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sábado, 30 de setembro de 2017

Casa Avião em Rondônia

Portal G1 mostra interior de casa construída no formato de avião em Rondônia
Vestindo roupa de piloto, Geraldo passeia pela casa que ele construiu na Zona Rural de Porto Velho. 

Técnico em eletrônica disse que nunca entrou em uma cabine de avião.

Depois de ter a foto da 'casa-avião' viralizada na internet, Geraldo Araújo, o inventor e o construtor da inusitada residência, abriu as portas e mostrou ao G1 o interior da construção. A casa do aposentado, que sempre sonhou em ser piloto, fica localizada na zona rural de Porto Velho. Vestindo roupas e o quepe de piloto da aviação, o técnico em eletrônica mostrou o interior do avião feito acoplado na casa dele.

Assim que entra com a reportagem na aeronave, Geraldo descreve a sensação de entrar na cabine projetada por ele. "Me imagino entrando no avião e cumprimentando os passageiros. Ainda não tem nada pronto, mas eu já consigo ver os painéis, as luzes, o manche e as poltronas. Vai ficar lindo! Eu consigo até imaginar as nuvens do lado fora do avião", expressa. 

Olhando para o horizonte e de dentro da cabine da casa-avião, Geraldo confessa que nunca entrou de fato em uma cabine de avião. "Depois da invenção da internet ficou muito mais simples aprender. O que antes para mim era um sonho impossível, a cada dia tenho chegado mais perto da realização de pelo menos fazer um filme com o meu avião. Nunca entrei em uma cabine, mas imagino o tamanho que ela seja, e que exista um lugar para o piloto e outro para o copiloto e que é cheio de 'luzinhas'. As janelas de onde ficarão as poltronas dos passageiros eu fiz na serra circular e ainda vou colocar os vidros. Quero que fique igualzinho o de verdade", fala.

Amor por voar
Geraldo conta que um certo dia estava passeando pelo sítio, quando reparou que um avião sobrevoava o local e decidiu ir para o aeroporto de Porto Velho e viajar para Manaus (AM). "Eu ainda não tinha iniciado a construção da casa-avião, e estava por aqui no sítio andando de um lado para o outro e ai foi quando eu vi um avião no céu. Me lembro que me deu uma imensa vontade de voar. Fui até o aeroporto e paguei caro em uma passagem, que foi comprada na hora e fui para Manaus. Isso só para voar mesmo", lembra o técnico em eletrônica, sorrindo.

O técnico em eletrônica, que é natural do Ceará, lembra que na infância não tinha condições para comprar brinquedos e por isso recorria à imaginação, mas sempre com foco nas alturas. "A gente não tinha dinheiro para comprar uma bicicleta ou um carrinho. Me lembro que eu sempre subia nas árvores e queria voar. Mesmo sem saber que um dia teria como construir uma casa dessas, eu já sonhava", disse.

Apoio da esposa
Isabel Araújo, casada há 40 anos com Geraldo, conta que na participação para realizar o sonho do esposo sempre esteve presente. "É muito bom estar casada com ele. A minha vida nunca está parada, e sim sempre em movimento. Ele já escreveu e produziu 11 filmes e, mesmo sem muitos recursos de qualidade, a gente dava um jeito. Usávamos câmeras pequenas, de mão mesmo, e enquanto ele atuava eu filmava. Quando eu estava em cena, outro filmava. No elenco dos filmes ele sempre coloca a família toda para participar", conta. A neta de 16 anos, Ana Araújo, fala que cresceu atuando nos filmes escritos e produzidos pelo avô. "Ele coloca todo os netos para participar. Não tem falas definidas no roteiro, a gente tem que improvisar na hora. Tudo é improvisado. Quando um está na cena outro está filmando, mas eu gosto de estar em tudo que envolve a realização do sonho do meu avô. Isso é motivador", diz a neta.

Além da construção da casa-avião, a atuação e produção dos próprios filmes, o técnico em eletrônica é compositor. Ele ressalta que as letras das canções feitas por ele sempre o mantiveram motivado na construção da realização do sonho. "Na minha família, lá de onde eu vim, ninguém nunca fez o que eu já fiz. Ninguém foi artista ou cantor. Ninguém sabe tocar um violão ou sanfona e eu fiz tudo isso. Meu primo uma vez falou que eu era diferente e que eu ia longe, mas a verdade é que nem todos foram legais comigo. A maioria sempre me criticava. Um cara, uma vez, falou que eu queria roubar a ideia de um amigo, mas eu não preciso roubar ideia de ninguém! Eu tenho 1.001 ideias", desabafa.

Fonte: Jheniffer Núbia, estagiária do G1 Rondônia, sob a supervisão de Jonatas Boni.

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Aeronaves

Super Tucano poderá ser testado em combate real
Segundo a revista Aviation Week, a USAF (Força Aérea dos Estados Unidos) avança nos preparativos para enviar os modelos envolvidos na disputa para combates reais contra terroristas em 2018. O A-29 Super Tucano da Embraer concorre pelo contrato, que prevê a aquisição de 300 aeronaves por US$ 1,2 bilhão. Conforme o coronel Mike Pietrucha, conselheiro do Comando de Combate Aéreo da USAF, o exercício de combate, chamado Combate Dragon III, envolverá quatro aeronaves, sendo dois Super Tucanos e outros dois AT-6 Wolverine, da Textron. “Estamos nos preparando como se estivéssemos indo para uma guerra”, disse o militar. O plano é avaliar em situações reais a eficácia das armas de precisão usadas pelas aeronaves, assim como seus processos de manutenção, consumo de peças de reposição e a confiabilidade em ambiente operacional. A USAF, contudo, ainda não definiu para onde as aeronaves serão enviadas para enfrentar combates reais. Atualmente, as forças militares dos EUA enfrentam conflitos contra terroristas em países como a Síria e Afeganistão. O Super Tucano já foi utilizado em combate pela Colômbia, em ações contra a FARC, com exemplares fabricados no Brasil, e no Afeganistão, com modelos montados nos Estados Unidos.

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Transporte Aéreo

American Airlines terá, em Guarulhos, o 1º hangar fora dos EUA
A companhia American Airlines terá, no Brasil, seu primeiro hangar fora dos Estados Unidos. A empresa anunciou parceria com o Aeroporto Internacional de São Paulo (GRU Airport) para a construção da instalação, destinada à manutenção de aeronaves e testes de motores. Deverá estar concluído em 2018 e ocupará o antigo espaço da extinta Vasp, com cerca de 36 mil metros quadrados.

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Aeronaves

INPAER desenvolve o 300 Alfa, avião de 5 lugares
A INPAER - Indústria Paulista de Aeronáutica, sediada em São João da Boa Vista (SP), que já tem no mercado o ultraleve Conquest, está desenvolvendo o projeto 300 A, um avião de cinco lugares. A aeronave 300A terá asa alta sem montante, velocidade de até 160 nós (em torno de 290 quilômetros por hora) e alcance de 1560 quilômetros.

