Agropecuária garante 25% do faturamento no negócio de drones
A agropecuária já é responsável por 25% do faturamento global da indústria de drones, tecnicamente denominados de Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP). O montante estimado é de US$ 127 bilhões, segundo o diretor da MundoGeo – empresa promotora da principal feira de drones do País, a DroneShow -, Emerson Zanon, com base em dados da consultoria PWC. Em um país com vocação agrícola como o Brasil, uma das principais fabricantes do equipamento, a XMobots, tem 80% de sua receita proveniente de vendas para o mercado agropecuário. “O setor de drones poderia estar deslanchando mais, não fosse a crise. Este ano vamos crescer menos ante anos anteriores, mas a receita com todos os setores deve aumentar de 55% a 60%”, disse a diretora comercial da empresa, Thatiana Miloso. O interesse crescente de produtores rurais pela tecnologia se explica pela influência positiva em dois fatores essenciais para a atividade: produtividade e custo.
Defensivos em montanha
A XMobots trabalha em um modelo de drone helicóptero, no formato da aeronave mas bem menor que ela, dotado de uma bateria com maior autonomia de voo e que permite carregar um reservatório de defensivo para aplicação do produto em áreas identificadas com falhas e pragas. Lavoura de café em áreas montanhosas, onde a aplicação de defensivos ainda é feita por funcionários, é um dos segmentos que poderão se beneficiar da novidade. A previsão é a de que o produto seja apresentado ao mercado no começo do ano que vem. A Embrapa trabalha em parceria com a Qualcomm, fabricante de processadores para smartphones, no desenvolvimento de uma placa que será embarcada no próprio drone para processar automaticamente as imagens capturadas pela aeronave. O primeiro protótipo do produto deve ficar pronto entre março e abril de 2017.
Fonte: Exame.com