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sábado, 31 de agosto de 2024

Embraer

Embraer celebra 55 anos de fundação e 35 anos de abertura de capital com evento na B3
A Embraer reuniu na última quinta-feira, 29/8/2024, acionistas, investidores e analistas financeiros na sede da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, para celebrar 35 anos de listagem como empresa de capital aberto, em meio às comemorações do seu 55 º aniversário, completado no último dia 19 de agosto. Na ocasião, executivos da empresa detalharam a estratégia de crescimento para os próximos anos e os motivos para o fortalecimento da performance financeira da empresa ao longo dos últimos anos. “Estamos na fase de colher os resultados depois de um intenso ciclo de investimentos no nosso portifólio de produtos atuais, com aumento expressivo de receita e rentabilidade. O mercado de capitais tem reconhecido esse bom momento da Embraer por meio da expressiva valorização das ações este ano. Estamos otimistas e confiantes no futuro, prontos para entregar um 2024 com resultados muito positivos”, diz o CFO da Embraer, Antonio Carlos Garcia. Com uma carteira de pedidos em seu nível mais alto em sete anos, somando US$ 21 bilhões no segundo trimestre, a empresa tem projeção de encerrar 2024 com receita entre US$ 6,0 e US$ 6,4 bilhões. Desde 2020, a empresa acumula alta de 49,8% neste indicador, considerando o fechamento do 2T24. A margem Ebit ajustada, que naquele ano era negativa (-2,7%), tem chances de terminar 2024 cerca de 10 p.p. acima, no patamar entre 6,5% a 7,5%. Com o objetivo de atender ao aumento da produção de aeronaves e ao crescimento futuro, a Embraer está investindo em iniciativas como desenvolvimento de novas tecnologias, expansão de serviços aeronáuticos e projetos de melhorias e ampliação da atividade industrial. Maior exportadora de alta tecnologia do Brasil, a companhia está bem posicionada nos diversos segmentos em que atua: aviação comercial, aviação executiva, defesa e serviços.

Sobre a Embraer
A Embraer é uma empresa aeroespacial global com sede no Brasil. Fabrica aeronaves para a aviação comercial e executiva, defesa e segurança e clientes agrícolas. A empresa também fornece serviços e suporte pós-venda por meio de uma rede mundial de entidades próprias e agentes autorizados. Desde a sua fundação em 1969, a Embraer já entregou mais de 9.000 aeronaves. Em média, a cada 10 segundos, um avião fabricado pela Embraer decola de algum lugar no mundo, transportando mais de 150 milhões de passageiros por ano. A Embraer é líder na fabricação de jatos comerciais de até 150 assentos e é a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil. A empresa mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviços e de distribuição de peças nas Américas, África, Ásia e Europa.

Fonte: Embraer

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sexta-feira, 30 de agosto de 2024

FAB em Destaque

Revista eletrônica da FAB com as notícias de 23 a 29/08
O FAB em Destaque desta sexta-feira (30/08) traz as principais notícias da Força Aérea Brasileira (FAB) referentes ao período de 23 a 29 de agosto. Nesta edição, você confere as comemorações ao Dia da Intendência da Aeronáutica, realizadas no Rio de Janeiro (RJ) e em Brasília (DF), acompanha o resgate de tripulantes que passaram mal em navio, em alto-mar no litoral de Recife. E ainda, a atuação da FAB no combate aos incêndios na região de Ribeirão Preto, São Paulo, utilizando a aeronave KC-390 Millennium, do Esquadrão Zeus e a comemoração dos 55 Anos da Embraer, na Base Aérea de Brasília (BABR).

Fonte: FAB

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quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Datas Especiais

FAB comemora 25 anos de criação do Ministério da Defesa
A Força Aérea Brasileira (FAB) participou ontem, quarta-feira (28/08/2024), da cerimônia militar que comemorou o 25° aniversário do Ministério da Defesa. O evento, que aconteceu no Clube do Exército, em Brasília (DF), contou com a presença do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro Filho e, também, dos Comandantes da Marinha do Brasil, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, do Exército Brasileiro, General de Exército Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva e da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, além de Ministros do Superior Tribunal Militar (STM); de Oficiais-Generais das Forças Armadas; e de outras autoridades civis e militares. Criado em 10 de junho de 1999, para coordenar o esforço integrado de defesa, o Ministério é responsável por garantir o preparo das Forças Armadas, a soberania dos poderes constitucionais, da lei e da ordem. Em seu discurso, o Ministro da Defesa José Mucio Monteiro Filho destacou a importância do trabalho conjunto dos órgãos subordinados ao Ministério. "Retratar a rica história de uma instituição como o Ministério da Defesa, não é uma tarefa fácil. Chegamos aos 25 anos de criação, um quarto de século, onde os esforços do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e da Secretaria-Geral, as duas áreas da nossa pasta, se unem aos trabalhos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, na busca pela sinergia das ações, pela atenção ao nosso povo, e pela Defesa do Brasil", afirmou.
Durante a cerimônia, foram agraciadas com a Ordem do Mérito da Defesa (OMD) 246 personalidades civis e militares e três Organizações Militares. Da Força Aérea Brasileira, a Organização que recebeu a homenagem foi o Quinto Comando Aéreo Regional (V COMAR), localizado em Canoas (RS), que coordenou a Operação Taquari 2, em prol da população gaúcha que enfrentou enchentes neste ano. "Com grande satisfação que o Quinto COMAR está sendo agraciado com a mais alta comenda do Ministério da Defesa. É um reconhecimento a todos os seus integrantes, de ontem e de hoje, que estão realizando um trabalho abnegado em prol do Brasil e da FAB nesses seus 83 anos de existência", declarou o Comandante do V COMAR, Major-Brigadeiro do Ar Dang. A medalha Ordem do Mérito da Defesa, criada em junho de 2002, por meio do Decreto nº 4.263, é concedida a civis e militares, brasileiros ou estrangeiros, que tiveram destaque no exercício da profissão. Também são agraciadas as organizações militares e instituições civis que prestaram relevantes serviços ao MD e às Forças Armadas no desempenho de missões constitucionais.

Alistamento Feminino
Durante a solenidade, o Ministro da Defesa anunciou início do alistamento militar feminino voluntário, medida inédita nas Forças Armadas. “Após estudos em conjunto com representantes das Forças Armadas, temos a certeza de que essa será mais uma porta para o avanço das mulheres em uma área que antes era apenas masculina. Contar com a força da mulher no serviço militar será um ganho para as Forças e para a sociedade brasileira. É mais um passo para a ascensão das mulheres na vida militar, prática já iniciada pelas três Forças”, pontuou. As mulheres que completarem 18 anos em 2025 poderão, pela primeira vez, se alistar nas Forças Armadas. Conforme o decreto n° 12.154 assinado pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e pelo Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro Filho, o alistamento feminino será de caráter voluntário e é inédito no país. Inicialmente, serão ofertadas 1.500 vagas, sendo que o recrutamento terá início em 2025 e a incorporação a uma das organizações militares da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Aeronáutica, a partir de 2026. 
Atualmente, as Forças Armadas possuem 37 mil mulheres, o que corresponde a cerca de 10% de todo o efetivo. Hoje, as mulheres atuam nas Forças principalmente nas áreas de saúde, ensino e logística, mas também têm acesso à área combatente por meio de concursos públicos específicos em estabelecimentos de ensino, como a Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), a Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), e a Academia da Força Aérea (AFA). Confira aqui a íntegra do Decreto que regulamenta o Alistamento feminino.