Saiba mais: www.inpaer.com

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Segurança de Voo

Inscrições para o Seminário de Prevenção de Acidentes, nos dias 6 e 7 de outubro, em Recife (PE)
Estão abertas as inscrições para o VIII Seminário Regional de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos promovido pelo Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA II), Unidade da Força Aérea Brasileira (FAB), localizada em Recife (PE). O evento será realizado nos dias 06 e 07 de outubro de 2017 na capital pernambucana. A comunidade aeronáutica terá a oportunidade de debater assuntos voltados para a Segurança de Voo. Entre as atividades estão o Painel “Oportunidades e ameaças na Operação do Drone”, com palestrantes da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e da Associação Brasileira de Multirrotores (ABM); a palestra “Doutrina do Voo de Manutenção”, ministrada pelo Tenente-Coronel Aviador José Ricardo S. Scarpari, do Instituto de Pesquisa e Ensaios em Voo (IPEV); e a “Performance de Aeronaves”, realizada pelo Coronel Aviador Mario Cesar Berto.As inscrições são gratuitas. Os participantes estão convidados a doar voluntariamente 1 Kg de alimento não perecível durante o credenciamento do evento. Todos os produtos arrecadados serão, posteriormente, enviados para uma instituição de caridade do município. O evento será realizado no auditório do Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Espaço Aéreo (CINDACTA III), localizado na Av. Centenário Alberto Santos Dumont, s/n, bairro Jardim Jordão, em Recife (PE)

Agenda: VIII Seminário Regional de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, dia 06/10 (das 12:30 às 17:40) e dia 07/10 (das 07:30 às 12:50)

Local: CINDACTA III - Av. Centenário Alberto Santos Dumont, s/n, bairro Jardim Jordão, Recife (PE)

Inscrições: clique aqui

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

KC-390

Avaliação de óculos de visão noturna na operação do cargueiro da FAB
A campanha de testes de um dos protótipos da aeronave multimissão KC-390, realizada na Ala 5, localizada em Campo Grande (MS), tem uma característica inédita: o emprego do Óculos de Visão Noturna (Night Vision Goggles – NVG). Os Óculos de Visão Noturna têm a capacidade de aumentar em até 50 mil vezes a percepção de luminosidade do ambiente, o que significa que qualquer ponto de luz se torna extremamente sensível aos olhos de quem está operando com os NVGs. Sendo assim, a aeronave foi concebida para que as luzes, tanto internas quanto externas ao KC-390, sejam compatíveis para a realização de voos noturnos.

Testes
Nesta fase de testes da campanha do KC-390, são realizados lançamentos de paraquedistas para averiguar as condições necessárias, a fim de obter a certificação da aeronave. Para isso, a missão conta com o apoio em conjunto da Brigada Paraquedista do Exército Brasileiro; do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARA-SAR) da Força Aérea Brasileira; e do Batalhão Tonelero e Grupamento de Mergulhadores de Combate da Marinha do Brasil.

domingo, 24 de setembro de 2017

Especial de Domingo

De Vencendo o Azul, livro do historiador João Alexandre Viégas, selecionamos e novamente publicamos o texto a seguir.
Boa leitura.
Bom domingo!

A fábrica de aviões Aerotec

A proximidade do então CTA ensejou a instalação de indústrias aeronáuticas em São José dos Campos - SP, antes mesmo da criação da Embraer.

É o caso da sociedade Aerotec, fundada em 1962.

Em junho de 1965, voava o protótipo de primeiro avião projetado pela empresa: o Uirapuru.


Seguindo a tradição de outras empresas aeronáuticas de médio porte que haviam surgido no país, a Aerotec iniciou suas atividades desenvolvendo um avião de treinamento primário.

O Uirapuru é um monomotor metálico de asa baixa, dois lugares e motor Lycoming de 160 cavalos. 

Tendo construído dois protótipos e realizado ensaios em voo, a Aerotec buscou e obteve uma encomenda do Ministério da Aeronáutica.

Em outubro de 1967, foi contratada a construção de 30 dessas aeronaves para as substituição dos aparelhos T-21 e T-22 na instrução primária de pilotos militares.

Posteriormente, a Aerotec obteve nova encomenda de 40 aeronaves, conseguindo ainda exportar 18 aparelhos para a Bolívia e Paraguai.

Depois de quinze anos de existência, a empresa chegou a empregar trezentos funcionários, produzindo partes e peças para o avião agrícola Ipanema e também para os aviões da linha Piper, todos fabricados pela Embraer.

Mas o fim do contrato com o Ministério da Aeronáutica lançava a empresa numa crise financeira.

A Aerotec havia produzido 130 aviões “Uirapuru”, 100 dos quais para o mercado militar brasileiro.

O mercado civil e o mercado externo não eram suficientes para oferecer rentabilidade à companhia, que se viu na contingência de demitir dois terços de seus funcionários.

A Aerotec decidiu então projetar um novo e mais moderno avião de treinamento primário, que pudesse substituir o Uirapuru na Academia da Força Aérea.

Em 1979, o Ministério da Aeronáutica contratava a empresa para realizar o projeto do novo avião e, em março de 1981, a aeronave realizava seu primeiro voo.


Denominado Tangará, o avião era um monomotor metálico para treinamento, dotado de motor Avco Lycoming de 160 cavalos.

Mas o Ministério da Aeronáutica não realizou encomendas do aparelho à empresa, que a partir de então se limitou a produzir partes e peças para a Embraer.

Fonte: Vencendo o Azul - João Alexandre Viégas

sábado, 23 de setembro de 2017

Aeroportos

Portal AGA agiliza processos de proteção de aeródromo
O Portal AGA do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) completa um ano. O site traz informações sobre o que se relaciona com Zonas de Proteção de Aeródromos (ZPA) e possui estatística positiva com relação ao atendimento ao usuário. Utilizado por consultorias, construtoras, administradores de aeródromos, prefeituras, governos estaduais e proprietários de imóveis, o site tornou possível a consulta online sobre a necessidade ou não de abertura de processos para novas edificações no entorno de aeródromos. A consulta é feita por meio da seção "pré-análise", onde o interessado insere informações sobre o tipo de objeto que será implantado, as coordenadas geográficas (latitude e longitude), a altitude da base e da altura e o CEP. Se não houver necessidade de submissão do projeto ao Comando da Aeronáutica (COMAER), o interessado receberá por e-mail a informação de que a sua análise foi concluída e, por meio do código de sua solicitação, poderá imprimir o documento oficial de inexigibilidade e apresentá-lo à Prefeitura Municipal para obtenção do alvará de construção. O site disponibiliza ainda a consulta deste documento oficial por um código presente no documento, o QR code. Outra funcionalidade do portal é a possibilidade de cadastro prévio das Secretarias de Obras ou Prefeituras que desejem ser informadas por e-mail sobre a publicação de Planos na cidade de interesse. Para usufruir do serviço, basta cadastrar o endereço eletrônico e indicar a cidade. Todas as vezes que uma nova ZPA for publicada, essa informação será encaminhada ao e-mail previamente cadastrado. O portal trouxe outros benefícios, como a ausência de risco de extravio do documento físico ou ainda a economia com custos de impressão e de correio. Também diminuiu o prazo para recebimento de parecer, que antes era de pelo menos 60 dias. Com a inserção online via pré-análise, o prazo máximo de resposta foi reduzido para 30 dias. No entanto, muitos usuários recebem a resposta em apenas 10 dias, em média, ou em menos tempo.

