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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Aviação e Meio Ambiente

Diminui emissão de poluentes em relação ao movimento de aviões
Estudo elaborado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) conclui que a emissão de gases tóxicos e de material particulado cresceu em um ritmo menor em relação ao movimento de aeronaves e passageiros entre o período de 2005 a 2013. Enquanto o movimento de aviões subiu 75% nos nove anos, as emissões de monóxido de carbono (CO) subiram apenas 32%. As emissões de NOx, compostos nitrogenados que geram o ozônio – causador de doenças respiratórias em grandes cidades – subiram 60%, e as de material particulado (fuligem), 58%. O gerente técnico de Análise Ambiental da Anac, Alexandre Filizola, atribui o desempenho registrado pelos aeroportos nacionais a dois fatores: uma frota de aviões moderna, com motores mais eficientes e menor consumo de combustível; e a ampliação no número de pontes de embarque. Quanto mais tempo de embarque e desembarque, mais a aeronave emite poluentes. Isso se deve ao fato de um motor auxiliar do avião chamado APU (sigla em inglês para “unidade de potência auxiliar”) ficar ligado nessas duas fases do voo, mantendo o ar-condicionado e os demais sistemas de bordo. Com as pontes, o tempo dessa fase é reduzido. Divulgado neste mês, o inventário é uma ferramenta de gestão ambiental capaz de detalhar a evolução das emissões de poluentes atmosféricos e gases de efeito estufa do transporte aéreo ao longo dos últimos nove anos. A pesquisa se baseia em dados do Departamento de Controle do Trafego Aéreo (Decea) e calcula as emissões produzidas pelas aeronaves durante as fases de voo com altitude menor que 3.000 pés (1.000 metros), principalmente táxi, embarque e desembarque. Os dados servirão de base para estudos de monitoramento da qualidade do ar no entorno dos aeroportos, além de fomentar programas ambientais e de eficiência energética na aviação civil brasileira.

Guarulhos
O Aeroporto de Guarulhos (SP), que responde pelo maior volume de movimentação de passageiros no Brasil, é apontado pela pesquisa como o principal emissor de monóxido de carbono no período analisado. Por outro lado, apesar de Congonhas (SP) possuir a segunda maior movimentação, aeroportos como Presidente Juscelino Kubitschek (DF) e Galeão (RJ) emitiram mais monóxido de carbono nos últimos anos, o que é explicado pelo tempo médio de taxi nestes aeroportos.