Fotos: Sargento Marcos / CECOMSAER

Fonte: Agência Força Aérea, Tenente Gabrielle Varela

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quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Indústria Aeronáutica

Boeing prevê que frota da aviação comercial chinesa dobrará até 2043
A China mais que dobrará sua frota de aviões comerciais até 2043, à medida que sua indústria de aviação se expande e moderniza para atender à crescente demanda por transporte aéreo de passageiros e cargas, de acordo com o Commercial Market Outlook (CMO) 2024 da Boeing para a China, a previsão de longo prazo da fabricante americana sobre a demanda por aviões comerciais e serviços relacionados. “O mercado de aviação comercial da China para passageiros e cargas continua a se expandir, impulsionado pelo crescimento econômico e pelas companhias aéreas que estão construindo suas redes no país”, disse Darren Hulst, vice-presidente de Marketing da Boeing. “Como esta previsão mostra, as companhias aéreas chinesas enfrentarão uma forte demanda, exigindo um maior crescimento de suas frotas modernas e eficientes em termos de consumo de combustível.” A frota comercial da China crescerá 4,1% ao ano, de 4.345 para 9.740 aviões até 2043, e seu crescimento anual de tráfego de passageiros, de 5,9%, superará a média global de 4,7%, de acordo com o CMO. Os volumes de passageiros receberão um impulso à medida que as companhias aéreas expandirem suas redes, conectando grandes centros a cidades menores.

A previsão do CMO para a China até 2043 também indica:

O transporte aéreo na China está previsto para se tornar o maior fluxo de tráfego do mundo, impulsionando o crescimento da frota de aeronaves de corredor único, que representa mais de três quartos das entregas;

A China terá a maior frota de widebodies (aeronaves de dois corredores) do mundo, com uma demanda de 1.575 novos aviões widebody;

A frota de cargueiros da China – incluindo modelos dedicados e convertidos – quase triplicará, com a demanda sendo estimulada pelo setor de e-commerce em expansão;

Potencial adicional de crescimento na indústria da aviação:

As companhias aéreas chinesas precisarão de serviços de aviação no valor de US$ 780 bilhões para apoiar o crescimento da frota, incluindo soluções digitais, manutenção e modificações;

A indústria aérea da China precisará contratar e treinar cerca de 430.000 novos profissionais para apoiar novos pilotos, técnicos de manutenção e comissários;

Novas entregas de aviões de 2024 até 2043 no país:

Regionais: 365;

Corredor Único: 6.720;

Widebody: 1.575;

Cargueiros: 170;

Total: 8.830

Pela Assessoria de Imprensa da Boeing

Fonte: AEROIN / Carlos Martins

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terça-feira, 27 de agosto de 2024

Combate a Incêndio

FAB emprega KC-390 Millennium no combate aos incêndios no estado de SP
A Força Aérea Brasileira (FAB) desempenha um papel essencial no enfrentamento dos incêndios que afetam a região de Ribeirão Preto (SP). Por meio do Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) - Esquadrão Zeus - a FAB mobilizou a avançada aeronave KC-390 Millennium para apoiar o combate às chamas. Embora o local da operação esteja em Ribeirão Preto, a atuação do KC-390 Millennium não se restringe apenas à cidade. A aeronave está preparada para operar também em áreas adjacentes e regiões próximas que necessitem de combate aos incêndios. Para otimizar a eficácia das operações, um helicóptero do Exército Brasileiro realiza a percursão das áreas afetadas antes da decolagem do KC-390 Millennium. Este helicóptero identifica os focos de incêndio e transmite coordenadas precisas para o KC-390, permitindo que a aeronave vá diretamente aos pontos mais críticos para realizar o combate de forma mais eficiente. Assim, o KC-390 é direcionado às áreas de maior necessidade, maximizando o impacto das operações de combate. A missão está sendo acompanhada por autoridades de destaque, incluindo o Governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, o Comandante do Comando de Preparo, Tenente-Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic, o Comandante da 11ª Brigada de Infantaria Mecanizada, General de Brigada Santiago César França Budó, e o Comandante da Academia da Força Aérea (AFA), Brigadeiro do Ar Marcello Lobão Schiavo, entre outros.
O Comandante do 1º GTT, Tenente-Coronel Aviador Bruno Américo Pereira, ressaltou o comprometimento da FAB com a situação emergencial. "O período de operação do KC-390 nos combates aos incêndios na região de Ribeirão Preto é indefinido. Podemos assegurar que a FAB está totalmente dedicada a minimizar os impactos dessa crise para a população." O Tenente-Coronel Bruno Américo também enfatizou a importância da colaboração entre os diferentes órgãos envolvidos na operação. "O trabalho de monitoramento e combate está sendo realizado de forma coordenada para reduzir os impactos sobre a população, especialmente em áreas residenciais, rodovias e outras zonas sensíveis. A coordenação entre os órgãos envolvidos se mostra significativamente mais eficaz do que ações isoladas. Todos os envolvidos estão estão trabalhando em conjunto para identificar e priorizar os principais focos de incêndio a serem combatidos”, informou.

KC-390 Millennium
Desenvolvido pela EMBRAER, o KC-390 Millennium é uma aeronave equipada com o Sistema Modular Aerotransportável de Combate a Incêndios (MAFFS), que confere à aeronave a capacidade de realizar operações de combate a incêndios em voo com alta eficácia e segurança. Saiba como funciona o equipamento de combate a incêndios do KC-390.

Fotos: Tenente Mayara / IV COMAR

Fonte: FAB (com adaptação do Blog do Ninja)

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segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Embraer

Mestrado em engenharia aeronáutica da Embraer abre inscrições para turma 2025
Estão abertas as inscrições para a 33ª edição do Programa de Especialização em Engenharia (PEE) da Embraer, mestrado voltado para aceleração de carreira de engenheiros e engenheiras de diferentes áreas no setor aeroespacial, realizado em parceria com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Serão 45 vagas disponíveis para profissionais de todo o Brasil, e as inscrições seguem abertas até o dia 22 de setembro pelo link https://embraer.com/pee. A especialização tem duração de 18 meses. Durante esse período, os estudantes terão, entre outros benefícios, uma bolsa-auxílio de R$ 5 mil por mês, com reajuste de 20% no segundo ano de curso. O anúncio dos candidatos selecionados está previsto para dezembro, com aulas começando em fevereiro de 2025. “Os investimentos que fazemos na capacitação e no desenvolvimento de talentos é uma das marcas da Embraer, que completou 55 anos neste mês de agosto. O Programa de Especialização em Engenharia é um dos maiores exemplos dessa estratégia e referência no setor aeronáutico nacional”, destaca Andreza Alberto, vice-presidente de Pessoas, ESG e Comunicação Corporativa da Embraer. O Programa de Especialização em Engenharia foi criado em 2001. Desde então, mais de 1,7 mil profissionais provenientes de mais de uma centena de universidades brasileiras passaram por ele. A média de contratação dos participantes pela Embraer chega a 96%. Para esta edição, podem se inscrever profissionais que se graduaram em Engenharia nos anos de 2022, 2023 ou 2024 nas modalidades aeronáutica ou aeroespacial, ambiental, automobilística, civil, computação, controle e automação, elétrica, eletrônica, energia, física, manufatura, manutenção, materiais, mecânica, mecatrônica, metalúrgica, minas, naval, nuclear, petróleo, produção, química, robótica, sistemas, softwares e telecomunicações e transporte. Também é necessário ter inglês avançado. O processo seletivo é realizado de maneira remota, mas os candidatos precisam ter disponibilidade para residir em São José dos Campos (SP), já que aulas e atividades correlacionadas acontecem presencialmente, nas dependências da Embraer e do ITA. Toda a formação, que é dividida em quatro fases, é ministrada por profissionais da Embraer, professores do ITA e consultores, com direito a título de mestrado profissional em Engenharia Aeronáutica reconhecido pela CAPES/MEC.

