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segunda-feira, 31 de julho de 2017

Aeroportos

Concessionária devolverá Viracopos para relicitação
Os acionistas da Concessionária Aeroportos Brasil Viracopos (ABV) autorizaram, em 28 de julho de 2017, o início do processo de entrega da concessão do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), ao governo federal. Em nota, a ABV disse acreditar que esta “é a alternativa mais adequada para que o aeroporto mantenha a qualidade e a continuidade dos serviços prestados aos usuários” e que “a escolha dessa alternativa visa garantir a atuação dos funcionários e também o relacionamento com fornecedores e parceiros”. A ABV esperava receber 17,9 milhões de passageiros em 2016, mas a circulação efetiva foi de 9,3 milhões (52% da projeção inicial). A movimentação de cargas também ficou abaixo do esperado (projetou-se 409 mil toneladas no ano passado, mas teve apenas 166 mil toneladas). A concessionária disse que esse cenário foi impactado “pelos efeitos da grave crise macroeconômica pela qual o Brasil tem passado”. O grupo afirmou ainda que continuará a operar Viracopos até que seja concluído o processo de relicitação, que foi construída em conjunto com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). A previsão é que esse processo tenha uma duração de 24 meses. A iniciativa privada assumiu a administração de Viracopos no fim de 2012. Foi o primeiro aeroporto de grande porte do Brasil que passou a ser operado por empresas após um leilão realizado pelo governo federal. O contrato era válido por 30 anos. Viracopos foi a primeira concessão a conter a cláusula de devolução amigável ao governo. De acordo com o grupo, esse processo “busca garantir a adequada continuidade da prestação dos serviços aos usuários”.

Fonte: Veja

domingo, 30 de julho de 2017

Especial de Domingo

Nos Especiais de Domingo deste mês, repetindo prática de anos anteriores, fizemos diversas postagens em homenagem ao gênio Alberto Santos Dumont, nascido e falecido em julho (20/7/1873 - 23/7/1932). 

Este querido brasileiro deu diversos exemplos de inteligência, coragem, generosidade, determinação, persistência, criatividade...
Teve, porém, como todos nós, as suas fraquezas. 
Infelizmente, em sua época, não pode contar com as conquistas da medicina, que outros gênios da humanidade lutaram para tornar real.
Assim, tirou a própria vida em decorrência destes males, um gesto trágico que não combina com o Santos Dumont herói.
Devemos lembrar, entretanto, que o Pai da Aviação, como todo ser humano, é uma extraordinária criação que vive acertos e falhas, alegrias e tristezas.
A última etapa de sua vida, registrada no Especial de Domingo de hoje, texto selecionado do excelente site Cabangu, revela, além dos sofrimentos intensos, a sua extraordinária sensibilidade. 
Boa leitura, bom domingo!


Entre o Brasil e a Europa
A despedida dos voos e a retirada de cena dos grandes acontecimentos deixaram o inventor brasileiro triste, sentindo-se esquecido e - com o tempo - em depressão. Esta enfermidade está relacionada, também, com a doença que desenvolveu após os 40 anos de idade: possivelmente esclerose múltipla.
Dumont veio algumas vezes ao Brasil, depois que se tornou uma celebridade. Na primeira delas, em 1914, ficou por pouco tempo.
Volta à França, porém, é tempo de guerra.
Ele havia construído uma casa de estruturas modestas em Benérville, apelidada de La Boîte por sua forma quadrada para se refugiar. Dada a saúde comprometida, Santos Dumont procurava fazer esportes e ocupar sua mente com prazeres científicos, construindo um observatório no teto desta casa com um potente telescópio Zeiss.
Passando a observar os astros, é confundido pela polícia francesa, que o considera espião dos alemães. A confusão deixou o aeronauta apavorado e ele, então, queima diversos papéis e anotações pessoais, que hoje poderiam ser excelentes fontes de pesquisa.

Santos Dumont retornou ao Brasil, após passagens pelos EUA, Chile e Argentina. Em 1917, começa a construir a casa de Petrópolis: "A Encantada".


Entre idas a Paris e retorno ao Brasil, vai percebendo o agravamento de sua doença. Em 1926, interna-se em um sanatório na Suíça. Em 3 de dezembro de 1928, Santos Dumont retornava ao Brasil à bordo do navio Cap Arcona, e vários intelectuais e amigos do inventor planejaram prestar-lhe uma homenagem.


Os amigos, alunos e professores da Escola Politécnica, prepararam ao herói nacional uma recepção com um hidroavião batizado com o nome do Pai da Aviação, que jogaria flores sobre o navio e uma mensagem de boas vindas em um paraquedas, assim que a embarcação com Dumont a bordo entrasse na Baía de Guanabara.

Mas, um imprevisto: na manobra de contorno, uma das asas do avião toca nas águas e o aparelho some no fundo da baía, matando todos os seus tripulantes, entre eles vários amigos de Santos Dumont, tais como Tobias Moscoso, Amauri de Medeiros, Ferdinando Laboriau, Frederico de Oliveira Coutinho, Amoroso Costa e Paulo de Castro Maia.
A depressão do inventor só faz aumentar.
Santos Dumont fez questão de acompanhar por vários dias as buscas pelos corpos, após o que recolheu-se, primeiro a seu quarto no Hotel Copacabana Palace, depois a sua casa em Petrópolis, onde entrou em profunda depressão.
Após algum tempo, voltou a Paris, internando-se em um sanatório nos Pirineus, indo a seguir para Biarritz.
Santos Dumont continuou na Europa as suas pesquisas e invenções, únicas distrações que ainda conseguiam desviar-lhe a atenção dos desastres aéreos.
Em 1931, Antonio Prado Júnior, exilado em Paris, foi visitar o amigo Santos Dumont em Biarritz e constatou seu total abatimento, imediatamente telegrafando à família do inventor para que esta tomasse alguma providência.
Jorge Henrique Dumont Villares foi buscar o tio na Europa, trazendo-o definitivamente para o Brasil e passou a ser seu inseparável companheiro nos últimos momentos.

Em São Paulo
Em São Paulo, Alberto ia à Sociedade Hípica Paulista e ao Clube Atlético Paulistano. Passava muitas tardes também na redação do jornal "O Estado de São Paulo". Recebia a visita quase diária do médico Sinésio Rangel Pestana, que recomendou ao inventor uma temporada no Guarujá, litoral paulista, para tratar de sua delicada saúde.
No Guarujá descansa, olhando o mar daquela praia tão formosa e o infinito do céu, enquanto as crianças brincam na areia. Não é mais aquele rapaz esperto que conquistara Paris aos 28 anos. Agora rareiam-lhe os cabelos, e faltam-lhe as forças. Seu sobrinho, receoso, está sempre em sua companhia, vigiando-o, temendo que algo possa acontecer.

Santos Dumont nunca aceitou o fato de que sua invenção fosse utilizada para fins bélicos, tão bem demonstrado durante a Primeira Guerra Mundial de 1914 a 1918.


Ele acreditava que o avião deveria servir para unir as pessoas, como meio de transporte e, por que não, de lazer, como ele mesmo havia demonstrado, ao deslocar-se em suas aeronaves em Paris para assistir à ópera ou visitar amigos.

Em 1932 irrompe o Movimento Constitucionalista de São Paulo, e a luta entre os rebeldes e o governo desencadeia-se, provocando rivalidades e conflitos entre irmãos brasileiros. Nesta altura manda uma mensagem aos brasileiros, posicionando-se contra a luta fratricida.
Santos Dumont era uma pessoa sentimental e sensível aos acontecimentos, e não lhe passava despercebido o uso de aviões na revolução constitucionalista de 1932.
O acidente com o avião no Rio de Janeiro também o magoou muito.

Alberto Santos Dumont, em seus últimos dias, passeava pela praia, conversando com crianças, entre elas Marina Villares da Silva e Christian Von Bulow, que moravam no balneário. Christian conta ter presenciado Santos Dumont chorando na praia em frente ao Grand Hotel, após ver o bombardeio do cruzador Bahia, por três aviões “vermelhinhos”, leais ao Governo Federal, na ilha da Moela.


Ele podia ouvir o ronco dos aviões do governo, indo em direção a capital paulista para missões de bombardeio, minando-lhe os nervos, obrigando-o a tapar os ouvidos.

O ruído, aquele ruído, aquela perseguição...
E agora o aeroplano, seu invento, fruto de pesquisas e trabalho árduo de toda sua vida, empregado para a destruição e luta entre irmãos.
Aquele som o enlouquecia, e muito agravou seu estado de saúde. É este ambiente que leva-o à cometer suicídio em 23 de Julho de 1932, aos 59 anos, envolto na sua tragédia e na sua tortura.

