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quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Vagas na ITA Transportes Aéreos

ITA Transportes Aéreos tem vagas para pessoal de solo
A ITA Transportes Aéreos, em preparação para início de suas operações, está selecionando profissionais para as equipes de solo nos aeroportos.

Manutenção e atendimento
A companhia abriu vagas para a área de manutenção e de atendimento ao público em aeroportos como o de Guarulhos, Confins, Brasília e Porto Alegre. Para mantenedores, as vagas são para Técnico de Manutenção Júnior, Pleno e Sênior, Inspetor de Manutenção, Técnico e Coordenador de Planejamento,Técnico, Supervisor e Coordenador em Trouble Shooting no MCC (Centro de Controle de Manutenção) e Coordenador de Manutenção. Os candidatos ao trabalho devem possuir habilitação válida para Aviônica, Célula ou Grupo Motopropulsor. Ou, pelo menos o curso teórico de uma das habilitações. Para se inscreverem para as vagas e saber dos requisitos específicos, os candidatos devem acessar o site da ITA.

Vagas na ITA: Clique aqui 

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Pioneiros

LYSIAS AUGUSTO RODRIGUES
O Major-Brigadeiro-do-Ar Lysias Augusto Rodrigues nasceu no Rio de Janeiro, em 23 de junho de 1896. É praça de 25 de março de 1916, na Escola Militar do Realengo, tendo sido declarado Aspirante-a-Oficial da Arma de Artilharia em dezembro de 1918.

Em 1921, como Tenente, integrou a primeira turma de Observadores Aéreos ao lado do Capitão Newton Braga, dos Tenentes Eduardo Gomes, Ivo Borges, Amílcar Velloso Pederneiras, Gervásio Duncan de Lima Rodrigues, Ajalmar Vieira Mascarenhas, Sylvino Elvidio Bezerra Cavalcante, Plínio Paes Barreto e Carlos Saldanha da Gama Chevalier.

Como Capitão, em 1927, concluiu o curso de piloto realizado na Escola de Aviação Militar, conquistando o brevet de aviador. Sua turma era composta pelos Tenentes Floriano Peixoto da Fontoura Neves, Godofredo Vidal, Francisco de Assis Corrêa de Mello e do Aspirante-a-Oficial da Reserva João Egon Prates da Cunha Pinto.

Indubitavelmente, foi ele uma figura humana ímpar. Cultura extraordinária, inteligência brilhante, historiador, pesquisador, desbravador, piloto militar, engenheiro, escritor, poliglota e profundo conhecedor de Geopolítica. Lysias Rodrigues era uma personalidade tão multifacetada e rica em sua abrangência que, com extrema facilidade, encontramos adjetivos laudatórios para definir a sua intensa vida intelectual e a brilhante trajetória percorrida durante décadas, como aviador militar, geopolítico, escritor, desbravador e engenheiro-geógrafo.

Seus inúmeros livros e artigos publicados no Brasil e no exterior conferem-lhe especial destaque no meio acadêmico, e uma notável repercussão como intelectual da mais alta envergadura, em níveis nacional e internacional.

A par de suas inúmeras virtudes intelectuais, o inolvidável Brigadeiro tinha como paradigma de vida a transparência e a sinceridade. Porte altivo, coragem e determinação, integridade moral e honestidade, aliados a um coração terno e generoso, outorgaram-lhe uma personalidade muito especial, tal qual o raro brilho de um cristal puro e radiante de luz.

Não seria difícil distinguir-se entre as várias nuances de sua ímpar e marcante personalidade – plasmada no amor e na dedicação ao trabalho –, a de maior significação. Destacava-se, entretanto, o seu devotado amor à Aviação, seu acendrado patriotismo e seus inquebrantáveis dotes morais.

Foi desses homens notáveis que se sobressaíram pela cultura, pela autenticidade, coragem e, sobretudo, pela grandeza de alma. Qualidades que os tornam figuras incomparáveis – faróis balizando, nos meandros da caminhada humana, a direção certa na incerteza aparente da existência.

Homens dotados de integridade de caráter e talento, aliados a longa existência adquirida no contato com as asperezas da vida, características que lhes enriquecem o espírito, que se transborda, em busca do semelhante, proporcionando-lhe, sob variadas formas, ensinamentos, cultura e educação, em prol do desenvolvimento da Pátria.

Com a criação do Correio Aéreo Militar, em 12 de junho de 1931, que dez anos mais tarde passou a ser chamado de Correio Aéreo Nacional, o CAN – nome pelo qual ficou conhecido em todo o Brasil e é lembrado até hoje –, os bravos bandeirantes do ar deram início à árdua tarefa de desbravar o interior do Brasil, implantando campos de pouso.

Naquela época, havia grande interesse da Pan American Airways em reduzir o tempo gasto por seus aviões cumprindo a rota Miami-Buenos Aires, e não dispondo de equipamento aéreo mais veloz, foi levada a procurar uma rota aérea que encurtasse o caminho.

Assim, o governo federal resolveu designar, por indicação tanto do Ministério da Guerra como pelo da Viação, o então Major Lysias para acompanhar e fiscalizar a missão da companhia americana, dando a ele a incumbência de, a par de sua atividade precípua na expedição, estudar as possibilidades de ampliar os voos do CAM pelo interior, pois havia a manifesta intenção de estender a rota Rio-São Paulo até o Estado de Goiás.

Em 19 de agosto de 1931, é dada partida na expedição composta por Lysias Rodrigues, Felix Blotner, inteligente e destacado funcionário da Panair do Brasil, a serviço da congênere americana, e seu prestimoso auxiliar, um jovem chamado Arnold Lorenz, que percorreram os estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Maranhão, até chegar a Belém.

O objetivo dessa árdua jornada era reconhecer o território e implantar campos de pouso, de modo a viabilizar a navegação aérea e criar as condições imprescindíveis que facultassem a execução de voos dos grandes centros do Brasil para a Amazônia e que permitissem, também, uma nova e econômica rota para os voos realizados entre os Estados Unidos e o Cone Sul do Continente.

Àquela época, as aeronaves percorriam o arco irregular de círculo que descreve o litoral brasileiro para se deslocarem de um extremo a outro do País, devido à existência de aeroportos em várias cidades litorâneas.

Por sobre a Amazônia e a região central, apenas mata fechada. Daí a importância da missão que foi atribuída a Lysias Rodrigues e o ímpeto com que o notável desbravador abraçou o desafio, penetrando em profundidade, com destemor, na natureza virgem daquela região, em realidade, um mundo desconhecido e cheio de mistérios sedutores para um homem nascido e criado no Rio de Janeiro, então capital do País.

Varando por terra o sertão bruto, com galhardia e tenacidade, logrou alcançar Belém do Pará, em 9 de outubro daquele mesmo ano. Esta marcante epopeia ficou registrada em seu diário de viagem e, mais tarde, foi incluída no livro que batizou de “Roteiro do Tocantins”.

