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domingo, 31 de julho de 2022

Especial de Domingo

Nos Especiais de Domingo deste mês, repetindo prática de anos anteriores, fizemos diversas postagens em homenagem ao gênio Alberto Santos Dumont, nascido e falecido em julho (20/7/1873 - 23/7/1932). 
Este querido brasileiro deu diversos exemplos de inteligência, coragem, generosidade, determinação, persistência, criatividade...
Teve, porém, como todos nós, as suas fraquezas. 
Infelizmente, em sua época, não pode contar com as conquistas da medicina, que outros gênios da humanidade lutaram para tornar real.
Assim, tirou a própria vida em decorrência destes males, um gesto trágico que não combina com o Santos Dumont herói.
Devemos lembrar, entretanto, que o Pai da Aviação, como todo ser humano, é uma extraordinária criação que vive acertos e falhas, alegrias e tristezas.
A última etapa de sua vida, registrada no Especial de Domingo de hoje, texto selecionado do excelente site Cabangu, revela, além dos sofrimentos intensos, a sua extraordinária sensibilidade. 
Boa leitura, bom domingo!


Entre o Brasil e a Europa
A despedida dos voos e a retirada de cena dos grandes acontecimentos deixaram o inventor brasileiro triste, sentindo-se esquecido e - com o tempo - em depressão. Esta enfermidade está relacionada, também, com a doença que desenvolveu após os 40 anos de idade: possivelmente esclerose múltipla.

Dumont veio algumas vezes ao Brasil, depois que se tornou uma celebridade. Na primeira delas, em 1914, ficou por pouco tempo.

Volta à França, porém, é tempo de guerra.

Ele havia construído uma casa de estruturas modestas em Benérville, apelidada de La Boîte por sua forma quadrada para se refugiar. Dada a saúde comprometida, Santos Dumont procurava fazer esportes e ocupar sua mente com prazeres científicos, construindo um observatório no teto desta casa com um potente telescópio Zeiss.

Passando a observar os astros, é confundido pela polícia francesa, que o considera espião dos alemães. A confusão deixou o aeronauta apavorado e ele, então, queima diversos papéis e anotações pessoais, que hoje poderiam ser excelentes fontes de pesquisa.

Santos Dumont retornou ao Brasil, após passagens pelos EUA, Chile e Argentina. Em 1917, começa a construir a casa de Petrópolis: "A Encantada".


Entre idas a Paris e retorno ao Brasil, vai percebendo o agravamento de sua doença. Em 1926, interna-se em um sanatório na Suíça. Em 3 de dezembro de 1928, Santos Dumont retornava ao Brasil à bordo do navio Cap Arcona, e vários intelectuais e amigos do inventor planejaram prestar-lhe uma homenagem.


Os amigos, alunos e professores da Escola Politécnica, prepararam ao herói nacional uma recepção com um hidroavião batizado com o nome do Pai da Aviação, que jogaria flores sobre o navio e uma mensagem de boas vindas em um paraquedas, assim que a embarcação com Dumont a bordo entrasse na Baía de Guanabara.

Mas, um imprevisto: na manobra de contorno, uma das asas do avião toca nas águas e o aparelho some no fundo da baía, matando todos os seus tripulantes, entre eles vários amigos de Santos Dumont, tais como Tobias Moscoso, Amauri de Medeiros, Ferdinando Laboriau, Frederico de Oliveira Coutinho, Amoroso Costa e Paulo de Castro Maia.

A depressão do inventor só faz aumentar.

Santos Dumont fez questão de acompanhar por vários dias as buscas pelos corpos, após o que recolheu-se, primeiro a seu quarto no Hotel Copacabana Palace, depois a sua casa em Petrópolis, onde entrou em profunda depressão.

Após algum tempo, voltou a Paris, internando-se em um sanatório nos Pirineus, indo a seguir para Biarritz.

Santos Dumont continuou na Europa as suas pesquisas e invenções, únicas distrações que ainda conseguiam desviar-lhe a atenção dos desastres aéreos.

Em 1931, Antonio Prado Júnior, exilado em Paris, foi visitar o amigo Santos Dumont em Biarritz e constatou seu total abatimento, imediatamente telegrafando à família do inventor para que esta tomasse alguma providência.