Portal AGA: Clique aqui

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

História

121 anos do “Brigadeiro”
O Marechal do Ar Eduardo Gomes continua sendo uma referência na Aeronáutica

Um exemplo. Assim pode ser descrito o Patrono da Força Aérea Brasileira (FAB), Marechal do Ar Eduardo Gomes, que completaria 121 anos neste mês de setembro. Falecido em 1981, o “Brigadeiro”, como gostava de ser chamado, atingiu feitos expressivos e participou de episódios que mudaram a história do Brasil. Nascido em 20 de setembro de 1896, em Petrópolis (RJ), Eduardo Gomes começou sua vida militar como cadete da Escola Militar do Realengo, em 31 de abril de 1916. Tornou-se Aspirante a Oficial da Arma de Artilharia em 1918. Sua primeira aparição notável foi na Revolução dos Tenentes, em 1922, quando se recusou a lutar contra a população brasileira. Entre ingressos e saídas na vida militar, motivados pelo período conturbado da política nacional, permaneceu na Força até 1967, quando ocupou seu último cargo, Ministro da Aeronáutica. Mas o caminho foi repleto de desafios e conquistas. Na década de 1930, participou da criação e comandou o Correio Aéreo Militar, que, mais tarde, se tornaria o Correio Aéreo Nacional (CAN), uma importante ferramenta de integração no País. Na década seguinte, foi Comandante das Zonas Aéreas I e II, sediadas em Belém (PA) e Recife (PE), respectivamente, quando participou da criação de bases aéreas. Foi candidato a presidente da República em duas oportunidades, 1945 e 1950, época em que surgiu o tradicional doce “brigadeiro”, apelidado em sua homenagem. O Marechal do Ar foi Ministro da Aeronáutica em duas ocasiões: de 1954 a 1955 e de 1965 a 1967. Permaneceu atuante durante toda a sua vida, mesmo na reserva da FAB, até falecer em 13 de junho de 1981. Ainda hoje, segue como uma das grandes referências da Aeronáutica e do Brasil.

Fonte: FAB

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Risco Baloeiro

Balão causa incêndio no aeroporto de Guarulhos
No dia 09 de setembro de 2017, a equipe de bombeiros da Seção de Contra Incêndio da Ala 13 (SP) atendeu a mais um chamado de incêndio, causado por balão de ar quente, no complexo do Aeroporto Internacional de Guarulhos. "O militar de serviço que atua na torre de observação dos bombeiros avistou fogo próximo à pista de pouso 27L e, em seguida, acionou a emergência. O incêndio, mais uma vez, foi causado pela queda de balão de ar quente, situação frequente no aeroporto", explicou o Sargento Tiago da Silva Barbosa, chefe de equipe de bombeiros no dia da ocorrência. Somente no ano de 2017, ocorreram seis incêndios provocados por quedas de balões na região sob jurisdição do Aeroporto Internacional de Guarulhos, além de inúmeros avistamentos de balões sobre o aeródromo e nas áreas de aproximação das aeronaves.

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Gripen NG

Empresa gaúcha entrega instrumento para o novo caça da FAB
A AEL Sistemas, instalada em Porto Alegre (RS), entregou à sueca Saab, fabricante dos caças Gripen NG, o segundo protótipo da tela de painel do Wide Area Display (WAD), responsável pela interface entre os pilotos e os caças supersônicos que serão empregados pela Força Aérea Brasileira. As informações do painel serão concentradas em um único monitor de alta definição, sensível ao toque com infravermelho, para que o piloto não precise tirar as luvas de proteção. É uma etapa importante do projeto que permitirá o desenvolvimento, na Suécia, dos softwares de conexão com as aeronaves. O primeiro protótipo do Gripen NG encomendado pela FAB fez seu voo inaugural em junho. Um caça para testes iniciais será entregue em 2019.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Indústria Aeronáutica

Embraer avalia voltar a produzir turbo-hélice
A Embraer iniciou conversações com companhias aéreas para avaliar a possibilidade de desenvolver um novo avião com motores turbo-hélice. Seria o retorno ao produto que marcou sua entrada na aviação comercial, há 49 anos, com o pioneiro Bandeirante, seguido do Brasília. A demanda por esse tipo de aeronave ganha força nos Estados Unidos. “Nós estamos nos primeiros estágios para avaliar que caso de negócio poderia ser”, afirmou John Slattery, presidente da Embraer Aviação Comercial, ao The Wall Street Journal. Ainda existem 38 Bandeirantes voando em operações comerciais por 14 empresas, enquanto 96 aeronaves Brasília fazem voos comerciais com 31 operadores.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Tráfego Aéreo

Dados de aeródromos privados são informados apenas por meio digital
O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) passou a divulgar, desde 14 de setembro de 2017, as informações referentes aos serviços dos aeródromos privados apenas digitalmente. É o chamado Rotaer Digital que entra em vigor com a publicação da Circular de Informações Aeronáuticas nº 29/17. A versão impressa do Rotaer (Manual de Rotas Aéreas) relacionada a esses aeródromos deixa de existir. Antes, se houvesse alguma mudança em um aeródromo privado, demorava até 56 dias entre a solicitação da ANAC até as informações entrarem em vigor. A partir de agora, com o formato digital, a informação vai levar apenas algumas horas para estar atualizada. O Rotaer Digital possibilita, a qualquer tempo, a consulta das informações de aeródromos privados constantes na base de dados do DECEA e a geração de páginas personalizadas - de acordo com o interesse do usuário. Nele inclui todas as características do aeródromo, como tamanho de pista, coordenada, cidade, operador, se tem serviço de meteorologia ou de combustível, se tem luzes, qual a superfície da pista, entre outras, assim como o Rotaer que era impresso.

Aeródromos públicos
A previsão é que, a partir de julho de 2018, as informações referentes aos serviços dos aeródromos militares e públicos também sejam divulgadas apenas digitalmente. O DECEA pretende eliminar o processo de impressão tanto do Rotaer quanto de outras publicações.

Rotaer Digital: clique aqui

AIC 29/17: clique aqui 

domingo, 17 de setembro de 2017

Especial de Domingo

Novamente, publicamos conteúdo sobre o Correio Aéreo Nacional, história que sempre merece ser revisitada.
Boa leitura.
Bom domingo!

O CORREIO AÉREO NACIONAL

Os primeiros tempos

O serviço do então Correio Aéreo Militar entrou em operação no dia 12 de junho de 1931, quando os tenentes do Exército, Casimiro Montenegro Filho e Nelson Freire Lavenère-Wanderley, a bordo do monomotor biplano Curtiss Fledgling matrícula K263 (apelidado carinhosamente de "Frankenstein"), transportaram uma mala postal com duas cartas, do Rio de Janeiro para São Paulo, e de lá retornando, com correspondência, no dia 15 de junho.

Esse voo inaugural durou cinco horas e vinte minutos, seguindo a rota direta que ultrapassava as montanhas do litoral. O retorno demorou apenas três horas e meia, seguindo a rota do vale do rio Paraíba até à altura da cidade de Resende e daí infletindo para o Rio. Esta última se tornaria a rota oficial para as aeronaves do CAN entre as duas cidades daí em diante, três vezes por semana, até à entrada em operação, posteriormente, de aviões bimotores.

Na época o então Major Lysias Augusto Rodrigues foi designado para estudar as possibilidades de ampliar os voos do CAN pelo interior, pois havia a manifesta intenção de estender a rota Rio-São Paulo até o Estado de Goiás.

O objetivo dessa árdua jornada era reconhecer o território e implantar campos de pouso, de modo a viabilizar a navegação aérea e criar as condições imprescindíveis que facultassem a execução de voos dos grandes centros do Brasil para a Amazônia e que permitissem, também, uma nova e econômica rota para os voos realizados entre os Estados Unidos e o Cone Sul do Continente.

