ao voo e instrução. No Brasil, o universo de especialistas em controle de tráfego aéreo é responsável por cerca de 3500 voos comerciais diários, além dos voos internacionais, militares e da aviação geral. Isto movimenta 1% do PIB brasileiro e corresponde ao 4º maior tráfego aéreo doméstico mundial. Historicamente, tem-se que a primeira experiência de controle de aeródromo no país, segundo o livro Torres de Controle do Brasil, ocorreu em 1941, no Campo dos Afonsos (RJ), onde operadores iniciaram transmissões para apoiar os aviões da Escola de Aeronáutica, a partir da janela de um improvisado posto de observação.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Espaço


SEMANA DA ASA - 2016
 

Brasil lança foguete de treinamento em Alcântara 
O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), localizado no Maranhão, realizou, no dia 14 de outubro de 2016, o lançamento de um Foguete de Treinamento, na Operação Falcão I/2016. A operação teve por finalidade o treinamento operacional das equipes e meios de apoio, preparação, lançamento e rastreio de foguetes, e ainda, a obtenção de dados para a qualificação e certificação do foguete. O lançamento ocorreu às 11h45min pelo horário local e envolveu mais de 100 militares e servidores do CLA. O veículo seguiu conforme a trajetória prevista voando por 2min e 45s até a queda no Oceano Atlântico a 18km de distância do local de lançamento. O foguete veículo atingiu uma altitude máxima (apogeu) de 31km em pouco mais de um minuto após o lançamento. Outro objetivo importante do lançamento foi atender aos requisitos de recebimento do Lançador Móvel, proveniente do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), visando qualificá-lo para as atividades operacionais do CLA.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Aeronaves

SEMANA DA ASA - 2016
 

C-767 da FAB faz 1ª missão humanitária em ajuda ao Haiti 
O Esquadrão Corsário realizou a primeira missão de ajuda humanitária com o recém-incorporado Boeing C-767 da Força Aérea Brasileira para transporte aerologístico. A aeronave transportou, no dia 14 de outubro, 120 barracas para o Haiti em apoio aos desabrigados pelo furacão Mathew, que atingiu o país no início de outubro de 2016. Num segundo voo, o 767 da FAB levou um grupo com militares da Marinha e do Exército para trabalhos na manutenção de equipamentos de informática, saúde, armamento, refrigeração e viaturas da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (MINUSTAH). Anteriormente, a aeronave já havia apoiado o contingente militar brasileiro que integra a missão da ONU. No próximo dia 22 de outubro, haverá mais uma missão de ajuda humanitária e, em novembro, o C-767 voará em apoio à troca de contingente.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Embraer

SEMANA DA ASA - 2016
 

Aviação comercial recebeu 29 jatos Embraer no terceiro trimestre 
A Embraer anunciou, em 14 de outubro de 2016, que entregou 29 jatos para o mercado de aviação comercial durante o terceiro trimestre de 2016. O número significa 38% a mais que no mesmo período de 2015. A companhia entregou 12 jatos executivos de grande porte, 33% a mais que o mesmo período do ano passado. No entanto, o número de entregas totais para o mercado de aviação executiva caiu cerca de 17% em relação ao terceiro trimestre de 2015.

domingo, 16 de outubro de 2016

Especial de Domingo

A Sociedade Aeronáutica Neiva

No período imediatamente posterior a Segunda Guerra Mundial, verificou-se a migração para o Brasil de técnicos alemães e austríacos, especialistas das mais variadas áreas, inclusive no setor aeronáutico. Foi o caso de Willibald Weber, engenheiro aeronáutico austríaco, que trabalhou na Cássio Muniz, empresa que realizava a manutenção dos aviões Cessna no Brasil.

Weber realizou no país o projeto de um bimotor metálico de cinco lugares, inspirado num modelo tcheco-eslovaco. Em 1952, a Cássio Muniz resolvia participar da construção da aeronave projetada por Weber, dessa forma batizada Cassmuniz.