Há pessoas que se identificam com a História pelo desempenho extraordinário de sua missão, nas exigências de cada época. Lysias Rodrigues foi uma delas.

Durante a Revolução Constitucionalista de 1932, no posto de Major, combateu ao lado de São Paulo, comandando o 1º Grupo de Aviação Constitucionalista, sediado no Campo de Marte. Foi com o cognome de “Gaviões de Penacho” que este combativo Grupo, a despeito dos parcos recursos, cobriu-se de glórias. 

Após o armistício de 3 de outubro, ele e seus companheiros insurretos Major Ivo Borges, Capitão Adherbal da Costa Oliveira, Tenentes Orsini de Araújo Coriolano e Arthur da Motta Lima foram reformados pelo Governo e exilaram-se em Portugal e na Argentina. Em 1934, foram anistiados e reintegrados ao Exército. Retornando do exílio, deu continuidade ao trabalho iniciado com a exploração terrestre empreendida em 1931, na companhia de dois destacados funcionários da Panair do Brasil.

Em 14 de novembro de 1935, decolando do Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro, em companhia do Sargento Soriano Bastos de Oliveira, em uma aeronave Waco C.S.O., deu início ao levantamento aéreo da área anteriormente esquadrinhada, inaugurando todos os campos de pouso que havia implantado em seu famoso périplo, quatro anos antes, percorrendo as cidades de Ipameri, Formosa, Palma, Porto Nacional, Tocantínia, Pedro Afonso, Carolina e Marabá, antes de atingir Belém.

Por onde passaram causaram estupefação, curiosidade e incredulidade, trazendo alegria e esperança àquela gente simples do sertão. Por uma feliz coincidência, o destino resolve juntar, nos mesmos ideais do Correio Aéreo Militar, o Brigadeiro Eduardo Gomes e o então Tenente-Coronel Lysias. 

Aqueles que esposavam ideias antagônicas na Revolução Constitucionalista de 1932, passaram a lutar bravamente por um pensamento comum: desbravar pelos meios aéreos o interior do Brasil, cooperando intensamente na integração nacional e com a pretendida unidade política da nação.

Como escritor de escol, vigoroso e ardente, projetou as cintilações de sua genialidade nos inúmeros e formidáveis artigos publicados no Correio da Manhã – expressivo jornal do Rio de Janeiro à época –, e, ainda, através da publicação de dois livros intitulados “Roteiro do Tocantins” e “Rio dos Tocantins” – compêndios que ainda hoje constituem a mais completa radiografia da região –, instigando, como corolário, o despertar do Brasil para a importância estratégica de integrar o território nacional, propugnando pela criação do Território Federal do Tocantins, tendo elaborado uma minuciosa carta geográfica da região e apresentado, em 1944, anteprojeto constitucional nesse sentido.

No dia 5 de outubro de 2001, o governador do Estado do Tocantins, na presença do Presidente da República, inaugurou o aeroporto da capital, Palmas, que através do Projeto de Lei nº 233/2001, de 6 de março de 2001, foi batizado com o nome de Brigadeiro Lysias Rodrigues, em homenagem à memória do heroico desbravador.

Além de “Roteiro do Tocantins” e “Rio dos Tocantins”, escreveu, ainda, “História da Conquista do Ar”, “Geopolítica do Brasil”, “Estrutura Geopolítica da Amazônia”, “Formação da Nacionalidade Brasileira” e “Gaviões de Penacho”, onde narra o emprego da Aviação Militar na Revolução Constitucionalista de 1932.

Entretanto, sua intensa e profícua atividade não se limitou à literatura, sendo o primeiro piloto a sobrevoar e pousar nos aeródromos que ele próprio implantou. Juntamente com o Brigadeiro Eduardo Gomes, iniciou as primeiras linhas do Correio Aéreo Nacional sobrejacentes às regiões Centro-Oeste e Norte, consolidando uma complexa rede de aerovias, interligando-as aos centros mais avançados do Brasil.

Como renomada autoridade em Geopolítica, reconhecida internacionalmente, ombreando-se a outros ilustres exegetas desta ciência, tais como Mário Travassos, Golbery do Couto e Silva, Carlos de Meira Mattos, Delgado de Carvalho e Therezinha de Castro, lutou, enfaticamente, pela construção da rodovia Trasbrasiliana, hoje denominada Belém-Brasília.

De maneira análoga, exerceu notável influência para que fosse ativado um organismo que congregasse a evolução e o emprego do avião, a exemplo do que já vinha ocorrendo nos Estados Unidos, Inglaterra, Itália e França, defendendo a tese de que o Brasil necessitava de um Ministério próprio, de modo a dispor de uma aviação apta a atender à sua imensidão geográfica.

Movido por esse propósito, deu início a uma intensa campanha para a criação do Ministério da Aeronáutica, publicando vários artigos sobre o tema na imprensa do Rio de Janeiro, então capital da República.

Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939, evidenciou-se a importância do poder aéreo unificado para a segurança nacional, vindo justamente a corroborar a benfazeja ideia por ele esposada, culminando, assim, com a criação do Ministério da Aeronáutica, em 20 de janeiro de 1941, hoje Comando da Aeronáutica.

Lysias Rodrigues foi um daqueles homens extraordinários que marcaram os momentos gloriosos e históricos da Aeronáutica Brasileira, através de uma intensa participação em várias iniciativas férteis, com energia inesgotável, tendo deixado como herança a sua devoção no cumprimento do dever e a confiança num notável engrandecimento do Ministério da Aeronáutica e de uma ativa e fecunda participação da Aviação no desenvolvimento do País.

Há em cada cidadão brasileiro o sentimento desenvolvido de nacionalidade e de apego ao torrão natal. Poucos, entretanto, puderam manifestá-lo de forma tão viva como Lysias Rodrigues. O Brasil deve a Lysias Rodrigues o reconhecimento pela dedicação, competência e patriotismo que demonstrou, de modo contumaz, durante toda a sua extraordinária carreira, sem medir esforços para elevar e honrar a imagem de nosso País no cenário internacional. Um nome querido e respeitado, uma reserva moral, um patrimônio de inteireza e caráter e um exemplo edificante para os brasileiros de todas as épocas. 

Estamos convictos de que o Brigadeiro Lysias morreu tranquilo quanto ao julgamento de seus concidadãos. Certamente a Pátria saberá guindá-lo aos píncaros da glória, quando a perspectiva do tempo permitir uma avaliação mais exata de sua obra e um conhecimento perfeito de sua pureza de intenções.

À época de seu desenlace, em 21 de maio de 1957, aos 61 anos, a Força Aérea compartilhou com seus entes queridos, admiradores e amigos a amargura desse momento inexorável da existência humana, última parte do desenrolar de uma vida em que o gênero humano – a exemplo dos inolvidáveis voos empreendidos pelo ilustre Brigadeiro, nas asas do Correio Aéreo –, realiza uma decolagem, deslancha um voo de cruzeiro e, finalmente, vê chegado o momento da aterrissagem e o final de uma gloriosa jornada.