Àquela época, as aeronaves percorriam o arco irregular de círculo que descreve o litoral brasileiro para se deslocarem de um extremo a outro do País, devido à existência de aeroportos em várias cidades litorâneas. Por sobre a Amazônia e a região central, apenas mata fechada. Daí a importância da missão que foi atribuída a Lysias Rodrigues e o ímpeto com que o notável desbravador abraçou o desafio, penetrando em profundidade, com destemor, na natureza virgem daquela região, em realidade, um mundo desconhecido e cheio de mistérios sedutores para um homem nascido e criado no Rio de Janeiro, então capital do País. Varando por terra o sertão bruto, com galhardia e tenacidade, logrou alcançar Belém do Pará. Esta marcante epopeia ficou registrada em seu diário de viagem e, mais tarde, foi incluída no livro que batizou de "Roteiro do Tocantins".


Durante a Revolução Constitucionalista de 1932, Lysias combateu ao lado de São Paulo, comandando o 1º Grupo de Aviação Constitucionalista, sediado no Campo de Marte. Foi com o cognome de "Gaviões de Penacho" que este combativo Grupo, a despeito dos parcos recursos, cobriu-se de glórias. Após o armistício de 3 de outubro, ele e seus companheiros insurretos Major Ivo Borges, Capitão Adherbal da Costa Oliveira, Tenentes Orsini de Araújo Coriolano e Arthur da Motta Lima foram reformados pelo Governo e exilaram-se em Portugal e na Argentina. Em 1934, foram anistiados e reintegrados ao Exército.

Retornando do exílio, deu continuidade ao trabalho iniciado com a exploração terrestre empreendida em 1931.

Em 14 de novembro de 1935, decolando do Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro, em companhia do Sargento Soriano Bastos de Oliveira, em uma aeronave Waco CSO, deu início ao levantamento aéreo da área anteriormente esquadrinhada, inaugurando todos os campos de pouso que havia implantado em seu famoso périplo, quatro anos antes, percorrendo as cidades de Ipameri, Formosa, Palma, Porto Nacional, Tocantínia, Pedro Afonso, Carolina e Marabá, antes de atingir Belém. Por onde passaram causaram estupefação, curiosidade e incredulidade, trazendo alegria e esperança àquela gente simples do sertão.



CAN


Com a criação do Ministério da Aeronáutica em 20 de janeiro de 1941, pela fusão da antiga arma da Aviação Militar do Exército com a da Aviação Naval da Marinha, o Correio Aéreo foi transferido para este órgão e recebeu a denominação com que ficou conhecido: Correio Aéreo Nacional - CAN. A sua direção ficou afeta à Diretoria de Rotas Aéreas, cujo diretor foi o Brigadeiro Eduardo Gomes. A partir de então, em abril de 1943 as linhas foram estendidas até ao rio Tocantins e Belém do Pará, e desta última até Caiena, com escalas em Macapá e Oiapoque. Em maio de 1945 foi aberta uma nova linha internacional, que ligava a região Centro-Oeste a Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia.


O grande impulso do CAN registrou-se após o término da Segunda Guerra Mundial, com a entrada em serviço das aeronaves bimotores monoplano C-45 Beechcraft e Douglas C-47, com maior capacidade de carga e autonomia de voo. No ano seguinte, a linha para a Bolívia era estendida até à capital, La Paz, empregando aeronaves C-47 no trajeto Rio de Janeiro - São Paulo - Três Lagoas - Campo Grande - Corumbá - Roboré - Santa Cruz de la Sierra - Cochabamba - La Paz.

Em 1947 foi aberta a linha que conduzia ao então território do Acre; em 1951, a linha internacional para Lima, no Peru. Em novembro de 1952 era aberta a linha para o rio Araguaia, inciando-se o apoio do CAN aos postos do antigo Serviço de Proteção ao Índio na rota Rio de Janeiro - Belo Horizonte - Uberaba - Goiânia - Aruanã - Conceição do Araguaia - Las Casas - Gorotire. Nesse mesmo ano era aberta a linha Rio de Janeiro - Manaus, que se estendia até Boa Vista e, em seguida, a linha até ao Rio Negro, esta com o emprego dos lendários monoplanos bimotores anfíbios CA-10 Catalina. A função desta linha era a de apoiar as populações indígenas e as missões religiosas nos vales dos Negro e Uaupés. Estas aeronaves seriam posteriormente transferidas da Base Aérea do Galeão para a Base Aérea de Belém, intensificando o serviço na região Amazônica, assim como o apoio aos pelotões de fronteira do Exército e às populações ribeirinhas.

Em 1956, foi aberta a linha para Montevidéu, no Uruguai; em 1957, uma linha internacional especial até à região do canal de Suez para atender o chamado "Batalhão Suez" que, a serviço das Forças de manutenção da paz das Nações Unidas, se encontrava em operações na Faixa de Gaza. Esta última foi atendida mensalmente com o recurso a aeronaves monoplano quadrimotores B-17 durante três anos, até à entrada em operação dos Douglas C-54. Em 1958, eram iniciadas as linhas para Quito, no Equador, e para os Estados Unidos da América.

Com a entrada em operação dos quadrimotores Douglas C-54, e posteriormente dos Douglas C-118 na Força Aérea Brasileira, com maior capacidade de carga, maior autonomia de voo e melhores aviônicos, iniciou-se uma nova etapa para o CAN. Puderam ser melhor atendidas as linhas que ultrapassavam a cordilheira dos Andes e o oceano Atlântico.

Com o C-54, em 1960, foi aberta a linha para Santiago do Chile, com escala em Buenos Aires. Em meados da década de 1960, foram adquiridas, na Grã-Bretanha, aeronaves turbohélice Avro C-91, que viriam a substituir as Douglas C-47 e as Beechcraft C-45 em determinadas rotas. Também nesse período, em 1965, entram em operação os Lockheed C-130 Hercules, que não apenas ampliaram o raio de ação do CAN, mas também a sua capacidade de transporte de pessoal, carga e equipamentos pesados, não apenas para todos os quadrantes do território brasileiro, mas que, na década de 1980 alcançaram o continente Antártico, no contexto do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR).

Em 1968 entraram em operação as aeronaves bimotor turbohélice C-115 Buffalo, que pela sua robustez e versatilidade atenderam principalmente a região Amazônica. Posteriormente, na década de 1980, entraram em operação aeronaves Embraer C-95 Bandeirante e C-97 Brasília, que passaram a atender muitas das linhas vicinais do CAN. Para o atendimento às linhas-tronco, em 1985 foram adquiridas à Varig quatro Boeing 707, ampliando a eficácia no atendimento logístico e de trasporte de pessoal.

Em 2004, entraram em operação os birreatores Embraer ERJ-145, substituido os Avro C-91, iniciando-se novas linhas internacionais. Mais recentemente, para atendimento aos pontos extremos do território, entraram em operação os bimotores turboélice C105-A Amazonas e Cessna C-98 Caravan, devido às suas capacidades de pouso e decolagem em pistas curtas.