O aparelho contava com dois motores Continental de 195 cavalos cada. Até fins de 1954, o protótipo realizou testes sendo então homologado pelo ITA. Nesse momento, a Cássio Muniz propôs à Cessna uma joint-venture para a fabricação no país de monomotores da empresa norte-americana e do bimotor Cassmuniz. A Cessna recusou, e a empresa brasileira desistiu do projeto, vendendo o protótipo a Weber.

A aeronave acumulou milhares de horas de voo até 1968, quando se acidentou em função de uma pane no motor, demonstrando mais uma vez a exequibilidade da fabricação no país de aeronaves de maior complexidade técnica mediante a importação de cérebros. Poucos anos depois, o Bandeirante, primeiro bimotor fabricado em série no país, foi projetado por uma equipe que tinha um especialista estrangeiro como coordenador.
Willibald Weber deixou a Cássio Muniz e fundou uma oficina de manutenção de aviões em Botucatu, no interior de São Paulo, associando-se mais tarde com José Carlos Neiva para fundar a Sociedade Aeronáutica Neiva.

Em 1945, José Carlos Neiva projetou um planador de instrução, de dois lugares e estrutura de madeira. Era o início de suas atividades industriais aeronáuticas. Denominado Neiva B Monitor, o aparelho foi construído numa garagem alugada no Rio de Janeiro.

Entre 1950 e 1955, três desses modelos foram fabricados, sob encomenda do Ministério da Aeronáutica. O Neiva B Monitor fez sucesso nos clubes de voo a vela, e outros 18 aparelhos foram fabricados pela Sociedade Aeronáutica Neiva, a partir de 1955, totalizando uma série de 20 aeronaves. Em 1953, Neiva lançava um planador de alta performance, denominado BN1. Quatro aparelhos foram fabricados, sob encomenda. A fabricação de planadores guardava características ainda artesanais. Mas, em 1952, o Ministério da Aeronáutica importava 80 aviões leves de marca Piper modelos PA 18.

O mercado dos aeroclubes continuava a demandar aviões leves e Neiva vislumbrava nessa demanda a oportunidade de retomar a fabricação de aviões no país. Com esse propósito, em 1955 ele obteve de Francisco Pignatari a licença do Paulistinha. Pelo acordo, Neiva obtinha gabaritos, plantas e a licença e pagava 6% sobre o valor de cada avião para um fundo destinado a oferecer bolsas de estudo aos alunos do ITA.

O Paulistinha continuava a ser um avião adaptado às condições brasileiras: preço unitário relativamente baixo, robusto, manutenção extremamente simples e barata. Neiva fabricou e vendeu 260 aparelhos, realizando pequenas modificações no projeto, sendo a principal delas a opção por motores mais potentes. Relançado em 1956, o Paulistinha 56 B era dotado de um motor Lycoming de 100 cavalos de força. Vinte aparelhos foram fabricados com essa configuração, os demais, designados 56 C, eram equipados com motores Continental de 90 cavalos.

A dependência da indústria aeronáutica brasileira das encomendas governamentais evidencia-se no exame da trajetória de Neiva. Dos 260 Paulistinhas fabricados, 250 responderam a encomendas do Ministério da Aeronáutica e apenas 10 aviões foram vendidos a particulares.

Em 1959, Neiva apresentava ao Ministério da Aeronáutica a concepção de um novo avião, desta vez inteiramente metálico. O avião foi batizado Regente. Ao mesmo tempo, desenvolvia uma versão mais moderna do Paulistinha. Era o Campeiro, dotado de um motor de 150 cavalos, ampla visibilidade e rádio.

O Ministério da Aeronáutica interessou-se pela aeronave metálica encomendando 120 aviões. O Regente foi homologado em 1963.

Era um avião de asa alta, dois lugares, dotado de um motor Continental de 210 cavalos, que na FAB cumpriria o papel de aeronave de ligação. Foram fabricados 40 modelos Regente Elo, que apresentavam maior visibilidade, sendo mais aptos para o desempenho de funções militares.