Esteja onde estiver, Major-Brigadeiro-do-Ar Lysias Augusto Rodrigues – insigne pioneiro do Correio Aéreo Nacional –, receba os nossos agradecimentos pela prestimosa atenção e carinho dispensados à Aeronáutica Brasileira. Que seus edificantes atributos morais e intensa dedicação à aviação, à vida militar e ao País, ecoem por muito tempo em todos os rincões deste nosso amado Brasil.

Texto: Cel Av Manuel Cambeses Júnior

Fonte: INCAER

Transporte Aéreo

Empresa de Myanmar começa a voar com aviões Embraer
O primeiro E190 da Myanmar Airways International (MAI) iniciou, dia 22 de dezembro de 2020, voos comerciais a partir de Yangon, operando quatro voos por dia. Um segundo E190 está previsto para ser incorporado pela companhia aérea, a fim de expandir suas rotas e incluir nove destinos pelo país, substituindo turboélices utilizados pela sua empresa irmã, a Air KBZ. A MAI também assinou um contrato para o Programa Pool de suporte com a Embraer, programa que tem a adesão de todos os operadores dos E-Jets na Ásia-Pacífico. São agora quatro novos clientes de E-Jets na região, excluindo a China, desde o início de 2020.

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Aviação do Exército

Revista aborda as operações aéreas do Exército
Foi lançada a edição 04/2020 da AvEx em Revista. A publicação, com 42 páginas, tem como tema "Operações". Em abordagem especial trata da Operação Poseidon, quando, pela primeira vez, uma aeronave do Exército Brasileiro pousou no porta-aviões Atlântico, da Marinha do Brasil. Além de outras matérias, traz uma entrevista com o coronel Magane, primeiro piloto de combate da Aviação do Exército.

Para ler AvEx em Revista: Clique aqui

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Tráfego Aéreo

O Presidente da República cria a NAV Brasil
A empresa de serviços de proteção ao voo NAV Brasil foi criada oficialmente, dia 24 de dezembro de 2020, por meio do Decreto 10589, assinado pelo Presidente da República Jair Bolsonaro. A NAV Brasil Serviços de Navegação Aérea é uma estatal vinculada ao Comando da Aeronáutica e se destina a absorver atividades de apoio à aeronavegação atualmente prestados pela Infraero e dar suporte à evolução do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) nas demandas do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União. A empresa pública foi proposta pelo governo, por meio de uma Medida Provisória aprovada pelo Congresso em 2019.

Sociedade Anônima
A NAV Brasil contratará em regime celetista, mediante seleção por concurso público. Inicialmente a empresa Sociedade Anônima terá capital social de 100% da União. Porém, a lei de autorização prevê a possibilidade para que se torne uma sociedade de economia mista, com incorporação de capital privado nos próximos anos. De acordo com o artigo 6° do decreto, o comandante da Aeronáutica designará representante - sem remuneração - para a prática dos atos formais administrativos necessários à constituição e à instalação da NAV Brasil.

Em plena atividade
"A NAV Brasil não é, propriamente, uma nova estatal, pois utilizará a infraestrutura já existente na Infraero, assim como os quase 1.800 empregados que lhe serão transferidos por sucessão trabalhista", explicou, em dezembro de 2018, o então Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Tenente-Brigadeiro do Ar Jeferson Domingues de Freitas. A empresa será totalmente custeada pelos recursos advindos da arrecadação de tarifas de navegação aérea, o que a caracterizará como uma empresa estatal "não dependente" e será, inicialmente, estruturada com os órgãos absorvidos da atual Superintendência de Gestão da Navegação Aérea da Infraero, que inclui, por exemplo, as Torres de Controle de aeroportos, como os de Guarulhos (SP), Campinas (SP) e Santos-Dumont (RJ); e Controles de Aproximação, a exemplo dos de Navegantes (SC), Vitória (ES) e Uberlândia (MG). Assim, a NAV Brasil já nascerá em plena atividade, com os profissionais advindos da Infraero, mas se estruturará para receber, gradativamente, alguns órgãos operacionais que se encontram, atualmente, na estrutura do Comando da Aeronáutica.

Saiba mais: Blog do NINJA de 22/12/2018 Clique aqui  e de 27/09/2019 Clique aqui  

Força Aérea Brasileira

Mensagem de fim de ano do Comandante da Aeronáutica
Ao findar 2020, um ano de muitas mobilizações da Força Aérea Brasileira - para apoiar o combate aos efeitos da pandemia da Covid-19, recebimento de modernas aeronaves, como o KC-390 mais o primeiro Gripen F-39, além da proteção dos ecossistemas da Amazônia e do Pantanal - o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro Carlos Moretti Bermudez, emitiu mensagem em vídeo ao efetivo e aos brasileiros.

domingo, 27 de dezembro de 2020

Especial de Domingo

Neste último domingo de 2020, reproduzimos, novamente, mais um excelente conteúdo do blog Cultura Aeronáutica, de Jonas Liasch.
Boa leitura.
Bom domingo!

O fim da era dos grandes hidroaviões de passageiros
Durante a primeira fase da Aviação Comercial, entre as duas grandes guerras mundiais, a infraestrutura existente para atender os voos era bastante precária. As pistas eram curtas e, geralmente, não pavimentadas, suficientes apenas para atender aeronaves de pequeno porte. Por isso, em muitos casos, era preferível usar hidroaviões, que podiam operar sem maiores problemas em baías, rios, lagos ou represas.


As décadas de 1920 e 1930, então, são consideradas como a Era dos Hidroaviões. Aeronaves como o Dornier Wal, o Savoia-Marchetti S55 e o Martin M-130 foram dignos expoentes da aviação comercial. A maior dificuldade da aviação comercial nessa época era a transposição dos oceanos. Embora já existissem linhas regulares sobre todos os oceanos, ainda não era possível voar comercialmente sem escalas que, em alguns casos, eram feitas em pleno mar, próximo a um navio de apoio. A Pan American, então uma das maiores empresas de voos internacionais do mundo, fez uma requisição à Boeing de uma aeronave de grande alcance e grande capacidade, apta a fazer a travessia do Atlântico Norte com o mínimo de escalas e com grande conforto, para competir com os grandes navios utilizados nessa rota. O avião também deveria substituir os Martin M-130, que faziam as rotas do Pacífico, mas cujo grande número de escalas tornava a viagem extremamente penosa e cansativa. Em resposta a essa requisição, a Boeing desenvolveu um grande hidroavião, na verdade um dos maiores aviões da sua época, o Boeing Model 314. Em 21 de julho de 1936, a Pan Am assinou um contrato de seis desses hidroaviões. O projeto do Boeing 314 não apresentava, na verdade, nenhuma grande inovação. Os engenheiros aproveitaram a massiva asa de 45,5 metros de evergadura do bombardeiro XB-15, que estava sendo oferecido ao US Army Air Corps, e fizeram uma espaçosa fuselagem capaz de transportar 36 passageiros em voos noturnos, em poltronas que podiam ser convertidas em camas, ou até 68 passageiros em voos diurnos. A Boeing instalou quatro motores radiais Wright R-2600 Twin Cyclone, de 14 cilindros e 1500 HP, ao invés dos motores Pratt & Whitney R-1830 Twin-Wasp de 850 HP utilizados no XB-15. Uma cauda com três derivas foi utilizada para dar maior estabilidade direcional e autoridade de comando de leme com esses motores tão poderosos. O primeiro voo do 314 ocorreu em 7 de junho de 1938, utilizando uma empenagem com deriva única.