Jorge Henrique Dumont Villares foi buscar o tio na Europa, trazendo-o definitivamente para o Brasil e passou a ser seu inseparável companheiro nos últimos momentos.

Em São Paulo
Em São Paulo, Alberto ia à Sociedade Hípica Paulista e ao Clube Atlético Paulistano. Passava muitas tardes também na redação do jornal "O Estado de São Paulo". Recebia a visita quase diária do médico Sinésio Rangel Pestana, que recomendou ao inventor uma temporada no Guarujá, litoral paulista, para tratar de sua delicada saúde.

No Guarujá descansa, olhando o mar daquela praia tão formosa e o infinito do céu, enquanto as crianças brincam na areia. Não é mais aquele rapaz esperto que conquistara Paris aos 28 anos. Agora rareiam-lhe os cabelos, e faltam-lhe as forças. Seu sobrinho, receoso, está sempre em sua companhia, vigiando-o, temendo que algo possa acontecer.

Santos Dumont nunca aceitou o fato de que sua invenção fosse utilizada para fins bélicos, tão bem demonstrado durante a Primeira Guerra Mundial de 1914 a 1918.


Ele acreditava que o avião deveria servir para unir as pessoas, como meio de transporte e, por que não, de lazer, como ele mesmo havia demonstrado, ao deslocar-se em suas aeronaves em Paris para assistir à ópera ou visitar amigos.

Em 1932 irrompe o Movimento Constitucionalista de São Paulo, e a luta entre os rebeldes e o governo desencadeia-se, provocando rivalidades e conflitos entre irmãos brasileiros. Nesta altura manda uma mensagem aos brasileiros, posicionando-se contra a luta fratricida.

Santos Dumont era uma pessoa sentimental e sensível aos acontecimentos, e não lhe passava despercebido o uso de aviões na revolução constitucionalista de 1932.

O acidente com o avião no Rio de Janeiro também o magoou muito.

Alberto Santos Dumont, em seus últimos dias, passeava pela praia, conversando com crianças, entre elas Marina Villares da Silva e Christian Von Bulow, que moravam no balneário. Christian conta ter presenciado Santos Dumont chorando na praia em frente ao Grand Hotel, após ver o bombardeio do cruzador Bahia, por três aviões “vermelhinhos”, leais ao Governo Federal, na ilha da Moela.


Ele podia ouvir o ronco dos aviões do governo, indo em direção a capital paulista para missões de bombardeio, minando-lhe os nervos, obrigando-o a tapar os ouvidos.

O ruído, aquele ruído, aquela perseguição...
E agora o aeroplano, seu invento, fruto de pesquisas e trabalho árduo de toda sua vida, empregado para a destruição e luta entre irmãos.

Aquele som o enlouquecia, e muito agravou seu estado de saúde. É este ambiente que leva-o à cometer suicídio em 23 de Julho de 1932, aos 59 anos, envolto na sua tragédia e na sua tortura.

Fonte: Cabangu

Pesquise: Blog do Ninja em  3/7/22 , 10/7/22, 17/7/22 e 24/7/2022

Visite: www.santosdumontvida.blogspot.com 

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sábado, 30 de julho de 2022

1º JAB

JOGOS AÉREOS BRASILEIROS
De 25 de Agosto a 04 de setembro de 2022, em São Lourenço - MG


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sexta-feira, 29 de julho de 2022

Direto de Oshkosh

EAA AirVenture Oshkosh 2022
Confira fotos do maior evento de aviação do mundo, que neste ano tem participação aproximada de uma centena de brasileiros, a maoiria voando com a operadora Candiota

quinta-feira, 28 de julho de 2022

Oshkosh 2022

EAA AirVenture vai até 31 de julho
Com informações do portal da Candiota Operadora, saiba mais sobre o maior evento de aviação do mundo, que neste ano ocorre de 24 a 31 de julho.