Fonte: Cabangu

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sábado, 29 de julho de 2017

Tecnologia

Dirigível brasileiro faz primeiro voo
O Brasil entrou em um seleto grupo de cinco países que possuem o ciclo completo da tecnologia de produção de um dirigível. O voo inaugural do modelo experimental da empresa Airship do Brasil foi realizado no dia 24 de julho de 2017, em São Carlos (SP). O dirigível projetado com 49 metros de comprimento e 17 metros de altura tem capacidade de carga em torno de uma tonelada e espaço para um piloto e até cinco outros ocupantes. Possui um motor de potência 300 HP, atingindo velocidades de até 85 km/h. De acordo com a empresa, o modelo final terá diversas aplicações, entre elas vigilância e monitoramento para segurança, proteção do meio ambiente, prevenção de queimadas, controle de fronteiras, voos de reconhecimento e busca e salvamento e o transporte de pequenas cargas ou passageiros para áreas de difícil acesso e sem infraestrutura aeroportuária. A empresa Airship possui objetivos ainda maiores, projetando um dirigível cargueiro a ser concluído em 2019 com capacidade de carga para até 30 toneladas, 330 m3, 125 km/h e autonomia customizada.

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sexta-feira, 28 de julho de 2017

Cultura Aeronáutica

Protótipo do Bandeirante é preservado em São José dos Campos (SP)
O terceiro protótipo do avião turbo-hélice Embraer 110 Bandeirante, matrícula PP-ZDF, voltou a ser exibido, após completa reforma, no parque Santos Dumont, em São José dos Campos (SP). A reinauguração da aeronave-monumento ocorreu ontem, 27 de julho de 2017, e fez parte das festividades dos 250 anos da cidade. O aparelho foi restaurado num dos hangares do DCTA –Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, mesmo local de sua construção há 40 anos e berço da moderna indústria aeronáutica brasileira. Os trabalhos, em três meses, envolveram 63 voluntários, entre veteranos da Embraer e alunos dos cursos de aeronáutica do Centro de Educação Profissional Hélio Augusto (CEPHAS). Houve desmontagem das partes, recuperação do interior, como bancos e painel, além de restauro na fuselagem e pintura, com as cores originais do projeto. O avião possui um sistema especial de iluminação interna e externa que funcionará diariamente das 18h30 às 22h30, destacando-o no parque que homenageia o Pai da Aviação, Alberto Santos Dumont, no centro da cidade.

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Aeroportos

Campo de Marte completa 97 anos
O Aeroporto Campo de Marte (SP) completou, no dia 26 de julho de 2017, 97 anos de operações. Suas atividades se iniciaram em 1920, ano em que foi construída uma pista para pousos e decolagens e um hangar no local onde a Força Pública do Estado de São Paulo mantinha sua escola de aviação. Sob a administração da Infraero desde 1979, o aeródromo foi a primeira infraestrutura aeroportuária da capital paulista. Embora o Aeroporto Campo de Marte não possua linhas aéreas regulares, ele é o 5º em movimento operacional no Brasil. De acordo com os dados da Infraero, no ano de 2016 foram realizados 71.527 pousos e decolagens, cerca de 200 operações diárias. As 71.527 aeronaves que pousaram no terminal no ano passado transportaram 125.395 passageiros. A média mensal de pouso e decolagem de 2016 foi de 5.960 movimentos, sendo que 56,2% referem-se às operações com helicópteros. O aeroporto possui infraestrutura que permite pouso e decolagem noturnos em uma pista de 1.600 metros, e um heliponto.

Parque e Museu
Em reunião com o Ministro da Defesa Raul Jungmann, o prefeito de São Paulo, João Doria, resolveu o impasse com o Aeroporto Campo de Marte, famoso por receber aeronaves da aviação geral na grande São Paulo. O aeroporto continuará sendo operado pela Infraero, porém a prefeitura criará um Parque Municipal no local onde existe uma área de mata atlântica, com cerca de 400 mil m². O prefeito reiterou a criação de um museu aeroespacial no futuro, aproveitando o acervo do Museu da TAM, que no momento está fechado em São Carlos. O parque será criado nas proximidades da cabeceira 12, atrás do Hospital de Força Aérea de São Paulo.

quarta-feira, 26 de julho de 2017

KC-390

Cargueiro da Embraer conclui demonstrações no exterior
Um dos protótipos do novo jato multimissão de transporte militar e reabastecimento em voo KC-390 produzido pela Embraer encerrou um circuito de demonstração de 40 dias, no qual sobrevoou 19 países e foi apresentado a nove nações na Europa, África, Ásia e Oceania. No total, foram registradas 130 horas de voo sem qualquer ocorrência, incluindo vários voos de demonstração com representantes de potenciais operadores. A aeronave partiu da Unidade de Gavião Peixoto, no interior de São Paulo, em direção à Suécia, onde foi exibida ainda antes de seguir para o aeroporto de Le Bourget, nos arredores de Paris. Lá, o KC-390 esteve exposto durante a 52ª edição do Paris Air Show, realizada em junho, e se exibiu pela primeira vez em um show aéreo, tornando-se um dos destaques do evento. Depois da França, o KC-390 seguiu para sua série de demonstrações, antes de retornar ao Brasil. “Este tour permitiu que vários representantes de potenciais operadores tivessem contato com o KC-390 e pudessem conhecer de perto toda sua flexibilidade, que o torna capaz de realizar uma ampla gama de missões”, disse Jackson Schneider, CEO e Presidente da Embraer Defesa & Segurança. “Todos que tiveram oportunidade de voar a aeronave elogiaram suas capacidades operacionais e o avançado projeto que incorpora tecnologias comprovadas de última geração.” A aeronave demonstrou grande robustez e apresentou 100% de disponibilidade durante todo o tour, no qual foram realizados 52 pousos, em 18 países diferentes. No total, o KC-390 percorreu 91.743 km (ou 49.537 milhas náuticas), o equivalente a mais de duas voltas completas na Terra pela linha do Equador. Durante as demonstrações, o avião pôde ser avaliado em decolagens de grandes altitudes e altas temperaturas, em navegação a baixa altura (chegando a voar com 49ºC de temperatura ambiente) e simulando condições operacionais, como o lançamento de paraquedistas.

A 870 Km/h
O KC-390 transporta até 26 toneladas de carga a uma velocidade máxima de 470 nós (870 km/h), com capacidade para operar em ambientes hostis, incluindo pistas não-preparadas ou danificadas. Trata-se de um projeto da Força Aérea Brasileira (FAB) que, em 2009, contratou a Embraer para realizar o desenvolvimento da aeronave. A campanha de testes do KC-390 está avançando de forma extremamente satisfatória, atendendo todos os requisitos da aeronave e validando os objetivos de desempenho e capacidade previstos por meio do uso de avançadas ferramentas de engenharia. Desde o início da campanha de testes em voo, em outubro de 2015, os protótipos do KC-390 têm apresentado uma alta taxa de disponibilidade, acumulando mais de 1.200 horas de voo. A Capacidade Operacional Inicial deve ser atingida até o final deste ano e as entregas estão programadas para começar no primeiro semestre de 2018.

Fonte: Embraer

terça-feira, 25 de julho de 2017

Domingo Aéreo na AFA

Portões Abertos da AFA será dia 16 de agosto
No dia 16 de agosto de 2017, a Academia da Força Aérea (AFA), com sede em Pirassununga (SP) terá o evento “Domingo Aéreo”. Durante todo o dia, das 9h às 17h, a AFA estará com seus portões abertos para os amantes da aviação das mais variadas regiões do país. O público terá a oportunidade de ter contato direto com as aeronaves militares e civis que estarão expostas e estandes vão mostrar o trabalho da Força Aérea Brasileira. O evento tem entrada e estacionamento gratuitos. O visitante terá à sua disposição praça de alimentação. Quem levar 1 kg de alimento não perecível concorrerá a brindes da AFA.