O avião podia levar 16.100 litros de gasolina, necessários para os longos voos da linha do Pacífico. A capacidade de óleo lubrificante também foi aumentada para 1.135 litros. Isso permitia um alcance de 3.201 Milhas Náuticas (5.896 Km) em velocidade de cruzeiro. A velocidade de cruzeiro, no entanto, era baixa, apenas 163 Knots, e o teto de serviço foi limitado a 11 mil pés, por ser aeronave não pressurizada.


A Boeing aperfeiçoou a aerodinâmica do Model 314 ao máximo possível, utilizando asas em cantilever e flutuadores aperfeiçoados, que se assemelhavam a pequenas asas nas laterais inferiores da fuselagem, mas o que restringia realmente a velocidade eram as asas enormes e o peso, que chegava a 38 toneladas na decolagem.


A Pan Am fez uma encomenda adicional de mais seis aeronaves de um modelo aperfeiçoado, o 314A, que tinha motores mais potentes (1.600 HP) e podia levar até 77 passageiros em voos diurnos. O primeiro voo do 314A ocorreu em 20 de março de 1941. Com voos tão longos, a Pan Am se preocupou em manter o máximo conforto dos passageiros. A passagem custava muito caro, US$ 675,00 de New York a Southampton, ida-e-volta, equivalente a aproximadamente US$ 7.500,00 em 2010. Para compensar o alto preço, o serviço oferecido era equivalente ao de um hotel 4 ou 5 estrelas, e havia uma sala de estar e um restaurante a bordo. Nenhuma aeronave na época tinha serviço sequer parecido.


Um dos problemas encontrados pela Pan Am para operar esses aviões era o nível de proficiência da tripulação. Nada menos que 9 tripulantes técnicos e 2 comissários eram necessários para cada voo, no minimo, e essas tripulações deveriam ter grande experiência em voos de longa duração e navegação de longo curso.


O primeiro Boeing 314, batizado de Honolulu Clipper, entrou em serviço operacional na Pan Am em janeiro de 1939, na linha San Francisco - Hong Kong. A viagem durava 6 longos dias, só na ida. Essa linha durou menos que 3 anos, e foi suspensa quando os Estados Unidos entraram na Segunda Guerra Mundial, em 7 de dezembro de 1941, quando os japoneses atacaram Pearl Harbor.


Em 24 de junho de 1939, o Boeing 314 Yankee Clipper fez o primeiro voo ligando New York a Southampton, com escalas no Canadá e na Irlanda. Essa linha também foi interrompida com o início da Segunda Guerra Mundial.Quando estourou a guerra, o Boeing 314 Pacific Clipper estava em rota para a Nova Zelândia, e a Pan Am resolveu trazê-lo de volta em direção oeste, para Nova York, para evitar ser abatido por caças japoneses próximo ao Hawaí. Essa epopéia começou em 8 de dezembro de 1941 e terminou na manhã de 6 de janeiro de 1942, no terminal de hidroaviões do Aeroporto La Guardia, em New York. O avião percorreu mais de 8.500 milhas através da Ásia e da África, sendo provavelmente o maior voo já efetuado por um avião comercial até então. Três dos seis Boeing 314A encomendados pela Pan Am foram vendidos à companhia britânica BOAC - British Overseas Airways Corporation antes de serem entregues. Quando os Estados Unidos foram forçados a entrar na Segunda Guerra Mundial, o Boeing 314 era o único avião no mundo capaz de voar quase 2.000 milhas náuticas sobre o mar. Isso tornou a aeronave importante do ponto de vista militar, e tanto a Marinha quanto o Exército americano requisitaram os aviões. No US Army Air Corps, o 314 foi denominado C-98. As tripulações da Pan Am foram mantidas pelos militares, no entanto, devido à sua grande experiência em voos de longo curso sobre o mar.


Entre as diversas missões cumpridas pelos 314 durante a Segunda Guerra Mundial, estão os voos de carga e pessoal via Natal e Libéria, para as tropas inglesas no Norte da África. A aeronave também fez voos para abastecer os russos, voando via Teerã. Quando o Presidente Franklin D. Roosevelt foi à Conferência de Casablanca, em 1943, viajou a bordo de um 314 com tripulação da Pan Am. Winston Churchill também foi passageiro do 314 várias vezes durante a guerra. Quando a Segunda Guerra Mundial acabou, em agosto de 1945, a grande era dos hidroaviões também havia chegado ao fim. Muitos aeroportos foram construídos durante a guerra, e os aviões baseados em terra se desenvolveram, tornando os grandes hidroaviões de apenas seis anos antes tristemente antiquados e obsoletos. Aeronaves como o Douglas DC-4 e o Lockheed Constellation eram muito mais fáceis de operar e mais seguros que os grande aerobotes da década anterior, e as próprias tripulações da Pan Am não viam a hora de se livrar dos complicados 314.


O California Clipper foi último dos Boeing 314 a ser retirado de serviço da Pan Am, em 1946, menos de um ano após ter sido devolvido pelos militares à empresa. Tinha na ocasião mais de um milhão de milhas voadas, na grande maioria em missões militares na guerra. Dos 12 Boeing 314 fabricados, 3 foram perdidos em acidentes, mas em apenas um desses acidentes houve perda de vidas, quando o Yankee Clipper se acidentou no pouso em Lisboa, em 22 de fevereiro de 1943, matando 24 pessoas entre passageiros e tripulantes. Os sete 314 remanescentes da Pan Am foram vendidos para a nova empresa aérea New World Airways, com base em San Diego, Califórnia, mas voaram muito pouco e tiveram carreira curta, sendo vendidos como sucata por volta de 1950. O último da frota, o Anzac Clipper, foi desmontado em Baltimore, Maryland, em 1951.


Os 3 Boeing 314 da BOAC foram retirados de serviço em 1948 e também vendidos à New World Airways, que os repassou à General Phoenix Corporation, em Baltimore, onde foram desmanchados. Infelizmente, nenhum dos doze Boeing 314 fabricados sobreviveu. Apenas um mock-up existe hoje, no Foynes Flying Boat Museum, em Foynes, na Irlanda, uma triste recordação da era na qual os hidroaviões reinaram.