O que é e onde acontece?
Oshkosh é o nome da cidade do centro-norte dos Estados Unidos. A cidade foi batizada em homenagem ao Chief Oshkosh, famoso cacique da tribo dos índios Menominee. Oshkosh situa-se às margens do Lago Winnebago, na região dos grandes lagos. Com seus pouco mais de 60 mil habitantes, está localizada a duas horas e meia do Aeroporto de O'Hare, em Chicago e a, aproximadamente, 120 milhas da fronteira com o Canadá. Pois esta pequena cidade, típica do interior norte-americano, é, anualmente, sempre no final de julho, a sede do maior evento de aviação do mundo. Sim, do mundo. Oshkosh é a meca da aviação. São mais de 10 mil aviões, num único aeroporto e 800.000 mil visitantes no espaço de apenas uma semana na EAA AirVentrue Oshkosh! Durante essa semana, o Aeroporto de Oshkosh se transforma no mais movimentado do mundo, com 5 vezes mais tráfego que o Aeroporto O`Hare, de Chicago, o mais movimentado durante o ano. Trabalham na organização deste mega evento, mais de sete mil voluntários. A organização, no ar e no solo, é impressionante. 

Aeronaves
São milhares de aeronaves, de todos os tipos. Dos mais antigos e raros aviões até caças de última geração. Aviões da Primeira e da Segunda Guerra Mundial podem ser vistos, às centenas, como se tivessem saído da fábrica ontem. São os chamados warbirds. Aviões experimentais, também conhecidos como homebuilts (feitos na garagem de casa), ultra-leves, helicópteros, aeromodelos, feira de peças aeronáuticas novas e usadas. O que você imaginar, que tiver alguma relação com aviação, você vai achar em Oshkosh. Encontra-se desde um trem de pouso de um velho bombardeiro B-17 até instrumentos com tecnologia de ponta, os chamados aviônicos.

Shows Aéreos
Show aéreo Um dos pontos altos das tardes de Oshkosh são os shows aéreos com simulações muito reais de combates aéreos (dogfights), além de bombardeios realizados por aviões da II Guerra Mundial e pelos primeiros jatos que operaram na Guerra da Coréia. As demonstrações prosseguem com Sea Harriers (de decolagem vertical), F-14 Tomcats (do filme Top Gun), F-15, F-16, bi-planos com barulhentos motores radiais, paraquedistas, enfim, uma festa para os olhos. Oshkosh é o evento mais fotografado do mundo.

EAA AirVenture Oshkosh
Fatos e Números:
*Estimativa de Público: Aproximadamente 800,000 visitantes. O número cresce a cada ano.
*Voluntários: mais de 6.000 voluntários atuam na coordenação e operação do evento.
*Número de aeronaves: Acima de 10.000 aeronaves, representando aproximadamente 5% da frota norte-americana. Comparando com os números do Brasil, a frota total brasileira é de pouco mais de 10.000. 
*Aviões especiais: mais de 3.000 (nºs aproximados). O cálculo inclui 1.500 homebuilts (feitos em casa), 1.000 aviões Clássicos e antigos; 400 warbirds (aviões e caças da 2ª Guerra); 200 ultra-leves, 130 anfíbios, e 30 helicópteros.
*Expositores: 900
*Visitantes internacionais: mais de 2500, de 78 países.
*Principais nações registradas: Canada 424, Australia 290, Alemanha 170, Brasil 148, África do Sul 121. (Este total inclui visitantes que se registraram no Setor Internacional do evento, significando que o número total do contingente internacional é certamente maior).
*Mídia: 1.800 jornalistas de cinco continentes.
*Total estimado de pessoas acampadas: sob as asas do aviões e em áreas de camping, são mais de 60.000 pessoas em 14.700 barracas e motorhomes.
*Impacto econômico na região: superior a 100 milhões de dólares.

Conheça Oshkosh e a Universidade
EAA AirVenture Oshkosh é o nome da maior festa da aviação mundial. O evento, até pouco tempo, era conhecido simplesmente como Oshkosh, nome da cidade sede, localizada no centro norte dos Estados Unidos, Estado de Wisconsin, região dos grandes lagos. Oshkosh está a algumas horas da fronteira com o Canadá e a pouco mais de duas horas de carro, do Aeroporto de Chicago O\'Hare, um dos maiores e mais movimentados aeroportos do mundo.