Fonte: Embraer

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domingo, 25 de agosto de 2024

Especial de Domingo

Novamente, estudaremos o 2º e o 3º Congresso Brasileiro de Aeronáutica, destacando teses que contribuíram para o surgimento da Embraer, que neste agosto de 2024 completou 55 anos.
Boa leitura.
Bom domingo!

2º CONGRESSO DE AERONÁUTICA
Em junho de 1949, reuniu-se no Rio de Janeiro o Segundo Congresso Brasileiro de Aeronáutica. Quinze anos haviam decorridos desde o primeiro Congresso, realizado em 1934, em São Paulo. E, como naquela ocasião, formou-se uma comissão para estudar e debater a questão do desenvolvimento da indústria aeronáutica nacional.

O Congresso foi aberto pelo Brigadeiro do Ar, Armando Trompowsky, Ministro da Aeronáutica, e seu temário abrangia assuntos variados, como os problemas de ensino aeronáutico, da ampliação e melhoramento da infra-estrutura aeroportuária e de auxílio à navegação, do direito aeronáutico, da medicina da aviação, da formação de pilotos civis e outros.

Impresso da UBAC - União Brasileira de Aviadores Civis

A abertura total do mercado brasileiro às sobras de guerra norte-americanas havia comprometido o parque industrial instalado. No final da guerra, o país dispunha de quatro empresas fabricantes de aeronaves: a Companhia Aeronáutica Paulista, a Companhia Nacional de Navegação Aérea, a Fábrica do Galeão e a Fábrica de Aviões de Lagoa Santa, além da Fábrica Nacional de Motores. A Escola Técnica do Exército formava engenheiros com especialização em aeronáutica, e um núcleo de pesquisas desenvolvia tecnologia na Seção de Aeronáutica do IPT. Era uma base industrial e técnica significativa, fruto de um esforço de mais de vinte anos e das condições excepcionais do período de guerra.

Em 1949, esse patrimônio tinha sido atingido pela concorrência predatória das sobras de guerra norte-americanas. Não houve uma política industrial no pós-guerra que possibilitasse a sobrevivência da nascente indústria nacional frente à avassaladora penetração do produto estrangeiro.

Nesse quadro, reuniu-se uma comissão sobre indústria aeronáutica e fomento do Segundo Congresso Brasileiro de Aeronáutica. Suas recomendações surgem num contexto de desalento e de encerramento das atividades das indústrias aeronáuticas no país.

Em novembro de 1948, a Companhia Nacional de Navegação Aérea fechara as suas portas. Em dezembro do mesmo ano, foi seguida pela Companhia Aeronáutica Paulista. A Fábrica do Galeão tinha suas atividades praticamente paralisadas. A Fábrica de aviões de Lagoa Santa caminhava para transformar-se em parque de material aeronáutico da Força Aérea. A Fábrica Nacional de Motores era privatizada, entregue ao capital estrangeiro, e transformava-se em indústria automotiva.

Três teses foram apresentadas ao Segundo Congresso sobre o problema do desenvolvimento industrial: “Reerguimento da Indústria Aeronáutica Nacional”, de autoria do engenheiro Romeu Corsini, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas; “Indústria e Fomento”, apresentada pelo Instituto Brasileiro de Aeronáutica; “Problemas de Administração e Construção Aeronáutica no Brasil”, do engenheiro Luís Felipe Marques.

Romeu Corsini iniciava sua tese, constatando o fechamento das duas únicas empresas privadas e historiando a trajetória da Companhia Aeronáutica Paulista. Lembrava que, a partir de 1947, a CAP reduzira seu pessoal técnico ao mínimo. Visando a redução de despesas, concentrara seus esforços na produção de dois modelos de aparelhos, com o objetivo de resistir à forte concorrência norte-americana. Mas os resultados tinham sido nulos, e a empresa encerrara a produção de aeronaves.

O engenheiro lamentava que o Brasil passasse de condição de auto-suficiência na produção de aviões leves para instrução à dependência em relação aos estrangeiro, e evocava o caráter estratégico da indústria aeronáutica. De fato, a preocupação com a segurança nacional motivara a Campanha Nacional de Aviação, que tivera como razão básica a formação de pilotos para a constituição da reserva da Aeronáutica. A Campanha foi o principal instrumento de criação do mercado para a CAP e para a CNNA.

EngºRomeu Corsini - Pioneiro em pesquisas sobre combustíveis renováveis, um dos fundadores da Escola de Engenharia de São Carlos,  faleceu em 25/3/2010

Corsini apontava a necessidade estratégica da manutenção de núcleos industriais e tecnológicos que, em situação de emergência, poderiam ser ampliados rapidamente, acrescentando ter sido essa a razão que levara o Estado-Maior a recomendar que os aviões para a instrução fossem fabricados no país. Para o engenheiro, ao Estado cabia a função de fomentar a indústria aeronáutica, citando o plano quinquenal elaborado em 1946 pelo governo argentino, para desenvolver sua indústria de aviões.

O plano argentino correspondia a uma concepção que pressupunha o Estado como agente do desenvolvimento econômico: “El poder executivo considera que la produccion aeronáutica nacional es el principal fundamento efectivo del potencial aereo del país.”

No Brasil de 1949, o Governo Dutra significava uma opção diametralmente oposta, na qual o Estado deveria deixar o espaço livre para a ação das chamadas forças de mercado. Essa concepção, evidentemente, não atendia à necessidade de sobrevivência da indústria aeronáutica nacional, abalada pela concorrência desigual dos produtos norte-americanos. A tese de Corsini não encontrava eco no Governo Federal. O engenheiro concluía apresentando sua proposta de uma política de fomento da indústria nacional, propondo uma política de encomendas pelo Ministério da Aeronáutica de 100 aviões por ano, pelo menos. Inicialmente, as encomendas seriam de aviões do tipo Paulistinha. A fábrica não disporia de uma seção técnica própria, de forma a reduzir os custos, devendo manter convênios com o IPT que, por sua vez, receberia uma subvenção do Governo Federal. A proposta de Corsini visava a evitar a dispersão dos técnicos da Companhia Aeronáutica Paulista e, através de uma política de compras do Ministério da Aeronáutica, criar escalas de mercado para a capital nacional no segmento de aviões de instrução primária.

A segunda tese foi apresentada pelo Instituto Brasileiro de Aeronáutica do Rio de Janeiro: “Indústria Aeronáutica e Fomento”. O IBA iniciava sua tese lembrando que já em outubro de 1945, o engenheiro Frederico Abranches Brotero, do Instituto de Pesquisa Tecnológicas de São Paulo, apresentara à Instituição um “Plano de Industrialização da Aeronáutica Brasileira”. Em janeiro de 1946, o IBA participou do Segundo Congresso Brasileiro de Engenharia, apresentando um trabalho denominado “Planejamento industrial”. Os dois trabalhos concluíam por justificar a existência de uma indústria aeronáutica nacional e refletiam a preocupação dos meios aeronáuticos com o futuro desse segmento da indústria brasileira.

A tese do IBA propunha a organização de um programa de produção aeronáutica; a elaboração de um programa de protótipos; a padronização do material aeronáutico e o estudo de um sistema de auxílio à expansão e equipamento das indústrias fornecedoras de insumos para a indústria aeronáutica.

O documento do IBA considerava que o Brasil não poderia deixar de dispor de uma “indústria básica para o potencial militar e para a solução do problema de transporte”. Considerava ainda que na indústria aeronáutica a mão-de-obra e despesas gerais representavam cerca da metade do custo de produção e que a produção de aeronaves no país permitiria uma economia de divisas de pelo menos sessenta por cento do custo de importação.