No inicio dos anos 60, Neiva lançou-se no projeto de um avião de treinamento avançado que substituísse os antigos aparelhos North American T6. A aeronave foi projetada por Jeseph Kovacs e denominada Universal. Em 1966, o protótipo voou. Era um avião metálico de asa baixa, de dois lugares, trem de pouso retrátil e que podia carregar armamentos, metralhadora e mísseis ar-terra. O Ministério da Aeronáutica encomendou 150 aeronaves à empresa, o maior contrato de vendas realizado pela empresas até então.

Ao longo de sua existência como empresa privada, a Neiva dependeu inteiramente do mercado público. Apenas a partir de sua compra pela Embraer, a empresa voltou-se para o mercado privado.

Atualmente denominada Indústria Aeronáutica Neiva, fabrica o avião agrícola Ipanema, além de componentes e subconjuntos para os Jatos Regionais Embraer da família 145 e 170, assim como para a linha de aviões militares.

O avião agrícola IPANEMA é o campeão brasileiro de vendas em seu segmento, e pode ser equipado com uma série de opcionais; como o pulverizador eletrostático, o difusor de sólidos e o sistema de posicionamento global DGPS. É fabricado nas versões a gasolina (AV_GAS) ou a álcool (AV_ALC).

A Indústria Aeronáutica Neiva recebeu a certificação do Centro Técnico Aeroespacial para o Ipanema movido 100% a álcool hidratado no dia 19 de outubro de 2004. O Ipanema é o primeiro avião de série no mundo a sair de fábrica certificado para voar com este tipo de combustível.

Fontes: Museutec / Vencendo o Azul / Neiva-Embraer

sábado, 15 de outubro de 2016

Navegação Aérea

Os horários de verão e UTC na aviação
O horário de verão de 2016/2017 começa na virada deste sábado, 15 de outubro de 2016, para domingo. À meia-noite, os relógios devem ser adiantados em uma hora nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País. A mudança, adotada anualmente para economizar energia no horário de maior consumo, vai até 19 de fevereiro de 2017. Pelo decreto que instituiu o horário de verão, a medida deve ser iniciada sempre no terceiro domingo de outubro e encerrada no terceiro domingo de fevereiro do ano subsequente. No ano em que houver coincidência com o domingo de carnaval, o fim deve ser no domingo seguinte.

O horário UTC da aviação 
Na aviação, as cartas de navegação, autorizações de voo e autorizações de tráfego aéreo utilizam o horário UTC para evitar confusões decorrentes dos diferentes fusos e horários de verão. Assim é possível assegurar que todos os pilotos, independentemente da localização em qualquer parte do mundo, utilizem a mesma referência horária. Especialmente na comunicação por rádio, o horário UTC é conhecido como horário Zulu. Isto porque, no alfabeto fonético internacional, Zulu refere-se à letra “Z” , que identifica o fuso que abrange a localidade de Greenwich, na Inglaterra. Independentemente do horário de verão, os relógios dos aeronavegantes, das Torres de Controle e outros órgãos de tráfego aéreo, em todo o planeta, permanecem empregando o horário UTC. Desta forma, a diferença entre o horário UTC e o horário do fuso relativo a Brasília que normalmente é de três horas, com o horário de verão, passa a ser de duas horas. O Tempo Universal Coordenado (em inglês: Coordinated Universal Time), ou UTC (sigla de Universal Time Coordinated), é o fuso horário de referência a partir do qual se calculam todas as outras zonas horárias do mundo. É o sucessor do Tempo Médio de Greenwich (Greenwich Mean Time - GMT). A denominação UTC foi proposta para eliminar a inclusão de uma localização específica num padrão internacional, assim como para basear a medida do tempo nos padrões atômicos, mais do que nos celestes. Ao contrário do GMT, o UTC não se define pelo sol ou as estrelas, mas é sim uma medida derivada do Tempo Atômico Internacional (TAI). Devido ao tempo de rotação da Terra oscilar em relação ao tempo atômico, o UTC sincroniza-se com o dia e a noite, ao que se soma ou subtrai segundos de salto (leap seconds) quanto necessário, por acordos internacionais. A entrada em circulação dos segundos de salto é determinada pelo Serviço Internacional de Sistemas de Referência e Rotação da Terra (IERS), com base nas suas medições da rotação da terra. No uso informal, quando frações de segundo não são importantes, o GMT pode ser considerado equivalente ao UTC. Em contextos mais técnicos é geralmente evitado o uso de "GMT". Durante a vigência do horário de verão as companhias aéreas adequam as partidas e chegadas de seus voos, de modo a atender a clientela, conforme a rotina dos locais em que opera.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Avianca

