SGDC entra em operação
O Comando de Operações Aeroespaciais (Comae), em Brasília (DF), deu início, no dia 5 de julho de 2017, às operações do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). A operação e o monitoramento do satélite estão sob responsabilidade da Força Aérea Brasileira (FAB), trabalhando em conjunto com o Exército e a Marinha. O início das operações foi classificado pela FAB como um dia histórico para o campo da Defesa do país. O equipamento, colocado em órbita em maio de 2017, permitirá a segurança das comunicações do governo e das Forças Armadas e, em curto prazo, a ampliação da oferta do serviço de banda larga aos mais distantes rincões do país. A ação, segundo a FAB, marcou o primeiro enlace da Operação Ostium – feito nas regiões Norte e Centro-Oeste e que irá reforçar a vigilância no espaço aéreo sobre a região de fronteira do Brasil com a Bolívia e o Paraguai. O evento de inauguração das transmissões do satélite, por videoconferência, foi feito em Vilhena (RO) e no centro de comando do SGDC, em Brasília.
Ativação
Lançado no dia 4 de maio de 2017, a partir do Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa, o satélite passou por uma fase de ajustes e testes orbitais sob a coordenação de militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e de engenheiros da fabricante do SGDC, a empresa francesa Thales Alenia Space. Antes da videoconferência entre autoridades, no dia 5, no dia anterior, às 14h13 (horário local), o sargento Rômulo, do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle, realizou a primeira chamada telefônica entre o sítio da operação Ostium em Vilhena (RO) e o Destacamento de Telecomunicações por Satélite em Brasília, utilizando o recurso do SGDC. O contato marcou a evolução das transmissões satelitais, antes possíveis somente com emprego de plataformas orbitais operadas por outras nações. É um passo gigantesco em relação às transmissões em HF (alta frequência) e telegrafia em código Morse até os anos 1970.