NINJA - Saiba mais:

sábado, 31 de março de 2018

Aeroportos

Trem ligando aeroporto de Guarulhos a São Paulo inicia serviço
A linha 13-Jade da CPTM, que liga São Paulo ao aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos, começou a funcionar neste sábado, 31 de março de 2018. Inicialmente , durante um mês, a linha circulará somente aos sábados e domingos, das 10h às 15h, gratuitamente.Depois, passará a funcionar em todos os dias no mesmo horário e no terceiro mês começará a operação comercial, com cobrança de tarifa. A linha 13-Jade tem 12,2 km de extensão e três estações: Aeroporto-Guarulhos, Guarulhos-Cecap e Engenheiro Goulart (na Zona Leste de São Paulo), onde haverá integração com a Linha 12-Safira (Brás-Calmon Viana) da CPTM.

Estação Aeroporto
A expectativa da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) é que a linha seja utilizada por 120 mil passageiros por dia útil. A estação Aeroporto Guarulhos foi construída próxima ao terminal 1, onde operam as companhias Azul e Passaredo. Para ir para os principais terminais do GRU Airport, o Terminal 2 (voos nacionais) e o Terminal 3 (voos internacionais), será preciso atravessar a passarela e tomar um ônibus gratuito que será disponibilizado pela concessionária do aeroporto.

sexta-feira, 30 de março de 2018

KC-390

DCTA discute atividades com o protótipo do KC-390
O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) sediou, em São José dos Campos (SP), o XII Workshop de Desenvolvimento e Certificação do Projeto KC-390. Durante o evento foram discutidos apoios governamentais, previstos em contrato, que o Ministério da Defesa fornecerá à Embraer para a realização das Campanhas de Ensaio no ano de 2018. Serão realizados, em diversas regiões do País, voos de ensaio de Reabastecimento em Voo, Manuseio e Lançamento de Carga e Sistemas de Autodefesa, os quais incluem o reabastecimento do próprio KC-390 pela aeronave KC-130 Hercules, lançamento de CDS (Container Delivery System) e deChaff / Flare (equipamentos de autodefesa). A primeira aeronave deve ser entregue à FAB no segundo semestre de 2018.

quinta-feira, 29 de março de 2018

Azul Linhas Aéreas

35 novos destinos poderão vir a receber voos da Azul
A Azul planeja expandir suas operações para até 35 novas cidades nos próximos anos, em diversas regiões do Brasil, além de destinos internacionais.A lista inclui também cidades como Santa Cruz de la Sierra, Caruaru, Mossoró, Serra Talhada, Guarapuava, Toledo, Umuarama, Pato Branco, entre outras. A grande maioria dos mercados será atendida com as aeronaves modelo ATR 72-600, que têm capacidade para até 70 Clientes. A projeção da companhia para 2018 já contempla a adição de oito a dez novos destinos, representando menos de 5% do crescimento da capacidade para este ano. “A Azul é a única companhia aérea do país com foco no desenvolvimento e crescimento do mercado de aviação em todas as regiões do Brasil, levando serviço a lugares que não têm serviço aéreo”, diz Abhi Shah, vice-presidente de Receitas da Azul. “Estamos trabalhando de perto com as prefeituras dessas localidades para viabilizar as condições necessárias para operarmos", complementa o executivo. Jaguaruna, por exemplo, cidade que a companhia começou a operar no fim de 2016, já atingiu a marca de quase 90 mil clientes transportados em apenas em pouco mais de um ano.

quarta-feira, 28 de março de 2018

Museus

Casa de Santos Dumont tem dificuldades para se manter
O Museu Casa Natal de Santos Dumont, que chegou a ficar quase uma semana fechado em janeiro de 2018, voltou a receber repasses da Prefeitura de Santos Dumont (MG). O museu, porém, ainda depende da assinatura de novo contrato para garantir o pleno funcionamento até dezembro. A Fundação Casa de Cabangu, responsável pela administração, recebeu duas parcelas totalizando R$ 19.600 e pagou os salários dos três funcionários referentes a outubro, novembro e dezembro de 2017, além do décimo-terceiro.

Acervo
O acervo do museu conta com fotos, ilustrações, documentos e publicações sobre a vida de Alberto Santos Dumont, um dos pioneiros da aviação. Foi nessa casa que o inventor nasceu e viveu até os dois anos. À época, o seu pai, Henrique Dumont, era o engenheiro responsável pela construção de uma ponte na linha férrea que corta a propriedade.
- Agora só está faltando a última parcela do contrato que venceu em dezembro (R$ 9.800). Mas estamos em débito com os funcionários em janeiro e fevereiro. Usaremos a última parcela e nossos recursos para regularizar a folha de pagamento - explicou a curadora do museu, Mônica Castelo Branco, sem recursos para manter a limpeza da área e o corte da grama.
O museu fica a 16,8 quilômetros do Centro de Santos Dumont - pequeno município de 47 mil habitantes - e a 62 quilômetros de Juiz de Fora. É mantido em funcionamento graças a um convênio entre a fundação, a prefeitura e a Aeronáutica, representada pela Escola de Cadetes do Ar (Epcar), em Barbacena (MG). A fundação administra o espaço e paga os salários a três empregados (uma guia e dois funcionários de manutenção). A Aeronáutica é responsável pela segurança da fazenda. O governo municipal faz o repasse da verba para o pagamento dos funcionários. A prefeitura informou que os problemas nos repasses ocorreram devido aos atrasos no recebimento do ICMS.
- Se não assinarmos um novo convênio, os funcionários deixarão de vir e o museu terá de fechar novamente por falta de condições - constata a curadora Monica Castelo Branco.

Fonte: O Globo

terça-feira, 27 de março de 2018

Carreiras na Aviação

Menino de 10 anos criou “laranjocóptero” e ganha bolsa do Aeroclube de Goiás

"Voar é um desejo que começa em criança!" (NINJA)


O sonho de Daniel de Holanda Lima, de 10 anos, está cada vez mais próximo de se tornar realidade. O acreano, que criou o “laranjocóptero” e sonha em fazer o curso de mecânico de aeronaves, ganhou uma bolsa de estudos integral do Aeroclube de Goiás. A informação foi confirmada ao G1 pelo presidente da escola de aviação, Arsênio Costa, no dia 22 de março de 2018. A criatividade de Daniel, que vive em Mâncio Lima, no interior do Acre, ficou conhecida após ele criar um helicóptero usando laranja, uma pilha, fios, um motor velho de DVD e uma hélice de plástico. Ele batizou a engenhoca de "laranjocóptero" e fez sucesso na cidade. “Reafirmo a minha posição e ofereço mais uma vez a bolsa. O aeroclube já fez isso no passado e hoje o rapaz, de 16 anos na época, é comandante de Boeing. Isso é o máximo. Ele tem um sonho na vida e foca nisso e afirma que vai alcançar isso sim. Se ele tiver foco nos estudos ele vai longe, tenho certeza. Se ele fizer isso já é um vencedor”, afirma Costa.

Curso após o ensino médio
Para fazer o curso de mecânico de aeronaves, o menino precisa concluir o ensino médio. Por isso, o presidente do aeroclube afirma que é importante ele focar nos estudos. A proposta da bolsa gratuita vai continuar valendo até que Daniel se forme no ensino médio.“Mas, antes disso vamos falar com a família para ele visitar o aeroclube nas férias e quem sabe até passar uma semana por aqui. Essa profissão é sensacional, pois ele pode trabalhar no mercado daqui e até na China se ele quiser. Queremos que ele conheça as aeronaves e o hangar para ficar ainda mais entusiasmado e empolgado e não desistir”, finaliza. O pai do menino, Claudemir da Silva Lima, de 41 anos, relata que além do Aeroclube de Goiás, a Força Aérea Brasileia (FAB) e uma equipe do astronauta brasileiro Marcos Pontes também entraram em contato. Ele falou que ainda estava lendo todas as mensagens que recebeu para poder dar mais detalhes. “Se ele quiser ir estudar fora eu vou dar todo o apoio que ele. Esse é o sonho dele e vou apoiar. Ainda não tenho muito detalhes sobre como seria essa bolsa, mas sei que vai ser muito bom para ele”, destaca o técnico de eletrônica.

