Militares e familiares da Base de Natal fazem máscaras para a comunidade se proteger da Covid-19
O apoio de militares da Força Aérea Brasileira (FAB) no combate ao novo Coronavírus ocorre por todo o Brasil. Militares das unidades de Parnamirim (RN), antiga Base Aérea de Natal, e seus familiares se mobilizam na fabricação de máscaras de proteção respiratória para o uso do efetivo e outros setores da sociedade. Após a liberação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), para a utilização de máscaras comuns pela população em geral, o Comandante da Ala 10, Brigadeiro do Ar Marcelo Fornasiari Rivero, juntamente com o Chefe do Grupamento de Apoio de Natal (GAP-NT), Coronel Intendente Elésio Martins Ferreira e apoio do Graduado Master da Guarnição de Aeronáutica de Natal (GUARNAE-NT), Suboficial Bruno Eduardo de Araújo Vitor, iniciaram um movimento para produzir, de forma voluntária, as máscaras de proteção respiratória, fabricadas em TNT triplo.
Confecção
O material foi adquirido com recursos captados junto aos próprios militares e o corte é feito gratuitamente, por meio de uma parceria com uma empresa local. Somente nos primeiros dias de mobilização, desde o dia 06 de abril de 2020, cerca de 3.000 kits de máscaras foram produzidos e distribuídos entre os voluntários que possuem máquina de costura em casa. Além disso, uma Unidade Móvel de Capacitação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial no Rio Grande do Norte (SENAI-RN) foi montada na Ala 10, fornecendo cursos rápidos de costura para fabricar as máscaras e utilizar a estrutura, que conta com 11 máquinas de costura reta e uma overloque.
"Nós começamos pensando na prevenção do nosso efetivo para a manutenção da capacidade operacional, como forma de atender à sociedade sempre que formos acionados, e percebemos a vontade das pessoas de ajudar em meio a essa crise. A nossa expectativa agora é que possamos fornecer as máscaras para a sociedade também", conta o Comandante da Ala 10.
Corrente do bem na FAB
Cerca de 30 voluntários trabalham em suas casas para finalização das máscaras. Além deles, outras 30 pessoas já realizaram a capacitação do SENAI e estão aptas para produção. Nessa corrente do bem, a Tenente Gabriella Larissa de Oliveira Pacheco de Sousa, que atua no Grupo Logístico da Ala 10, participou da capacitação e teve sua primeira experiência com costura. "Não sabia costurar, mas estou aqui para ajudar. E mesmo que não seja costurando, acredito que posso ser útil, porque nessas situações quanto mais ajudar, melhor”, opinou a Oficial.
Ana Angélica Macedo da Silva é esposa do Suboficial Eraldo Xavier Araújo, e se voluntariou na ação. “Achei a iniciativa interessante e, como tenho máquina em casa vou conseguir produzir uma boa quantidade de máscaras. É uma forma de ajudar as pessoas", disse.
Para a Sargento Carla Duarte Gomes, do Grupamento de Apoio de Natal (GAP-NT), que é filha de costureira, apoiar na confecção dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é uma possibilidade de contribuir para a manutenção da saúde de sua família, dos amigos e colegas de trabalho. “Como sei costurar, me voluntariei para ajudar nesse momento em que todos estão se solidarizando”, afirmou.
Ao saber do mutirão para produção das máscaras de proteção respiratória, o Soldado Daniel Batista de Araújo, que trabalha no Rancho do GAP-NT, também viu uma oportunidade de ajudar. “Se todo mundo se unir e ajudar, fica mais fácil”, defendeu o militar, que nunca tinha operado uma máquina de costura antes de passar pela oficina do SENAI-RN.
Fotos: Tenente Juliana Lopes e Soldado Daniel Silva / Ala 10
Fonte: FAB