Fonte: Jonas Liasch em www.culturaaeronautica.blogspot.com

sábado, 26 de dezembro de 2020

Paris Air Show

Paris Air Show só em junho de 2023
Devido à pandemia da Covid-19, a organização do Paris Air Show cancelou a edição de 2021 do show, que estava programada para ocorrer de 21 a 27 de junho de 2021. Juntamente com o Conselho de Administração da GIFAS (Associação Francesa das Indústrias Aeroespaciais), o Conselho de Administração do Paris Air Show tomou esta decisão em resposta à crise sanitária internacional e ao grande número de visitantes que este popular show atrai. Essa decisão foi acordada por unanimidade pelos membros do Conselho do Paris Air Show, no contexto de uma crise que teve um impacto sem precedentes na indústria aeroespacial. A próxima edição do Paris Air Show será realizada em junho de 2023, em data que será anunciada em breve.

Fonte: GIFAS

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

KC-390 Millennium

Quarto KC-390 é incorporado pela FAB
A Força Aérea Brasileira (FAB) recebeu, no dia 19 de dezembro de 2020, o quarto avião de transporte multimissão KC-390 Millennium. Assim como as unidades já entregues, será operada pelo Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1° GTT) - Esquadrão Zeus, situado na Ala 2, em Anápolis (GO), com a matrícula FAB 2856. “Recebemos, com grande satisfação, mais uma aeronave KC-390 Millennium que está sendo incorporada à nossa frota. Em breve, ela também será operada nas mais diversas missões em diferentes regiões do Brasil e até no exterior, a exemplo das outras três que já demonstraram sua grande capacidade, principalmente no transporte de insumos e materiais durante a Operação COVID-19”, ressaltou o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez.

Missões
Desde o início da pandemia da COVID-19, a FAB tem empregado as aeronaves KC-390 Millennium em missões de Transporte Aéreo Logístico, movimentando toneladas de suprimentos essenciais ao combate à pandemia no Brasil. Além disso, a FAB operou uma das aeronaves na missão de Assistência Humanitária à República do Líbano, em agosto de 2020.

KC-390 Millennium
Projeto conjunto da FAB com a Embraer, o KC-390 Millennium é um jato de transporte tático militar projetado para estabelecer novos padrões em sua categoria. Alguns dos pontos fortes da aeronave são mobilidade, design robusto, maior flexibilidade, tecnologia comprovada de última geração e manutenção mais fácil. Os aviões KC-390 Millennium voam mais rápido e carregam mais carga que outros cargueiros militares de mesmo porte e são as plataformas ideais para os principais cenários de utilização. O vetor exige menos inspeções e passa por manutenção sob demanda, combinando sistemas e componentes altamente confiáveis, o que reduz o tempo da aeronave no solo e os custos totais da operação, contribuindo para níveis de disponibilidade excelentes e baixo custo do ciclo de vida. Segundo o Comandante do 1º GTT, Tenente-Coronel Aviador Luiz Fernando Rezende Ferraz, este é mais um incremento na capacidade logística da Força Aérea. "Com a implantação e operação das aeronaves KC-390 Millennium, a Força Aérea amplia cada vez mais a sua gama de atuação", disse. Em outubro de 2020, a aeronave recebeu da revista Aviation Week o prêmio Grand Laureate de Defesa. A premiação reconhece as melhores realizações nos quatro pilares da indústria: Defesa, Aviação Comercial, Espaço e Aviação Executiva.

Fotos: Maj Kosaka e SO Agacy / 1º GTT

Fonte: FAB

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Espaço

AEB concede duas licenças para atividades espaciais
A Agência Espacial Brasileira (AEB) atualizou seus procedimentos que estabelecem o processo de licença de operador espacial. A emissão da Licença de Operador é feita a partir dos critérios: após a comprovação de que a empresa possui sede ou representação legal no Brasil; se possui aptidão para o desempenho das atividades espaciais de lançamento a que se propõem; e se está em dia com as obrigações fiscais e trabalhistas para funcionar em território brasileiro. O objetivo é verificar a existência de conhecimento técnico nas empresas já estabelecidas e nas empresas que querem ingressar no setor espacial.

Licença
A Licença de Operador pode ser solicitada por qualquer pessoa jurídica privada que tenha por objetivo realizar atividades espaciais de lançamento com uma altitude superior a 100 km em relação ao nível do mar. As atividades espaciais de lançamento são o conjunto de ações associadas com o lançamento de satélites e demais tipos de cargas úteis, orbitais e suborbitais, ou em qualquer outra posição no espaço exterior, por meio de veículos lançadores, bem como a fase de retorno. Incluem, ainda, as atividades de preparação e de condução da operação pelo centro de lançamento, cumprindo as regras de segurança estabelecidas pela Agência Espacial Brasileira (AEB).

Lançamento
Para realizar a atividade espacial de lançamento, o operador espacial deverá solicitar uma Autorização de Lançamento, para a qual são exigidos diversos documentos acerca do veículo lançador a ser utilizado, da carga útil que ele levará, da trajetória de voo a ser seguida no lançamento, entre outras informações. A obtenção da Licença de Operador é o passo inicial na jornada para receber uma Autorização de Lançamento. Duas empresas já receberam a Licença de Operador: a Essado de Morais Ltda. e a Orion Applied Science & Technology, LLC.

Fonte: AEB, em 02/12/2020

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Espaço

Emirates SkyCargo leva satélite Amazônia 1 para ser lançado da Índia
O Satélite Amazônia 1, embarcou ontem, 22 de dezembro de 2020, para a Índia de onde será lançado ao espaço em fevereiro de 2021.

O embarque foi em um avião B777 da Emirates SkyCargo, para conduzir os módulos de serviço, módulo de carga útil, mais equipamentos que acompanham o Satélite.

O embarque ocorreu no aeroporto de São José dos Campos (SP), que teve a primeira operação da Emirates em sua pista.

Missão do Amazônia 1
O satélite terá a missão de fornecer imagens de sensoriamento remoto para observar e monitorar o desmatamento, especialmente na região amazônica. Com seis quilômetros de fios e 14 mil conexões elétricas, o Amazonia 1 será o terceiro satélite brasileiro de sensoriamento remoto em operação junto ao CBERS-4 e ao CBERS-4A.

Completamente projetado pelo Brasil
O Amazônia 1 é o primeiro satélite de Observação da Terra completamente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil. Com lançamento previsto para fevereiro de 2021, o Amazonia 1 é um satélite de órbita Sol síncrona (polar) que gerará imagens do planeta a cada 5 dias. Para isso, possui um imageador óptico de visada larga (câmera com 3 bandas de frequências no espectro visível VIS e 1 banda próxima do infravermelho Near Infrared ou NIR) capaz de observar uma faixa de aproximadamente 850 km com 64 metros de resolução.