Voo pela primeira vez
O menino realizou o sonho de andar de avião dia 22 de março de 2018. Feliz com o presente, ele agradeceu, pediu para que o piloto saísse de Cruzeiro do Sul e sobrevoasse sua cidade natal, Mâncio Lima. Daniel relatou que os 30 minutos que passou com o pai dentro do avião foram os melhores de toda sua vida. O sonho foi realizado por uma empresa de táxi aéreo do estado. Lima diz ainda que em nenhum momento pensou que a história do filho tomasse uma proporção tão grande. Segundo ele, Daniel não para de sorrir e está ainda mais focado em ser mecânico de aeronaves. “O sorriso dele é de orelha a orelha. A gente nunca pensou em dar tantas entrevistas na vida, ficamos até meio envergonhados. Estou feliz que conheceram a história do meu filho e mais feliz ainda que o sonho dele pode se tornar realidade como ele sempre quis”, comemora o pai. Cleilson Thaumaturgo, gerente da empresa que proporcionou o voo panorâmico para Daniel, disse que muitas coisas na vida começam a partir de um sonho. Ele falou ainda que um dos pilotos que trabalham na empresa sonhava em ser piloto e começou na empresa aos 13 anos lavando aviões. “Hoje é um dos melhores pilotos da região e tem a preferência da maioria dos clientes. Hoje realizamos o sonho desse garoto, isso é importante, demos a ele a oportunidade de conhecer um avião e fazer um sobre voo. As crianças são o futuro da aviação e de qualquer outro tipo de atividade”, falou Thaumaturgo.

Mecânico da FAB envia mensagem
E as surpresas não pararam por aí. Daniel também se emocionou ao receber pelo celular uma mensagem de vídeo do mecânico da FAB, em Manaus (AM) sargento Farias. Ele trabalha com a manutenção de helicópteros Black Hawk. “Oi Daniel, fiquei muito feliz e emocionado ao ver que o teu sonho de ser mecânico de aeronaves é o mesmo que o meu quando criança. Continue se esforçando, se dedicando, tenha força, tenha fé que seus objetivos serão recompensados", disse o sargento.

segunda-feira, 26 de março de 2018

Datas Especiais

Dia do Especialista de Aeronáutica


Em 25 de março, dia da criação da Escola de Especialistas de Aeronáutica, em 1941, atualmente sediada em Guaratinguetá (SP), comemora-se no âmbito da Força Aérea Brasileira o Dia do Especialista de Aeronáutica. A respeito da data, o Comandante-Geral de Apoio, tenente-brigadeiro João Cury, divulgou a seguinte mensagem aos homens e mulheres especialistas da Força Aérea:

"Manter os meios aéreos disponíveis para o devido cumprimento da destinação constitucional da Força Aérea Brasileira fez, faz e fará parte dos seus objetivos permanentes. Para tanto, comemora-se no dia 25 de março, o Dia do Especialista de Aeronáutica, profissional que tem a nobre missão de fornecer o suporte necessário para a atividade-fim da Força Aérea Brasileira: voar e fazer voar! São eles os responsáveis por diversas atividades de caráter geral e especializado, sem as quais, seria impossível administrar a complexa gama de rotinas que caracteriza a vida das instituições castrenses no mundo atual. Elementos fundamentais para a manutenção de nossa soberania sobre os céus da Pátria, esses profissionais de ponta atuam em diversas frentes que, juntas, nos possibilitam realizar o sonho do Ícaro. Dentro do SISMAB, os Especialistas desempenham um papel importantíssimo, onde dão total apoio nos hangares e parques de material, garantindo a meta de prever e prover o suprimento e a manutenção necessários ao suporte logístico do material aeronáutico e bélico, garantindo sua condição de pronto emprego com o menor consumo possível de recursos humanos, materiais e financeiros, seja em situação de paz, de conflito ou de emergência. No tocante ao desenvolvimento da infraestrutura aeronáutica de nosso País, tem-se a garantia da implementação de um criterioso planejamento, que se inicia com o levantamento topográfico de grandes centros urbanos, alcançando até os rincões da Amazônia, onde profissionais enfrentando dias de sol a pino, mapeiam áreas que serão enaltecidas com projetos de engenharia e que promoverão cada vez mais a integração nacional, algo que está sendo concretizado através da valiosa colaboração de desenhistas, eletricistas e especialistas em obras e pavimentação. A Diretoria de Tecnologia da Informação da Aeronáutica proporciona suporte essencial ao cumprimento da missão institucional da FAB, nas áreas de inteligência de negócios; provimento de sistemas; suporte técnico e logístico na infraestrutura de rede; garantia da segurança cibernética da informação; gestão logística dos simuladores, entre outras. Com o trabalho dedicado de seus especialistas em informática, nos diversos elos do sistema de tecnologia da informação, todas estas atividades se traduzem em substancial economia de tempo e energia, com maior agilidade nos processos e menor necessidade de recursos humanos e financeiros. Não é em vão que o Hino do Especialista sugere que os senhores, homens e mulheres de azul, são o sustentáculo da aviação da FAB. Com o elevado espírito de patriotismo que imprimiram aos seus estudos, a FAB se revigora e amadurece todos os anos na formação de novas equipes de Especialistas. A capacitação do efetivo é uma condição prioritária para a contínua e incessante evolução da missão da Força Aérea Brasileira. Por intermédio das suas competências, os Especialistas da FAB serão responsáveis por transformar o conceito em realidade e manter as atuais demandas operacionais durante o desenvolvimento da Força Aérea do futuro. Temos a plena certeza da importância de sua participação neste momento que se evidencia a responsabilidade de atuação da Força Aérea Brasileira no cumprimento da sua missão constitucional de controlar, defender e integrar o território nacional, dentro de um cenário tridimensional de 22 milhões de km², na qual o papel do Especialista é preponderante. É a esses homens e mulheres que o dia 25 de março é dedicado como forma de reconhecer um trabalho que, assim como a sustentação é invisível, é forte também o suficiente para fazer voar nossa Força Aérea e realizar grandes feitos na paz ou na guerra, cabendo-nos, portanto, parabenizar todos os seus integrantes pela dedicação e pela eficácia presentes em suas respectivas atuações. Mais uma vez, me valendo do Hino do Especialista, recorro às suas sábias palavras: “Quando passa uma asa altaneira sob o céu, sobre a terra e o mar, devorando o espaço ligeira nós sentimos orgulho sem par. Especialista, avante ao ar!”.

domingo, 25 de março de 2018

Especial de Domingo

O início das atividades do NINJA em 2018 teve palestra, inauguração de exposição e lançamento de desafio. 
Confira a seguir.
Boa leitura.
Bom domingo!!

NINJA 2018 - Novos desafios!
Foi contando com o cartaz abaixo que os voluntários do NINJA e do Aeroclube de Ubatuba convidaram crianças e jovens a participar das atividades programadas para 2018 pelo Núcleo Infantojuvenil de Aviação:


E assim, em 24 de março de 2018, um sábado ensolarado, às 9h, os alunos de escolas públicas e particulares de Ubatuba (SP) foram recebidos na sede do NINJA (Sala Gastão Madeira - Colégio Dominique).

Logo na entrada, lá estava o Teenie Two, uma aeronave experimental doada ao NINJA no final de 2017:

Apoiada no aviãozinho, uma plaquinha provocava e desafiava os visitantes:


Pontualmente como programado, na Sala Gastão Madeira, começou a palestra de Luiz Carlos Rodrigues, que apresentou para crianças, adolescentes e adultos o tema "Aviação serve para quê?". A habilidade do palestrante em adotar uma linguagem simples para tratar de um tema complexo garantiu a atenção dos participantes de faixas etárias tão distintas. Vale destacar o relato de sua experiência pessoal que serviu como motivação para a garotada. Luiz Carlos Rodrigues contou de seus esforços quando, ainda jovem, residia em Porto Alegre e sua família não dispunha de muitos recursos. Citou que, na preparação para os vestibulares, saia da escola, ia para a biblioteca pública e lá, contando com o acervo gratuito, estudava solitariamente, mergulhando na realização de exercícios e tarefas, aprendendo com os próprios erros e acertos. Assim,  descobriu por si só que quando encaramos desafios por nossa própria conta, o aprendizado torna-se mais sólido e permanente. As dúvidas podiam contar com o apoio de professores, mas chegar até elas, tentando resolver com seu próprio esforço e pesquisa, garantiu a base necessária para seguir em frente com domínio do conteúdo.