Fontes: FAB / Wikipédia / Incaer

sábado, 16 de setembro de 2017

EMCA – Processo Seletivo 2018


Inscrições até 11 de outubro de 2017

EMCA – Escola Municipal de Ciências Aeronáuticas
Taubaté - SP

A ESCOLA
Criada para formar profissionais técnicos em manutenção de aeronaves, a EMCA (Escola Municipal de Ciências Aeronáuticas) é uma escola de aviação civil mantida pela Prefeitura Municipal de Taubaté. Por sua qualificação, a EMCA é reconhecida pelas principais autoridades nacionais em aviação, possuindo os seguintes avais: autorização da DRE, homologação da ANAC, registro no CNCT-MEC e credencial do CREA- SP. O curso de mecânico de manutenção aeronáutica tem a duração de dois anos, com uma carga horária de 1.440 horas, no qual constam dois módulos:

BÁSICO – Com uma duração de 30 semanas, os alunos têm em sua grade curricular disciplinas que são base para o desenvolvimento do módulo seguinte, na qual também incluem inglês técnico, português e informática.

ESPECIALIZAÇÃO – Neste módulo, os alunos recebem noções de conteúdo em elétrica e eletrônica, mecânica de motores, estrutura e sistema hidráulico de aeronaves. Nesta fase, o aluno permanecerá no curso que tem a duração de 50 semanas. Ao concluir o curso, o aluno estará habilitado para o mercado de trabalho, podendo exercer a profissão em indústrias aeronáuticas ou em empresas de manutenção aeronáutica e, ainda, estar preparado para exames da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). Anualmente são oferecidas 70 vagas que são preenchidas através de processo seletivo, no qual incluem a avaliação em matemática, português, física e inglês.Para concorrer a uma vaga, o interessado terá que possuir a idade mínima de 17 anos e ter o ensino médio completo.

EMCA
Endereço: Rua Tomé Portes Del Rei, 507 – Vila São José - Taubaté - SP
Horário: de segunda a sexta-feira, das 19h às 22h e aos sábados das 8h às 11h20
Telefone: (12) 3608-7579

EDITAL COMPLETO: Proc. Seletivo 2018 - CLIQUE AQUI

INSCRIÇÃO: de 04/09 às 9h a 11/10/2017 às 18h Proc.Seletivo 2018 - CLIQUE AQUI

PROVAS ANTERIORES: CLIQUE AQUI

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Tráfego Aéreo

Brasil pesquisará implantação de Torre de Controle remota
O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) planeja licitar e adquirir equipamentos para pesquisar os benefícios e aspectos relativos ao controle de tráfego de aeródromo a distância. O método se processa por meio de câmeras e outros sensores, cujos dados são enviados a uma sala remota, onde operadores darão instruções por radiotelefonia a aviões numa determinada zona de tráfego. A primeira experiência no Brasil deverá ocorrer no aeroporto militar de Santa Cruz, no Rio de Janeiro. A concepção do sistema para controle de aeródromo - tecnicamente denominado Torre Remota e Virtual (RVT – Remote and Virtual Tower, na sigla em inglês) - prevê estrutura com câmeras de alta resolução voltadas para todos os setores do entorno de um aeródromo remotamente controlado. Além disso, antenas para radiocomunicação e sensores aplicados à meteorologia também transmitirão dados para o local de visualização do movimento aéreo e de solo. Imagina-se que o estabelecimento de uma Torre de Controle remota custe bem menos que uma tradicional e que controladores de tráfego aéreo em um centro de operações poderão atender, simultaneamente, mais de um aeródromo.

Pesquisa
A pesquisa no aeroporto Santa Cruz ocorrerá por tempo indeterminado e é prevista operação paralela e redundante com a Torre de Controle atual. Os estudos iniciais sobre sistemas remotos de controle de aeródromo e de serviço de informações para aeródromos não controlados foram realizados no âmbito do Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA). O primeiro aeroporto brasileiro a dispor remotamente do serviço de informação de voo em aeródromo foi o de Fernando de Noronha. Nesta modalidade de serviço os pilotos operando nas imediações do arquipélago no Oceano Atlântico trocam mensagens de rádio e recebem informações de operadores estabelecidos no continente, em instalações na sede do CINDACTA III, sediado em Recife (PE). A torre de controle remota é uma tecnologia, no momento, adotada em apenas dois aeroportos no mundo: Na Suécia, desde abril de 2015, no aeroporto de Örnsköldsvik, e em Sundsvall-Timrå, a partir de novembro de 2016. O centro de operações fica em Sundsvall, a 150 quilômetros de Örnsköldsvik. Na Inglaterra, há planos para que as operações do aeroporto London City, a partir de 2019, sejam monitoradas em ambiente a ser implantado em Swanwick, a 150 quilômetros de Londres.

Saiba mais: Blog do NINJA de 07/01/2017

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

FAB TV

FAB em Ação mostra missão da Esquadrilha da Fumaça na Colômbia e região Norte do Brasil
A Semana da Pátria passou recentemente, mas não é só no 7 de Setembro que a FAB carrega o orgulho de ser brasileira. Um Esquadrão, em especial, estampa em cada um de seus aviões as cores da Bandeira do Brasil. Mais do que isso, os militares desse Esquadrão são responsáveis por representar a Força Aérea Brasileira em todos os cantos do País e do mundo. Eles emocionam adultos e crianças, mostram o profissionalismo dos militares brasileiros e inspiram gerações. Eles são os "Fumaceiros", os integrantes do Esquadrão de Demonstração Aérea ou, como a maioria conhece, a Esquadrilha da Fumaça. Neste programa FAB em Ação, você acompanha a missão da Fumaça pela Colômbia e Norte do Brasil e conhece mais sobre o trabalho de pilotos, mecânicos e equipe de apoio.

Fonte: FAB

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Caribe

FAB resgata 14 pessoas em ilha do Caribe atingida por furacão, informa Itamaraty
Avião retirou da ilha de São Martinho 7 brasileiros, 4 holandeses, 2 venezuelanos e 1 norte-americano. 

Sete brasileiros, quatro holandeses, dois venezuelanos e um norte-americano foram resgatados ontem, terça-feira (12/set/2017), por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) da ilha de São Martinho, informou o Itamaraty. A ilha foi uma das localidades do Caribe afetadas pela passagem do furacão Irma. O avião deixou o Brasil na segunda (11), fez escala em Nova York e chegou a São Martinho durante a tarde da terça-feira. A aeronave VC-2 (Embraer 190) retornou hoje.O Itamaraty anunciou no último domingo o envio do aeronave, em função da passagem do Irma, furacão que devastou ilhas no Caribe e atingiu os Estados Unidos na sequência. O Irma alcançou a categoria 5, a maior na escala Saffir-Simpson, perdeu força e passou à categoria de tempestade tropical.

Fonte: G1

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Aerofair 2017

Campo Grande (MS) terá feira aeronáutica em novembro
Pelo menos 40 mil pessoas são esperadas para a Aerofair 2017, uma das principais feiras de aviação do Brasil, que acontecerá de 16 a 19 de novembro, no Aeroporto Santa Maria, em Campo Grande (MS). A feira de aviação inédita em Mato Grosso do Sul deve reunir pelo menos 250 pilotos, 150 aeronaves e 120 expositores, segundo os organizadores. “Profissionais de diversas regiões do Brasil, de Norte, Sul e Sudeste, já confirmaram presença em palestras e rodadas de negócios”, disse o diretor-executivo da Aero Fair, Thiago Mol. Segundo ele, a expectativa é que R$ 22 milhões sejam movimentados durante os quatro dias da feira, e por meio das atividades e exposições, a estimativa é gerar 400 empregos temporários. Além da exposição de aviões, a Aerofair terá apresentações aéreas, shows musicais ao fim dos dias de evento, espaço infantil, espaço gourmet com food trucks, simulador aéreo, passeio de avião e helicóptero e visitação de aeronaves.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Embraer

Vendas Embraer

A Embraer anunciou na última semana, em 6 de setembro de 2017, um pedido da companhia americana SkyWest para 25 E-Jets. A encomenda tem valor de USD 1,1 bilhão, com base nos atuais preços de lista, e será incluída na carteira de pedidos da Embraer do terceiro trimestre de 2017. Todas as aeronaves estão programadas para ser entregues em 2018. Das 25 aeronaves, a SkyWest receberá 15 jatos E175 SC (Special Configuration, ou Configuração Especial, no termo em inglês) o que significa uma configuração de 70 assentos. O avião E175 SC possui a mesma estrutura do E175, podendo no futuro ser adaptada para 76 lugares. A SkyWest também receberá 10 jatos E175 já na configuração com 76 assentos.