Ingressos grátis em site
A entrada será feita pelo Portão Sul da Academia da Força Aérea, no km 39 da rodovia SP-225. A Polícia Militar Rodoviária deverá montar um esquema especial de trabalho para apoiar a circulação nas imediações. O “Domingo Aéreo” oferece exposição de aeronaves civis e militares, shows aéreos, paraquedismo, plastimodelismo e aeromodelismo. Está confirmada a exposição do cargueiro fabricado pela Embraer, o KC-390. O acesso ao evento só será permitido através da reserva de um ingresso emitido gratuitamente pela AFA, pelo site www.domingoaereo.com.br. Não será permitida a entrada sem ingresso. A medida visa evitar a superlotação no evento.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Concurso para a FAB

Aeronáutica tem 210 vagas para níveis superior e técnico
O Comando da Aeronáutica recebe, até 28 de julho de 2017, as inscrições para seleção de voluntários à prestação do Serviço Militar Temporário para Oficiais e Sargentos. As oportunidades são para profissionais de níveis superior e médio de inúmeras especialidades. São 210 vagas para diversas regiões do País. As inscrições começaram dia 17 e seguem até 28 de julho. A seleção será por avaliação curricular. São 143 para Oficiais Médicos, Farmacêuticos e Veterinários, em diversas localidades do território nacional. Há também 49 vagas para Oficiais Técnicos, com formação superior em diversas áreas. Em Guarulhos, na Grande São Paulo, as vagas são nas áreas de Administração, Análise de Sistemas, Arquitetura, Biblioteconomia, Biologia, Ciências Contábeis, Engenharia Civil, Engenharia Agronômica, Estatística, Pedagogia, Serviços Jurídicos. Em Pirassununga, no interior paulista, há oportunidade na especialidade de Engenharia Química. Para Oficiais Técnicos, é exigido diploma de ensino superior e, dependendo da especialidade, Registro Profissional. Para Oficiais Médicos, é necessário ter diploma de ensino superior, registro no Conselho Regional de Medicina e Residência Médica na especialidade pleiteada, com exceção da especialidade Clínica Médica. Para Oficiais Médicos da especialidade Clínica Médica, Farmacêuticos e Veterinários, serão exigidos diploma de ensino superior e registro no Conselho Regional da Profissão.  
Sargentos
São 18 oportunidades para o nível médio para Arrumador, Cozinheiro e Motorista-bombeiro. Os interessados nas vagas para arrumador precisam ter diploma de ensino médio e diploma de curso técnico. Dependendo da especialidade, o candidato deverá apresentar o diploma de Curso Técnico em Eventos ou em Restaurante e Bar, conforme Catálogo Nacional de Cursos Técnicos do Ministério da Educação – 3ª edição. Para a especialidade de Cozinheiro, será exigido diploma de ensino médio e diploma de curso técnico. Conforme a especialidade, o candidato deverá apresentar diploma de Curso de Formação Inicial e Continuada de Cozinheiro ou de Cozinheiro Industrial, conforme Guia PRONATEC de Cursos de Formação Inicial e Continuada do Ministério da Educação – 4ª edição. Já os interessados na especialidade de Motorista-bombeiro precisarão apresentar diploma de ensino médio, comprovante de realização do curso para condutores de veículos de Emergência (com carga horária mínima de 50 horas) e comprovante de realização do curso de treinamento de prática veicular em situação de risco, conforme Art. 145 do Código de Trânsito Brasileiro.

Informações: www3.fab.mil.br

Concurso para a EEAR com 288 vagas: Saiba no Blog do NINJA de 15/07/2017

domingo, 23 de julho de 2017

Especial de Domingo

Julho deu e tirou do mundo (20/7/1873 - 23/7/1932) o gênio Alberto Santos Dumont. Neste sétimo mês do ano, novamente, dedicamos os Especiais de Domingo à memória deste querido brasileiro.



DEMOISELLE


Em 1907, de março a junho, Santos Dumont fez experiências com o aeroplano com asa de madeira N°15 e com o dirigível N°16, misto de dirigível e avião, mas desiste desses projetos por não obter bons resultados. O número 17 seria cópia do número 15.

Em setembro, no Rio Sena, faz experiências com o N°18, um deslizador aquático.

Testa o primeiro modelo de um aeroplano em novembro de 1907, um pequeno avião apelidado pelos franceses de Demoiselle, devido a sua graciosidade e semelhança com as libélulas.




Todavia, durante as primeiras experiências, o Nº19 sofreu um acidente, ficando seriamente avariado. Pesando 110 quilos, o Demoiselle era uma aeronave com motor de 35 HP e estrutura de bambu.
Em Dezembro de 1908 exibe um exemplar do Demoiselle na Exposição Aeronáutica, realizada no "Grand Palais" de Paris. Em janeiro de 1909 obtém o primeiro brevê de aviador, fornecido pelo Aeroclube da França.

Aproveitando características e formato do Nº19, foi criado o Demoiselle Nº20. Sua fuselagem era construída de longarinas de bambu com juntas de metal e as asas cobertas de seda japonesa, tornando-o leve, transparente e de grande efeito estético. Em setembro do mesmo ano estabelece o recorde de velocidade voando a 96 km/h num Demoiselle. Faz um voo de 18km, de Saint-Cyr ao castelo de Wideville, considerado o primeiro reide da história da aviação. Com esta pequena aeronave ele ia visitar amigos em seus castelos, batendo recordes de velocidade e de distância de decolagem.



O Demoiselle era um avião pequeno, de tração dianteira, com a hélice girando no bordo de ataque da asa alta de grande diedro, o leme e o estabilizador eram de contorno poliédrico, montados em uma estrutura em forma de cruz e unidos à fuselagem por meio de uma junta que permitia o movimento do conjunto em todas as direções. O piloto ia sentado abaixo da asa logo atrás das rodas.


O comando era composto por um volante que controlava, através de cabos, o conjunto leme/estabilizador. Os cabos de sustentação da asa e reforço de estrutura eram cordas de piano. O Demoiselle Nº19 tinha como fuselagem uma única haste de bambu, com seis metros de comprimento e a asa era formada por uma estrutura simples. O motor a explosão, de 20 hp, refrigerado a água, era de dois cilindros opostos e foi projetado pelo próprio Santos Dumont e construído pela fábrica Dutheil & Chalmers. Possuia ainda um estabilizador na frente e embaixo do avião e dois lemes laterais situados logo abaixo da asas. Tais ítens foram logo abandonados, pois não contribuiram em nada para aumentar a estabilidade do aparelho.
Posteriormete, Santos Dumont alterou-o, desenhando novamente a asa para aumentar sua resistência e colocou um motor Antoniette de 24 hp na parte de baixo, entre as pernas do piloto, transmitindo o torque à hélice por meio de uma correia. Este ficou conhecido como Nº20 e foi descrito pela Scientific American de 12 de dezembro de 1908 como: "... de longe a mais leve e possante máquina desse tipo que jamais foi produzida."
E mais: "Um número de pequenos voos foram feitos e não se apresentou nenhuma dificuldade particular em mantê-lo no ar. Por causa do tamanho reduzido de seu monoplano, Santos Dumont foi capaz de transportá-lo de Paris para Sait-Cyr na parte traseira de um automóvel (...) Esta é a primeira vez que temos conhecimento de que um automóvel tenha sido usado para transportar um aeroplano montado, da cidade para um lugar apropriado no campo, onde o aviador pudesse levar adiante seus experimentos."


Ainda apresentando alguns problemas de estrutura e baixa potência, que Santos Dumont tentou compensar, o modelo Nº21 possuia uma fuselagem triangular composta por três hastes de bambu e nova asa, mais resistente e de maior envergadura, além da redução no comprimento do avião. Retorna a solução inicial de motor de dois cilindros contrapostos, instalado sobre as asas, atuando diretamente sobre a hélice.


O projeto do Nº22, era basicamente igual ao Nº21. Santos Dumont apenas experimentou, nos dois modelos, vários motores de cilindros opostos e refrigerados a água, com potências variando entre 20 e 40 hp, constrídos por Dutheil & Chalmers, Clément e Darracq. Assim estes dois modelos demonstraram qualidades bastantes satisfatórias para a época, sendo produzidos em quantidade, uma vez que Santos Dumont, por pincípios, jamais requereu patente por seus inventos.
A 18 de setembro de 1909 realiza seu último voo em uma de suas aeronaves, voando rasante em cima da multidão, sem segurar nos comandos.Com os braços abertos ele segurava um lenço em cada uma das mãos os quais soltou e foram disputados aos pedaços.
Santos Dumont, ao deixar as pessoas livres para fabricar o Demoiselle, permitiu que sua invenção se tranformasse no primeiro avião popular.


Além da França, outros países como Estados Unidos, Alemanha e Holanda também construíram o Demoiselle.
Santos Dumont deixou de voar em 1910 por motivos de saúde, quando foi diagnosticado estar com esclerose múltipla.