Órbita
Sua órbita foi projetada para proporcionar uma alta taxa de revisita (5 dias), tendo capacidade de disponibilizar uma significativa quantidade de dados de um mesmo ponto do planeta. Sob demanda, o Amazônia 1 poderá fornecer dados de um ponto específico em dois dias. Esta característica é valiosa em aplicações como alerta de desmatamento na Amazônia, pois aumenta a probabilidade de captura de imagens úteis diante da cobertura de nuvens na região. Os satélites da série Amazônia serão formados por dois módulos independentes: um Módulo de Serviço, que é a Plataforma Multimissão (PMM), e um Módulo de Carga Útil, que abriga câmeras imageadoras e equipamentos de gravação e transmissão de dados de imagens.

Fonte: com informações do MCTI.

Aviação Naval

O primeiro voo com helicópteros UH-17 na Antártica
O voo na Antártica com as duas mais novas aeronaves UH-17 foi realizado, pela Marinha do Brasil, em 25 de novembro de 2020. Os helicópteros com as matrículas N-7090 e N-7091, embarcados no Navio Polar Almirante Maximiano (H 41), voaram com a missão de ambientação dos tripulantes ao voo em regiões de clima frio, realizar reconhecimento dos pontos de interesse no entorno da Estação Antártica Comandante Ferraz e qualificação e requalificação de pouso a bordo (QRPB) com o Navio de Apoio Oceanográfico Ary Rangel (H 44).

Programa Antártico

Os helicópteros foram fabricados pela Airbus e, no Brasil, passaram por adaptações feitas pela Helibras, em Itajubá (MG), onde receberam os acessórios de missões requisitados pela Marinha. Alguns dos itens instalados nas aeronaves são flutuadores, ganchos, radares meteorológicos, equipamentos de visão noturna e kits aeromédicos. As duas aeronaves estão apoiando a Operação Antártica XXXIX, com previsão de permanecerem no continente gelado até 2021. A Marinha tem a incumbência de também prover logística ao Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR).

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

KC-390 Millennium

Os primeiros lançamentos de tropa paraquedista com o KC-390
No início deste mês de dezembro de 2020, o Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) - Esquadrão Zeus, localizado em Anápolis (GO), realizou, no dia 9, o primeiro lançamento de paraquedistas na aeronave KC-390 Millennium. Após um ano de operação na Força Aérea Brasileira (FAB), o vetor realizou sua primeira missão de Assalto Aeroterrestre, lançando militares da Brigada de Infantaria Paraquedista do Exército Brasileiro (Bda Inf Pqdt).


O treinamento teve inicio em Anápolis com o módulo contratual Operational Familiarization (OPFM), ministrado pela EMBRAER, para capacitação dos primeiros tripulantes instrutores da aeronave KC-390 Millennium em lançamento de paraquedistas pelo método semiautomático ou enganchado.

Nos Afonsos (RJ)
A Bda Inf Pqdt participou do treinamento realizado em Anápolis com o objetivo de desenvolver a doutrina de lançamento de pessoal nas aeronaves KC-390 Millennium para a tropa terrestre. O Esquadrão Zeus também realizou, no período de 14 a 16 de dezembro de 2020, lançamentos de pessoal na Zona de Lançamento da Base Aérea dos Afonsos, no Rio de Janeiro (RJ) Segundo o comandante do Esquadrão, Ten Cel Av Luiz Fernando Rezende Ferraz, esta atividade eleva a capacidade de emprego da aviação de transporte. "Marca o início da vida operacional militar do KC-390, apontando para sua capacidade multimissão, que será explorada em pouco tempo pela Força Aérea Brasileira", concluiu.

Fonte: FAB

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Espaço

Júpiter e Saturno serão vistos - hoje - aparentemente colados
Hoje, 21 de dezembro de 2020, o céu proporcionará um dos eventos astronômicos mais espetaculares do ano. Ocorrerá o alinhamento histórico entre os dois gigantes gasosos do Sistema Solar: os planetas Júpiter e Saturno. Os astros iluminados estarão aparentemente colados no lado Oeste da abóboda celeste.

Há 400 anos
Embora os dois planetas se encontrem nesta posição a cada 20 anos, o encontro atual é especial. Quase 400 anos se passaram desde que ambos estiveram tão próximos um do outro, e cerca de 800 anos desde que este evento cósmico aconteceu à noite.

Observação a olho nu
Em 2020, o período noturno permitiu que o alinhamento fosse visível em quase todos os lugares do mundo, desde 17 de dezembro. À primeira vista, por conta da linha de visada, Júpiter e Saturno aparecem dando a impressão de estarem quase “colados” um no outro. O fenômeno pode ser observado, mesmo a olho nu, no horizonte na direção Oeste. Caso se disponha de um pequeno telescópio ou um par de binóculos, é possível ver as quatro maiores luas de Júpiter orbitando este planeta gigante.

Outro evento igual só em 2080
Neste 21 de dezembro de 2020 acontece o solstício de verão, que marca o início do verão no Hemisfério Sul. Considerando um observador posicionado em Brasília, os planetas, aparentando ser uma "única estrela", serão vistos, a partir de 18h57, num ângulo de 24 graus acima do horizonte a Oeste, e ficarão no céu até sumirem sob o horizonte às 20h46. Em declaração à BBC Patrick Hartigan, astrônomo da Universidade de Rice (EUA), afirma “aqueles que preferirem esperar e ver Júpiter e Saturno tão perto e mais acima no céu noturno terão que aguardar até 15 de março de 2080. Depois disso, a dupla não fará aparição semelhante até depois de 2400”, disse ele.

Fonte: adaptado do original publicado em www.renovamidia.com.br em 17/12/2020

domingo, 20 de dezembro de 2020

Especial de Domingo

A semana que passou trouxe uma magnífica notícia para a cidade de Ubatuba (SP) sede do NINJA - Núcleo Infantojuvenil de Aviação. A volta do transporte aéreo regular no município abre perspectivas extraordinárias e merece o apoio de todos. No conteúdo de hoje, saiba mais sobre esta boa nova e confira um estudo de caso sobre o tema, apresentado pelos pesquisadores Roberto Tadeu de Araujo e Marcio Ney da Silva Duarte, do Instituto de Controle do Espaço Aéreo, em 2016.
Boa leitura!
Bom domingo!

A volta do transporte aéreo regular em Ubatuba (SP)
Foram iniciadas, dia 18 de dezembro de 2020 e seguem até 31 de janeiro de 2021, as operações regulares de voos comerciais ligando Ubatuba (SP) à capital São Paulo. Os voos fazem parte do programa Conecte-se da Azul Linhas Aéreas, empregando aeronave Cessna 208 Caravan, com capacidade para nove passageiros. O Conecte-se, além de Ubatuba (SP), no litoral de São Paulo, serve a um grupo de cidades turísticas, com voos regulares na temporada de verão 2020-2021. Além de Ubatuba e Itanhaém, no estado de São Paulo, a malha especial abrange as cidades de Paraty, Angra dos Reis e Búzios, no estado do Rio; Guarapari, no Espírito Santo; Canela e Torres, no Rio Grande do Sul; e, Jericoacora, no Ceará.