Avianca recebe seu 1º Airbus 320neo
A companhia aérea Avianca Brasil recebeu, dia 13 de outubro de 2016, na fábrica da Airbus, em Toulouse, na França, seu primeiro jato A320neo. A designação neo significa nova opção de motores, com mais rendimento e eficiência. A Avianca é a segunda da América do Sul a receber o modelo (a Latam foi a primeira). A empresa encomendou 62 aeronaves da nova família A320neo. O jato dispõe de motores mais eficientes e “Sharklets”, dispositivos aerodinâmicos nas pontas das asas. Segundo a Airbus, a combinação desses novos recursos permite uma redução de 15% no consumo de combustível da aeronave. A nova geração dos Airbus 320 ganhou mais 800 km de autonomia em relação ao modelo anterior e pode realizar viagens de até 6.500 km e seu nível de ruído foi reduzido em 50%.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Aeronaves

Helicóptero Esquilo da polícia gaúcha já voou mil horas
Um helicóptero H125 Esquilo da Polícia Civil do Rio Grande do Sul completou, no mês de setembro de 2016, 1 mil horas de voo em operações policiais, de defesa civil e missões especiais da instituição, em todo o estado gaúcho. A aeronave, baseada no Aeroporto Internacional Salgado Filho, na capital Porto Alegre, atua em todo o Estado e desempenha diversas funções, desde policiais a ajudas humanitárias e apoio ao Corpo de Bombeiros. “A grande característica do helicóptero é a sua versatilidade operacional. Sua alta manobrabilidade permite prestar um apoio direto às equipes que atuam em terra para a proteção e observação de toda a operação em curso. A facilidade de pouso em áreas próximas ao evento também é um diferencial” comenta delegado Francisco Soares, diretor da Divisão de Apoio Aéreo da Polícia Civil do RS. A aeronave também está homologada para operar com o uso do bambi bucket em apoio, quando solicitado, ao Corpo de Bombeiros para combate a incêndios ou ainda para o transporte de equipes em locais de difícil acesso por terra, busca e resgate de banhistas e resgate em locais restritos com uso do guincho. Ao completar as 1 mil horas de voo, a aeronave passou por inspeção na Helibras, fabricante do aparelho instalada em Itajubá, MG.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Esquadrilha da Fumaça

Vídeo mostra manobras do EDA com o Super Tucano
Desde julho de 2015, a Esquadrilha da Fumaça - nome de referência para o EDA (Esquadrão de Demonstração Aérea) - retomou sua agenda de demonstrações com as aeronaves A-29 Super Tucano. O Super Tucano é a quinta aeronave adotada na história da instituição. Fabricado pela Embraer, o avião também é empregado pela Força Aérea Brasileira (FAB), cumprindo missões de defesa aérea, treinamento avançado, ataque leve, escolta, patrulha aérea de combate e formação de líderes da aviação de caça. Ao serem adotadas pela Fumaça, as aeronaves ganharam pintura com as cores da Bandeira do Brasil, incentivando o sentimento de patriotismo e a admiração dos espectadores pela equipe brasileira em todo o mundo. Com mais de 60 anos de história, a Esquadrilha se concretizou como um instrumento de comunicação social da Força Aérea Brasileira (FAB), com manobras arrojadas e algumas exclusivas que a fazem diferenciar das demais esquadrilhas do mundo, como o voo invertido em formação.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Embraer

