A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Sétimo Comando Aéreo Regional (VII COMAR), trocou a Bandeira Nacional que fica no Pico da Neblina. O grupo que participou da missão também levou, ao ponto mais alto do país, um novo mastro. A operação foi iniciada no feriado de 15 de novembro e finalizada no dia em que se comemorou o Dia da Bandeira. Durante dias de caminhada, militares e civis tiveram que vencer obstáculos como a umidade, a temperatura, a altitude e a presença de grande número de insetos para conseguir cumprir o objetivo. De acordo com o Chefe da Unidade Celular de Intendência (UCI), Tenente Caio Lopes do Espírito Santo, próximo ao topo do Pico da Neblina, os militares da UCI tiveram que se adaptar às dificuldades provenientes da altitude: “O terreno ficou mais montanhoso, acidentado e desnivelado. O espaço do acampamento também era restrito,” destacou. O grupo contou com o apoio do Pelotão de Exército de Fronteira (PEF) do Exército Brasileiro (EB) que ofereceu um ponto de apoio na cidade de Maturacá. No local, ficaram estocados materiais, água e alimentos que eram levados pela UCI ao grupo durante o percurso, com a utilização H-60L, Black Hawk. O EB também forneceu dois barcos e dois guias que auxiliaram no cumprimento da missão. Segundo o Tenente Lopes, a equipe ainda precisou se adequar à falta de estradas para o transporte de equipamentos, alimentos e água. “A gente não contava com meio terrestre nenhum. Todo o deslocamento e apoio foram aéreos, através do Black Hawk.” O Esquadrão Harpia (7°/8° GAV) apoiou a equipe durante toda missão da troca da Bandeira Nacional. Durante os sete dias de atividades, o esquadrão infiltrou os equipamentos e os militares da UCI em pontos de difícil acesso. A equipe do Black Hawk também realizou o deslocamento destes para outros pontos situados ao longo da rota, que leva até o cume do pico, e ficou de sobreaviso permanente para atender ao grupo. É a quinta expedição de troca da Bandeira no Pico da Neblina que a FAB realiza. “Trocar o Pavilhão Nacional já é uma emoção muito grande. Ver aquele vento forte, a 9 mil pés, fazendo aquele barulho no tecido é muito bom. Contudo, colocar o mastro novo, lá em cima, foi uma emoção bem maior porque vai durar para sempre”, disse o comandante da missão, Coronel de Infantaria Edmilson Leite Guimarães Filho. A expedição do VII COMAR foi acompanhada também por empresários que compõe o grupo “Novos Líderes”. A iniciativa é composta por 500 participantes, de 22 Estados, das cinco regiões do país. Os participantes têm o objetivo de desenvolver projetos que contribuam para o desenvolvimento do país nas áreas política, educacional, ambiental, tributária e de infraestrutura.
Fonte: VII COMAR