Oshkosh é um cartão postal. Situada às margens do Lago Winnebago, com suas casas antigas e sem muros, cortada pelo Fox River, Oshkosh é uma cidade típica do interior americano. Com uma população de 60 mil habitantes, recebe um contingente de quase um milhão de visitantes durante os dias do evento. Wisconsin é uma região de imigrantes europeus. Tem uma forte atividade industrial, sendo o Estado que mais produz leite e queijo nos Estados Unidos. Você irá deliciar-se com a variedade e a qualidade dos queijos lá produzidos e com as belezas naturais da região.

Oshkosh foi cuidadosamente escolhida para ser a sede da EAA - Experimental Aircraft Association, entidade organizadora desse espetacular show aéreo. Vários foram os motivos para essa escolha: clima, localização, área para estacionamento de veículos - carros e motorhomes; que também pudesse abrigar um camping, um museu de aviação e uma academia de voo. O aeroporto, mesmo regional, precisaria ter pistas de pouso, suficientemente longas para receber o enorme tráfego de pequenas e grandes aeronaves. Também imprescindível, diante do enorme fluxo de aviões, que o pátio de estacionamento de aeronaves e a área do complexo como um todo, fosse plana e seca de modo a poder acomodar milhares de aviões visitantes e de exposição. Há, também, um fator decisivo para que a Cidade de Oshkosh tenha sido escolhida para sediar o maior evento de aviação do mundo: a grande oferta de apartamentos no campus da Universidade de Wisconsin, disponíveis durante as férias de verão dos estudantes. A Cidade de Oshkosh é muito bonita e o campus da Universidade de Wisconsin muito agradável.

As pessoas são amáveis, a segurança é absoluta. A localização do campus é perfeita para quem vai à AirVenture, pois está distante apenas dez minutos do Aeroporto de Wittman Field, onde o grande show aéreo acontece. 

Saiba mais: Candiota Operadora

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quarta-feira, 27 de julho de 2022

Aeronave Leve Esportiva

Anac estabelece novas regras para aeronaves leves
Foram aprovadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) alterações regulatórias prevendo a expansão do modelo regulatório de Aeronaves Leves Esportivas (ALE) no Brasil. O objetivo é permitir que aeronaves de maior porte e com outras características técnicas também possam usufruir das vantagens desse modelo.

Novas regras
A nova regulamentação, além de aproximar o Brasil de padrões internacionais, reduz a complexidade regulatória permitindo que aviões com até 4 assentos e PMD (peso máximo de decolagem) até 1.361 kg utilizem normas consensuais da categoria ALE desenvolvidas pela American Society for Testing and Materials (ASTM International). As novas regras permitirão uma redução de custos para a aprovação de novos projetos dessas aeronaves em comparação com o processo de certificação de tipo e manterá o nível aceitável de segurança com o atendimento às normas consensuais. As alterações regulatórias, aprovadas por meio da Resolução 686, de 13 de julho de 2022, são emendas aos Regulamentos Brasileiros de Aviação Civil (RBACs) nº 1, intitulado “Definições, regras de redação e unidades de medida para uso nos normativos da ANAC”, e nº 21, intitulado “Certificação de produto e artigos aeronáuticos".

ALE no Brasil
No Brasil, a criação da categoria ALE ocorreu em 2010 com a publicação de regras de projeto e fabricação e a implantação das regras de operação, manutenção e instrução ocorreu de forma escalonada. Desde então, a aviação brasileira conta com cinco modelos de aeronaves leves esportivas nacionais reconhecidas pela ANAC e outras três com processo em andamento. Em abril de 2021, a ANAC formou, junto com os fabricantes de ALE nacionais, um Grupo de Estudos Misto (GEM) para avaliar as atuais normas consensuais aceitas para a categoria ALE com foco na expansão do modelo regulatório dessa categoria no Brasil. Em agosto de 2021, o GEM foi concluído recomendando a possibilidade de expansão de algumas das características técnicas definidas no RBAC nº 01. Ainda durante os estudos regulatórios, a Agência instaurou uma Tomada de Subsídio, em maio de 2021, para a análise de resultados regulatórios e para a expansão do modelo de Categoria ALE. Durante a coleta de informações, um dos objetivos foi o de avaliar a visão da sociedade sobre as vantagens e desvantagens de uma aeronave leve esportiva especial quando comparada com outras categorias, como as aeronaves certificadas e as experimentais de construção amadora. A consulta teve 413 contribuições recebidas. As alterações regulatórias para ALE no Brasil foram tratadas com prioridade na Anac. Esse é um dos 16 temas estabelecidos na Agenda Regulatória para o biênio 2021-2022, sendo concluído com a publicação dessas novas regras.