Regional Borajet da Turquia voará E-Jets E2 da Embraer
A companhia aérea Borajet, da Turquia, empregará jatos Embraer de segunda geração, os E2. Serão três E190 e dois E195 arrendados da empresa de leasing AerCap. Os aparelhos serão entregues pela Embraer em 2018. A Borajet Airlines é a companhia aérea regional que mais cresce na Europa. O programa E-Jets E2s da Embraer já recebeu 272 pedidos firmes, além de 398 opções. Atualmente, três protótipos do jato E190-E2 estão envolvidos na campanha de ensaios em voo. A quarta aeronave, com interior completo, irá juntar-se à campanha nos próximos meses. A primeira entrega do E190-E2 está prevista para o primeiro semestre de 2018.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Rio 2016

Helicópteros Helibras tiveram 98% de disponibilidade nas Olimpíadas
A Helibras - fabricante de helicópteros sediada em Itajubá (MG) - realizou levantamento entre os operadores dos cerca de 90 helicópteros da marca que estiveram em ação nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Os resultados mostram que as aeronaves fabricadas pela Helibras atingiram 98% de disponibilidade desde o início da preparação, em julho, até o encerramento das competições, no dia 18 de setembro de 2016. Dos helicópteros empregados nessas missões, 35 unidades da marca Helibras foram utilizadas pela Marinha, Exército e Aeronáutica no Rio de Janeiro e nas cinco cidades brasileiras que sediaram os jogos de futebol. Entre eles destacaram-se os H225M, AS350, Fennec, Pantera e Cougar. Para garantir a disponibilidade nas missões, a Helibras realizou uma operação intensa com suas equipes para a entrega de novos Fennecs e Pantera K2 modernizados e os H225M que estavam em inspeção.

domingo, 9 de outubro de 2016

Especial de Domingo

A CRIAÇÃO DO ITA

Ao longo da década de 30 a aviação brasileira apresentou um crescimento expressivo. A aviação militar era impulsionada pela atmosfera de guerra que tomava o mundo e que evidenciava a necessidade da arma da aviação. Por outro lado, a criação do Correio Aéreo Militar, mais tarde Correio Aéreo Nacional, exprimia a preocupação da jovem oficialidade de ocupar as fronteiras reais, conectando o maior número possível de cidades do interior aos polos administrativos e econômicos situados no litoral. Casimiro Montenegro Filho, um dos fundadores do Correio Aéreo Militar, integrava o contingente dos que identificavam na aviação um instrumento privilegiado de integração do país.

Casimiro Montenegro Filho - Marechal do Ar, Engenheiro Militar,
Patrono da Engenharia Aeronáutica Brasileira
A aviação civil, de seu lado, crescia alimentada pela expansão do transporte aéreo e dos aeroclubes. No entanto, até 1940 nenhum engenheiro aeronáutico havia sido formado no país. Essa carência de recursos humanos começava a ser enfrentada em 1938 com a iniciativa da Escola Técnica do Exército de criar o primeiro curso de especialização em engenharia aeronáutica. Dois anos mais tarde, formava-se a primeira turma da escola, com oito engenheiros, entre eles Casimiro Montenegro.
Com a criação do Ministério da Aeronáutica, fora instituída a Diretoria Técnica, e Montenegro foi seu primeiro titular. Nessa época, ele viajou aos Estados Unidos para buscar aviões comprados pelo Brasil, visitando o centro de pesquisa aeronáutico Wright Field. De volta ao país, ele passou a defender a tese de que o país deveria contar com um centro de pesquisa e de formação de pessoal qualificado que pudesse constituir-se na base sobre a qual se desenvolveria a aviação e a indústria aeronáutica no país.
A Escola Técnica do Exército oferecia um curso de especialização, de dois anos de duração.
Somente com a criação do ITA-Instituto Tecnológico de Aeronáutica, o país passou a contar com um curso superior pleno de formação de recursos humanos em aeronáutica.