Fonte: Cabangu

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sábado, 22 de julho de 2017

Market Place Airlines

Exposição no Shopping Market Place, em São Paulo, conta a história da aviação
Visitas até 8 de agosto

A exposição “Market Place Airlines”, de 20 de julho a 8 de agosto de 2017, é atração do Shopping Market Place, na capital paulista. Narrando a história da aviação, a mostra é composta por dois simuladores de voo com realidade virtual e maquetes de aviões que marcaram momentos importantes da atividade aérea, como o 14-bis e o Demoiselle, de Alberto Santos Dumont. Por intermédio de óculos “Rift”, os visitantes experimentarão nos simuladores o interior do Boeing 737 NG e do Cessna 172 Skyhawk. O cenário do evento é inspirado em aeroportos e, além de painéis, apresenta, miniatura da casa de Santos Dumont, a Encantada, existente em Petrópolis (RJ).

Exposição Market Place Airlines
Período: 20 de Julho a 08 de Agosto
Horários: De segunda a sábado das 12 às 20h; domingo das 14 às 20h.
Local: Piso Superior, ao lado da loja Ri Happy
Endereço: Av. Dr. Chucri Zaidan, 902 - Vila Cordeiro
Entrada: Gratuita

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Vagas para pilotos na Emirates

Emirates Airlines seleciona pilotos brasileiros
Entrevistas dias 27 e 28/07/17

A companhia aérea Emirates Airlines, dos Emirados Árabes, seleciona pilotos brasileiros para atuarem em sua frota de aviões Airbus A380 e Boeing 777. Há vagas para copilotos e comandantes, com salários que podem chegar a R$ 50,9 mil. Haverá um evento de seleção em São Paulo, nos dias 27 e 28 de julho de 2017, no hotel Bourbon Convention Ibirapuera. Não é necessária inscrição prévia. Os que não puderem participar do evento poderão se inscrever para entrevista de seleção pelo site www.emirates.com/pilots. Após os testes iniciais no Brasil, a seleção continua em Dubai.

Requisitos
Para copiloto, o candidato deve ter experiência em aviões multimotores. São necessárias 2 mil horas em aviões de 20 toneladas ou 3 mil horas de voo para aviões entre 10 e 20 toneladas. Para comandante, são exigidas pelo menos 7 mil horas de voo, sendo 3 mil como comandante de jatos acima de 50 toneladas e mil horas em aviões de fuselagem larga (widebody) e três anos de experiência em voos de longa distância. Os selecionados deverão estabelecer residência em Dubai. 

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Santos Dumont

20 de Julho
Aniversário de Santos-Dumont
20/7/1873
Força Aérea Brasileira
ORDEM DO DIA 
O desenvolvimento de uma sociedade tem um indicador relacionado com a capacidade e dedicação de seus integrantes em implementar novas técnicas, processos e elaborar soluções.
A este processo, que implica em romper com a situação vigente e trazer à realidade um aspecto efetivamente novo, chamamos de inovação.
Ao tratar deste tema, faz-se obrigatório referenciar àquele que homenageamos nesta data, Santos-Dumont.
Este insigne brasileiro inseriu nosso País no exclusivo rol dos que realizaram grandes invenções e permitiu ao mundo conhecer mais profundamente a tecnologia de voo do mais-pesado-que-o-ar.
Uma notável criação, dentre sua vasta lista de inventos, que catalisou o desenvolvimento da aviação mundial e impactou sobremaneira toda a sociedade, de forma que, atualmente, não se pode conceber a humanidade sem os meios aéreos.
Celebrar o nascimento do Patrono da Aeronáutica Brasileira é enaltecer sua inventividade e seu destacável conhecimento técnico.
Atributos que, somados, são tão relevantes quanto o legado que seus inventos acrescentaram à humanidade.
Dessa forma, podemos afirmar que o desenvolvimento no campo do conhecimento permite à sociedade evoluir e proporcionar melhores condições para seus integrantes.
Tendo como base estes conceitos, o Comando da Aeronáutica se consolidou como instrumento de fomento tecnológico, que proporcionou destacável incremento no setor científico e produtivo de nosso País.
Ao seguir os passos de nosso Patrono, o Marechal Casimiro Montenegro tornou real seu projeto de construir um centro de tecnologia em um país que mal fabricava veículos automotores.
A criação do Instituto Tecnológico da Aeronáutica proporcionou as condições necessárias para que, hoje, o Brasil seja a sede de uma das maiores empresas aeronáuticas do mundo.
Ao atuar como catalisador da competitividade científica nacional, a Aeronáutica capitaneou, em parceira com o Ministério da Educação, o projeto de expansão do ITA que está em fase final de construção e será inaugurado ainda em 2017.
No final das obras, o Instituto ampliará sua capacidade total de 770 para mais de 1200 alunos, o que representa um incremento diretamente relacionado com a nossa produção científica, com repercussão favorável ao crescimento produtivo e econômico de nossa sociedade.
Neste cenário de vanguarda tecnológica, é necessário exaltar os esforços conjuntos que permitiram a consolidação do projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas, o SGDC.
Foi por meio do empenho de setores do Ministério da Defesa, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e, ainda, da Telebrás que o Brasil adquiriu um satélite próprio para comunicações civis e militares.
Decisão estratégica e primordial para fortalecer a soberania do País e integrar as regiões mais distantes de nosso território.
Em um momento de grande relevância para as comunicações militares nosso Ministro da Defesa, Raul Jungmann, realizou , no dia 05 de julho, a primeira comunicação criptografada, utilizando o nosso satélite, em uma operação militar coordenada pela Força Aérea Brasileira.
Uma ação aparentemente simples, mas de extrema relevância para o cumprimento de nossa missão e que comprova a necessária autonomia tecnológica.
Retomando as palavras ao homenageado desta data, Santos-Dumont nos impulsionou aos céus e cabe a nós dar prosseguimento a seu espírito, não aceitando e combatendo qualquer possibilidade de frustração da nossa determinação de sermos um País de vanguarda no desenvolvimento tecnológico. 
Devemos persistir, e ter no trabalho iniciado por aqueles que nos precederam, uma luz que dá vida aos nossos projetos de futuro, em que o principal beneficiário é o povo brasileiro.
É somente por meio da fiel observância dos preceitos que balizam o trabalho independente de nossas Instituições, de nossa resiliência nos objetivos e da constante inovação nos diversos campos do conhecimento, que garantiremos um futuro mais próspero à nossa sociedade.
Nesse cenário, conclamo a todos os integrantes do Comando da Aeronáutica para que sigam os passos de nosso Patrono e busquem continuamente o desenvolvimento profissional em suas áreas de atuação.
Assim sendo, permaneçam com o foco voltado ao cumprimento de suas missões, pois dessa forma, estaremos valorizando toda a confiança depositada nas Forças Armadas e o trabalho do abnegado Patrono da Aeronáutica Brasileira, que dedicou a sua obra ao engrandecimento de toda a sociedade. 
Parabéns Santos-Dumont!
Parabéns Aeronáutica Brasileira!
Parabéns Força Aérea Brasileira!

Brasília, 20 de julho de 2017
Tenente-Brigadeiro do Ar NIVALDO LUIZ ROSSATO
Comandante da Aeronáutica

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Voa São Paulo

Governador Geraldo Alckmin autoriza início da operação da Voa São Paulo, primeira concessionária de aeroportos paulistas
Concessão garante investimentos para impulsionar o desenvolvimento regional; aeroportos serão modernizados com ampliação na oferta de serviços aos usuários