Fonte: Anac, em 20/07/2022

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terça-feira, 26 de julho de 2022

Beluga ST

Avião Airbus Beluga pousa no Brasil pela 1ª vez
O avião Beluga ST da Airbus pousou na América Latina pela primeira vez no domingo (24). A aeronave trouxe um helicóptero ACH160 (que pesa aproximadamente seis toneladas e pode levar até 10 passageiros), e o destino da viagem foi o aeroporto de Fortaleza. O icônico “avião baleia” leva esse apelido por causa do formato de sua fuselagem, que lembra uma baleia beluga. Operando há mais de 20 anos, a frota de cinco aviões, baseados no design do A300-600, era utilizada para serviços “internos” da empresa na Europa, transportando grandes seções de aeronaves. Segundo a companhia, cada um deles pode acomodar cargas de até 7,1 metros de largura, 6,7 metros de altura e 40 toneladas. A autonomia de voo é de aproximadamente 1.700 km. Porém, com a criação do novo modelo, o Beluga XL, a Airbus lançou no início de 2022 um serviço de fretamento comercial utilizando os Beluga ST — o que já aconteceu antes, mas em poucas ocasiões. De acordo com o comunicado da empresa, diversos setores podem ser beneficiados, incluindo “espacial, energético, militar, aeronáutico, marítimo e humanitário”. À época, Philippe Sabo, chefe da Airbus Transport International, afirmou que a frota está com “apenas 50% de sua vida útil”. “Eles foram projetados para 30 mil ciclos de voo e atualmente têm uma média de 15 mil”, pontuou. Um ciclo de voo é uma decolagem e um pouso. Quando todos os seis aviões Beluga XL previstos no projeto da empresa forem construídos, a frota do Beluga ST “será entregue a uma companhia aérea subsidiária dedicada recém-criada com seu próprio Certificado de Operador Aéreo (AOC) e equipe”.

Projeto complexo e detalhes
Para chegar ao modelo final, os engenheiros da Airbus cortaram a parte superior do A300-600, adicionaram uma seção de fuselagem mais larga — dando ao avião a corcova característica. O cockpit foi reposicionado mais para baixo, o que permite que a carga seja carregada pela frente. A aeronave é comandada por um dois pilotos e um operador de carga e tem estabilizadores especiais na cauda. Como apenas o cockpit é pressurizado, há um módulo de aquecimento que fornece um ambiente adequado para cargas que requerem condições de temperatura específicas, como cargas do setor espacial.

Novidades
Para adequar o Beluga ST às necessidades comerciais, estão sendo desenvolvidos um carregador automático de carga a bordo, o que permite a operação em aeroportos que não disponham de plataforma de carga/descarga adequada e para cargas úteis até 20 toneladas. Segundo a Airbus, essa ferramenta será armazenada em frente à área interna de carga útil e poderá carregar e descarregar a carga de forma autônoma. Também foi projetada uma nova plataforma externa transportável. Pelo menos seis objetos desse tipo serão pré-posicionados em aeroportos ao redor do mundo, podendo ser transportados para outros locais dependendo da necessidade.

Atraindo curiosos
O avião atrai muitas pessoas para os aeroportos onde passa. Em Toulouse, na França, por exemplo, visitantes podem ser encontrados sentados na grama próxima ao aeroporto de Toulouse Blagnac esperando que um deles decole ou aterrisse.

Primeira viagem da nova era comercial
A primeira viagem do avião foi nessa nova era comercial aconteceu no final de 2021. Um helicóptero da Airbus saiu de Marignane, na França, para Kobe, no Japão. O cliente não foi revelado pela companhia. O Beluga número 3 teve de parar para reabastecer em Varsóvia, na Polônia, Novosibirsk, na Rússia, e Seul, na Coreia do Sul.