360 jatos
Incluindo este contrato, a Embraer vendeu mais de 360 jatos E175 para companhias aéreas na América do Norte desde janeiro de 2013, obtendo mais de 80% de todos os pedidos na categoria de jatos até 76 assentos. Desde que entrou em serviço, a família de E-Jets recebeu mais de 1.700 pedidos, do quais mais de 1.300 já foram entregues. As aeronaves estão voando em frotas de 70 clientes de 50 países. Esta versátil família de jatos de 70 a 130 assentos voa nas cores de companhias aéreas de baixo custo, regionais e de linha principal.

domingo, 10 de setembro de 2017

Especial de Domingo

Propriedade Intelectual
No Especial de Domingo de hoje, repetimos a publicação de um antigo texto de Clovis Silveira, da Associação Paulista da Propriedade Intelectual, que nos alerta sobre a importância deste tema para o avanço de qualquer empreendimento.
Boa reflexão!
Bom domingo!


A Cultura Nacional de Patentes e a Síndrome de Santos Dumont
O Brasil foi o quarto país no mundo a ter uma lei de patentes. Isto foi em 1809, com um alvará do príncipe regente, para estimular os inventores da época. Mas nosso grande inventor Santos Dumont, nascido em Minas Gerais em 1873, orgulho nacional, reconhecido como o Pai da Aviação, um humanista, que com seu ostensivo altruísmo distribuía até os prêmios recebidos, não depositou pedidos de patente para suas invenções, desejando que fossem de livre utilização por toda a humanidade. Não visava "monopólio temporário" sobre suas invenções nem o "direito de excluir terceiros" previsto nas leis de patentes, ao contrário dos irmãos Wright, cuja principal prioridade foi patentear o avião, tendo obtido a concessão de sua primeira patente (US821393 - Flying Machine) em maio de 1906, que abrangia o conceito de controle triaxial, crítico para voos motorizados. Esta patente transformou-se numa arma poderosa que os irmãos Wright utilizaram pelos anos seguintes contra qualquer um que tentasse voar num avião.

O Brasil também foi um dos primeiros países a assinar a Convenção da União de Paris, em 1883, que integrou o país no sistema internacional de propriedade industrial, particularmente quanto à proteção das invenções por meio de patentes. Contudo, passados mais de cento e vinte anos, parece que continuamos a sofrer da "síndrome de Santos Dumont", se me permitem - sem qualquer demérito - assim denominar essa espécie de “altruísmo” exagerado, quase patológico, inerente ao sentimento e comportamento de muitos brasileiros, que faz com que não se interessem pela proteção de sua criação intelectual, especialmente de suas invenções por meio do sistema de patentes, seja hoje por puro descaso, por falta de informação ou até mesmo, o que é pior, por descrédito nas instituições que cuidam do assunto, no Brasil o Instituto Nacional da Propriedade Industrial, dentre outras.

O brilhante Alberto Santos Dumont educou-se na França, dedicou sua vida a experimentos de voar e é detentor de muitos méritos. Em 1897, quando a Europa era cenário de admiráveis realizações no campo da aeronáutica, já havia se elevado em um balão; em 1901, já havia resolvido o problema básico da dirigibilidade dos aeróstatos e, após contornar a Torre Eiffel com um de seus dirigíveis, recebeu o prêmio Deutsch e um prêmio do Governo Brasileiro.

Em 1903 construiu o primeiro hangar, onde guardava e mantinha sua frota de treze dirigíveis. Mas foi com sua invenção mais famosa, seu artefato autodecolante "mais pesado que o ar", o famoso 14Bis, que recebeu, em 23 Outubro de 1906, o prêmio Deutsch-Archdeacon, por ter conseguido realizar o primeiro voo completo, sem auxílio de catapultas, como ocorria com o Flyer, dos irmãos Wright. Na sequência, Santos Dumont projetou e construiu, em 1909, o elegante e rápido monoplano Demoiselle, o antecessor do avião moderno.

Mas como ficou a propriedade intelectual do inventor Santos Dumont? Em domínio público? Não! porque os irmãos Wright depositaram pedidos de patente reivindicando para si inúmeras características técnicas das tais máquinas voadoras. Quanto ao nosso Santos Dumont...parece que não tinha à época consciência de que o sistema de patentes é a mola propulsora do desenvolvimento tecnológico de um país! Nesse aspecto houve prejuízo.

Em 1928 Santos Dumont retornou ao Brasil e, muito deprimido por sua invenção ter sido utilizada como arma de guerra - é o que consta em algumas biografias - veio a falecer em Julho de 1932 (no ano seguinte foi editada no Brasil a primeira Revista da Propriedade Industrial, elaborada pelo conhecido tratadista João da Gama Cerqueira e seu então assistente Sebastião Silveira - veja www.aspi.org.br)

No campo da cultura da propriedade intelectual o Brasil está ainda por fazer decolar seu 14Bis. E precisará fazer voar muito rápido seu Demoiselle, para recuperar o atraso. Como o pai da aviação, embora continue muito criativo, o brasileiro ainda não aprendeu a jogar o jogo, não assimilou bem a cultura, não está preparado para a nova guerra, que não se ganha com aviões, mas com patentes.
Conclamo os pesquisadores, os desenvolvedores de tecnologia, os inventores e os criativos empresários brasileiros a mergulharem na cultura da propriedade intelectual. Procurem informação, associem-se a entidades que têm por missão a difusão dessa cultura, participem mais dos congressos que discutem os desafios modernos e, em profundidade, a propriedade intelectual. Que possam assimilá-la e discutir as questões fundamentais que permitirão que nosso país decole novamente, com inventividade e tecnologia nacionais.

Em recente congresso promovido pela Associação Paulista da Propriedade Intelectual – ASPI, focando A Propriedade Intelectual e os Desafios da Ciência Moderna, que se encerrou em 23 de Outubro de 2005, data do início das comemorações, no Brasil e no Mundo, do centenário da primeira decolagem autônoma de um avião, realizada pelo herói brasileiro, os congressistas tiveram a oportunidade de ouvir Ozires Silva - que projetou a aviação brasileira moderna no mundo - afirmar que está cansado de escutar "quando o Brasil for uma potência..." e enfatizar a falta de credibilidade no sistema de patentes, por parte dos brasileiros.