O governador Geraldo Alckmin participou ontem, 18/7/2017, de evento para a assinatura do contrato do Voa São Paulo, consórcio que inicia hoje a operação assistida de cinco aeroportos paulistas localizados em Campinas, Jundiaí, Bragança Paulista, Itanhaém e Ubatuba. Essa é a primeira vez que aeroportos estaduais serão administrados pela iniciativa privada. A concessão prevê que, ao longo dos 30 anos de contrato, o Voa São Paulo deve investir ao menos R$ 93,6 milhões em melhorias nos aeroportos. Além das atividades aeroportuárias, a concessionária pode explorar a capacidade imobiliária e de oferta de serviços dos aeroportos. Assim, o Voa São Paulo pode implantar centros de convenções, hotéis, café, restaurantes e lojas, por exemplo. Atualmente, esses aeroportos têm perfil para aviação executiva e táxi-aéreo, mas havendo interesse da concessionária e de companhias aéreas, o Voa São Paulo poderá realizar investimentos para capacitá-los para aviação comercial com oferta de voos de linha. “A concessão abre um novo ciclo de desenvolvimento na área da aviação executiva no Estado de São Paulo, com oportunidades de novos serviços para as cidades, com geração de empregos. Cerca de um terço de todo o investimento previsto será realizado nos primeiros anos da concessão”, afirmou o governador. Na licitação realizada no último dia 16 de maio, o consórcio foi vencedor com oferta de outorga de R$ 24.439.590,00, o que representa ágio de 101% sobre o valor mínimo de outorga estipulado para a licitação (R$ 12,159 milhões). Do ponto de vista técnico, o Consórcio Voa São Paulo comprovou sua qualificação em operação, manutenção, segurança e gestão de aeródromos de aviação com movimentação mínima de 60 mil aeronaves por ano, exigida em edital. Os investimentos a serem feitos na infraestrutura aeroportuária potencializam o crescimento regional, atraem novos negócios e impulsionam a geração de empregos, além de proporcionar benefícios diretos aos usuários das aeronaves, que realizam mais de 135 mil pousos e decolagens nesses cinco aeroportos. Do total de R$ 93,6 milhões exigidos por contrato, ao menos R$ 33,6 milhões serão investidos já nos quatro primeiros anos. Ao longo do contrato, R$ 15,8 milhões serão aplicados no Aeroporto de Itanhaém; R$ 20,5 milhões no de Jundiaí; R$ 10,5 milhões no de Bragança Paulista; R$ 18,2 milhões no de Ubatuba; e R$ 28,6 milhões no de Campinas. Esses recursos previstos contemplam, por exemplo, melhorias nos sistemas de pistas, pátios e sinalização, como também reformas nos terminais de passageiros, modernização de hangares e implantação de equipamentos de proteção ao voo. Nos próximos dez dias, a concessionária Voa São Paulo terá que submeter à aprovação da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) e do Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp) – atual administrador dos aeroportos –, seu plano de investimentos com cronograma detalhado para execução das melhorias previstas no edital.

Operação Assistida
Nos primeiros 90 dias de concessão, a equipe do Daesp irá acompanhar os colaboradores do Consórcio nos cinco aeroportos, observando a performance do novo gestor, treinando e orientando quanto à operação dos cinco aeroportos. Neste período de operação assistida, a responsabilidade contratual ainda é do Daesp, que manterá seus serviços e colaboradores atuando nos aeroportos – desde a operação das torres até a limpeza e vigilância, bem como acompanhamento dos contratos administrativos e comerciais vigentes. Ao término desse prazo inicial, o Voa São Paulo passa a operar integralmente os aeroportos e deverá dar início aos investimentos contratuais exigidos sob fiscalização da Agência de Transporte do Estado de São Paulo – Artesp.

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terça-feira, 18 de julho de 2017

Carreiras na Aviação

250 mil pilotos serão necessários no mundo, nos próximos 10 anos
Com o intenso crescimento do tráfego aéreo mundial, a demanda por pilotos é cada vez maior. Contudo, o setor dependente da conjuntura econômica não conseguiu se antecipar à necessidade e agora encara falta de mão de obra qualificada. Nos próximos dez anos, a aviação comercial vai precisar contratar cerca de 250 mil pilotos no mundo todo. O dado é de um estudo publicado em junho de 2017, no Salão Aeronáutico Le Bourget (França), pelo CAE, companhia especializada em formação no setor da aviação civil. Para manter o crescimento da indústria do transporte aéreo comercial, o informe recomenda a formação de 180 mil copilotos que, mais tarde, serão promovidos comandantes de bordo, "número superior a todas as décadas anteriores". Diante do robusto tráfego de passageiros, crescendo 4,5% ao ano, as fabricantes Boeing e Airbus estão apostando em dobrar suas frotas de aeronaves nos próximos 20 anos, com a maior parte da demanda vinda da Ásia. Contudo, mais aviões significam mais pilotos. E esse mercado está "tenso" há seis meses ou um ano, garante Philippe Crébassa, diretor adjunto da Enac, maior escola aeronáutica da Europa, em Toulouse, na França. Formar um piloto é algo difícil, custa tempo e dinheiro. A formação de um copiloto leva dois anos e meio. Para virar comandante, um copiloto leva entre cinco e dez anos.

Fontes: G1 e France Press

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Segurança de Voo

Unidade da FAB em Manaus realiza conscientização em escolas
A ideia é disseminar boas práticas ligadas à prevenção de acidentes aeronáuticos

Com o objetivo de disseminar o conhecimento sobre as atividades aéreas e sua regulamentação por meio de boas práticas relacionadas à prevenção de acidentes aeronáuticos, o Sétimo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA VII) tem realizado palestras nas escolas de Manaus (AM). O público-alvo são alunos das redes particular e pública do Ensino Fundamental e Médio, localizados nas proximidades do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes. “Aproximar-se da comunidade escolar e levar conhecimento àqueles que são os porta-vozes do processo de ensino e educação é bastante motivador”, ressalta o Chefe do SERIPA VII, Tenente Coronel Aviador André Luiz Mota. Temas como risco de fauna, risco baloeiro, o uso do raio laser e da pipa foram apresentados pela equipe da organização, junto com fotos e vídeos, que contribuíram para a compreensão da importância de boas práticas em favor da segurança de voo. “A atenção e a participação dos alunos são o nosso principal retorno. A dinâmica é muito produtiva”, afirma o Sargento Diogo Martins Matos, encarregado da Subseção de Gerenciamento de Prevenção. A missão faz parte das ações planejadas pela Unidade, que se dedica ao planejamento, gerenciamento, controle e execução de atividades relacionadas com a prevenção e a investigação de acidentes aeronáuticos na aviação civil, no âmbito de sua jurisdição - que abrange os Estados do Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima.

domingo, 16 de julho de 2017

Especial de Domingo

Julho deu e tirou do mundo (20/7/1873 - 23/7/1932) o gênio Alberto Santos Dumont. Neste sétimo mês do ano, mais uma vez, dedicamos os Especiais de Domingo à memória deste querido brasileiro.


O 14 bis

Foi apenas em 1905 que Santos Dumont passou a se preocupar com o mais pesado que o ar, após observar um voo realizado pelo francês Gabriel Voisin em seu novo planador, percebendo que dali em diante o futuro da aviação estaria ligado ao aeroplano.


Assim, em julho de 1906, Santos Dumont fez as primeiras experiências para verificar a estabilidade e o equilíbrio de um biplano formado por seis células de Lawrence Hargrave, com asas em forma de diedro.

Animado com os resultados, partiu para experiências com o biplano suspenso no Dirigível Nº14, daí o nome 14bis pelo qual passou a ser chamado. Dessa forma, a manutenção no ar passava a ser dada pelo balão e, a direção, pelo biplano.Com o balão, portanto, queria reduzir o peso efetivo do aeroplano e facilitar a decolagem. O aeróstato, porém, gerava muito arrasto e não permitia ao avião desenvolver velocidade. Santos Dumont retirou o balão, atitude que o levaria a duplicar a potência do motor.

Prudente, resolveu simular um voo com o 14bis, suspendendo o aeroplano em cabo de aço e o fazendo deslizar com o auxílio de um jumento que puxava o aparelho. Seu objetivo era sentir o equilíbrio de sua máquina.

Aqui vemos mais um feito original do aeronauta; construiu aquilo que pode-se chamar de primeiro simulador de voo da história.

Depois, decidido a fazer os testes definitivos, recebeu autorização para usar os gramados do Campo de Bagatelle, em Paris.

O 14bis não necessitava de veículo auxiliar. Desta vez Santos Dumont estava disposto a se elevar do solo contando somente com o seu avião. Essa invenção, que o deixou famoso em todo mundo, possuía 11,20m de envergadura, 9,68m de comprimento, e 3,40m de altura. A superfície total era de 79,60m².

Os lemes de direção e profundidade foram colocados à frente da aeronave, numa concepção contrária a de hoje, isto é, as asas do 14bis ficam atrás, com o motor, enquanto a "cauda" situava-se a frente, ou seja, o conjunto em forma de "T",sendo que a cauda desse "T" constituía a parte da frente do aparelho.

Na conjunção dos braços encontrava-se o motor. Inicialmente, o 14bis apresentava trem de pouso com 3 rodas; posteriormente, Santos Dumont retirou a roda traseira. Essas eram simples rodas de bicicletas, distantes, entre elas, apenas 70cm.