Ficha técnica:
Altura: 17,25 m
Comprimento de ponta a ponta das asas: 44,84 m
Comprimento geral: 56,16 m
Peso máximo para decolagem: 155 toneladas
Peso máximo para pouso: 140 toneladas
Capacidade máxima de combustível: 23.860 litros (densidade 0.803)
Autonomia: 1.700 km 

Fonte: CNN e Reuters

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segunda-feira, 25 de julho de 2022

FAB em Destaque

Mídia eletrônica da FAB foca notícias de 15 a 21/07/22
A edição da revista eletrônica "FAB em Destaque", do dia 22 de julho de 2022, traz as principais notícias da Força Aérea Brasileira (FAB), no intervalo 15 a 21 de julho. Entre elas, a cerimônia alusiva ao Dia dos Veteranos da Força Aérea Brasileira e as conquistas do Time FAB no Pan-Americano de Ginástica. Confere-se, também, como foi a participação da Comitiva da FAB em importantes feiras de aviação na Inglaterra e um vídeo especial em homenagem ao Dia do Nascimento de Alberto Santos-Dumont.

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domingo, 24 de julho de 2022

Especial de Domingo

Julho deu e tirou do mundo (20/7/1873 - 23/7/1932) o gênio Alberto Santos Dumont. Neste sétimo mês do ano, novamente, dedicamos os Especiais de Domingo à memória deste querido brasileiro.
Boa leitura.
Bom domingo!



DEMOISELLE


Em 1907, de março a junho, Santos Dumont fez experiências com o aeroplano com asa de madeira N°15 e com o dirigível N°16, misto de dirigível e avião, mas desiste desses projetos por não obter bons resultados. O número 17 seria cópia do número 15.

Em setembro, no Rio Sena, faz experiências com o N°18, um deslizador aquático.

Testa o primeiro modelo de um aeroplano em novembro de 1907, um pequeno avião apelidado pelos franceses de Demoiselle, devido a sua graciosidade e semelhança com as libélulas.



Todavia, durante as primeiras experiências, o Nº19 sofreu um acidente, ficando seriamente avariado. Pesando 110 quilos, o Demoiselle era uma aeronave com motor de 35 HP e estrutura de bambu.

Em Dezembro de 1908 exibe um exemplar do Demoiselle na Exposição Aeronáutica, realizada no "Grand Palais" de Paris. Em janeiro de 1909 obtém o primeiro brevê de aviador, fornecido pelo Aeroclube da França.

Aproveitando características e formato do Nº19, foi criado o Demoiselle Nº20. Sua fuselagem era construída de longarinas de bambu com juntas de metal e as asas cobertas de seda japonesa, tornando-o leve, transparente e de grande efeito estético.

Em setembro do mesmo ano estabelece o recorde de velocidade voando a 96 km/h num Demoiselle. Faz um voo de 18km, de Saint-Cyr ao castelo de Wideville, considerado o primeiro reide da história da aviação. Com esta pequena aeronave ele ia visitar amigos em seus castelos, batendo recordes de velocidade e de distância de decolagem.


O Demoiselle era um avião pequeno, de tração dianteira, com a hélice girando no bordo de ataque da asa alta de grande diedro, o leme e o estabilizador eram de contorno poliédrico, montados em uma estrutura em forma de cruz e unidos à fuselagem por meio de uma junta que permitia o movimento do conjunto em todas as direções. O piloto ia sentado abaixo da asa logo atrás das rodas.


O comando era composto por um volante que controlava, através de cabos, o conjunto leme/estabilizador. Os cabos de sustentação da asa e reforço de estrutura eram cordas de piano. O Demoiselle Nº19 tinha como fuselagem uma única haste de bambu, com seis metros de comprimento e a asa era formada por uma estrutura simples.

O motor a explosão, de 20 hp, refrigerado a água, era de dois cilindros opostos e foi projetado pelo próprio Santos Dumont e construído pela fábrica Dutheil & Chalmers. Possuia ainda um estabilizador na frente e embaixo do avião e dois lemes laterais situados logo abaixo da asas. Tais ítens foram logo abandonados, pois não contribuiram em nada para aumentar a estabilidade do aparelho.

Posteriormete, Santos Dumont alterou-o, desenhando novamente a asa para aumentar sua resistência e colocou um motor Antoniette de 24 hp na parte de baixo, entre as pernas do piloto, transmitindo o torque à hélice por meio de uma correia. Este ficou conhecido como Nº20 e foi descrito pela Scientific American de 12 de dezembro de 1908 como: "... de longe a mais leve e possante máquina desse tipo que jamais foi produzida."

