FAB faz voos para suprir destacamento do Exército de defesa na fronteira
O Primeiro Esquadrão de Transporte Aéreo (1° ETA), Esquadrão Tracajá, sediado na Ala 9, em Belém (PA), realizou, entre 20 de novembro e 1 de dezembro de 2019, sua primeira missão internacional, operando no aeródromo de Camopi, na Guiana Francesa, com o objetivo de fornecer apoio aéreo para a troca do efetivo e ressuprimento de materiais ao Destacamento Especial de Fronteira de Vila Brasil do Exército Brasileiro (EB), posicionado no município de Oiapoque, Amapá.
Fronteira
Vila Brasil e Camopi são áreas fronteiriças entre Brasil e França, separadas pelo rio Oiapoque, no Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque. Tendo em vista o período de seca na região, o rio Oiapoque fica impróprio para as embarcações de suprimento, razão pela qual o acesso por via aérea, se torna imprescindível.
Pouso técnico
O aeródromo de Camopi, localizado no território da Guiana Francesa, foi utilizado para pouso técnico, onde ocorreu o desembarque do pessoal e do material. A operação inédita sintetiza a cooperação Brasil-França e ajudará a diminuir os riscos na complexa logística.
O apoio aéreo é fundamental para que os militares do Exército possam se revezar e receber os suprimentos necessários. Entre os meses de agosto e dezembro, em virtude da escassez de chuvas na região, o Rio Oiapoque diminui a sua vazão de água, tornando-se quase intrafegável, pois há muitas pedras que dificultam o movimento dos barcos e oferecerem perigo à travessia.
“É muito gratificante para nós do Esquadrão Tracajá poder cumprir essa missão e cooperar com os militares do Exército”, disse o Capitão Aviador Julian Dias Moreira, piloto que faz parte da tripulação da missão.
Foi utilizada uma aeronave C-98A Grand Caravan para cumprir a missão. Foram transportados 61 militares e cerca de 4.200 kg de material de apoio, incluindo gêneros alimentícios, combustível, materiais de limpeza e de manutenção das instalações. "A logística dessa atividade envolve, também, o transporte de itens de manutenção da aeronave, que porventura sejam necessários. A coordenação com o Exército é crucial para a definição da quantidade de material e pessoal que transportaremos”, esclareceu o Sargento Diogo Tavares Furtado, mecânico que atuou nos voos.
Fontes: FAB e EB