O ponto de maior interesse do trabalho consistia numa defesa extraordinariamente lúcida de necessidade do desenvolvimento de projetos adaptados às condições específicas brasileiras: “as condições do transporte aéreo no Brasil diferem das encontradas nos países altamente industrializados, cuja produção se compõe de aviões especialmente estudados para as condições próprias locais. Esses aviões são muito utilizados no mundo inteiro, embora não preencham da mesma forma os requisitos apresentados por países de situação geográfica e condições econômicas diferentes, tal é o caso das vastas regiões da América do Sul, Austrália, Canadá e África. O estudo, projeto e construção de tipos de aviões especialmente adaptados às condições brasileiras constituem-se em tarefa de grande interesse econômico que somente pode ser resolvida de modo satisfatório, por uma indústria nacional. Enquadram-se, neste caso, os aviões de transporte para linhas secundárias no interior do país, aparelhos atualmente inexistentes no mercado mundial”.

Vinte anos mais tarde, a criação da Embraer para a fabricação do Bandeirante, um avião projetado para a aviação regional, capaz de operar em pistas de terra com a mínima infra-estrutura aeroportuária e de auxílio à navegação, comprovou o acerto da tese defendida pelo IBA: nos anos 1960, ainda não havia nenhum avião similar ao Bandeirante disponível no mercado internacional.A tese propunha uma política de encomendas pelas Força Aérea Brasileira para evitar o desaparecimento das indústrias existentes.

1º Voo do Avião Bandeirante, em 1968

A terceira e última tese apresentada ao Segundo Congresso Brasileiro de Aeronáutica era de autoria do engenheiro Luís Felipe Marques, que, no entanto, não chegou a ser discutida pela comissão, visto que seu autor desejava apenas que fossem submetidas à aprovação do Congresso as conclusões da quarta comissão do Segundo Congresso de Engenharia e Indústria, cujo conteúdo era análogo à tese apresentada pelo IBA.

O Segundo Congresso acolheu as recomendações contidas nessas teses, acrescentando que os poderes públicos fixassem, através do “Conselho Nacional de Aeronáutica”, órgão a ser criado, os pontos básicos de uma política de desenvolvimento da indústria aeronáutica nacional.

3º CONGRESSO DE AERONÁUTICA
Em março de 1955, reuniu-se, em São Paulo, o Terceiro Congresso Brasileiro de Aeronáutica. Como das vezes antecedentes, formou-se uma comissão para discutir a questão da indústria aeronáutica e diversas teses foram apresentadas.

O engenheiro paulista Marc W. Niess defendeu a tese “Possibilidade da indústria de Aviões Leves no Brasil”. Iniciava sua exposição, analisando as causas dos fracassos das tentativas anteriores que, para ele, “não obedeciam a um plano comercial que garantisse seu funcionamento. Os seus produtos só tinham um comprador importante: o Governo”. Era fundamental para Niess que as novas tentativas se apoiassem no mercado particular. Entretanto, o engenheiro julgava ser muito difícil atrair capitais para o setor em função da “atmosfera de dúvida gerada pelos insucessos do passado”.

Contudo, a própria trajetória de Marc Niess desmentiu a viabilidade de iniciativas industrias no setor baseadas unicamente no mercado particular, que prescindissem da intervenção estatal.

Os capitais privados não se sensibilizaram com a perspectiva de concorrer com produtos estrangeiros no mercado interno, sem nenhum tipo de proteção, valendo-se apenas da qualidade de seus produtos e de preços competitivos. Foi, aliás, uma empresa estatal, a Fábrica do Galeão, que produziu o único avião projetado por Marc Niess e que chegou a ser fabricado em série: o aparelho 5 FG, segundo a denominação da fábrica, ou o aparelho 1–80, segundo a denominação de seu projetista.

Niess projetou um segundo avião em 1952, um aparelho destinando ao treinamento primário, com estrutura de tubos de aço soldados e madeira coberta de tela, para dois lugares. Mas introduziu alguns avanços, como um trem de aterrissagem triciclo, que possibilitava pousos mais simples, além de asas de enflechamento negativo. Apenas dois protótipos foram construídos e voaram normalmente. O avião foi denominado 2-100, ou seja: segundo o projeto de Niess. Com um motor de 100 cavalos.

Em 1960, a Marinha estava interessada em equipar o porta-aviões Minas Gerias, recém-adquirido da Inglaterra, com aviões de fabricação nacional. Surgira um contencioso entre a Marinha e a Aeronáutica sobre quem operaria os aviões do Minas Gerais. Nesse momento, por inspiração da Marinha, formou-se a Companhia Brasileira de Aeronáutica, situada junto à base aeronaval de São Pedro de Aldeia, no Rio de Janeiro, com a finalidade de produzir uma aeronave para operar no porta-aviões. Marc Niess foi chamado a projetar o aparelho. Seria uma aeronave inteiramente metálica, denominada Fragata. O projeto foi realizado e o avião começou a ser construído, mas o protótipo nunca chegou a voar. Em 1961, o Governo Federal resolveu o conflito de interesse entre a duas forças, determinando a operação de helicópteros navais pela marinha e de aviões de asa fixa pela aeronáutica.

Encerrando o projeto da aeronave Fragata, Niess fundou uma empresa para a fabricação seriada de seus dois modelos 1-80 e 2-100. Era a Clark & Niess, e instalou-se em Tatuí, interior de São Paulo, dando inicio à construção de dois aparelhos de cada modelo. Em 1963, contudo, cerca de um ano após a sua fundação, a empresa encerrava suas atividades. Não havia encomendas governamentais, nem capital suficiente para disputar uma parcela do mercado particular. Os quatro aparelhos em construção nunca foram concluídos.


Uma segunda tese foi apresentada pelo engenheiro Romeu Corsini, do IPT. Inicialmente, Corsini caracterizava uma nova fase de desenvolvimento econômico da país, marcada da fronteira agrícola no oeste de Minas, sudoeste do Paraná e nos Estados de Goiás e Mato Grosso. Esse movimento de interiorização do desenvolvimento exigiria o emprego, cada vez mais frequente do avião como meio de transporte. O Brasil já disporia de um parque industrial capaz de fornecer os insumos para a indústria aeronáutica. Faltaria apenas uma ação de planejamento. Para realizá-la, Corsini preconizava a criação de uma comissão com poderes para definir uma política industrial e tecnológica para o setor.

Seriam funções dessa comissão estudar e fixar as normas brasileiras de aeronáutica, propor estudos ou pesquisas a serem financiadas pelo Governo ou pela indústria, fomentar a indústria de aeronaves, mediante o concurso de projetos e protótipos financiados pelo Governo, para atender às necessidades mais urgentes do país, tais como: táxi aéreo, instrução, aviação agrícola, transporte de passageiros, etc. Caberia ainda à comissão o fomento à indústria de materiais, peças e acessórios, pela conjugação de esforços com a indústria e com os órgãos controladores de importação.

Corsini voltava a defender a ideia de uma comissão com poderes para definir uma política industrial para a aeronáutica, que apresentara originalmente em 1949, no Segundo Congresso Brasileiro de Aeronáutica. Ela viria a tomar forma durante o Governo Jânio Quadros, com a criação do Grupo Executivo da Indústria de Material Aeronáutico – GEIMA, pouco depois da criação do GEIA – Grupo Executivo da Indústria Automobilística.

O GEIMA foi presidido pelo Brigadeiro Faria Lima, mas não logrou obter do Governo a decisão política de implantar a grande indústria aeronáutica no país. Ao contrário do GEIA, sua atuação não deixou maiores marcas na trajetória na indústria aeronáutica no país.

Fonte: Museutec / Vencendo o Azul

sábado, 24 de agosto de 2024

Aeroportos

Ceará expande malha aérea com novos voos para Chile, França, Argentina e EUA
A partir de 30 de novembro, o Ceará contará com um novo voo direto para o Chile, operado pela LATAM. A venda de bilhetes para essa nova rota começou em 14 de agosto. Esse novo serviço promete ampliar a conectividade do estado com destinos internacionais, reforçando sua posição como um importante hub turístico. Além disso, a Air France aumentará a frequência dos voos entre Fortaleza e Paris, com a adição de dois novos voos a partir de outubro. A capital francesa, recentemente palco dos Jogos Olímpicos de 2024, é um dos principais emissores de turistas interessados em aventuras, especialmente no kitesurfe. Para promover o estado como um destino de excelência para o kitesurfe, o Governo do Ceará, através da Secretaria do Turismo (Setur), realizou uma ação especial durante os Jogos Olímpicos. No espaço Casa Brasil, um simulador de kitesurfe foi montado e atraiu mais de cinco mil visitantes por dia, destacando as condições favoráveis para a prática do esporte no estado.

Mais conexões com a América do Sul
Além da nova frequência para o Chile, o Ceará anunciou mais uma frequência para Buenos Aires durante a temporada de verão 2024/2025. A capital argentina passará a contar, a partir de dezembro, com um terceiro voo que será operado pela GOL até 7 de março de 2025. O voo extra partirá às sextas-feiras no horário local de 1h30min, com chegada às 7h15min em Buenos Aires. A aeronave retornará às terças-feiras, decolando às 17h da Argentina. O pouso deve ocorrer às 22h45 no Aeroporto Internacional de Fortaleza. Já a frequência para Santiago será operada sempre aos sábados por uma aeronave Airbus A320neo, com capacidade para 174 passageiros. O retorno Santiago-Fortaleza ocorrerá aos domingos, com duração média de 6h30min. A decolagem será às 14h45 (hora local) de Fortaleza e às 6h50 (hora local) de Santiago.

Conquista do primeiro semestre
Ainda em junho, o estado reconquistou o voo que liga a capital cearense a Orlando, nos Estados Unidos. A rota retomada pela GOL vem sendo operada por uma aeronave Boeing 737 MAX, com capacidade para 176 passageiros. O trecho dura cerca de oito horas. Essa conexão havia sido paralisada por conta da pandemia de Covid-19, em 2020. Para os EUA, a GOL ainda incrementou uma nova frequência para Miami no dia 21 de junho, totalizando duas operações pela companhia. Com essa ação, o estado passou a contar com cinco voos semanais para o destino internacional, somando-se às três frequências da LATAM, que também opera o trecho às terças, quartas e sábados. A companhia aérea TAP, que opera diariamente o trecho Lisboa/Fortaleza, ainda em fevereiro decidiu incrementar dois voos para a malha aérea atual. Com a ação, o Ceará saiu de sete para nove voos semanais ofertados pela empresa.

Fonte: AEROIN / Juliano Gianotto

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sexta-feira, 23 de agosto de 2024

FAB em Destaque

Revista eletrônica da FAB com as notícias de 16 a 22/08
O FAB em Destaque desta sexta-feira (23/08) traz as principais notícias da Força Aérea Brasileira (FAB) referentes ao período de 16 a 22 de agosto. Nesta edição, você confere a classificação da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR) no IDEB 2023, consolidando como a melhor instituição de ensino médio entre as escolas públicas do Brasil, a cerimônia que marca a conclusão da primeira fase do Estágio de Adaptação para Cabos na Base Aérea de Canoas (BACO). E ainda, a marca de 1 milhão de litros de água lançados no Pantanal pela aeronave KC-390 Millennium, o I Seminário sobre Prevenção e Enfrentamento ao Assédio realizando na FAB, a comemoração os 20 anos de história da Assessoria Parlamentar e de Relações Institucionais do Comando da Aeronáutica (ASPAER) e o encerramento da Campanha Todos Unidos pelo Sul da Base Aérea do Galeão (BAGL).

Fonte: FAB

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quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Aero - Por Trás da Aviação

ESTOL pode derrubar um avião?
Muito se fala em ESTOL, mas o que exatamente é isso? Como que uma aeronave pode entrar em estol e como sair dessa situação? No vídeo, explicamos o que é, como acontece, e como sair dessa situação em um caso real. Mas vale lembrar que este vídeo é apenas uma simulação. Os pilotos são devidamente treinados para este tipo de manobra em toda sua formação.

O piloto Fernando De Borthole criou o Aero - Por Trás da Aviação onde apresenta os bastidores e curiosidades do tema, com uma linguagem bastante didática, leve e descontraída, o que tornou os nossos NINJAS fãs do Fernando, do portal e do canal. Visite!


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quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Ensino

EPCAR é considerada a melhor Escola Pública do Brasil pelo IDEB 2023
A Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR) conquistou o primeiro lugar no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2023, consolidando-se como a melhor instituição de ensino médio entre as escolas públicas do Brasil. Este resultado reforça o compromisso da EPCAR com a excelência acadêmica e a formação de cidadãos preparados para os desafios do futuro. Localizada em Barbacena (MG), a EPCAR é reconhecida por seu rigoroso processo seletivo e pela qualidade do ensino oferecido aos seus alunos. A instituição ensino da Força Aérea Brasileira (FAB) tem como objetivo principal não só preparar jovens para a carreira de aviador militar na Academia da Força Aérea (AFA), mas também se destaca pela formação integral dos estudantes, promovendo o desenvolvimento acadêmico, físico e moral.
O desempenho da EPCAR no Ideb 2023 é resultado de uma combinação de fatores, incluindo um corpo docente altamente qualificado, infraestrutura adequada e uma metodologia de ensino que prioriza a disciplina e o comprometimento dos alunos. O índice, que avalia a qualidade do ensino nas escolas brasileiras, levou em consideração as notas dos estudantes em exames nacionais e a taxa de aprovação. A EPCAR possui hoje cerca de 380 alunos em seu corpo discente, sendo que participaram dessa edição todos os integrantes que compunham o terceiro ano do Curso Preparatório de Cadetes do Ar (CPCAR), em 2023. “Sem o empenho diário do efetivo de nossa Organização Militar, sem o esforço de cada professor em preparar as mais impecáveis aulas, não alcançaríamos os resultados que nos tornam referência de ensino no Brasil. Ser aluno da EPCAR é sinônimo de sentir orgulho”, concluiu o líder do Corpo de Alunos Pedro Renó Pintos.
Para o Comandante da EPCAR, Brigadeiro do Ar André Luiz Alves Ferreira, esse destaque na classificação do Ideb é o somatório de vários fatores. “A sinergia entre professores, alunos e os demais integrantes da escola, com foco no cumprimento da missão de formação militar e aplicação do previsto para o ensino médio, faz da EPCAR uma instituição de excelência. É com grande satisfação e orgulho que recebemos a notícia de sermos a escola “01” do Brasil. Cabe a todos nós mantermos este patamar em prol dos alunos e da Força Aérea Brasileira”, ressaltou o Oficial-General.

Importância do Ideb
O Ideb oferece uma visão abrangente do desempenho educacional de escolas, municípios e estados indicando se estão avançando ou retrocedendo em termos de qualidade educacional. Esse indicador é essencial para que gestores educacionais e também a sociedade possam avaliar e monitorar a eficácia das políticas educacionais em vigor.

Pontuação e Análise
As notas obtidas no Ideb ajudam a entender o domínio dos alunos em conteúdos essenciais, como multiplicação de números naturais, cálculo da área de figuras geométricas e interpretação de textos, incluindo reportagens e tirinhas. A escala de 0 a 10 facilita a compreensão do nível de aprendizado dos alunos em diferentes etapas da educação básica.

Próxima Avaliação
A média das notas de Português e Matemática, combinada com a média das taxas de aprovação, resulta no índice final do Ideb. A avaliação é realizada a cada dois anos e a próxima divulgação dos resultados está prevista para 2025.

Fonte: FAB

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terça-feira, 20 de agosto de 2024

Embraer

Embraer inaugura novo portal na entrada da Unidade Ozires Silva
A Embraer inaugurou oficialmente, em 19 de agosto de 2024, um novo portal na entrada do seu principal complexo industrial, a Unidade Ozires Silva, em São José dos Campos-SP. A ação faz parte das celebrações dos 55 anos da empresa, que foi criada em 19 de agosto de 1969. Com oito metros de largura, a nova portaria destaca um histórico avião EMB-110 Bandeirante suspenso a 10 metros de altura, que estava anteriormente em uma área interna da companhia e foi reposicionado para exposição permanente mais próximo da via pública que dá acesso à fábrica e ao aeroporto da cidade.  “O novo portal representa a decolagem de um sonho que se tornou realidade graças aos esforços de um grupo de visionários que acreditava que era possível o Brasil construir seus próprios aviões”, disse Luís Carlos Marinho, Vice-Presidente Executivo de Operações da Embraer. “O avião Bandeirante é o um símbolo histórico da companhia e estamos muito felizes em posicioná-lo como um monumento na entrada principal da empresa, de modo a inspirar as nossas pessoas e a comunidade de São José dos Campos”.
O projeto arquitetônico que amplia a segurança e conforto no acesso à empresa também interage com a paisagem local, permitindo contemplação do público externo e fortalecimento da conexão com a comunidade. A primeira fábrica da Embraer que, em 2021 foi renomeada para “Unidade Ozires Silva”, em homenagem engenheiro e ex-oficial da Aeronáutica que liderou o grupo de visionários responsável pela criação da companhia em 1969, foi o local de produção de aeronaves históricas da empresa como o Bandeirante, Xavante, Ipanema, Xingu, Brasília, Tucano, AMX, a família ERJ-145 e jatos executivos. Atualmente, concentra principalmente as atividades de desenvolvimento, fabricação e suporte dos jatos comerciais da família E-Jets E1 e E2.

Fonte: Embraer

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segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Embraer

19 de agosto de 2024: 
55 anos da Embraer
55 anos atrás, nós decidimos que os céus não seriam nosso limite, e a partir desses sonhos e desafios, a Embraer se tornou uma das maiores empresas aeroespaciais do mundo. Nossa história é repleta de sonhos realizados e desafios superados, o que nos motiva é a paixão genuína pelo que fazemos e isso nos permite criar novas perspectivas e chegar a soluções que tragam excelência e o melhor desempenho a cada um de nossos clientes e parceiros. Somos movidos por desafios. Somos a Embraer. Confira nosso vídeo de celebração dos 55 anos da Embraer.

Fonte: Embraer

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domingo, 18 de agosto de 2024

Especial de Domingo

Voltamos a publicar antigo conteúdo sobre a criação da Embraer, que, apesar de não trazer os impressionantes avanços desta empresa na última década, revela o seu nascimento e consolidação a partir do desdobramento de todo o esforço de profissionais visionários e comprometidos com o país que tornaram real o surgimento do Bandeirante.
Boa leitura.
Bom domingo!

A criação da EMBRAER

Em meados da década de 60 tornava-se nítida uma tendência de redução do número de cidades atendidas pelo transporte aéreo. Desde o final da Segunda Guerra Mundial, centenas de cidades vinham sendo atendidas por equipamentos de procedência norte-americana, especialmente o conhecido aparelho Douglas DC-3. Eram aeronaves que operavam em pistas de terra, de curta extensão, transportando até 30 passageiros e operando com pouca ou nenhuma infra-estrutura de apoio à navegação.

O desenvolvimento tecnológico do setor aeronáutico, fortemente impulsionado pela Segunda Guerra Mundial, havia possibilitado o advento de uma nova geração de aviões de passageiros, de propulsão a jato ou aparelhos turboélice, que exigiam uma infra-estrutura consideravelmente mais complexa. Por outro lado, essa nova geração de aviões transportava um número substancialmente maior de passageiros o que tornava anti-econômica a sua operação na maioria das cidades do país. Dessa forma, o Brasil, que nos anos cinquenta chegara a contar com 360 cidades atendidas por aviões, em 1960 tinha apenas cerca de 120 cidades sendo servidas por transporte aéreo.

Foi precisamente nesse momento que um grupo do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do CTA, hoje denominado DCTA – Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, propôs a elaboração do projeto de um avião bimotor, turboélice, capaz de transportar cerca de 20 passageiros e operar nas condições vigentes na grande maioria das cidades brasileiras. Esse grupo era constituído essencialmente por técnicos formados pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica - ITA, sob a liderança de Ozires Silva. Assim, foi iniciado o projeto do aparelho Bandeirante, em meados de 1965.

De 1965 a 1968 foi projetado e construído o protótipo do avião Bandeirante. Alguns materiais empregados na construção do primeiro protótipo foram obtidos nos parques aeronáuticos e desse fato resultou que a primeira versão do bimotor transportava apenas oito passageiros. Em outubro de 1968 esse protótipo realizou seu primeiro voo, com sucesso. Tendo o avião apresentado bom desempenho, o governo brasileiro decidiu-se por sua fabricação seriada.

Buscando envolver a iniciativa privada na fabricação de aviões, o Ministro da Aeronáutica solicitou ao diretor do jornal O Estado de São Paulo, Júlio de Mesquita Filho, que promovesse contatos entre a equipe técnica que havia projetado o Bandeirante e empresariado paulista. As reuniões não tiveram maiores consequências. Dessa forma o Governo decidiu criar uma sociedade de economia mista de controle estatal, tendo sido constituída a Empresa Brasileira de Aeronáutica – Embraer.

Originalmente concebida para produzir um total de 150 aparelhos Bandeirante, a uma cadência de dois aviões por mês, a Embraer rapidamente superou esses propósitos. O Ministério da Aeronáutica contratou inicialmente a aquisição de 80 unidades e o aparelho foi projetado para transportar 12 passageiros. Posteriormente, o Ministério da Aeronáutica encomendou outras 200 unidades do Bandeirante, numa versão capaz de transportar 19 soldados equipados.

A homologação do Bandeirante nos Estados Unidos foi extremamente difícil e consumiu seis anos. Mas a partir daí a aeronave estava pronta para ser exportada.

Ao mesmo tempo, a Embraer recebia outra encomenda da Força Aérea, para a fabricação sob licença de 112 jatos de treinamento avançado, apoio tático e ataque ao solo, de projeto italiano. A produção da aeronave denominada Xavante teve inicio em 1971, marcando o início da produção de aeronaves a jato no país. Foram encomendados um total de 175 aparelhos.

Depois vieram os outros projetos de aeronaves: Ipanema, para emprego agrícola; Tucano, que recebeu a designação militar T-27, vigésimo sétimo treinador da Força Aérea Brasileira; Brasília, bimotor turboélice para 30 passageiros; AMX, jato militar de combate e ataque ao solo.

A partir de 1973, a Embraer decidiu lançar-se num programa de substituição de importações de aviões leves. Desde 1967 o Brasil vinha importando mais de 100 aeronaves de quatro lugares por ano, e a partir de 1972 esse número elevou-se para mais de 200 aviões. Também em 1973 sucedeu o primeiro choque do petróleo. A política econômica governamental voltou-se para a substituição de importações. O Brasil criou um grande programa de substituição de gasolina, o Pró-Álcool, e realizou investimentos maciços na expansão da produção interna de produtos petroquímicos, ampliando a capacidade dos pólos existentes e criando o Pólo Petroquímico de Camaçari, na Bahia. Foi nesse momento de restrição das importações que a Embraer foi levada a buscar um parceiro estrangeiro que licenciasse tecnologia para a produção de aviões leves.

Três empresas norte-americanas dominavam amplamente o mercado brasileiro. Segundo dados de 1973, a Cessna respondia por 59% dos aviões leves vendidos no país. A Piper vinha logo atrás com 19%, seguida pela Beechcraft com 16% de participação no mercado. O Brasil era, então, o maior mercado de exportação de aeronaves leves dos Estados Unidos.

A participação expressiva da Cessna no mercado brasileiro conferia a ela uma situação vantajosa nas negociações iniciais. Mas a Cessna não se dispunha a aceitar as condições brasileiras, que incluíam um acordo de cooperação industrial pelo qual a Embraer ficava autorizada a realizar as modificações que julgasse necessárias nos aviões que produzisse. A Beechcraft não revelava seu interesse em licenciar tecnologia e, dessa forma, a empresa escolhida foi a Piper. Firmando o acordo em agosto de 1974, menos de um ano depois começavam a ser comercializados os aviões da linha Piper produzidos pela Embraer. Nos seis primeiro anos de vigência do acordo foram produzidos mais de 1500 aeronaves da linha Piper, possibilitando grande economia de divisas, motivação básica da produção interna de aviões leves.

Por intermédido da política aduaneira, reservou-se o mercado interno para os aviões da linha Piper fabricados pela Embraer, bem como para o avião agrícola Ipanema, de projeto nacional. Os aviões Piper em sua maioria foram rebatizados com nomes brasileiros. Assim os monomotores Dakota, Turbo Arrow IV, Archer II e Saratoga, ganharam nomes Carioca, Corisco, Tupi e Minuano, respectivamente. Já o bimotor Sêneca manteve o mesmo nome no Brasil, e o modelo Chieftain recebeu a denominação de Navajo.


Tecnologia e exportação

As exportações da Embraer evoluíram muito rapidamente. Em 1975 elas tiveram início com a venda do Bandeirante para o Uruguai. Nesse ano, as vendas internacionais totalizaram cinco milhões de dólares. Apenas cinco anos mais tarde as exportações atingiam cerca de 85 milhões de dólares. Em 1986, as exportações atingiram a 246 milhões de dólares, e a partir daí não pararam de crescer até a casa de 1 bilhão de dólares. A Embraer tornou-se uma das maiores exportadoras brasileiras, chegando a liderar as exportações do país.

O crescimento expressivo do faturamento da empresa no mercado externo, deveu-se em primeiro lugar à produção do EMB-120 Brasília, um sucesso de vendas no exterior, bem como do avião Tucano, ambos projetados pela Embraer. Anos mais tarde, a produção do ERJ 145, o primeiro jato de passageiros projetado pela Embraer elevou as exportações para patamares superiores a um bilhão de dólares.

As razões do crescimento da Embraer
O que explica o êxito da Embraer? Entre os muito fatores que respondem a essa indagação, o primeiro deles é a disponibilidade de recursos humanos. Havia no país uma massa crítica de engenheiros aeronáuticos e de outros especialistas formados pelo ITA desde meados dos anos 50. Altamente qualificados dada a excelência do ITA como instituição de ensino superior, esse especialistas puderam ser mobilizados pela Embraer desde o primeiro momento da vida da empresa e foram capazes de projetar equipamentos de alta confiabilidade que conquistaram o mercado internacional.

Deve-se destacar o fato de que a Embraer gerou produtos avançados para um segmento de mercado que havia recebido pouca atenção dos grandes fabricantes de aviões: a aviação regional. Conquistando parcela importante desse mercado, a Embraer pode crescer continuamente ao longo de muitos anos.

Para o fundador da Embraer, Coronel Ozires Silva, a compra de aeronaves da empresa pelo Governo constituiu-se em instrumento essencial para assegurar à ela o crescimento dos primeiros anos. As encomendas militares tiveram ainda o papel de amortizar o custo de desenvolvimento de novas tecnologias que, posteriormente, seriam transferidas para equipamentos de uso civil. Em outras palavras, as encomendas militares representaram um importante subsídio à pesquisa e desenvolvimento de novas aeronaves para uso militar e civil.

A Embraer representa hoje um grande patrimônio tecnológico do país, tendo produzido milhares de aviões que voam em países de todos os continentes e que transportam milhões de passageiros a cada ano.


Desde o pioneiro Bandeirante, em 1968, a Embraer cresceu de forma tal a ser a terceira maior produtora de aviões do mundo e o seu sucesso reflete nos diversos projetos lançados nos últimos anos.

Fonte: Adaptado de Museutec - Resgate Memória

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sábado, 17 de agosto de 2024

Embraer

Embraer celebra 55 anos focada em crescer e confiante no futuro
A Embraer celebra no próximo dia 19 de agosto seu aniversário de 55 anos, inspirada por uma história marcada pela excelência em desenvolvimento de pessoas, produtos e importante contribuição para indústria aeronáutica. Com nove mil aeronaves produzidas e entregues para mais de 100 países, e um portifólio moderno, a empresa supera atualmente a marca de 800 documentos de patentes vigentes que, ao lado de diversas outras iniciativas, conduzem o ciclo virtuoso de inovação permanente capaz de transformar conhecimento em atividade industrial de alto valor agregado. “A indústria aeronáutica brasileira é notadamente uma referência global e é um orgulho para nós celebrarmos a Embraer e sua história de conquistas. São 55 anos produzindo aeronaves, desenvolvendo tecnologia de ponta, formando pessoas altamente qualificadas e contribuindo com o desenvolvimento do País”, disse Francisco Gomes Neto, Presidente e CEO da Embraer. “Olhamos para o futuro confiantes na capacidade das nossas pessoas em levar adiante esse legado com eficiência, qualidade, inovação, responsabilidade social e comprometidos com uma aviação mais sustentável.” De forma integrada e com intensa troca de conhecimento entre suas unidades de negócios (Aviação Comercial, Executiva, Defesa & Segurança e Serviços & Suporte), a companhia construiu uma trajetória de sucesso orientada pela formação e capacitação de pessoas, desenvolvimento tecnológico, inovação, identificação de oportunidades de mercado, planejamento estratégico, determinação e criatividade. Em 2024, a Embraer tem executado o plano de atender ao aumento da produção de aeronaves e de crescimento futuro previsto com investimentos que contemplam a atividade de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias. 