Foi dito também, pelo Eng. Fernando Perez, outro entusiasta do sistema de patentes - que por 15 anos fomentou o desenvolvimento da pesquisa científica e tecnológica como diretor da Fapesp - que é preciso deslocar a pesquisa para a indústria e que, só assim, o país conseguirá integrar-se na cultura e produzir patentes na quantidade e qualidade necessárias à competitividade no mundo globalizado. Quanto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial, o "motor" de nossa Demoiselle atual, a cultura da proteção da propriedade intelectual, há muito não está dando conta de fazê-la decolar. É preciso que o governo invista neste motor... ou catapulta!

Urge curar o Brasil da síndrome de Santos Dumont!

Autor: Clovis Silveira, Nov/2005

Visite: ASPI

sábado, 9 de setembro de 2017

Efemérides Aeronáuticas



Efemérides - Setembro
 INCAER
Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica



1867
Foi feita, em frente à Fortaleza de Humaitá, a vigésima e última ascensão do balão de observação do Exército Brasileiro, na Guerra do Paraguai; 12 ascensões foram feitas durante o mês que antecedeu a ofensiva montada pelo Marques de Caxias; as outras ascensões foram realizadas na vanguarda da famosa “marcha de flanco” executada pelo Marques de Caxias. (25 de setembro)

1898
Santos-Dumont realizou, no Jardim da Aclimação em Paris, a primeira experiência com seu balão dirigível nº 1. (18 de setembro)

1900
Santos-Dumont realizou, no Campo do Aeroclube da França, em Saint-Cloud, Paris, a primeira experiência com o seu balão dirigível nº 4. (05 de setembro)

Ascensão de Alberto Santos Dumont no Nº 4, em Saint-Cloud, perante membros do Congresso Internacional de Aeronautas, no qual demonstra poder avançar contra o vento. O teste é realizado com o balão preso por cordas, devido a um acidente ocorrido com o leme. (19 de setembro)

1901
Santos-Dumont realizou em Saint-Cloud, Paris a primeira experiência com o seu balão dirigível nº 6. (06 de setembro)

1903
Depois de se ter coberto de Glórias em Paris com as suas experiências com balões dirigíveis, Santos Dumont chegou ao Rio de Janeiro a bordo do vapor “Atlantique”. (07 de setembro)

1907
Santos-Dumont realizou a principal experiência no rio Sena em Paris com o seu deslizador aquático nº 18; o “Santos-Dumont nº 18” tinha um flutuador central e dois flutuadores laterais, todos três em forma de charuto; era equipado com um motor “Antoinette” de 100 cavalos vapor. (25 de setembro)

1909
Santos-Dumont, voando num aeroplano “Demoiselle” estabeleceu um Record de velocidade de 96 km/h percorrendo em 5 minutos os oito quilômetros entre Buc e Saint Cyr em Paris. (13 de setembro) 

1918
Faleceu na Inglaterra, na Escola de Aviação de Eastbourne, a primeira vítima da Aviação Naval, o Tenente de Marinha Eugênio Possolo, num choque de aviões quando realizava um treinamento de voo de grupo com aviões de caça monoplaces Sopwith “Camel”. (05 de setembro)

1922
O aviador Frances Rene Fonk, grande “ás” da I Guerra Mundial, fez demonstração aérea no Rio de Janeiro. (03 de setembro)

Foi inaugurado, na cidade de Santos, o Monumento a Bartolomeu de Gusmão. (07 de setembro)

A Aviadora brasileira Anésia Pinheiro Machado realizou o voo São Paulo – Rio de Janeiro (Campo dos Afonsos) num biplano Caudron batizado com o nome de “Bandeirante”. (09 de setembro)

1927
Foi concedido pelo Ministério de Viação e Obras Públicas, o Certificado de Matrícula nº 1 à aeronave mercante P-AAA “Atlantico”, um hidroavião bimotor Dornier-Wall para 10 passageiros pertencentes à Companhia de Viação Aérea Rio-grandense (VARIG). (16 de setembro)

1931
Decolou do Campo dos Afonsos o avião de bombardeio Amiot “Duque de Caxias”, da Aviação Militar, para realizar um reide percorrendo capitais da América Latina; o avião era um monomotor, de fabricação francesa, equipado com um motor Lorraine de 750 HP. A tripulação compunha-se do Capitão Arquimedes Cordeiro e dos Primeiros-Tenentes Francisco de Assis Corrêa de Melo e Godofredo Vidal. (11 de setembro)

1936
Foram apresentados à imprensa os dois primeiros exemplares de série do avião nacional M-7 (Muniz-7) projetado pelo engenheiro aeronáutico brasileiro Capitão Antonio Guedes Muniz; nesse mesmo dia os dois aviões M-7 realizaram um voo do Campo dos Afonsos para o Campo de Marte em São Paulo. (30 de setembro)

1938
Pelo Decreto-Lei nº 678 foi aprovado o Regulamento para a concessão de Subvenções aos Aeroclubes, Clube de Planadores e Escolas Civis de Aviação. (12 de setembro)

1941
Foi criado o Serviço da Fazenda do Ministério da Aeronáutica (Decreto nº 3625). (17 de setembro)

1942
Foi criado o Quadro de Infantaria de Guarda do Corpo de Oficiais da Aeronáutica (Decreto-Lei nº 4.754) (29 de setembro)

1944
Foi inaugurado o Mausoléu dos Aviadores no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro. (28 de setembro)

1945
Foi aprovada a Convenção sobre a Aviação Civil Internacional, concluída em Chicago a 7 de dezembro de 1944, por ocasião da Conferência Internacional de Aviação Civil e firmada pelo Brasil, em Washington, a 29 de maio de 1945 (Decreto Lei nº 7952). A referida “Convenção de Chicago” foi promulgada no Brasil pelo Decreto nº 21713 de 27 de agosto de 1946. (11 de setembro)

1946
Foi dada nova organização ao Ministério da Aeronáutica e à Força Aérea Brasileira ( Decretos Lei nºs 9.888 e 9.889 respectivamente). (16 de setembro)

A Constituição Federal de 1946 estabeleceu, no nº XI do seu Artigo 5º, que compete à União: “manter o serviço postal e o Correio Aéreo Nacional”. (18 de setembro)

1947
Foi criado, na Base Aérea de São Paulo em Cumbica, o “Curso de Tática Aérea” (Decreto nº23.598). (01 de setembro)

1948
Foi concedida à “Aerolinee Italiane Internazionali” (A.L.I.I.), com sede em Roma, autorização para funcionar no país (Decreto nº 25.602). (28 de setembro)

1953
Foi realizada a primeira travessia transatlântica por um avião da Força Aérea Brasileira; a “Fortaleza Voadora” B-17 nº 3.663, pertencente ao 6º Grupo de Aviação, decolou de Natal e atravessou o Atlântico em dez horas e quarenta e cinco minutos, indo pousar em Dakar; regressou no dia 04 de setembro, em voo direto para Recife. (01 de setembro)

1955
Foi concedida concedida autorização à “The Japan Air Lines Company Ltd” autorização para funcionar no país (Decreto nº 37.993) (28 de setembro)

1956
Foi criada a “Medalha Santos-Dumont” (Decreto nº 39.905). (05 de setembro)

Fonte: INCAER

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

NOTAER

Amor à Pátria é destaque no jornal de setembro
Setembro é marcado pela comemoração do Dia da Independência (07/09) e, para celebrar esta data, o Jornal Notaer convidou sete militares para falarem sobre o orgulho de ser brasileiro. Comemoramos também o 121º aniversário do Marechal do Ar Eduardo Gomes, Patrono da Força Aérea Brasileira (FAB). Conheça nesta edição as novas atividades práticas do Curso de Infantaria da Academia da Força Aérea (AFA): Operação de Manutenção de Paz, Garantia da Lei e da Ordem e Elaboração de Plano de Defesa Antiaérea. Saiba mais sobre as missões de transporte de órgãos realizadas pela FAB e sobre o Esquadrão Gavião, que comemora cinquentenário formando pilotos e mecânicos de Asas Rotativas.
Confira essas e outras reportagens em: Notaer de setembro