O currículo de Rodrigues é admirável: Oficial Aviador da FAB, formado na Academia da Força Aérea (ex-Escola de Aeronáutica), em 1968. Piloto de Prova em aviões, na EPNER França, em 1978; Piloto de Prova em aviões Programa AMX Itália, 1987-1988. Foi Piloto da FAB de 1965 à 1995; Piloto de Prova da Embraer de 1995 à 2005; Piloto de Prova da ANAC de 2005 à 2016; aposentado em 2016 com 51 anos de trabalho. Aeronaves voadas: NA T-6, T-33, Mirage F103, Macchi AT 26, Tucano T27, C115, AMX (Militares); Embraer c95, E145, E170, E 190, Legacy 500, E Phenom 100, E Phenom 300, A300, B4000 e planador Urubu (civis), totalizando 10 mil horas de voo. Rodrigues tem fluência em Inglês, Francês e Italiano. Sem dúvida, um belo exemplo aos nossos jovens, confirmando que com esforço e dedicação é possível aprender e se realizar profissionalmente.

Luiz Carlos Rodrigues e Alfredo Luiz Cunha Correa

Outra ação promovida na abertura do NINJA 2018 foi a exposição "Companhias Aéreas pelo Mundo", coleção de imagens de Alfredo Luiz Cunha Correa, tradicional empreendedor de Ubatuba, proprietário do Restaurante Senzala.



A abertura do NINJA 2018 reforçou o compromisso de voluntários em oferecer a possibilidade para crianças e jovens ter contato com a cultura aeronáutica e suas muitas possibilidades, tanto para atividades lúdicas, quanto para um encaminhamento profissional. Tudo de forma gratuita, sem custos para os estudantes. O apoio às atividades tem sido cada vez maior. Prestigiando o evento, representando a Câmara Municipal, o vereador Rochinha reafirmou seu total incentivo. A Prefeitura foi representada pelo Secretário de Turismo, Luiz Bischof, que sempre colaborou com as ações do NINJA. Alfredo Correa aproveitou a ocasião para doar a sua coleção de imagens - que compôs a exposição - ao acervo do NINJA. As imagens de companhias aéreas, organizadas por países de origem, auxilia os coordenadores do Núcleo Infantojuvenil de Aviação a promover o desenvolvimento de pesquisas com os estudantes, identificando países, capitais, outras cidades e os respectivos continentes. É, portanto, uma exposição que garante diversos desdobramentos didáticos. Outro brinde ao NINJA, ocorrido na mesma data,  foi a doação da coleção de aviões do papelmodelista Anderson Salgado que servirá de estímulo aos estudantes para também construir aviões de papel dos mais simples aos mais sofisticados.

Voluntários do NINJA e do Aeroclube de Ubatuba
O encerramento das atividades contou com o convite de Marcos Fowler, coordenador do NINJA e membro do Aeroclube de Ubatuba, para que as crianças e jovens compareçam ao próximo encontro programado para 14 de abril, às 9h, quando, além de palestra, os participantes terão muitas atividades lúdicas e iniciarão os procedimentos para a recuperação do Teenie Two. O jovem Gabriel Bologna, que coordena o núcleo de aeromodelismo - junto com o também voluntário Arthur Bastos -, reforçou o convite para que a garotada venha conhecer e participar também desta empolgante atividade. A participação de novos estudantes continua aberta e as inscrições poderão ser feitas diretamente na sede do NINJA na abertura do próximo encontro.

sábado, 24 de março de 2018

GRIPEN NG

Comitiva da fabricante do caça Gripen NG realiza nova verificação estrutural na Ala 2
A nova aeronave será operada pelo 1° Grupo de Defesa Aérea 
a partir de Anápolis

Uma comitiva composta por especialistas em engenharia e logística da empresa SAAB, fabricante sueca dos caças Gripen NG (F-39), visitou as futuras instalações sediadas na Ala 2, em Anápolis, nos dias 14 e 15. Esta é a quarta visita técnica (Site Survey) da empresa à Anápolis e teve o objetivo de verificar as instalações do 1° Grupo de Defesa Aérea (1° GDA) que operará o Gripen a partir de 2021, e também para que a empresa entenda como a Força Aérea Brasileira (FAB) treina e opera aeronaves de caça. "Desta vez, nosso foco foi o treinamento dos pilotos, dos técnicos e a verificação de algumas funções de manutenção. Também estamos olhando as instalações, já que o novo avião terá outros requisitos e as instalações atuais serão adaptadas. Estamos aqui para alinhar os requisitos e procurar a melhor solução, e essa é a hora perfeita, já que estamos construindo e projetando, para realizar toda a preparação tanto para a FAB quanto para a SAAB, como uma companhia, e ter certeza que tudo estará pronto para a chegada do avião", comentou o Diretor de Logística do Programa, Magnus Hultin, que esteve presente nas outras visitas técnicas. Militares da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), órgão da FAB responsável por projetos de aquisição e modernização de aeronaves, e do Grupo Fox, equipe de seis pilotos de caça dedicada à gerência operacional do projeto Gripen, também acompanharam a visita. “É muito importante manter o laço estreito com o fabricante para que não haja lacuna entre a chegada do avião e o suporte de estrutura e pessoal. O Gripen é um sistema, não é só um avião que vai chegar e ser voado. Estamos trabalhando para ter certeza de que estaremos prontos e adaptados para a chegada dele”, explicou o Major Aviador Ramon Lincoln Santos Fórneas, membro permanente do Grupo Fox. Novo caça da FAB, o Gripen NG, fará parte da defesa aérea do território brasileiro dentro da Dimensão 22.

sexta-feira, 23 de março de 2018

Aeroportos

13 terminais poderão ser leiloados para gestão privada
O Governo Federal pretende lançar, em setembro de 2018, o edital de licitação da nova rodada de aeroportos, que prevê a concessão em blocos de 13 terminais. Autoridades responsáveis pela aviação civil estão animadas com o interesse de investidores, principalmente operadores europeus. Serão concedidos seis aeroportos do Nordeste (Maceió-AL, João Pessoa-PB, Aracaju-SE, Juazeiro do Norte-CE, Campina Grande-PB e Recife-PE); cinco terminais do Mato Grosso (Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop, Alta Floresta e Barra do Garças), além de Vitória e Macaé. O maior interesse detectado pelo governo está no bloco do Nordeste, devido à atratividade turística nessa região O governo já recebeu os estudos que apontaram para a viabilidade para concessão.

quinta-feira, 22 de março de 2018

Tecnologia

Embraer e Uber planejam aeronave de transporte urbano
O diretor de inovação corporativa da Embraer, Antonio Campello, e o diretor de engenharia de aviação da Uber, Mark Moore, integraram um painel no South by Southwest, em Austin, nos Estados Unidos, no dia 13 de março de 2018. Os executivos descreverem o serviço de transporte aéreo urbano que pretendem lançar como uma alternativa para driblar o trânsito caótico das grandes metrópoles. “Todos terão condições de pagar pelo transporte”, afirmou Campello A parceria entre as duas empresas foi apresentada em maio de 2017 e está em fase de desenvolvimento. “Há uma imensa demanda reprimida por esse tipo de serviço e a Embraer está preparada para desenvolver essa aeronave, no menor prazo possível e com a melhor qualidade do mercado”, afirmou Campello.

Testes até 2020
Ex-executivo da Nasa, Moore disse que o objetivo da Uber é fazer testes com as aeronaves em 2020 nos Estados Unidos. “Se tudo correr dentro do esperado, em 2023, os usuários da Uber dos Estados Unidos poderão ver o ícone uberair na barra de opções de transporte do aplicativo”, acredita Moore. As aeronaves usarão a tecnologia conhecida como VTOLs (Vertical Take-off and Landing Vehicles), serão elétricas e desenhadas para levar por volta de quatro pessoas e o piloto em distâncias de, aproximadamente, 100 quilômetros. Nos próximos dias, uma enquete para averiguar os desejos dos futuros usuários do serviço estará disponível no endereço virtual: www.embraer.com/embraerx

quarta-feira, 21 de março de 2018

Indústria Aeronáutica

Tucanos originais de cliente estrangeiro serão modificados para ataque
A AirMod, empresa brasileira instalada no Parque Tecnológico São José dos Campos (SP) venceu concorrência internacional para projetar, desenvolver e executar a modificação de 25 aeronaves T-27 Tucano. O projeto envolve transformar a versão original, de treinamento, em uma versão de ataque leve para um cliente do exterior. Estima-se a criação de 50 vagas de emprego para o projeto, entre técnicos, engenheiros e cargos administrativos. O trabalho deve começar até o final do primeiro semestre de 2018. Para isso, será criado um Laboratório de Integração e Testes no PqTec, onde será montado um protótipo do avião e serão feitas as modificações na primeira aeronave.

terça-feira, 20 de março de 2018

Concurso para a AFA

84 vagas para a Academia da Força Aérea
Inscrições de 20/03 a 09/04/2018

A Força Aérea Brasileira (FAB) lançou as Instruções Específicas com 84 vagas para os Exames de Admissão aos Cursos de Formação de Oficiais Aviadores, Intendentes e de Infantaria do ano de 2019 da Academia da Força Aérea (AFA), sediada em Pirassununga (SP). As inscrições começam hoje - 20 de março - e terminam no dia 9 de abril de 2018. A taxa é de R$ 70,00. Para participar do Exame de Admissão o candidato deve ser voluntário, podendo ser de ambos os sexos (para os Cursos de Formação de Oficiais Aviadores e Intendentes), ou do sexo masculino (para o Curso de Formação de Oficiais de Infantaria da Aeronáutica), e estar ciente de todas as condições previstas nas Instruções Específicas do Exame. Para ser habilitado à matrícula no curso, o candidato não pode possuir menos de 17 anos e nem completar 23 até 31 de dezembro de 2019, além de já ter concluído o Ensino Médio na data da Concentração Final do certame, entre outras exigências. O processo seletivo é composto de Provas Escritas (língua portuguesa, língua inglesa, matemática, física e redação), Inspeção de Saúde, Exame de Aptidão Psicológica, Teste de Avaliação do Condicionamento Físico, Teste de Aptidão à Pilotagem Militar (somente para os candidatos ao Curso de Formação de Oficiais Aviadores) e Validação Documental. As provas escritas serão aplicadas no dia 24 de junho de 2018. Os aprovados em todas as etapas do processo seletivo e selecionados pela Junta Especial de Avaliação (JEA) deverão se apresentar na AFA, em Pirassununga (SP), no dia 10 de janeiro de 2019, para matrícula no curso que tem duração de 4 anos.Após a conclusão do curso com aproveitamento, o cadete será nomeado Aspirante a Oficial da FAB.

84 Vagas
Oficiais Aviadores: 20
Oficiais Intendentes: 43
Oficiais de Infantaria: 21

Informações: Clique aqui 

segunda-feira, 19 de março de 2018

Carreiras na Aviação

O atual aluno Zero-Um da EEAR
A rotina atual de Everton Gonçalves do Nascimento, de 26 anos, não é tão diferente de como era há oito anos, quando passou a compor as fileiras da Força Aérea Brasileira. O destino de todas as alvoradas continua sendo a Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), em Guaratinguetá (SP), e ainda é preciso acordar cedo e dormir tarde para dar conta da pesada rotina de estudos e serviços. A entrevista para esta publicação, para se ter uma ideia, foi respondida por volta de três horas da manhã. Mas, segundo ele, apesar das similaridades, tudo mudou nos últimos dois anos: após servir como soldado e cabo na unidade, Everton foi aprovado no concurso da EEAR. “Hoje eu tenho uma carreira e uma perspectiva de futuro”, conta. Embora ainda use o mesmo uniforme todas as manhãs desde 2010, um detalhe na farda indica que ele chegou aonde queria – o alamar usado no braço direito, junto à insígnia de aluno do quarto período da EEAR, distingue o militar como zero-um do Corpo de Alunos da Escola, além de três estrelas do lado esquerdo do peito.Ou seja, é o aluno com a maior média nas notas da turma.

Desde o fim do primeiro período, ele vem se mantendo com as melhores notas da turma. Agora que está no último período, a colocação lhe dá a oportunidade de estar à frente da tropa e junto às lideranças. “Foi uma luta árdua para ser zero-um. Enquanto os demais estavam na cantina, participando de eventos, eu estava na Divisão de Ensino, estudando. Ouvindo só de longe a música. Estudar aos fins de semana também diminuiu meu tempo de atenção à família. Mas o esforço sempre compensa”, avalia. Apesar de essa ser uma história não tão rara na Força – militares que conhecem a instituição por meio do serviço militar obrigatório e acabam fazendo carreira como graduados ou oficiais – ela ainda inspira muitos jovens aos estudos. “Como soldado, cheguei a tirar nove serviços no mês. Quando tomei a decisão de fazer o concurso, já como cabo, todo o tempo livre era de estudo. Eram em torno de oito horas diárias. No dia do nascimento da minha filha, eu estava com a apostila na maternidade”, conta ele. Prestes a se formar como mecânico de aeronaves (BMA), o aluno diz que espera da Força Aérea oportunidades de se profissionalizar, de realizar todos os cursos possíveis e de compor todas as missões que puder. “O que me estimulou a seguir em frente foi a certeza de que eu seria feliz nessa área, estando na Força Aérea Brasileira”, finaliza.

Fonte: FAB - Publicado originalmente no Notaer.

domingo, 18 de março de 2018

Especial de Domingo


O avião na Revolução 
Constitucionalista de 1932

As frotas legalista e paulista
A aviação teve seu relevante papel na Revolução de 1932, embora os dois lados em luta dispusessem de poucos aviões. O governo federal contava com aproximadamente 58 aeronaves divididas entre a Marinha e o Exército. Em contrapartida, os paulistas possuíam apenas dois aviões Potez e dois Waco, além de um pequeno número de aviões de turismo. No final de julho, o governo rebelde conseguiu mais um aparelho, trazido pelo tenente Artur Mota Lima, que desertou do Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro. Os "vermelhinhos", como eram conhecidos os aviões do governo federal, não apenas atuaram nas linhas de combate, como, também, foram utilizados para bombardear várias cidades paulistas. Serviam, igualmente, como arma de propaganda, deixando cair panfletos sobre as cidades inimigas e em locais de concentração das tropas rebeldes. Já os aviões das Unidades Aéreas Constitucionalistas (UAC) conhecidos como "gaviões de penacho", pouco puderam fazer.

Ainda assim, realizaram duas façanhas de grande impacto: a 21 de setembro, num ataque de surpresa a Mogi Mirim (já em poder de Eurico Dutra), conseguiram inutilizar cinco dos sete aviões federais ali estacionados, antes que estes pudessem levantar voo; no dia 24, três "gaviões de penacho" atacaram o couraçado Rio Grande do Sul, fundeado em Santos, com o objetivo de relaxar o bloqueio ao porto local. Dois meses antes, a 23 de julho, Santos Dumont, o "Pai da Aviação”, deprimido com a utilização de seu invento, como arma de guerra, suicidava-se em Guarujá.

As frentes de combate
Com a eclosão do movimento em São Paulo, logo na primeira semana as forças legalistas se desdobraram nos limites do Estado, estabelecendo inicialmente duas frentes: uma ao Sul, na fronteira com o Paraná, cujos elementos marchariam sobre São Paulo seguindo o eixo Itararé - Faxina (Itapeva)-Itapetininga; outra no Leste, cujos componentes avançariam pelo Vale do Paraíba. Posteriormente, outra frente se abriu na fronteira com Minas Gerais, sendo objetivo das forças aí desdobradas progredir com um flanco sobre o Vale do Paraíba e com outro sobre Campinas, apertando o cerco sobre a capital. É óbvio que os dois lados reconheceram de pronto a importância da aviação, e ambos desenvolveram grandes esforços para enriquecer seus meios aéreos. Com presença marcante e decisiva nas três frentes de combate, e mesmo sobre o mar durante o bloqueio naval do Porto de Santos, a aviação foi responsável pela unicidade histórica da Revolução de 1932, na medida em que nenhum chefe pôde dela prescindir. Ela é referencial obrigatório em qualquer análise político-militar do movimento constitucionalista. A ânsia por meios aéreos manifestou-se desde os instantes iniciais da luta. Um dos primeiros atos paulistas foi ocupar o Campo de Marte, base do Exército nos arredores de São Paulo, onde se encontravam dois aviões Potez 25 TOE e dois Waco CSO, um dos quais pertencente ao Grupo Misto de Aviação, sediado no Campo dos Afonsos. Assim, na manhã de 10 de julho, a Aviação Constitucionalista compreendia quatro aviões, aos quais se acrescentariam posteriormente o Waco CSO C-3, levado para São Paulo, no dia 21 de julho, pelo Primeiro-Tenente Arthur da Motta Lima, e o Neuport Delage Ni D-72, transportado na segunda quinzena de agosto pelo Capitão Adherbal da Costa Oliveira, por terem ambos os pilotos aderido à causa revolucionária. Além desses, uma série de aviões leves foi posta à disposição dos rebeldes por proprietários privados: três De Havilland DH 60x Moth, dois Harriot 410, um Nieuport Ni-81, um Morane-Saulnier MS29, um Curtiss JN-2 e um Caudron 93-bis. Alguns dias mais tarde foi acrescentado a esta frota heterogênea um Laté 26 requisitado da Aéropostale, com vistas a possível adaptação para bombardeio.

Mobilização dos meios aéreos
No inicio das hostilidades, a Aviação legalista era mais bem servida de meios aéreos. Da Aviação Militar foram mobilizados: o Grupo Misto de Aviação, com doze aviões Potez 25 TOE de observação e bombardeio e cinco aviões WACO CSO armados com metralhadoras e porta-bombas; a Escola de Aviação Militar, com um avião de bombardeio Amiot 122, um caça Nieuport-Delage Ni D-72 e onze De Havilland DH 60T Moth, atualizados em missões de ligação, observação e regulagem de tiros de artilharia. A Aviação Naval mobilizou a 18a Divisão de Observação com quatro aviões Vought 02V-2A Corsair e a Flotilha Mista Independente de Aviões de Patrulha com três aviões Martin PM e sete Savoia Marchetti S-55.

Para tarefas de ligação, reconhecimento e observação, havia, ainda, disponíveis doze De Havilland DH 60 e dois Avro 504. Para os paulistas, as dificuldades de aquisição de material eram significativamente maiores. As negociações em Nova Iorque, por exemplo, com a Consolidated Aircraft, para a compra de dez aviões Fleet 10D, quando quase concluídas, foram abortadas por intervenção direta do Governo Brasileiro junto ao Departamento de Estado. Só mesmo através de operação triangular em Buenos Aires, a fim de burlar cláusulas do Tratado de Havana, foi possível adquirir dez aviões Curtiss O-13 Falcon na fábrica de montagem da Curtiss Wright Corparation, em Los Cerrillos, Chile, pela quantia de US$ 292.500. Eram aviões robustos, equipados com motor Curtiss D-12 de 435 H.P., velocidade máxima de 224 km/h, raio de ação de 1.000 km e teto de 4.600 m, capazes de realizar bombardeio picado. Sem dúvida, foram os aviões mais aperfeiçoados que participaram da luta aérea. O transporte desses aviões para o Brasil foi um verdadeiro desafio. Em princípios de agosto, pilotos americanos e ingleses, especialmente contratados, iniciaram os voos de traslado, via Argentina e Paraguai. Dois aviões foram entregues a pilotos brasileiros em Encarnación, no Paraguai, próximo à fronteira argentina. No dia 25 de agosto, um dos aviões fez pouso forçado em Concepción, sendo apreendido pelas autoridades paraguaias sob a acusação de sobrevoo não autorizado de seu espaço aéreo. Pouco mais de uma semana depois, outro Falcon sofreu acidente na Argentina, próximo à fronteira chilena. Finalmente, a 1 de setembro, os paulistas receberam os primeiros Falcon, e as entregas posteriores foram feitas aos rebeldes brasileiros na cidade de Campanário, no sul de Mato Grosso. De lá eram trasladados para o Campo de Marte, a fim de receberem metralhadoras e porta-bombas, estas últimas já de fabricação nacional. Apesar do esforço hercúleo, apenas quatro Falcon participaram das operações aéreas antes que a revolução chegasse ao fim. O primeiro emprego foi a 20 de setembro, em missão de bombardeio ao Campo de Mogi Mirim.

As bases paulistas
Em termos de infraestrutura de aeródromos, os paulistas tinham muito mais flexibilidade que os governistas. Enquanto estes dispunham apenas do Campo dos Afonsos, do Galeão e só muito mais tarde de Resende, aqueles serviam-se do Campo de Marte como base principal, significativamente aumentado durante a revolução, e também dos Campos de Lorena, Taubaté, Mogi Mirim, Campinas e Itapetininga. De uma posição central em relação às zonas de combate, com facilidade de desdobramentos nos campos citados, os paulistas colocavam-se em posições bem próximas das três frentes, conseguindo assim, com os mesmos aviões e pilotos, a realização de grande número de sortidas. Assim, em 16 de julho, dois Potez 25 TOE e dois Waco CSO da Aviação Militar decolaram do Campo dos Afonsos e pousaram em Resende, onde os esperava um Vought 02V-2A Corsair da Aviação Naval, para realizarem missão conjunta sobre São Paulo. Os dois Waco CSO lançariam panfletos, os dois Potez 25 TOE atacariam o Campo de Marte, enquanto o Vought 02V-2A Corsair faria a cobertura de escolta. No dia seguinte, os legalistas renovaram o ataque ao Campo de Marte com três Potez e um Amiot Bp 3, lançando bombas de 50 libras, sem grandes danos para as instalações. Nesse mesmo dia um Potez atacou o Campo de Taubaté. A situação no Vale do Paraíba, inicialmente favorável aos paulistas, evoluiu mais tarde para vantagem dos legalistas. Com a finalidade de reduzir a iniciativa dos paulistas nessa área, os governistas montaram uma série de ataques aéreos a pontos críticos das posições defensivas adversárias. Em 20 de julho, três Waco e três Potez cumpriram missões de apoio aéreo aproximado em proveito das forças governistas que defendiam São José do Barreiro, então sob pesado bombardeio da artilharia paulista. Os aviões concentraram os ataques sobre as baterias, destruindo-as totalmente e aliviando a pressão que então exerciam.

Os ataques
Os ataques aéreos foram, para ambos os contendores, a grande novidade da Revolução de 1932, não raro causando pânico nos combatentes terrestres. Este efeito foi explorado ao máximo pelos legalistas, que instituíram a prática de usar patrulhas aéreas sobre tropas rebeldes, muito mais para fins psicológicos do que propriamente pelo que poderiam representar certos alvos de oportunidade. Os Waco CSO de cor vermelha, que desempenharam grande parte dessas missões de inquietação, eram temidos, e foram logo apelidados pelos paulistas de “vermelhinhos”. Em 11 de agosto de 1932, um avião Potez é deslocado para Faxina. Já no dia seguinte, escoltado por dois Vought Corsair da Marinha, decolou para missão de ataque à base de Itapetininga, mas não encontrou qualquer oposição aérea porque o Grupo de Aviação Constitucionalista se deslocara para Lorena, a fim de tentar barrar o avanço governista no Vale do Paraíba e na frente mineira. Chegados a Lorena, foram logo empenhados em ataques a pontos fortes da frente legalista, surpreendendo as tropas há muito habituadas apenas ao sobrevoo de aviões amigos. Com o intuito de marcar o seu espírito ofensivo, os rebeldes planejaram um audacioso ataque ao Campo de Resende, levado a efeito no dia 13 de agosto às 01h30min, sem maiores consequências táticas, mas constituindo-se no primeiro ataque aéreo noturno realizado na América Latina. Como resposta à afronta, os legalistas executaram nesse mesmo dia um ataque maciço ao Campo de Lorena, com cinco Potez e dois Waco. Embora surpreendessem os aviões paulistas estacionados e realizassem ataques durante cinco minutos, nada disso impediu que conseguissem decolar com os aviões na direção de São Paulo. Logo depois desse ataque, os paulistas desfecharam um outro contra Areias, ocupada pelos governistas, utilizando um Potez e dois Waco. No dia seguinte, depois de realizar missões em Queluz e Areias, os paulistas retornaram a Lorena, e, concluindo que estavam em vias de perder este campo avançado, retraíram-se para a antiga base de Itapetininga.

O fim do conflito
Em 26 de agosto, a Aviação Constitucionalista passou a operar simultaneamente de Mogi-Mirim, a pequena distância da fronteira mineira, e do Campo de Marte, em apoio a um batalhão que lutava desesperadamente para manter a posse de Itaipava, conquistada pelos legalistas no dia seguinte. A situação para os rebeldes deteriorava-se seriamente, obrigando a esforço máximo dos pilotos, do pessoal de apoio e das máquinas. Como consequência, o Grupo de Aviação Constitucionalista retrai-se para a base principal, o Campo de Marte. Nos últimos dias de setembro ficou claro para os paulistas a impossibilidade de reversão do curso do conflito. A 29, tiveram início as negociações para o cessar-fogo. O Coronel Oswaldo Villa Bella, Chefe do Estado-Maior do General Bertoldo Klinger, e o Major-Aviador Ivo Borges foram os militares que, representando as forças constitucionalistas, compareceram ao QG do General Góis Monteiro para assinar o armistício, o qual se consumou a 3 de outubro.

sábado, 17 de março de 2018

FAB TV

Notícias da Força Aérea em vídeo
Esta edição do FAB TV, relativa a março de 2018, traz notícias sobre o programa espacial brasileiro, transporte de órgãos e interceptação de aeronave com drogas. De janeiro a março de 2018, a Força Aérea Brasileira (FAB) transportou mais de 30 órgãos para transplante em apoio ao Ministério da Saúde. A equipe do FAB TV acompanhou uma dessas missões. Outra abordagem é sobre a interceptação de um avião que vinha da Bolívia transportando mais de meia tonelada de cocaína. Há, ainda, a patriótica cerimônia da troca da maior Bandeira do Brasil, na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF).

sexta-feira, 16 de março de 2018

Aeronaves

Boeing 737 é recordista como o avião comercial mais produzido
O Boeing 737 atingiu, no dia 13 de março de 2018, a marca de 10 mil unidades produzidas. O jato entra mais uma vez para o Guinness World Record, o Livro dos Recordes, como o modelo de avião comercial mais produzido da história. O primeiro exemplar ficou pronto em 1967. No Brasil, a Gol é a maior operadora de aviões do modelo e tem uma encomenda de 120 aeronaves da versão 737 Max 8.

quinta-feira, 15 de março de 2018

Espaço

Aprovada cooperação entre Brasil e EUA para uso do espaço
O Senado aprovou, no dia 13 de março de 2018, o texto do acordo de cooperação assinado entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos para o uso pacífico do espaço exterior. O acordo, assinado em 2011, já havia sido aprovado pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e segue para promulgação. O primeiro acordo assinado entre os dois países com esse objetivo, em 1996, expirou em janeiro de 2018. A formalização do novo acordo era necessária para que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) lancem, em parceria com a agência espacial norte-americana (Nasa), um satélite de monitoramento do clima. O veículo deverá auxiliar o Brasil na exploração marítima de petróleo, na agricultura de precisão e na navegação aérea.

quarta-feira, 14 de março de 2018

Transporte Aéreo

Aprovada livre competição nos voos comerciais entre Brasil e EUA
O Senado aprovou, dia 7 de março de 2018, o acordo internacional sobre transporte aéreo entre Brasil e Estados Unidos. Firmado em 2011, o texto cria um novo marco legal para a operação de serviços aéreos entre os dois países. O projeto segue para a promulgação. De acordo com o governo, a intenção é promover o sistema de aviação internacional baseado na livre competição e com o mínimo de interferência e regulação governamental. O acordo busca incentivar a oferta ao público de mais opções de serviço, com o encorajamento ao setor aéreo para desenvolver e implementar preços competitivos.

terça-feira, 13 de março de 2018

Embraer

Primeiro E 190 E-2 será entregue dia 04 de abril de 2018
Falta pouco para que o primeiro Embraer 190-E2 de série saia da linha de produção. O aparelho será entregue à empresa Wideroe Airlines, da Noruega. A aeronave já recebeu a pintura com as marcas da empresa norueguesa e sua imagem foi divulgada pelo presidente da Embraer, John Slattery. A cerimônia de entrega do primeiro E190 E-2 será dia 4 de abril, na unidade Embraer de São José dos Campos-SP.

segunda-feira, 12 de março de 2018

Vagas para atletas na FAB

Aeronáutica tem vagas para atletas de alto rendimento
Inscrições até 23/03/18

Começaram dia 05 e seguem até o dia 23 de março de 2018 as inscrições para a seleção de profissionais na área do desporto de alto rendimento, voluntários à prestação do serviço militar temporário, para o ano de 2018. Ao total são 47 vagas em 16 modalidades esportivas. Para se inscrever é necessário não ter completado 45 anos de idade até 31 de dezembro de 2018; ter concluído, até a data inicial do período de inscrição, o Ensino Médio; apresentar currículo esportivo de acordo com o modelo especificado; estar relacionado no ranking nacional ou estadual da respectiva modalidade, em 2017 ou 2018; não estar suspenso de participar de competições oficiais por doping; possuir, no máximo, na data de incorporação, o total de sete anos de serviço público, entre outras condições. A entrega do requerimento de inscrição com toda a documentação deve ser feita na Comissão de Desportos da Aeronáutica (CDA), localizada no Rio de Janeiro, na Avenida Marechal Fontenelle, 1200, bairro Campo dos Afonsos.

Modalidades
As vagas são para as modalidades de: Atletismo, Basquete, Ciclismo, Ginástica Artística, Handebol, Judô, Karatê, Lifesaving, Maratona Aquática, Natação, Orientação, Paraquedismo, Pentatlo Aeronáutico, Taekwondo, Triatlo e Vôlei de Praia. Os requisitos específicos podem ser consultados no Aviso de Convocação. A seleção será constituída de inscrição, avaliação curricular, concentração inicial, inspeção de saúde inicial, concentração final e habilitação à incorporação. Ao serem incorporados os convocados serão declarados Terceiros-Sargentos, incluídos no Quadro de Sargentos da Reserva de 2ª Classe Convocados (QSCon). Depois de incorporado, o candidato realizará o Estágio de Adaptação para Praças (EAP) que se destina a adaptar e preparar os incorporados às condições peculiares do Serviço Militar Temporário.

Informações: Clique aqui

domingo, 11 de março de 2018

Especial de Domingo

Da Aerovisão, revista da Força Aérea Brasileira, selecionamos o conteúdo de hoje.
Boa leitura.
Bom domingo!

KC-390
O maior avião militar desenvolvido no Brasil está prestes a chegar na FAB
Da revista Aerovisão

O ano de 2018 promete trazer bons voos para a área operacional da FAB com a entrega prevista do primeiro KC-390. A nova aeronave multimissão de transporte da Força Aérea Brasileira já está 97% desenvolvida e, neste primeiro semestre, encerra a fase de testes em voo e certificação. As duas primeiras unidades estão confirmadas para serem entregues à Ala 2, em Anápolis (GO). Ao todo, 28 aeronaves adquiridas pelo governo brasileiro irão compor a frota da aviação de transporte da FAB. Robusto, moderno e de alta capacidade operacional, o KC-390 se materializou a partir do conceito e ideias de pilotos e engenheiros da FAB que ansiavam por demandas acima das cumpridas pelo C-130 Hércules. A maior aeronave militar desenvolvida e fabricada no Brasil não tem deixado a desejar e tem cumprido com êxito uma intensa campanha de testes que validam toda a sua capacidade em diversos cenários. Fabricado pela Embraer Defesa & Segurança, dois protótipos do KC-390 já somam aproximadamente 1.500 horas de voo e mais de 40.000 horas de testes em laboratório dos diversos sistemas da aeronave, garantindo uma alta disponibilidade nos testes de certificação, etapa essencial para dar continuidade à linha de montagem. Para se apresentar ao público como uma das mais modernas propostas da categoria, uma dessas aeronaves já fez escala, inclusive, na maior feira de aviação, em Le Bourget (França). Para fechar 2017, no mês de dezembro, foi atingida a capacidade inicial de operação (Initial Operational Capability – IOC), fase fundamental para dar início à operacionalidade do tão esperado avião militar e que está em conformidade com o escopo da FAB. A fabricante também obteve um certificado de tipo provisório do KC-390 junto à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), atestando a adequação do projeto aos exigentes requisitos de certificação de aeronaves da categoria Transporte.

Dos protótipos à operacionalidade
Do calor ao frio, os protótipos do KC-390 têm de passar por cenários variados e enfrentar diversas temperaturas para garantir a adaptação e o desempenho em qualquer região do mundo. Já foram realizados testes no gelo artificial, nos Estados Unidos. Em um segundo estágio, ainda nos primeiros meses de 2018, serão realizadas operações em ambiente com gelo e neve. O avião ainda precisa atender aos requisitos da FAB de operar na Antártida, que reúne condições climáticas adversas e submete a aeronave a situações extremas de operação. No calor, o jato também foi aprovado: o avião esteve nos Emirados Árabes e na Arábia Saudita, quando operou em temperaturas ambiente de 45 graus e 49 graus Celsius respectivamente. A conclusão do processo de certificação será realizado em duas etapas; uma delas estabelece a homologação do KC-390 no âmbito da aviação civil, que já foi conquistado na IOC. A certificação final da ANAC e o atingimento da IOC contemplam itens básicos da missão militar como características fundamentais para o voo, atestando segurança, qualidade de voo, possibilidade de reabastecimento em voo, transporte de cargas e lançamento. A outra etapa prevê a integração de todos os sistemas da missão militar, que se inicia a partir da entrega do KC-390 para a Força Aérea este ano. Segundo o Coronel Samir Mustafá, gerente do Programa na Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), os terceiro e quarto protótipos já fazem parte da linha de montagem do KC-390 e serão entregues à Força Aérea em junho deste ano. Participar das duas etapas (ensaios e linha de montagem) garante também que a linha de produção seja certificada. “As duas unidades vão ser entregues com capacidade inicial, com condições de cumprir variadas missões, como transporte aerologístico, lançamento de fardos e paraquedistas – tanto pela rampa quanto pela porta, entre outras”, acrescenta. Ainda de acordo com o Coronel, é preciso deixar claro que, baseada na configuração inicial que o KC-390 chega à FAB, a segunda etapa de certificação vai validar a operacionalidade da aeronave em missões militares e deve decorrer pelos próximos dois anos. Estão previstas certificações complementares de reabastecimento em voo (REVO), operação de sistemas de guerra eletrônica e lançamento de cargas pesadas. Com essas etapas finalizadas, o KC-390 vai atingir a Capacidade Final de Operação (Final Operational Capability – FOC), estando disponível para atender às demandas dos mais variados operadores civis e militares.

O diferencial
O KC-390 tem como proposta ser um novo padrão de aeronave dentro dos requisitos da categoria. A diversidade de missões realizadas pela aeronave brasileira, como transporte de cargas, tropa, paraquedistas, reabastecimento aéreo, apoio a missões humanitárias, combate a incêndios, busca e salvamento e evacuação aeromédica, chama a atenção pela amplitude de atuação. Com capacidade de transportar até 26 toneladas, numa velocidade máxima de 870 km/h, o jato redefine o modelo de operação de uma aeronave de transporte em ambientes diversos, pistas não preparadas e com uma autonomia invejável. E por falar em autonomia, o REVO é uma das características de destaque desta aeronave multimissão. Com os equipamentos instalados, o KC-390 consegue realizar até duas operações de reabastecimento em voo, simultaneamente, garantindo uma maior operacionalidade em aeronaves dentro de um pacote de missões. Prevista para 2018, a fase final de testes de REVO deve acontecer no Rio de Janeiro (RJ). O KC-390, que em 2016 realizou apenas o contato seco com o caça F-5, agora vai finalizar o protocolo de testes e abastecer o A-1 durante os voos de ensaios. Um dos futuros clientes para ser reabastecido em voo é o novo caça F-39 Gripen, adquirido também pelo governo brasileiro e previsto para chegar em 2021. O H-36 Caracal é o helicóptero da aviação de asas rotativas da FAB que também será reabastecido pelo jato. O fato inédito fica por conta da nova aeronave de transporte ser reabastecida por outras aeronaves de transporte. Com a possibilidade de transportar até 23,2 toneladas de combustível, o KC-390 está pronto para receber combustível de aeronaves abastecedoras, como o KC-130 Hércules ou até mesmo de outro KC-390. A autonomia do KC-390 é um fator atraente. Saindo de Manaus (AM), com 26 toneladas de carga a bordo, o KC-390 consegue chegar até Brasília (DF) ou Lima (Peru), uma distância de aproximadamente 2.100 km. Se a carga for de 14 toneladas, por exemplo, a aeronave consegue decolar da capital amazonense e ir até Washington, D.C., capital federal dos Estados Unidos. Sem precisar abastecer, o alcance sobe para cerca de 5 mil km. Saindo da mesma origem, sem transportar nenhum tipo de carga (Ferry Flight) e utilizando os tanques auxiliares, o cargueiro tem autonomia de 8.500 km, com capacidade de combustível para cruzar o Atlântico e chegar à capital da França, Paris, ou Dublin, na Irlanda. A vantagem da autonomia também colabora, e muito, nas missões de busca e salvamento, uma das capacidades em que a na aeronave poderá ser empregada. Tudo isso porque a FAB possui uma responsabilidade de controlar e realizar missões como essa numa área equivalente a 22 milhões de km², que abrange desde a região costeira do Atlântico, quase atingindo o continente africano. Somado a um radar de última geração, o KC-390 poderá localizar embarcações naufragadas com possibilidade de acompanhar alvos e fazer o rastreio de mais de 200 pontos simultaneamente. Outro diferencial do jato foram as parcerias estratégicas firmadas. Acordos bilaterais garantiram o desenvolvimento do KC-390 com a colaboração de países como Portugal, República Tcheca e Argentina, que avançaram nas negociações desde o início e contribuíram no intercâmbio de tecnologias.

Mercado
É um mercado em potencial que foi estudado e explorado pela indústria aeronáutica brasileira e que pode trazer muitos benefícios ao País. A cota de mercado (market share) estimada é de aproximadamente 300 aeronaves exportadas nos próximos 20 anos, o que pode representar uma injeção de até U$ 20 bilhões de dólares na economia. Como se trata de propriedade intelectual desenvolvida no Brasil, a cada jato vendido pela Embraer, o Governo Brasileiro vai ter um retorno financeiro que pode ser novamente enxertado na economia. A expectativa é de que R$ 2,34 bilhões de royalties sejam gerados e R$2,40 bilhões em impostos acumulados. “Esperamos que essa aeronave tenha sucesso comercial digno do esforço que foi feito para desenvolvê-la. Em termos de produto, ela é uma aeronave que supera a expectativa de qualquer cliente. Isso foi constatado nas nossas viagens de demonstração da aeronave tanto em 2016 quanto em 2017, quando todos os potenciais clientes da aeronave se encantaram com suas capacidades e se surpreenderam positivamente”, acrescenta o Coronel Samir. A janela de oportunidades inclui também a geração de empregos diretos e indiretos. Durante o desenvolvimento do KC-390, que começou em 2009, a aeronave gerou mais de 8.500 empregos na cadeia produtiva que envolveu a engenharia de produção e a área ferramental da aeronave. Destes, são 1.430 empregados diretos com a Embraer. Nesta segunda fase de produção industrial, totalizam 6.360 empregos diretos e indiretos, envolvidos na fabricação de peças primárias e células, até a montagem final.

Doutrina
Mas, afinal, o KC-390 vai para qual Esquadrão da FAB? Eis a questão que tem inquietado pilotos e interessados da área. O novo jato vai para o Grupo Kilo, uma formação de pilotos especialistas na área de atuação do jato responsável por fazer a implantação operacional. Criado em 2016, o grupo está envolvido com a documentação operacional e com a estruturação do primeiro esquadrão que vai receber a aeronave. Assim que ela for entregue, o grupo ficará imerso no universo da nova aeronave imbuído em criar a nova doutrina do equipamento. Enquanto aguardam a chegada do jato, o grupo também se organiza em Anápolis (GO), onde vai estar sediado o time a partir do mês de março deste ano, quando a formação será composta por 12 aviadores e 30 graduados. Toda a idealização e organização desse modelo adotado para receber o KC-390 é do Comando de Preparo (COMPREP), unidade da FAB que concentrou as atividades de treinamento, avaliação e doutrina. Segundo o Chefe do Estado-Maior do COMPREP, Major-Brigadeiro do Ar Mário Luís da Silva Jordão, a grande novidade do Grupo Kilo é que ele não vai reunir apenas pilotos da Aviação de Transporte. “Devido às características amplas da aeronave e das várias missões que ele pode fazer, o Grupo Kilo vai abranger todas as aviações da Força Aérea”, disse. O oficial-general explica que a capacidade multidisciplinar do KC-390 permite a integração de Asas Rotativas, Reconhecimento, Caça, Transporte e Patrulha. Um dos exemplos de equipamentos que serão incorporados ao KC-390 é o POD Litening, um radar de reconhecimento já empregado nos caças A-1 da FAB. “O POD Litening, que é um equipamento infravermelho, hoje é operado pelos esquadrões de A-1 de Santa Maria. Então, vamos trazer gente de Santa Maria para incluir nesse grupo”, acrescenta. De acordo com o cronograma, até 2019, esses militares vão ter dedicação exclusiva ao Grupo Kilo e, depois de validar o jato nas missões operacionais militares, entregam o KC-390 na configuração final de operacionalidade. Devido à expertise adquirida, os envolvidos possivelmente devem assumir o comando da aeronave nas primeiras missões reais. “Esse time vai ser a base do futuro esquadrão”, declara o Major-Brigadeiro Jordão.

Fotos: Claudio Capucho/Embraer

Fonte: publicado originalmente na revista Aerovisão, da FAB.

sábado, 10 de março de 2018

Concurso para a FAB


Inscrições para escola da FAB terminam nesta segunda, 12/03/18

Terminam nesta segunda-feira (12/03/18), às 15h, as inscrições para a seleção ao Curso de Formação de Sargentos (CFS), com ingresso previsto para janeiro de 2019. A taxa é de R$ 60,00. As vagas são destinadas a candidatos de ambos os sexos, que atendam às condições e às normas estabelecidas nas instruções específicas. Para serem habilitados à matrícula no CFS 1/2019, os candidatos não devem possuir menos de 17 nem completar 25 anos de idade até 31 de dezembro de 2019 e é necessário ter concluído, na data da Concentração Final, o Ensino Médio do Sistema Nacional de Ensino. O processo seletivo é composto por provas escritas de Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Matemática e Física, além de inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica, teste de avaliação do condicionamento físico e validação documental. As provas escritas ocorrerão no dia 27 de maio de 2018. Os aprovados em todas as etapas do processo seletivo e selecionados pela Junta Especial de Avaliação (JEA) deverão se apresentar na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), em Guaratinguetá (SP), no dia 13 de janeiro de 2019, para habilitação à matrícula no curso que terá duração de dois anos. Após a formatura na instituição de ensino, o aluno será promovido à graduação de Terceiro-Sargento e será classificado em uma das Organizações Militares da Força Aérea Brasileira (FAB), localizadas em todo o território nacional, de acordo com a necessidade da Administração.

Vagas por especialidade:

BMA – Mecânica de Aeronaves: 50

BMB – Material Bélico: 13

BEV – Equipamento de Voo: 6

BCT – Controle de Tráfego Aéreo: 128

SGS – Guarda e Segurança: 30

Total de vagas para o CFS 1/2019: 227

Inscrições: Clique aqui

sexta-feira, 9 de março de 2018

Indústria aeronáutica

Embraer aumenta lucro em 2017
A Embraer fechou 2017 com aumento de 35,9% no lucro líquido: R$ 795,8 milhões ante R$ 585,3 milhões, nos últimos três meses de 2016. Contabilizando o período de outubro a dezembro, o lucro líquido foi de R$ 117,2 milhões em 2017, recuo de 81,9% comparado ao valor de 2016, de R$ 648,3 milhões. A receita líquida da Embraer foi de R$ 5,6 bilhões no último trimestre de 2017, 15,6% a menos do que o valor em 2016, em igual período, de R$ 6,7 bilhões. A Embraer encerrou o quatro trimestre do ano passado com lucro líquido ajustado (excluindo imposto de renda e contribuição social) de R$ 191,5 milhões, 72,4% abaixo do valor apurado no mesmo período de 2016, de R$ 694,2 milhões.

quinta-feira, 8 de março de 2018

8 de Março - Homenagem da FAB

Homenagem ao Dia Internacional da Mulher
Neste Dia Internacional da Mulher (08/03), a Força Aérea Brasileira (FAB) homenageia as mulheres de seu efetivo. A FAB tem cerca de 11 mil mulheres em suas fileiras. Até o momento, elas ocupam postos de terceiro-sargento a coronel. A primeira turma dos quadros femininos de oficiais e de graduadas ingressou em 1982. Na Academia da Força Aérea (AFA), ingressaram em 1996 no Quadro de Oficiais Intendentes e atingiram o posto de tenente-coronel em 2017. Na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), entraram em 2002 e podem alcançar o posto de coronel. Atualmente, mulheres do Quadro de Oficiais Médicos já atingiram o posto de coronel; e em 2003, a AFA recebeu as primeiras Aviadoras.

A mulher na aviação

08 de março:
Dia Internacional da Mulher
Número de mulheres piloto cresce 106%

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o número de mulheres com licença ativa para pilotar aeronaves cresceu 106% de 2015 a 2017. Existem no Brasil 1.465 mulheres exercem a atividade. Os homens são 46.556. O maior crescimento ocorreu no número de mulheres com licença de pilotos privados de avião, que aumentou 165%, passando de 279, em 2015, para 740 no ano passado. A Anac também identificou aumento expressivo no segmento de pilotos privados de helicóptero, que passou de 47 mulheres em 2015 para 167 em 2017, o que representa crescimento de 255%. No caso de pilotos de avião de empresas aéreas, o número de mulheres passou de 29, em 2015, para 41 em 2017. Também aumentou a presença de mulheres piloto de linhas que operam com helicóptero, que foi de 14 profissionais para 22 no mesmo período. O número de mulheres mecânicas de aeronave também cresceu. O percentual foi de 30% no período, passando de 179, em 2015, para 233 em 2017. “No entanto, o número ainda é pequeno quando comparado aos profissionais do sexo masculino: 8092 em 2017”, informou a Anac.

Comissárias são maioria
Os dados excluem a carreira de comissário de bordo que, historicamente, sempre teve mais profissionais do sexo feminino. Ao todo, são 6.485 profissionais contra 3.335 homens habilitados para a função. De acordo com a agência, o levantamento de profissionais habilitados é feito a partir da extração das licenças ativas emitidas exclusivamente pela Anac. De acordo com a Anac, apesar de os homens serem a maioria nos postos de pilotos, mecânicos e despachantes, os dados mostram que o cenário está mudando aos poucos com o ingressos de mais mulheres no setor, em especial no comando das aeronaves.