Chamado de “Verão Azul Conecta”, o projeto da Azul tem o objetivo de incentivar os turistas a utilizarem a via aérea, abreviando o tempo de viagem, em relação ao período, caso o trajeto fosse realizado em automóvel.

Pilotos
Os voos da Azul Conecta ligando a capital São Paulo (aeroporto de Congonhas) a Ubatuba (aeroporto Gastão Madeira), entre dezembro de 2020 a janeiro de 2021, são diários e duram cerca de 55 minutos. O Caravan parte de São Paulo às 08 horas e decola do litoral às 09h20. Os tripulantes do primeiro voo da retomada de viagens aéreas comerciais em Ubatuba, no dia 18 de dezembro de 2020, foram o comandante Flávio Fernandes Vigatto e o copiloto Marcelo Rodrigues Moreira, com a aeronave Cessna 208 Caravan matrícula PT-MED.

Voos comerciais em Ubatuba
É a quarta vez que a cidade de Ubatuba (SP) passa a contar com voos regulares. Conforme o livro "Sobre o Mar de Iperoig: a Aviação em Ubatuba", a primeira experiência de voos comerciais entre a cidade e a capital ocorreu com pequenos aviões Stinson 108, para três passageiros, da empresa Valpar, nos anos 1950. Depois, Ubatuba foi servida pelos voos dos DC-3 da Vasp, entre 1967 e 1970. A localidade voltaria a ter voos comerciais com os aviões Bandeirante da Rio-Sul, entre outubro de 1980 e dezembro de 1982.

Um estudo de caso
Já em 2016, os pesquisadores Roberto Tadeu de Araujo e Marcio Ney da Silva Duarte, do Instituto de Controle do Espaço Aéreo, localizado em São José dos Campos (SP), trataram de uma possível solução para ligação entre cidades não servidas por aviação regular - e que necessitam do modal de transporte aéreo - com o estabelecimento de rotas operadas por aeronaves de pequeno porte. Tadeu e Marcio aventaram a hipótese - tendo como exemplo uma linha entre São Paulo e Ubatuba - que seria apresentada na 19ª Conferência Internacional de Sistemas Inteligentes de Transporte (19th International IEEE Conference on Intelligent Transportation Systems), que ocorreu de 1 a 4 de novembro de 2016, no Rio de Janeiro. Antes, em Ubatuba, na última semana de junho de 2016, eles apresentaram considerações preliminares do trabalho na reunião Café Voador, promovida mensalmente pelo NINJA – Núcleo Infantojuvenil de Aviação e Aeroclube de Ubatuba.

Transporte inter-regional

No artigo, Roberto Tadeu e Marcio Ney argumentaram que uma possível solução para a problemática do transporte inter-regional entre o litoral norte paulista, mais o município de Paraty (RJ), e a cidade de São Paulo (SP), é a hipótese de voos de baixo custo realizados por aviões de pequeno porte, a partir do Aeroporto Gastão Madeira, localizado em Ubatuba (SP). Enfatizaram que o adensamento populacional das áreas urbanizadas provocam impactos importantes no meio ambiente urbano, além do natural. Visando repará-los ou atenuá-los desenvolveu-se o conceito de “Cidade Inteligente”. A implantação da atividade de um Sistema de Transporte Inteligente eficiente deve ser consolidado com medidas e projetos que proporcionem conforto e funcionalidade nos modelos de transporte já existentes. Assim, uma hipótese de solução para questões de mobilidade e acessibilidade para uma determinada cidade ou região é a adoção do transporte aéreo inter-regional.

Fluxo turístico
Considerando o fluxo turístico na área formada pelo litoral norte paulista - integrado pelos municípios de Ilhabela, São Sebastião, Caraguatatuba e Ubatuba - e mais Paraty (RJ), somando perto de 550 quilômetros de costa, Roberto Tadeu e Marcio Ney propuseram um estudo de caso para despertar discussão acerca da possibilidade de se estabelecer uma linha aérea ligando o aeroporto de Ubatuba com o de Congonhas, na capital São Paulo. De acordo com as aerovias disponíveis para ligação entre os dois aeroportos, a distância de voo seria próxima de 180 quilômetros. O curto tempo de voo e o custo da passagem aérea compensariam eventuais dificuldades de acesso por via terrestre, haja vista o excesso de tráfego e frequentes congestionamentos nas estradas de acesso, principalmente em feriados prolongados ou alta temporada de férias.

Tendo em vista as dimensões da pista de pouso de Ubatuba, a expectativa do número de passageiros e o custo operacional, propunha-se, como exemplo, a operação com a aeronave Cessna 208 Caravan ou similar. Esse avião é largamente empregado em voos de baixo custo em outras partes do globo.


Desta forma, o acesso por via aérea seria conveniente para os cinco municípios da área de estudo que, juntos, representam um PIB – Produto Interno Bruto de 16 bilhões de reais, de acordo com dados de 2013 do IBGE (Ubatuba R$ 1,5 bilhão; São Sebastião R$ 5,7 bilhões; Ilhabela R$ 3,3 bilhões; Caraguatatuba R$ 2,4 bilhões; Paraty 3,1 bilhões). No mesmo ano, segundo o IBGE, o PIB do município de Florianópolis (SC), que é servido pelas principais empresas aéreas, foi de R$ 14 bilhões. O Caravan é um monomotor turboélice de asa alta, com capacidade para transportar nove ou dez passageiros. Voa a 320 Km/h e consome cerca de 200 litros de querosene de aviação por hora, o que pode representar consumo médio de 0,07 litro/passageiro/Km voado.

Fotos: Beatriz Rocha e acervo do NINJA

Saiba mais: Blog do NINJA de 03/07/2016 - Clique aqui  e de 19/12/2020 - Clique aqui  

sábado, 19 de dezembro de 2020

Azul em Ubatuba

Azul Conecta inicia voos São Paulo-Ubatuba
O dia 18 de dezembro de 2020 marcou mais uma etapa na história da aviação em Ubatuba (SP). A aeronave Cessna 208 Caravan, PT-MED, batizada de Lady Azul, em função da pintura que reporta ao Outubro Rosa - importante causa social na luta contra o câncer de mama - fez o primeiro pouso no aeroporto Gastão Madeira, situado na área central desta encantadora cidade do litoral norte paulista

O comandante Flávio Fernandes Vigatto e o copiloto Marcelo Rodrigues Moreira decolaram às 8h do aeroporto de Congonhas, na capital paulista, com 9 passageiros, pousando às 8h55m em Ubatuba.

