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sábado, 27 de julho de 2013

Aeroportos

Autorizado aeroporto de aviação executiva na capital paulista
Está prevista a construção do Aeródromo Privado Rodoanel, em Parelheiros, na zona sul do município de São Paulo. O novo aeroporto será destinado integralmente à aviação geral, para atender helicópteros, jatos executivos e táxis aéreos, além de transporte de carga. O empreendimento, que tem previsão de custo de R$ 1 bilhão, será erguido com recursos da iniciativa privada e deverá ficar pronto até dezembro de 2014. O projeto será desenvolvido pela empresa Harpia Logística S/A e será capaz de operar, segundo os empreendedores, até 240 mil pousos e decolagens por ano. Apesar de o Brasil ter hoje a segunda maior frota de aviação geral do mundo, com mais de 14 mil aeronaves, a maior parte dela concentrada em São Paulo, de acordo com dados da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), a cidade conta com apenas três opções de pousos e decolagens, todas com limitações: Congonhas, onde há permissão para pouso de apenas quatro aeronaves/hora, o aeroporto internacional de Guarulhos, que não tem vocação para esta modalidade de aviação, e o Campo de Marte, totalmente dedicado à aviação geral, mas que tem restrições técnicas e operacionais. Além do aeroporto de Parelheiros, dois outros espaços estão em estudo e deverão ter suas construções também autorizadas ainda em 2013, segundo a Secretaria de Aviação Civil: um aeroporto no município de São Roque, da incorporadora JHSF, e um heliporto na região do bairro Jaguaré, na capital paulista. De acordo com o diretor da Abag, Ricardo Nogueira, quando os três estiverem em funcionamento, em um prazo previsto de até dois anos, será possível dobrar a capacidade do setor, que tem crescido mais de 6% ao ano. O aeroporto de Parelheiros será o primeiro aeródromo brasileiro de aviação geral a ser explorado em modalidade de autorização e que poderá cobrar tarifas aeroportuárias. Esta é uma nova regra que permite a empreendedores privados aproveitar a demanda crescente por transporte aéreo no País e, ao mesmo tempo, aliviar a pressão de uso sobre os aeroportos públicos. Apesar de a exploração comercial de aeródromos de uso privado ser proibida, um decreto em dezembro estabeleceu a chamada autorização como modalidade de outorga. De acordo com esta regra, os empreendedores privados poderão abrir aeroportos de uso público e cobrar tarifa, desde que toda a execução da obra, a manutenção e a segurança – até mesmo contra incêndios – sejam de responsabilidade exclusiva das empresas.