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

SEMANA DA PÁTRIA

Esquadrilha da Fumaça é uma das atrações do desfile em Brasília
A participação da Força Aérea Brasileira no desfile cívico-militar da Semana da Pátria, em Brasília (DF), será na avenida e no céu. O evento acontece nesta quinta-feira, a partir das 9h, na Esplanada dos Ministérios. No desfile aéreo, serão vistas aeronaves que atuam nas tarefas de defesa do espaço aéreo brasileiro, como os caças F-5M e A-29 Super Tucano, e aeronaves C-97 Brasília e U-35 Learjet, além dos helicópteros A-H2 Sabre e VH-34 Super Puma. Em terra, homens e mulheres da FAB desfilarão em seis grupamentos, incluindo os cadetes da Academia da Força Aérea, que vem de Pirassununga (SP) para participar do evento; e a Companhia de Cerimonial Santos Dumont, formada por soldados que servem à Força Aérea e fazem parte da guarda de honra do Comando da Aeronáutica, participando de solenidades especiais em Brasília. Para encerrar o desfile do dia 7 de setembro, a Esquadrilha da Fumaça realiza uma demonstração cheia de manobras que vão surpreender o público na Esplanada dos Ministérios e arredores.

Serviço:
Desfile Cívico Militar da Semana da Pátria
07/09/2017, a partir das 9h
Esplanada dos Ministérios

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Curtas do Franco Ferreira

Bibliografia
As Organizações de bem, via de regra, dão à Sociedade exemplos a serem seguidos do mais elevado valor. Assim também faz o Aeroclube de São Paulo. Há vários, selecionei um que me homenageia com especial deferência: Edgar O. Prochaska. Aviador, dentista, mergulhador e empresário, Prochaska também se notabiliza por incentivar os outros a deixar suas experiências para a posteridade. E não é só “faça o que eu digo”; ele também escreve livros técnicos, normalmente orientados à formação de pilotos. Em um dos livros do Prochaska – ele deve ser um pouquinho mais velho que eu estando, portanto, ali pelos 80 – lá na parte de bibliografia, aparece um registro: Notas de aula de Gustavo Adolfo Franco Ferreira. Eu me orgulho profundamente desta citação. Faz poucos anos, Prochska lançou a história completa do Aeroclube de São Paulo. Mandou-me um exemplar. Li-o avidamente. Grande surpresa me esperava. É que no pé de uma das páginas centrais, quando falava dos esforços de segurança de voo no aeroclube, disse: “E havia o Franco. Era um pouco teatral e exagerado, mas a verdade é que no seu período [na DIPAA 4] os acidentes diminuíram”! Ele tinha toda razão. Teatralidade e surpresa eram as ferramentas que eu usava para convencer os novinhos! No tempo dos cromos em slides projetados, havia outra ferramenta. De vez em quando se incluía o slide de uma moça bonita, vestida ou não, ou de um moço em atitude sensual. A reação era imediata! Os gritos de “tira isto daí” ou de “volta, volta” acordavam qualquer aluno mais dorminhoco.

Fonte: Gustavo Adolfo Franco Ferreira
Venturas, Aventuras e Desventuras - Tomo III - Curtas; boas e más

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Tráfego Aéreo

Comunicação entre pilotos e controladores será via texto também sobre o território
Depois da bem sucedida experiência no controle dos voos transatlânticos, na Região de Informação de Voo Atlântico, o uso de comandos de texto para as comunicações piloto-controlador (conceito CPDLC - Comunicação entre Controlador e Piloto por Enlace de Dados – Controller Pilot Data Link Communication) deverá estender-se, em breve, aos voos sobre o continente brasileiro. O Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), em São José dos Campos (SP), sediou a primeira reunião do "Grupo de Trabalho Continental", responsável pelo planejamento e testes operacionais para implementação do conceito sobre o território nacional.

Atlântico
Desde 2009, o CPDLC já trouxera inúmeros benefícios às operações do Centro de Controle de Área Atlântico, que atua no espaço aéreo de responsabilidade brasileira sobre o Oceano Atlântico: aumento da capacidade e clareza nas comunicações entre controladores de tráfego aéreo e pilotos; redução do congestionamento do canal de voz; registro de histórico de comunicação; impressão das comunicações e principalmente redução de equívocos na comunicação. O conceito CPDLC é tendência mundial e, no Brasil, é parte integrante do programa SIRIUS do DECEA. Para dar suporte aos ensaios e treinamentos decorrentes da implantação do CPDLC Continental, o ICEA desenvolveu, com apoio da Fundação SDTP, um simulador em tempo real integrado ao Simulador de Baixo Custo (SRBC), denominado Módulo do Sistema de Comunicação do SRBC (MSCS), que já se encontra em operação no Centro de Controle de Área Oceânico.

Regiões Recife e Amazônica
Os primeiros órgãos de controle de tráfego aéreo beneficiados serão o Centro de Controle de Área de Recife e o Centro de Controle de Área Amazônico, para onde gradativamente a ferramenta será disponibilizada seguindo critérios de utilização em espaços aéreos menos complexos. Antes do início da operação nestes órgãos, haverá etapas envolvendo pesquisas sobre as melhores práticas de utilização no cenário mundial, atualização das legislações brasileiras, desenvolvimento de novos requisitos no gerenciamento de tráfego aéreo, simulação e capacitação dos controladores.

CPDLC
O CPDLC (Comunicação entre Controlador e Piloto por Enlace de Dados – Controller Pilot Data Link Communication) é a ferramenta utilizada para a comunicação de dados entre piloto e controlador. Por meio de sua interface, pilotos passam a fazer requisições e informes, por exemplo, através de comandos de texto, correspondentes a fraseologia convencional, que ficam já dispostos numa tela como palavras-chave. O mesmo ocorre com as orientações, liberações e informações emitidas pelo controlador na tela da interface do CPDLC a sua frente. Além dos comandos pré-convencionados o equipamento também viabiliza a inscrição de "texto livre", em caso de necessidade de uma comunicação não conforme com os padrões definidos. O CPDLC dispensa os canais saturados da comunicação por voz e diminui consideravelmente os problemas advindos da má qualidade de áudio, de barreiras linguísticas e de problemas de propagação de sinal.

Fonte: Comunicação Social do DECEA - Daniel Marinho

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Ninja & Museu 14 Bis

Estudantes do NINJA participaram de atividade do Museu 14 Bis, no sábado, 2/9/2017, sob a coordenação de Rubens Heredia. O encontro foi na sede do NINJA (Colégio Dominique) e contou com a participação de alunos das redes pública e particular de Ubatuba-SP. Uma instigante palestra sobre Santos Dumont e a montagem de maquetes do 14 Bis mobilizaram crianças e jovens interessados em cultura aeronáutica. Confira algumas fotos deste evento promovido pelo Núcleo Infantojuvenil de Aviação, com apoio do Aeroclube de Ubatuba e do Instituto Salerno-Chieus: