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sexta-feira, 6 de julho de 2018

Indústria Aeronáutica

Airbus fecha união com a canadense Bombardier
Enquanto se estabelecem as conversações com vistas na criação de uma nova empresa aeronáutica com capitais e recursos humanos da Embraer e Boeing, a Airbus e a canadense Bombardier Aerospace confirmaram o fechamento da transação do programa C Series, agora controlado pelo grupo europeu com participação majoritária de 50,01%, incluindo as divisões de produção e vendas dos jatos canadenses. A Bombardier passa a ter 34% do capital sobre os aviões e o fundo de investimentos do Quebec detém outros 16%. O contrato prevê que a Bombardier financiará o défit de caixa da parceria para até US$ 225 milhões durante o segundo semestre de 2018, e até US$ 350 milhões em 2019, além de um total máximo de US$ 350 milhões nos dois anos seguintes.

Linha de montagem
A matriz, a equipe de comando e a montagem final dos jatos C Series em parceria com a Airbus ainda estarão localizados na fábrica da Bombardier em Mirabel, no Canadá. As duas empresas, porém, esperam que a demanda pelas aeronaves aumente nos próximos anos o suficiente para apoiar a criação de uma segunda linha de montagem das aeronaves canadenses na planta da Airbus em Mobile, nos Estados Unidos, com o objetivo de vender aviões para clientes nos EUA. Com a parceria, companhias aéreas interessadas nos modelos C Series terão de procurar a Airbus para comprá-los: os jatos CS100 e CS300 já constam no portfólio de aeronaves comerciais do grupo europeu. De acordo com a Airbus, o segmento de jatos comerciais com capacidades entre 100 e 150 passageiros, como são os casos do CS100 e CS300, exigirão cerca de 6.000 novas aeronaves nos próximos 20 anos. Neste mesmo mercado disputa a brasileira Embraer com os E-Jets. É cogitada a mudança no nome das aeronaves canadenses, assumindo as designações A210 e A220, conforme o padrão de designação da Airbus.