E mais: "Um número de pequenos voos foram feitos e não se apresentou nenhuma dificuldade particular em mantê-lo no ar. Por causa do tamanho reduzido de seu monoplano, Santos Dumont foi capaz de transportá-lo de Paris para Sait-Cyr na parte traseira de um automóvel (...) Esta é a primeira vez que temos conhecimento de que um automóvel tenha sido usado para transportar um aeroplano montado, da cidade para um lugar apropriado no campo, onde o aviador pudesse levar adiante seus experimentos."


Ainda apresentando alguns problemas de estrutura e baixa potência, que Santos Dumont tentou compensar, o modelo Nº21 possuia uma fuselagem triangular composta por três hastes de bambu e nova asa, mais resistente e de maior envergadura, além da redução no comprimento do avião. Retorna a solução inicial de motor de dois cilindros contrapostos, instalado sobre as asas, atuando diretamente sobre a hélice.


O projeto do Nº22, era basicamente igual ao Nº21. Santos Dumont apenas experimentou, nos dois modelos, vários motores de cilindros opostos e refrigerados a água, com potências variando entre 20 e 40 hp, constrídos por Dutheil & Chalmers, Clément e Darracq. Assim estes dois modelos demonstraram qualidades bastantes satisfatórias para a época, sendo produzidos em quantidade, uma vez que Santos Dumont, por pincípios, jamais requereu patente por seus inventos.

A 18 de setembro de 1909 realiza seu último voo em uma de suas aeronaves, voando rasante em cima da multidão, sem segurar nos comandos.Com os braços abertos ele segurava um lenço em cada uma das mãos os quais soltou e foram disputados aos pedaços.

Santos Dumont, ao deixar as pessoas livres para fabricar o Demoiselle, permitiu que sua invenção se tranformasse no primeiro avião popular.


Além da França, outros países como Estados Unidos, Alemanha e Holanda também construíram o Demoiselle.

Santos Dumont deixou de voar em 1910 por motivos de saúde, quando foi diagnosticado estar com esclerose múltipla.

Fonte: Cabangu

Pesquise: Blog do Ninja em  3/7/22 , 10/7/22 e 17/7/22

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sábado, 23 de julho de 2022

Transporte Aéreo

Embraer E195-E2 opera pela primeira vez no London City visando certificação
O E195-E2, a mais recente aeronave da Embraer, partiu do Farnborough Airshow e fez seu pouso de estreia, dia 22 de julho de 2022, no icônico City Airport (LCY) de Londres, demonstrando a capacidade de aproximação íngreme da aeronave. A visita, que ocorre antes da certificação, no final de 2022, da aeronave para aproximação íngreme no London City, incluiu testes de manuseio em solo e outros preparativos para o primeiro voo programado da aeronave para o LCY, que deverá ser realizado logo após a certificação.

Operações com o 190-E2
O modelo E190-E2 iniciou suas operações no LCY em setembro de 2021. O aeroporto é um componente vital da conectividade de Londres e as aeronaves da Embraer podem lidar com os desafios das operações no LCY. As aeronaves E190-E2 da Embraer são responsáveis por 85% de todas as operações no LCY, após a certificação Steep Approach (aproximação íngreme) em junho de 2021, uma exigência para operar no London City Airport. A pista do LCY mede apenas 1.508 metros de comprimento e os ângulos de descida são de até 5,5 graus. Os E190-E2 são operados por companhias aéreas como BA Cityflyer, KLM Cityhopper e Helvetic Airways.

O E195-E2
O jato E195-E2, o maior da família E2, com capacidade para 146 passageiros, voou para o LCY com uma mistura de 39% de combustível sustentável de aviação. A aeronave de teste da Embraer, com a pintura TechLion preta e dourada, foi recebida com a tradicional saudação com jatos de água do corpo de bombeiros do London City Airport. Embora o foco imediato seja a certificação, espera-se ver o primeiro E195-E2 em operação comercial em 2023 com a KLM.

Saiba mais: Blog do NINJA de 04/06/2021 (Veja aqui

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