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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Aeronaves

Empresas estudam usar balão para transporte na Amazônia
Os dirigíveis, que viveram sua era de ouro nos anos 1930 transportando passageiros, poderão voltar a ser vistos em breve no céu brasileiro. Essa é a expectativa de empresas que estudam usar aeronaves desse tipo para transportar cargas pela Amazônia. Dizem que os dirigíveis poderiam ajudar a driblar os problemas de infraestrutura que afetam a região, que carece de boas rodovias. Uma das empresas que apostam no modelo é a brasileira Airship, que recentemente fechou seu primeiro contrato. A empresa produzirá dirigíveis para a Eletronorte transportar torres de transmissão, equipamentos e funcionários até a floresta. Eles são movidos a gás hélio (que não é inflamável como o hidrogênio usado no passado). O dirigível da Airship, chamado de ADB-3, tem 130 metros de comprimento por 35 metros de diâmetro. Segundo a empresa, ele voa a uma altura de até 500 metros, atinge até 120 km/h, e tem capacidade de transporte de até 30 toneladas. Como comparação, o Boeing 747-8 é menor (76,4 metros de comprimento), mas tem capacidade maior de transporte de cargas (até 135 toneladas) e voa a até 913 km/h. O projeto de desenvolvimento e construção do dirigível conta com uma linha de financiamento do BNDES de R$ 102 milhões e é tocado em São Carlos (SP). A Airship planeja, futuramente, produzir dirigíveis que comportem cargas maiores (até 200 toneladas) e possam transportar grãos pelo país. Poderiam, ainda, ser usados pelo governo no monitoramento de fronteiras. Assim como no caso da Airship, o foco principal da também brasileira Munguba Soluções Ambientais (Musa) é o transporte de carga pela Amazônia. A empresa usará dirigíveis e balões desenvolvidos pela alemã CargoLifter. "Nossa proposta é fazer carga e descarga de produtos em barcos, que muitas vezes não conseguem chegar até os portos, especialmente na época da seca", afirma o diretor administrativo da Musa, Stefan Keppler. Segundo ele, os balões poderiam ser usados, também, para erguer estruturas pesadas. A empresa, porém, ainda não conseguiu tirar o projeto do papel por falta de financiamento e de um parceiro que aposte na tecnologia. No começo de 2014, a britânica Hybrid Air Vehicles (HAV) lançou o Airlander, criado também para ser usado no transporte de cargas (Blog do Ninja, de 11 de março de 2014).


Saiba mais: Blog do Ninja de 11/03/2014