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sábado, 11 de junho de 2016

Tecnologia

Projeto brasileiro pode gerar energia elétrica com decolagens 
 O conceito aproveita o “vento” gerada pelos aviões durante a decolagem

“De todas as minhas ideias, a que soa mais maluca é a que está decolando”, comemora Michel Singer, diretor da startup Zettawatt, do Rio de Janeiro, que projetou o conceito “Green Storm”. A ideia é um gerador eólico que aproveita o vento gerado na cabeceira das pistas durante a aceleração dos aviões para decolagem. O projeto carioca ficou entre os 80 finalistas no 8º Concurso Acelera Start-up, da FIESP, e também já despertou o interesse da Embraer. Segundo cálculos da empresa, o equipamento instalado em um grande aeroporto, como o do Galeão (RJ), pode gerar cerca de 640 kW. “É o suficiente para pagar a conta de luz do aeroporto”, afirma Singer. “Também constatamos que o aeroporto do Galeão é o local mais propício no Brasil para a introdução do sistema, devido a sua grande área de escape”, contou, No conceito, as fontes eólicas são instaladas no subsolo de áreas de escape das pistas, logo após a cabeceira. Para funcionar de forma constante, acompanhando a mudança de direção dos pousos e decolagem das aeronaves, cada ponta da pista deve receber um conjunto de geradores. A ideia é proposta com geradores eólicos convencionais, com hélices, ou movidos por “pás helicoidais axiais”.

Os equipamentos são separados da superfície por grades, para permitir a entrada do ar nos dutos subterrâneos. A empresa carioca também sugere o conceito utilizando defletores na base das pistas para potencializar o fluxo de ar em direção aos geradores no subsolo. “Essa parte adicional, no entanto, esbarra em legislações de aeroportos e órgãos de aviação, que não permitem, por questões de segurança, objetos nas proximidades da cabeceira”, revela Singer. “Mas também funciona sem o defletores”, garante.

Fonte: airway.uol