O motor a gasolina do tipo "Antoinette", construído por Leon Levavasseur, era em "V" com 8 cilindros (4 de cada lado) e tinha inicialmente uma potência de 24 HP funcionando a um regime de 1000 rpm(rotações por minuto).
O leme dianteiro, todo em seda japonesa, movimentava-se em todas as direções, tendo 3m de largura por 2m de comprimento e 1,50m de altura.
Os franceses apelidaram aquele estranho aparelho de "Oiseau de Proie" (ave de rapina), ou "Canard", devido a semelhança com um pato. Os ingleses denominavam-no como "Bird of Prey".

Prêmios Archdeacon e Aeroclube da França

O famoso advogado francês Ernest Archdeacon, nascido em Paris, filho de pais irlandeses e membro do Aero Clube da França, decidiu premiar o primeiro aeronauta que conseguisse voar por mais de 25 metros em um voo nivelado.
Ofereceu, para tanto, uma taça e um prêmio de três mil francos para o piloto que alcançasse o feito elevando-se por seus próprios meios. Os experimentos eram marcados com antecedência, para evitar quaisquer benefícios deste ou daquele aeronauta. Os americanos irmãos Wright não se apresentaram para concorrer.
Nesta ocasião, Santos Dumont encontrava-se na última etapa das experiências com o 14bis. Era o momento para tentar a conquista do prêmio.
A 21 de agosto de 1906, Santos Dumont realizou a primeira tentativa de voo; mal-sucedida, dada a pouca potência do motor do 14bis.
No dia 13 de setembro, Santos Dumont realizou o primeiro voo, de 7 ou 13 metros (segundo diferentes versões), que culminou com um pouso violento, no qual a hélice e o trem de pouso foram danificados.
Com um motor de 50 HP, emprestado do futuro construtor de aviões Louis Bréguet, reequipou o 14bis. Assim, a hélice passou a girar em regime pleno, a 1500 rpm. Também para proporcionar melhor rendimento à aeronave, diminuiu-se o peso posterior em cerca de 40 kg.

Com esse avião, Santos Dumont conseguiu realizar, em 23 de Outubro de 1906, o primeiro "voo mecânico" do mundo, devidamente homologado, alcançando a distância de 60m, em voo nivelado a uma altura que variava entre 2m e 3m com duração de 7 segundos.Com esse feito, Santos Dumont arrebatou os 3.000 francos do prêmio Archdeacon.

Portanto, Santos Dumont havia resolvido o problema do voo num aparelho mais pesado que o ar: o 14bis realizou uma corrida sobre o Campo de Bagatelle, desprendeu do solo, voando em linha reta e pousando em seguida, sem qualquer avaria.

Somente não voara um percurso maior, por que a grande multidão, que afluíra ao Campo para assistir a este grande evento, correra em direção ao 14bis, como que extasiada por aquele verdadeiro milagre que acabava de acontecer. Além disso, Santos Dumont, descrevendo em 1918, chegou a declarar "Não mantive mais tempo no ar, não por culpa da máquina, mas exclusivamente minha, que perdi a direção".

A 12 de novembro de 1906 o 14bis surgiu exibindo uma novidade: os "ailerons", pequenas superfícies móveis colocadas nas asas e com o propósito de manter o equilíbrio horizontal do avião. Estava pronto para disputar outro prêmio, instituído pelo aeroclube francês, que concederia 1.500 francos para quem voasse 100 metros.

Santos Dumont melhorou ainda mais a performance do 14bis e a sua habilidade em pilotá-lo, ao realizar vários voos sempre aumentando a distância percorrida.

Como ficava com as duas mãos ocupadas nos diversos comandos do avião, Santos Dumont costurou um "T" de madeira em seu paletó de onde partiam argolas finas ligadas aos cabos de comando que atuavam nos "ailerons". Inclinando o ombro para a direita ele podia comandar o "aileron" esquerdo, e vice-versa, reagindo ambas as superfícies, de maneira coordenada, de acordo com a inclinação do corpo do aviador.
Neste dia, 12 de novembro de 1906, além de Dumont, estava competindo o francês Louis Bleriot.
A primeira tentativa foi de Bleriot, porém sua aeronave não conseguiu voar. Talvez tenha até esboçado algum salto, mas todos viram que a aeronave de Bleriot não voou. Deve-se registrar que Bleriot era um competidor tão talentoso quanto Santos Dumont.
Os dois eram amigos e existia o respeito e a competição sadia. Talvez se sua aeronave conseguise ultrapassar os 60 metros de distância e altura superior a 1 metro, Bleriot teria sido de fato o primeiro a voar.
Porém a História registra o feito de Santos Dumont: 2 tentativas iniciais não ultrapassaram a marca de 23 de outubro. Nota: a aeronave conseguiu livrar o solo, porém isto não bastava para a comissão julgadora. As experiências tinham que passar pelo crivo dos julgadores e regras. Não estava envolvido apenas livrar o solo, planar, movimento balístico ou coisas semelhantes. O equipamento deveria voar no sentido estrito da palavra.
Naquela segunda-feira, ao cair da tarde, ele conseguiu voar 220m, a 6m de altura do solo, em 21,2 segundos a uma velocidade média de 41 Km/h.

Conquistara, portanto, o outro prêmio, oferecido pelo Aeroclube de França, conferido "ao primeiro aeroplano que, levantando-se por si só, fizesse um percurso de 100m com desnivelamento máximo de 10%".Desta forma, em 12 de novembro de 1906, bateu seu recorde de 23 de Outubro.

A multidão envolveu o 14bis e Santos Dumont saiu carregado em triunfo pelo povo que acorrera ao Campo de Bagatelle. Toda a imprensa mundial noticiou os dois grandes feitos do nosso brasileiro.

Esse marcante acontecimento também repercutiu intensamente no continente americano, em especial no Brasil.
O destino reservara a um brasileiro o registro público e a honra de ter sido o primeiro a conseguir voar em um aparelho mais pesado que o ar: o avião.

Fontes: Cabangu e Wikipédia

Pesquise: Blog do Ninja em 03/07/11 e 10/07/11

Visite: www.santosdumontvida.blogspot.com

sábado, 15 de julho de 2017

Concurso para a EEAR

FAB tem 288 vagas para sargentos especialistas
A Força Aérea Brasileira (FAB) lançou as Instruções Específicas com 288 vagas para a segunda turma do Curso de Formação de Sargentos da Aeronáutica do ano de 2018. As inscrições começam no dia 21 de julho e terminam em 14 de agosto de 2017 e poderão ser feitas pela internet. A taxa é de R$ 60,00. Para participar dos exames de admissão o candidato deve ser voluntário e estar ciente de todas as condições previstas nas Instruções Específicas do Exame. Para ser habilitado à matrícula no curso, o candidato não pode ter menos de 17 anos e nem completar 25 anos de idade até 31 de dezembro de 2018. Os candidatos podem ser de ambos os sexos e devem ter concluído o Ensino Médio até a data da concentração final do certame. O processo seletivo é composto de provas escritas (língua portuguesa, língua inglesa, matemática e física), inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica, teste de avaliação do condicionamento físico e validação documental. As provas escritas ocorrerão em 29 de outubro de 2017. Os aprovados em todas as etapas do processo e selecionados pela Junta Especial de Avaliação (JEA) deverão se apresentar na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), em Guaratinguetá (SP), no dia 1º de julho de 2018 para matrícula. O curso tem duração aproximada de dois anos e, após sua conclusão com aproveitamento, o aluno será promovido à graduação de Terceiro-Sargento Especialista da Aeronáutica.

Instruções: clique aqui

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Aeronaves

Embraer entrega 59 jatos no segundo trimestre
A fabricante brasileira de aeronaves, Embraer, entregou 35 jatos para o mercado de aviação comercial e 24 unidades para o segmento de aviação executiva ao longo do segundo trimestre de 2017, sendo 16 jatos leves e oito jatos grandes. O número de entregas na aviação comercial subiu cerca de 35% em relação ao mesmo período do ano passado. Já a aviação executiva entregou cinco jatos grandes a mais do que no segundo trimestre de 2016, embora no total tenham sido entregues duas unidades a menos.

quinta-feira, 13 de julho de 2017

CENIPA

Dados abertos
CENIPA atualiza informações
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) está comprometido com a transparência das informações disponibilizadas à sociedade brasileira, ao atualizar trimestralmente a base de dados de ocorrências aeronáuticas no portal brasileiro de dados abertos. A atualização garante que as ocorrências dos últimos dez anos tenham seus fatores contribuintes constantemente atualizados. Fato este que melhora cada vez mais a base de dados com foco na prevenção da segurança de voo. Com essa ferramenta, os usuários terão acesso às informações para pesquisar detalhes das ocorrências aeronáuticas da aviação civil brasileira (acidentes e incidentes graves), fazer download dos dados para análises relativas à pesquisa científica ou aos interessados na aviação, como os usuários do transporte aéreo. Além disso, podem tomar melhores decisões quanto à prevenção de acidentes aeronáuticos. Assim, o usuário é livre para fazer pesquisas específicas. De acordo com a Assessoria Estatística do CENIPA, “o principal objetivo da divulgação dos dados abertos é fomentar os profissionais que atuam na prevenção de acidentes aeronáuticos com informações sobre ocorrências aéreas no Brasil. O Centro atua, assim, com transparência, contribuindo para a sociedade e promovendo o aprimoramento na qualidade dos dados governamentais”.