Aproximadamente meia hora depois, Lady Azul decolava, retornando à São Paulo com 6 passageiros, concluindo o voo conforme planejado.


Ubatuba: quarta vez com voos comerciais
Os voos da Azul Conecta ligando a capital São Paulo (aeroporto de Congonhas) a Ubatuba (aeroporto Gastão Madeira), entre dezembro de 2020 a janeiro de 2021, serão diários e durarão cerca de 55 minutos. O Caravan parte de São Paulo às 08 horas e decola do litoral às 09h20. É a quarta vez que a cidade de Ubatuba (SP) passa a contar com voos regulares. Conforme o livro "Sobre o Mar de Iperoig: a Aviação em Ubatuba", a primeira experiência de voos comerciais entre a cidade e a capital ocorreu com pequenos aviões Stinson 108, para três passageiros, da empresa Valpar, nos anos 1950. Depois, Ubatuba foi servida pelos voos dos DC-3 da Vasp, entre 1967 e 1970. A localidade voltaria a ter voos comerciais com os aviões Bandeirante da Rio-Sul, entre outubro de 1980 e dezembro de 1982.

Saiba mais: www.voeazul.com.br

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Seleção de bacharéis na FAB

Aeronáutica tem vagas para profissionais de nível superior
Inscrições de 21/12/2020 a 02/01/2021

Análise Curricular de bacharéis em Administração, Direito, Análise de Sistemas e Veterinária
A Força Aérea Brasileira (FAB) lançou Aviso de Convocação a fim de selecionar Profissionais de Nível Superior para prestação do serviço militar, como Oficiais Temporários, por até oito anos, começando em 2021. Serão distribuídas vagas para diferentes áreas, em diversas localidades do Território Nacional. As Inscrições Eletrônicas ocorrerão entre 10h00 do dia 21/12/2020 e 23h59 do dia 02/01/2021, por meio da página https://convocacaotemporarios.fab.mil.br/.

Profissões
Há vagas para profissionais das áreas de Administração, Serviços Jurídicos, Análise de Sistemas e Medicina Veterinária. A seleção envolve avaliação curricular, inspeção de saúde, avaliação psicológica e teste de avaliação de condicionamento físico, entre outras etapas. Os Requisitos Específicos e as condições para a participação no Processo Seletivo constam no Aviso de Convocação.

Requisitos e Recomendações
Os voluntários deverão dar especial atenção aos documentos necessários à comprovação dos Requisitos Específicos e dos Parâmetros de Qualificação, visando à comprovação das exigências e à pontuação a serem confirmadas na Validação Documental e Avaliação Curricular. É importante, ainda, que os voluntários se atentem aos exames e atestados a serem apresentados nas datas previstas no Aviso de Convocação.

Aviso de Convocação: Clique aqui 

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Gripen F-39

Saab Brasil entrega a primeira peça nacional do Gripen F-39
A fábrica de aeroestruturas da Saab no Brasil concluiu a produção de sua primeira peça para o Gripen E/F, o cone de cauda. A fábrica, localizada em São Bernardo do Campo (SP), é a única produtora de subconjuntos do Gripen fora da Suécia. Seguindo o cronograma de produção, a peça será enviada para Linköping. “Este marco representa uma nova fase da obra, que começou com a implementação da fábrica há três anos e meio. Essa é uma grande conquista para o time. Cerca de metade de nossos montadores passaram pelo treinamento prático (on-the-job) na Suécia, que faz parte do Programa de Transferência de Tecnologia do Gripen. Desde junho, temos trabalhado na transição da fase de design para a fase de produção contínua. Agora está pronta a primeira aeroestrutura do Gripen produzida no Brasil”, comemora Marcelo Lima, Diretor Geral da unidade. Desde a fase de planejamento até a inspeção final, foram investidas 960 horas neste projeto. Destas, cerca de 200 foram só para produção da peça, que se iniciou na última semana de junho deste ano.

Cones de cauda
Uma das beneficiárias do Programa Gripen Brasileiro, a Saab Aeronáutica Montagens é a responsável pela fabricação de 72 cones de cauda, dos quais 36 serão utilizados no Gripen E/F adquiridos pela Força Aérea Brasileira (FAB). Além desta estrutura, a fábrica também será responsável pelos freios aerodinâmicos, o caixão das asas, a fuselagem traseira e a fuselagem dianteira para o Gripen E (monoposto) e para o Gripen F (biposto).

Fonte: www.fab.mil.br em 16/12/2020

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Carreiras na Aviação

154 alunos concluem o Curso Preparatório de Cadetes do Ar
A Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), sediada em Barbacena (MG), realizou, na manhã do dia 11 de dezembro de 2020, a solenidade militar de conclusão do Curso Preparatório de Cadetes do Ar (CPCAR). Foram 154 alunos que ingressaram em janeiro de 2018 e encerraram os estudos na Escola. O Comandante-Geral do Pessoal, Tenente-Brigadeiro do Ar Luis Roberto do Carmo Lourenço, presidiu a cerimônia militar, acompanhado do Comandante da EPCAR, Brigadeiro do Ar Paulo Ricardo da Silva Mendes. Também prestigiaram a solenidade o Diretor de Ensino da Aeronáutica, Major-Brigadeiro do Ar Marcos Vinicius Rezende Mrad, oficiais e professores da EPCAR dentre outras autoridades.

Estandarte
Durante a formatura, ocorreu a passagem da condução do Estandarte da Escola, feita pelo Líder do Corpo de Alunos, o Aluno Jean Pedro Dias de Oliveira, ao primeiro colocado da turma do segundo ano do Curso, o Aluno João Victor Mendes Pereira e Silva. Aconteceu, ainda, a entrega do prêmio ao formando primeiro colocado do CPCAR, a entrega de distintivos de conclusão aos formandos e o desfile militar dos integrantes do Corpo de Alunos da Escola que, de forma inédita na FAB, entoaram a Canção ao Ensino da Aeronáutica. Ao término, os formandos realizaram o desfile de despedida e encerram oficialmente a passagem como alunos da Instituição após o “grito de guerra” do Esquadrão Phoenix.

Fonte: FAB

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Embraer

Embraer celebra fim de ano com sobrevoos de esquadrilha
Para marcar o fim de ano, a Embraer realizou, no domingo, 13 de dezembro de 2020, sobrevoos com uma esquadrilha em cidades nas quais mantém unidades fabris.

A formação contou com aviões fabricados pela empresa: um Phenom 300, dois A29 da Esquadrilha da Fumaça e dois jatos comerciais, E190- E2 e E175-E2. O evento foi transmitido pela internet.

Cidades
A esquadrilha sobrevoou São José dos Campos (SP), cidade sede da empresa, Botucatu (SP), onde mantém a unidade Neiva, e Gavião Peixoto (SP), local da produção de aeronaves militares.