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terça-feira, 2 de julho de 2019

Risco baloeiro

Balões colocam em risco voos de aeronaves
Em média, a cada 8 horas um balão foi flagrado por pilotos de aviões ou controladores de tráfego aéreo no país, nos primeiros seis meses de 2019. Foram 553 balões avistados e informados ao Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) da FAB (Força Aérea Brasileira), o equivalente a 56% dos 971 casos registrados em 2018. Só no Estado de São Paulo, foram 303 ocorrências neste período, sendo que 48% dos casos foram registrados na área do aeroporto internacional de Guarulhos.

Soltar balão é crime
A prática de soltar balões é considerada crime, pelo risco de causar incêndios e também prejudicar o tráfego aéreo, colocando em risco aviões e helicópteros. Pela lei ambiental, a prática pode resultar em pena de um a três anos de prisão e pagamento de multa. Já por oferecer risco ao espaço aéreo, a pena pode chegar a até 12 anos de prisão. Um dos casos relacionados foi o de um piloto da Gol informando em relatório enviado ao Cenipa a presença de 10 balões, nas proximidades do aeroporto de Congonhas, forçando-o a fazer uma manobra de desvio. Os balões teriam afetado, ainda, outras três aeronaves na mesma rota. Além deste caso, neste último final de semana, ao menos três incêndios foram registrados na cidade de São Paulo. A suspeita é de que foram provocados por balões que caíram e pegaram fogo. Em um dos casos, um balão solto em uma das casas vizinhas chegou a destruir um galpão comercial. Um dos homens que soltaram o balão foi preso pela polícia.

Impacto em aeronaves
Em 2018, o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) da Força Aérea Brasileira registrou 782 ocorrências de balões no espaço aéreo brasileiro. Segundo especialistas, o impacto de um balão com uma aeronave pode danificar sua fuselagem, motores ou hélices e atrapalhar o funcionamento de equipamentos. Em 2011, um Airbus-319 com cerca de 200 passageiros colidiu com um balão após decolar do aeroporto do Galeão, no Rio. O balão provocou o entupimento dos “tubos de pitot”, sensor que mede a velocidade do ar. Sem o registro, os computadores sofreram panes e perderam leitura de velocidade e altitude. O piloto teve que fazer um pouso emergencial no aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte (MG).