Um dos assistentes de Montenegro era o engenheiro Artur Amorim formado no Massachussets Institute of Technology, o famoso MIT. Por essa razão, em nova viagem aos EUA, Montenegro procurou o instituto pensando em obter auxílio para a instalação de um centro de pesquisa aeronáutica no Brasil. Richard Smith, o chefe do departamento de engenharia aeronáutica, estava ausente e Montenegro deixou uma carta e o esboço do centro que imaginava. Pouco depois, ainda nos EUA, em Washington, Montenegro recebeu de Oswaldo Nascimento Leal, outro brasileiro que estudava no MIT, a notícia de que Smith havia lido seu documento e declarava estar disposto a vir ao Brasil ajudá-lo a constituir o centro de pesquisa. Começava a nascer o CTA - Centro Técnico da Aeronáutica que, anos mais tarde, passou a se chamar Centro Técnico Aeroespacial tendo, atualmente, a designação de Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial.

Richard H. Smith
1º Reitor do Inst. Tecnológico de Aeronáutica

Com a aceitação de Smith, Montenegro elaborou o Plano de Criação do Centro Técnico da Aeronáutica, documento entregue em agosto de 1945 ao então Ministro Salgado Filho pelo Chefe do Estado Maior da Aeronáutica, Armando Trompowsky, um entusiasta da idéia. Em novembro do mesmo ano, com a queda de Getúlio Vargas, Trompowsky tornava-se ministro e em 16 daquele mês o presidente José Linhares aprovava o Plano. Em janeiro de 1946 era criada a Comissão de Criação do CTA, com recursos do Fundo da Aeronáutica.
Em março de 1947 tinham início as aulas da primeira turma do ITA, ainda na Escola Técnica do Exército, em instalações do Ministério da Aeronáutica, junto ao Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Estes alunos diplomaram-se no final de 1950, já em São José dos Campos-SP, após a transição iniciada em 21 de maio daquele ano. Nesta época, começavam a chegar professores dos Estados Unidos como Theodorsen e Fayette Taylor, ambos do MIT. Richard Smith tornava-se o primeiro reitor.

Vale citar que Santos-Dumont, em 1918, em seu livro "O que eu vi. O que nós veremos." registrou a idéia da criação de uma escola técnica no Brasil, voltada para a aviação, antevendo um centro de tecnologia que só se efetivaria cerca de 30 anos mais tarde:
"Eu, que tenho algo de sonhador, nunca imaginei o que tive ocasião de observar, quando visitei uma enorme fábrica nos EUA. Vi milhares de hábeis mecânicos ocupados na construção de aeroplanos, produzindo diariamente de 12 a 18. Quando o Congresso Americano acaba de ordenar a construção de 22.000 dessas máquinas, nós, aqui, não encaramos ainda esse problema com a atenção que merece.A principal dificuldade para a navegação aérea está no progresso dos motores... Já o aço tem sido melhorado...É tempo, talvez, de se instalar uma escola de verdade em um campo adequado... Margeando a linha da Central do Brasil, especialmente nas imediações de Mogi das Cruzes, avistam-se campos que me parecem bons.Os alunos precisam dormir junto à Escola, ainda que para isso seja necessário fazer instalações adequadas... Penso que, sob todos os pontos de vista, é preferível trazer professores da Europa e dos EUA, em vez de para lá enviar alunos. Meu mais intenso desejo é ver verdadeiras Escolas de Aviação no Brasil. Ver o aeroplano, hoje poderosa arma de guerra, amanhã meio ótimo de transporte, percorrendo as nossas imensas regiões, povoando nosso céu, para onde, primeiro, levantou os olhos o Pe. Bartolomeu Lourenço de Gusmão"


Confirmando a visão do Pai da Aviação, o ITA inovou no ensino superior brasileiro. Os alunos dispunham de moradia no campus e bolsa oferecida pela escola. O curso era gratuito e os professores trabalhavam em regime de dedicação integral ao ensino e à pesquisa, sistema até então adotado somente pela Universidade de São Paulo. A estrutura da escola era departamental e os cursos, semestrais, conforme o modelo norte-americano.