História
Iniciativas privadas e governamentais para o desenvolvimento de uma indústria aeronáutica competitiva no Brasil teve início na década de 1930. A concepção do projeto para criação do Centro Técnico de Aeronáutica (CTA) e do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) pelo então Ministério da Aeronáutica e liderado pelo Marechal-do-Ar Casimiro Montenegro Filho, na década de 1940, no entanto, estabeleceu a orientação estratégica para a solidez do setor, com foco na formação de engenheiros e desenvolvimento tecnológico. O propósito de instituir uma empresa capaz de transformar ciência e tecnologia em engenharia e capacidade industrial se tornou realidade em 19 de agosto de 1969 pelo Decreto-Lei nº 770 que criou a Embraer, uma companhia de capital misto e controle estatal. A primeira missão foi conduzir o aperfeiçoamento, certificação e produção em série do projeto IPD 6504 que deu origem ao avião EMB-110 Bandeirante, sob a liderança do engenheiro Ozires Silva no CTA. Em janeiro de 1970 teve início as atividades industriais da Embraer em São José dos Campos, interior de São Paulo, com encomendas adicionais do Estado brasileiro para produzir o jato militar Xavante, de origem italiana, e o novo avião agrícola EMB-200 Ipanema. Ao longo desta primeira década de existência, a empresa realizou importantes contribuições para a integração nacional com o Bandeirante fortalecendo a aviação regional, desenvolveu o bimotor executivo EMB-121 Xingu e iniciou suas primeiras exportações. Na década de 1980, com presença internacional crescente e consolidando-se como empresa estratégica para o Brasil, a Embraer obteve saltos tecnológicos e inovou no desenvolvimento de novos produtos como o turboélice de treinamento militar EMB-312 Tucano, o avião comercial com capacidade para 30 passageiros EMB-120 Brasilia e o jato subsônico de ataque AMX, um projeto ítalo-brasileiro. Um período mais intenso de turbulência financeira marcou o início da década de 1990 e levou a privatização da Embraer em dezembro de 1994. A combinação de uma cultura técnica de excelência com uma cultura empresarial ágil permitiu a rápida recuperação da companhia e a retomada da posição de empresa referência em aviação regional, com o início das entregas dos jatos da família ERJ-145, com capacidade de 37 a 50 assentos, em 1996. Na virada dos anos 2000, a Embraer estava entre os maiores exportadores do Brasil e avançou no desenvolvimento de novas aeronaves, os E-Jets, que consolidariam a empresa na liderança do segmento de aeronaves comerciais de até 150 assentos. Listada nas bolsas de São Paulo e Nova Iorque, com fábricas no Brasil e China, a expansão global da companhia acompanhou uma estratégia de diversificação que criou a divisão de aviação executiva, com lançamento dos jatos da família Legacy 600/650, Phenom 100, Phenom 300, Lineage 1000, e os Legacy 450/500. Na área de Defesa, o novo avião de ataque leve e treinamento militar EMB-314 Super Tucano iniciou operações na Força Aérea Brasileira (FAB) e teve início os estudos para uma aeronave multimissão, o C-390. Nessa mesma década, a empresa desenvolveu ainda o EMB-202A Ipanema movido a etanol, o primeiro avião do mundo certificado e produzido em série para voar com um biocombustível, certificado em 2004. Também é criado o Instituto Embraer que estruturou as ações sociais da companhia, com foco principalmente em educação. A partir de 2010, a Embraer passou por um forte processo de internacionalização, com atividades industriais se consolidando agora no Brasil, EUA, Portugal e México, ampliação da rede de serviços e suporte gerida por uma estrutura de negócio dedicada e fortalecimento da área de defesa e segurança. A empresa passou a ir além dos aviões e atuaria também em novos projetos na terra, mar, espaço e cibersegurança por meio de aquisições e formação de empresas de tecnologias estratégicas. Na segunda metade da década chegam ao mercado novos produtos como os E-Jets de segunda geração, o E2, os jatos executivos médios Praetor 500 e Praetor 600 e o C-390, desenvolvido sob sofisticados requisitos da FAB. Em 2020, inovação, sustentabilidade e eficiência empresarial conduziram a recuperação da companhia diante do impacto sem precedentes da pandemia no transporte aérea global. De forma mais inclusiva, diversa e mantendo o alto padrão em governança corporativa, a execução bem-sucedida do plano estratégico possibilitou o início de um novo ciclo de crescimento e rentabilidade com retomada da atividade comercial em todas as unidades de negócios e geração de valor para a sociedade como um todo. Projetos disruptivos e parcerias possibilitaram ainda o surgimento de novos negócios e a criação da EVE, concebida para acelerar o desenvolvimento do ecossistema de Mobilidade Aérea Urbana. Hoje, com uma carteira de pedidos avaliada em US$ 21,1 bilhões, mais de 19 mil colaboradores e verdadeira presença global, a Embraer se fortalece como uma empresa competitiva e focada na construção da aviação sustentável do futuro.

Fonte: Embraer

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sexta-feira, 16 de agosto de 2024

FAB em Destaque

Revista eletrônica da FAB com as notícias de 09 a 15/08
Assista ao programa FAB em Destaque e acompanhe o resumo semanal das principais notícias da Força Aérea Brasileira (FAB), de 09 a 15 de agosto. Entre eles a investigação do acidente aéreo em Vinhedo (SP), o balanço de mais um mês de combate ao garimpo ilegal pela Operação Catrimani II, a celebração dos 20 anos da ASPAER, o encerramento do Exercício de Crise Internacional 2024 e a marcante participação dos atletas da FAB nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Fonte: FAB

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quinta-feira, 15 de agosto de 2024

CENIPA

Veja onde as caixas-pretas das Aeronaves são analisadas
A contínua integração de novas tecnologias é essencial para o avanço do conhecimento e a criação de soluções inovadoras. No Brasil, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), órgão do Comando da Aeronáutica (COMAER), tem desempenhado um papel crucial na Segurança de Voo, ao longo dos seus 52 anos de história.

Fonte: FAB

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quarta-feira, 14 de agosto de 2024

CENIPA

CENIPA extrai com êxito dados dos gravadores de voo da aeronave PS-VPB
A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), realizou a extração das informações dos dois gravadores de voo, popularmente conhecidos como caixas-pretas, do Cockpit Voice Recorder (CVR - gravador de voz da cabine) e do Flight Data Recorder (FDR - gravador de dados de voo) da aeronave de matrícula PS-VPB, envolvida no acidente aeronáutico em Vinhedo (SP), na última sexta-feira (09/08). Os equipamentos foram encaminhados, na manhã do último sábado (10/08), para o Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo (LABDATA) do CENIPA, em Brasília (DF), onde uma equipe técnica especializada realiza uma atividade minuciosa voltada à extração, obtenção e análise de dados de componentes de última geração embarcado nas principais frotas da aviação mundial. Brigadeiro Moreno em Vinhedo (SP). Segundo o chefe do CENIPA, Brigadeiro do Ar Marcelo Moreno, por meio dos recursos do LABDATA, certificou-se que as caixas-pretas gravaram com sucesso os dados de voz e de voo referente à ocorrência em Vinhedo (SP). “Com relação ao CVR, está sendo realizado um estudo minucioso dos diálogos e sons estabelecidos na cabine e com o controle do espaço aéreo. Ainda, por meio do CVR, devem ser identificados os possíveis alarmes sonoros, cuja pesquisa pode requerer, se necessário for, uso de software de análise espectral do som. Por meio do FDR, já no início do processo, busca-se, após a extração e obtenção das informações gravadas nas caixas-pretas, a conversão dos dados eletrônicos binários em unidade de engenharia”, explica.
Na medida em que a investigação avançar, os especialistas do LABDATA irão validar, por demanda, todos os parâmetros requeridos pela Comissão de Investigação. O trabalho de validação é realizado por meio de recursos tecnológicos físicos e lógicos de última geração, associados à documentação referente às atualizações de serviços, de componentes e de sensores presentes na aeronave envolvida no acidente. “Naturalmente, o trabalho requer qualificação excepcional de Recursos Humanos, demandando-se meticulosidade e precisão em todo processo, o que pode demandar uma grande variabilidade de tempo de resposta às indagações atinentes à investigação", concluiu o Brigadeiro.

Etapas seguintes
Com a conclusão da Ação Inicial, em Vinhedo (SP), nessa segunda-feira (12/08/2024), a investigação agora avança para a fase de Análise de Dados. Neste estágio, serão examinadas as atividades relacionadas ao voo, o ambiente operacional e os fatores humanos, bem como um estudo pormenorizado de componentes, equipamentos, sistemas, infraestrutura, entre outros. O CENIPA reitera a intenção e previsão de divulgar, no prazo estimado de 30 dias, o Relatório Preliminar com dados factuais do acidente aeronáutico.

Fonte: CENIPA

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