Informações publicadas pelo CENIPA

Com relação à ocorrência: Classificação, Tipo, Localidade, UF, País, Aeródromo, Data, Horário, Status da Investigação, Número do Relatório Final (quando concluído),Quantidade de Recomendações de Segurança, etc.

Com relação à aeronave: Código da Aeronave, Matrícula, Equipamento, Fabricante, Modelo, Quantidade de motores, Peso Máximo de Decolagem, País de registro, Categoria de registro, Origem e destino do voo, Fase da operação, Quantidade de fatalidades, etc.

Com relação aos fatores contribuintes: Fator, Aspecto, Condicionante, Nível de Contribuição, Detalhe do Fator.

Para facilitar o entendimento, foram publicados o dicionário de dados do CENIPA e o modelo de dados. No entanto, são resguardadas as informações pessoais de pessoas físicas ou jurídicas envolvidas. O CENIPA tem o objetivo de atualizar rotineiramente as informações, a fim de disponibilizar à sociedade dados técnicos a respeito da prevenção de acidentes aeronáuticos.

Acesse: clique aqui

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Transporte de Órgãos

4º ETA realiza três missões de transporte de órgãos em menos de 36 horas
Foram transportados três fígados entre municípios do interior paulista

O Quarto Esquadrão de Transporte Aéreo (4º ETA), localizado na Ala 13 em Guarulhos (SP), conhecido como Esquadrão Carajá, participou de três missões distintas de Transporte de Órgãos Vitais (TROV), em três dias seguidos. No dia 5 de julho, após acionado para apoiar a Central Nacional de Transplantes, o esquadrão decolou em menos de uma hora e meia com destino a Sorocaba (SP), onde a equipe médica embarcou, e seguiu para Barretos (SP), local em que o órgão foi coletado. “O procedimento de extração levou cerca de três horas. A madrugada estava fria e a espera nos deixou ansiosos. No momento apenas torci para que Deus estivesse junto com a equipe médica e tudo desse certo”, relatou o Comandante da aeronave, Capitão Aviador Bruno Pereira Orsi. Após a extração, o fígado coletado foi levado para Sorocaba (SP) e a aeronave retornou para Guarulhos (SP). Antes do término dos procedimentos de solo após o pouso, o esquadrão foi acionado novamente para outra missão TROV. Mesmo com dois acionamentos em menos de 10 horas, o 4º ETA estava preparado para cumprir outra missão. Desta vez, o objetivo era coletar um fígado no Hospital de Base de São José do Rio Preto (SP) e transportá-lo para a Santa Casa de São José dos Campos (SP). “Ao ser acionado por volta das cinco e vinte da manhã, fui informado que a tripulação de sobreaviso havia pousado há poucos minutos e já tínhamos outro chamado para o esquadrão. Sabendo disso, não hesitei! Rapidamente vesti o uniforme para cumprir a missão. Foi muito gratificante saber que meu trabalho contribuiu para salvar uma vida, fiquei muito feliz”, declarou o Major Aviador Rodrigo Santos de Faria, Comandante da aeronave envolvida. Após o cumprimento das duas missões, o Esquadrão foi chamado novamente. Nesse caso, foi transportado um fígado de Ourinhos (SP) para São José do Rio Preto (SP). "Graças à competência e responsabilidade da tripulação do esquadrão, mais uma vez a missão foi cumprida com sucesso. É uma grande satisfação realizar missões tão nobres, nas quais vidas podem ser salvas", ressaltou o Tenente Aviador Alexandre de Oliveira Maio dos Santos, Comandante da aeronave. Nas três missões, realizadas nos dias 05, 06 e 07 com sucesso, foram empregadas 09h05min de voo da aeronave C-97 Brasília. Somente em 2017, já são 125 horas de voo destinadas a Missões de Transporte de Órgãos Vitais com 36 órgãos transportados nas asas do 4º Esquadrão de Transporte Aéreo.

terça-feira, 11 de julho de 2017

Aeronaves

Embraer entrega 1º Phenom 100 de treinamento militar ao Reino Unido
A Embraer entregou à Affinity Flight Training Services o primeiro jato Phenom 100 selecionado para realizar o treinamento dos pilotos das forças armadas do Reino Unido em aeronaves multimotor, como parte do programa Military Flight Training System (MFTS) do Ministério da Defesa do Reino Unido. O contrato com a Affinity inclui uma encomenda firme para cinco aeronaves Phenom 100 e serviços, bem como opções para aeronaves adicionais. O programa de treinamento ema aeronaves de asa fixa destina-se a substituir o modelo de treinamento inicial, básico e multimotor, que atualmente é realizado em aeronaves mais antigas, por uma nova solução totalmente integrada, que fornece aeronaves de treinamento mais modernas, dispositivos de treinamento em solo e material didático. A solução é derivada do modelo de formação desenvolvido pela Ascent Flight Training, empresa responsável pelos serviços de treinamento do programa MFTS no Reino Unido. Em 2014, a Affinity foi selecionada pela Ascent Flight Training para fornecer e operar as aeronaves selecionadas para o programa MFTS, voltado para a formação de pilotos das Forças Armadas.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Aeroportos

Reestruturação da Infraero
A reestruturação da Infraero deve ocorrer com a venda de sua participação nos cinco aeroportos já privatizados, Galeão, Natal, Viracopos, Brasília e Confins. Atualmente, a Infraero tem 49% de participação nesses aeroportos Há a possibilidade, ainda, da privatização dos 56 aeroportos da estatal até 2018. A venda seria feita em blocos, combinando aeroportos lucrativos com outros menores e deficitários. Para viabilizar a venda, o Planejamento propõe que as futuras concessionárias absorvam a maior parte dos funcionários da Infraero. O enxugamento da empresa proporcionaria a gestão do sistema aéreo e administração de uma rede menor de aeroportos. Após a venda da participação da Infraero nos cinco aeroportos privatizados, o plano é preparar uma nova rodada de concessões, sem a estatal. A proposta da SAC – Secretaria de Aviação Civil é a concessão de dois lotes de aeroportos imediatamente, exceto Congonhas e Santos Dumont. Também propõe a transferência da outorga de Ilhéus para o Estado da Bahia e de São José dos Campos para o município, para que procedam à concessão. Outra medida será colocar a subsidiária Asas para funcionar. A empresa foi criada em parceria com a operadora alemã Fraport. Ainda está previsto que o setor relativo à proteção ao voo seja repassado para a Nav Brasil, estatal vinculada ao Comando da Aeronáutica que está sendo criada e absorverá os serviços de controle de tráfego aéreo providos pela Infraero.

domingo, 9 de julho de 2017

Especial de Domingo

Julho deu e tirou do mundo (20/7/1873 - 23/7/1932) o gênio Alberto Santos Dumont. Neste sétimo mês do ano, mais uma vez, dedicamos os Especiais de Domingo à memória deste querido brasileiro.


OS DIRIGÍVEIS DE SANTOS DUMONT


Até o mês de julho de 1901, Santos Dumont era conhecido apenas nos círculos aeronáuticos de Paris. Nos dias 12 e 13 daquele mês, ele circundou a torre Eiffel na presença de uma multidão, pilotando o seu dirigível nº 5. A partir daí, Santos Dumont passou a ser reconhecido pela imprensa mundial.


A dirigibilidade dos balões

Quando Santos Dumont cogitou colocar um motor a explosão pendurado em um balão de hidrogênio, duas opiniões o levaram a tomar providências. Disseram que a trepidação do motor iria romper os cabos de sustentação. Ele, cuidadosamente, pendurou o seu triciclo em uma árvore para verificar como se comportava o conjunto e funcionou até melhor. Disseram que tudo iria explodir. Ele aumentou as cordas de sustentação, afastando o motor do invólucro, virou o cano de escapamento para baixo e colocou as válvulas de hidrogênio na extremidade bem atrás.
Na primeira tentativa de decolagem chocou-se contra as árvores, pois decolou a favor do vento, conforme foi convencido pelas pessoas que assistiam. Dois dias depois, a 20 de setembro de 1898, decolou contra o vento conforme sua concepção.


Para espanto da assistência, pela primeira vez na história da humanidade um balão evoluiu no espaço propulsionado por um motor a petróleo. Após este evento, aperfeiçoou sua criação nos dirigíveis 2 e 3.
O Nº2, de 25 metros de comprimento, era provido de um motor de 1,5 CV de potência, pesando 30 Kg, o qual girava uma hélice a 1200 rpm, deslocando-se de forma lenta mas controlada na direção em que o brasileiro lhe apontava!


Com o Nº3(foto acima), Dumont afastava-se da forma cilíndrica das aeronaves Nº1 e Nº2 e adotava uma forma mais esférica, tentando, pelo próprio desenho do aparelho, evitar a perda de forma do balão no ar, causa dos acidentes com seus dois primeiros dirigíveis. O Nº4 trazia algumas inovações, entre elas a disposição da hélice na proa da aeronave e a exclusão da barquinha pelo selim de uma bicicleta. Dotado de um motor de quatro cavalos, o Nº4 realizou diversos voos sem problemas.
Os sucessos das experiências daquele pequeno brasileiro, levaram o magnata do petróleo Henry Deutsch de La Meurthe, no dia 24 de março de 1900 a oferecer um prêmio de 50.000 francos a quem, entre 1º de maio de 1900 e 1º de outubro de 1903, partindo e retornando do campo de Saint Cloud, por seus próprios meios e sem tocar o solo ao longo do percurso, sem auxílio de terra contornasse a Torre Eiffel e regressasse ao ponto de partida em no máximo 30 minutos.


A distância de ida e volta equivalia a 30 quilômetros. A conquista desse prêmio seria avaliada por uma comissão formada por membros do Aero Clube da França. Fez experiências com o número 4; tentou por duas vezes vencer o prêmio com o N°5.
Em 27 de agosto de 1901, após a tentativa de vencer o prêmio, sofreu um grave acidente com seu dirigível N°5. Houve perda de gás, e o envólucro começou a murchar rapidamente. Ao perceber a gravidade da situação, Santos-Dumont se amarrou à "nacele"(cesto).A cauda desceu muito e se rasgou numa chaminé, provocando uma explosão no ar.


Por instantes ele permaneceu desacordado, e quando voltou a si estava pendurado no alto do Hotel Trocadero. Escalou rapidamente o cordame do dirigível, e auxiliado pelos bombeiros ainda conseguiu recuperar o motor do aparelho.Mais tarde foi intimado pela proprietária do Hotel Trocadero a pagar 150 francos pelos estragos causados por ocasião do acidente.
Em 19 de outubro de 1901, (menos de dois meses após seu quase fatal acidente com o N°5) às 14h42min, Santos Dumont partiu com seu dirigível Nº6, com 33 metros de comprimento e 622 metros cúbicos, para circundar a torre Eiffel; após 29min30s o Nº6 encontrava-se sobre o ponto de partida.



Finalmente vence o Prêmio Deutsch. Com esse feito Santos Dumont provou que o Homem podia controlar o seu deslocamento pelos ares.

Cabe ainda ressaltar que o aeronauta doou integralmente seu prêmio; metade (25.000 francos) aos pobres de Paris, auxiliando-os na quitação de suas dívidas em casas de penhores, e devolvendo-lhes suas ferramentas de trabalho e instrumentos musicais. A outra metade destinou aos seus mecânicos e colaboradores. No dia da prova em que conseguiu realizar o percurso e ganhar o prêmio, Paris estava sob mau tempo, o que retirou visibilidade para fotos de longa distância. Santos Dumont fez então com que os cartões postais do feito saíssem com a foto do Nº5.
Em 1902, Dumont iniciou a construção de um novo dirigível, o Nº 7. Projetado para enfrentar a questão da velocidade, o Nº 7 era movido por um motor Clément de 70 cavalos, que acionava duas hélices de cinco metros de diâmetro, uma à proa e uma à ré. O inventor acreditava alcançar 80 quilômetros por hora com o aparelho, o que, segundo ele, permitiria o uso cotidiano dos balões, uma vez que ele estimava uma velocidade dos ventos de no máximo 50 quilômetros por hora. O Nº7 contava com 1.257 metros cúbicos de hidrogênio e o motor era refrigerado a água.
Pulou o N°8 por superstição(quase morreu no mês de Agosto!).
O Nº9 era um pequeno dirigível com 270 metros cúbicos, acionado por um motor de apenas três cavalos, de formato oval, muito estável. Com o Nº9 Dumont realizava evoluções frequentes sobre Paris.

Descia em avenidas, fixava seu dirigível e sentava-se tranquilamente em algum café, buscando demonstrar a exequibilidade do dirigível como meio de transporte. Dumont sentia tanta confiança no aparelho Nº 9 que, em certa ocasião, levou como passageiro o menino Clarkson Potter, e ainda foi neste dirigível que permitiu que outra pessoa dirigisse seu veículo aéreo, a cubana Aida de Acosta, a primeira mulher a pilotar uma aeronave no mundo, que sem nenhuma experiência prévia voou sozinha com o engenho.
Dumont costumava chamar o aparelho Nº7 de “balão de corrida” e o Nº9 de “balão de passeio”(La Balladeuse-A Passeadeira). 
Outros dirigíveis também chamaram a atenção. O N°14 foi utilizado para testar o seu famoso 14Bis. 
O Nº10, conhecido como "ônibus", era um grande aparelho de 200 metros cúbicos de hidrogênio, que poderia levar quatro ou cinco passageiros em cada barquinha, num total de 20 pessoas.



Dumont acreditava poder levar passageiros no que seria o primeiro “ônibus aéreo do futuro”.
Em 1903, um grupo de oficiais convidou Dumont a participar da parada militar de 14 de julho, data nacional francesa em comemoração ao 114º aniversário da Queda da Bastilha. Santos Dumont realizou evoluções e parou com seu dirigível Nº9 em frente ao palanque das autoridades e saudou o Presidente da República da França com uma salva de 21 tiros dados com seu revólver. Este é considerado o primeiro desfile aéreo em uma parada militar da história. 
Logo depois, Dumont escreveu uma carta ao ministro da guerra francês, oferecendo sua colaboração e os seus dirigíveis para emprego pela França em caso de guerra,exceto aquelas que se realizassem contra países do continente americano. O ministro aceitou o oferecimento, e com a colaboração de Dumont, foi construído um dirigível militar, a aeronave Patrie. Foram realizadas experiências para determinar a possibilidade de emprego de dirigíveis em caso de conflito. O maior interesse do Ministério da Guerra francês residia no rompimento de cercos. Dessa forma, o inventor deveria sair de Paris de trem, com o balão desmontado, atingir um determinado ponto, montar o dirigível e romper um hipotético cerco inimigo sobre uma cidade especificada, em um tempo máximo dado.
Santos Dumont acreditava que, durante uma fase inicial, o emprego dos dirigíveis seria, fundamentalmente, de natureza militar. Em 1902, ele afirma que “ainda por algum tempo o dirigível terá seu melhor aproveitamento para operações bélicas, mas em seguida se desenvolverão aplicações mercantis”.
Durante a Primeira Guerra Mundial, os dirigíveis foram efetivamente utilizados, tendo sido abatidos trinta e dois desses aparelhos. Em 19 de outubro de 1917, uma esquadrilha composta de onze deles rumou para a Inglaterra com a missão de bombardear cidades. Cinco deles foram abatidos pelos ingleses, e os demais voltaram a seus hangares na Alemanha.
O pacto de rendição da Alemanha determinou a entrega de vários aparelhos à França, Inglaterra, Estados Unidos e Bélgica, e proibiu que a Alemanha fabricasse novos dirigíveis. A Primeira Guerra assinala a passagem de uma fase experimental e pioneira, para uma de uso militar sistemático de aeronaves. Depois da guerra, os dirigíveis vieram a ser utilizados em transporte de passageiros à longa distância.

Em 1903, Dumont regressou ao Brasil. Foi recebido com todas as honras.Era uma figura extremamente popular, mas sua estada no país foi breve e logo retornava à Europa, escrevendo então seu primeiro livro, DANS L'AIR, publicado na França e logo vertido para o inglês e publicado na Inglaterra.

Fontes: Cabangu e Vencendo o Azul

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