O ambiente cultural do ITA estava mais próximo de uma universidade do que de um centro de pesquisa militar. O inglês era a língua mais utilizadas nos cursos, que envolviam professores de mais de 20 nacionalidades, alguns deles pesquisadores com projeção em suas áreas, como o matemático irlandês Francis Dominic Thurnaghan. Também eram intensas as relações da escola com o mundo acadêmico brasileiro. O primeiro titular do Departamento de Física, Paulus Aulus Pompéia, vinha da USP, onde era colaborador de Gleb Wataghin. Ele se aproximara de oficiais da aeronáutica pela necessidade de valer-se de aviões capazes de voar a uma altitude de sete mil metros, para a realização de experimentos sobre raios cósmicos.
O ITA foi pioneiro sobretudo em sua primeira década de existência. Em 1951 instituiu o primeiro curso de engenharia eletrônica. Dez anos depois criou a primeira pós-graduação em engenharia e em 1963 instalou um laboratório de processamento de dados.
Em sessenta anos (1950-2010) o ITA formou mais de cinco mil engenheiros.

Vídeo institucional ITA produzido em 2001

Esses recursos humanos fizeram-se presentes no desenvolvimento de diversas tecnologias no Brasil. O uso do álcool em motores a combustão foi estudado pioneiramente no CTA pelo professor Urbano Stumpf, da turma de 50. Um grupo de alunos realizou o projeto do computador Zezinho, o primeiro construído no país. Os principais dirigentes da Embraer formaram-se na Escola, como Ozires Silva, da turma de 62. A trajetória do ITA revela o alto retorno dos investimentos realizados pelo país no ensino superior.

O ITA trouxe para o Brasil o projetista alemão Henrich Focke, que desejava desenvolver o projeto de um aparelho convertiplano, capaz de decolar na vertical e voar como um avião. A vinda de Focke em 1951 ampliava as atividades de pesquisa no ITA. O projeto envolveu cerca de 20 especialistas e uma equipe de 40 pessoas. Embora sem resultados práticos, o projeto contribuía para a formação de pessoal. Em fins de 1953 foi interrompido e, em 1955, Focke deixou o país, mesmo ano em que foi criado o Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento(IPD) do CTA. Diversos projetos de pesquisa foram realizados no IPD. Hans Swoboda, um auxiliar de Focke que se radicara no Brasil, projetou um helicóptero experimental de dois lugares em 1955, denominado “Beija-Flor”.


Um protótipo foi construído, voando até 1965, quando o aparelho sofreu um acidente. O projeto não teve continuidade.
Também no IPD foi projetado o avião Bandeirante, que deu origem à Embraer.


No dia 26 de outubro de 1968, em cerimônia oficial, no CTA, com a presença do Ministro da Aeronáutica, vários Ministros de Estado, de autoridades civis e militares e cerca de 15 mil pessoas, que afluíram ao Aeroporto de São José dos Campos, foi realizado o voo oficial da aeronave Bandeirante. Uma exclamação geral elevou-se aos ares, ao serem abertas as portas do hangar X-10 para a saída e apresentação oficial da aeronave. O Maj. Mariotto e o Eng. Michel partem da cabeceira da pista para a realização da primeira decolagem e do primeiro voo oficial do Bandeirante, numa inesquecível demonstração ao país da existência de condições, capacidade e competência na consolidação e progresso da indústria aeronáutica brasileira.

Fontes: www.museutec.org.br /Vencendo o Azul /Youtube