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terça-feira, 4 de maio de 2021

Espaço

Brasil seleciona empresas para operação no Centro Espacial
A Força Aérea Brasileira (FAB) divulgou, dia 28 de abril de 2021, o nome das empresas selecionadas para operação no Centro Espacial de Alcântara (CEA), no Maranhão. O evento ocorreu na Base Aérea de Brasília (BABR) e contou com a presença do Presidente da República, Jair Bolsonaro; do MInistro da Defesa, Walter Souza Braga Netto; do Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Marcos Pontes; do Comandante do Exército Brasileiro, General de Exército Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira; do Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior. Doravante, o Brasil inicia as atividades espaciais não militares e torna-se a janela de acesso ao espaço no Hemisfério Sul. A escolha das empresas para iniciar a negociação contratual foi definida por meio de um processo de seleção com critérios estabelecidos em edital público.

FAB e AEB
O Ministro Marcos Pontes destacou que o Centro Espacial de Alcântara é uma parceria entre a Força Aérea Brasileira e a Agência Espacial Brasileira, autarquia vinculada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações. “Desde 2019 até agora foram quatro satélites lançados no governo Bolsonaro e vêm outros pela frente, com o desenvolvimento nacional e com as parcerias internacionais”, disse.

Empresas selecionadas
Para operar no Sistema de Plataforma VLS (SISPLAT), foi classificada a empresa Hyperion; para a Plataforma Universal, área suborbital, a empresa selecionada foi a Orion AST; na área do Perfilador de Vento no Centro de Lançamento de Alcântara, a C6 Launch; e para atuar a partir de aeronaves com decolagem do aeroporto de Alcântara, a Virgin Orbit.

Janela para o espaço
O Centro Espacial de Alcântara consiste em um conjunto de bens e serviços utilizados para lançamento de veículos espaciais não militares em território nacional, proporcionando uma infraestrutura necessária para dar suporte às atividades específicas de empresas de lançamento. Em atendimento à exploração espacial, o CEA tem condições de prover o suporte logístico, integração e testes finais de carga útil, lançamento de objetos espaciais, previsão meteorológica, coleta de dados via telemetria, rastreio, sistema de comando e controle e demais tecnologias. Além disso, possui outras características favoráveis como: a proximidade do mar, a localização de aproximadamente 2º18’ a Sul do Equador, o que possibilita lançamentos em órbitas polares e equatoriais; baixa densidade demográfica; ausência de incidência de terremotos e furacões; baixa densidade de tráfego aéreo; e localidade ideal para lançamentos sob demanda.

Uso comercial e Acordo de salvaguardas
Em 2019, o Brasil e os Estados Unidos firmaram um Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST). Por meio desse acordo, o Brasil tem possibilidade de lançar foguetes e espaçonaves, nacionais ou estrangeiras, que contenham partes tecnológicas americanas. Em contrapartida, o Brasil garante a proteção da tecnologia contida nesses equipamentos. Os Acordos de Salvaguardas Tecnológicas (AST) são uma prática no mercado espacial, pois trata-se de uma garantia de proteção aos proprietários das tecnologias envolvidas e visam ao estabelecimento de um compromisso mútuo entre os países signatários, a fim de proteger suas tecnologias e patentes contra uso ou cópia não autorizados. Atualmente, aproximadamente 80% dos equipamentos espaciais do mundo possuem algum componente norte-americano. Por isso, o AST se mostra imprescindível para que o Centro Espacial de Alcântara entre no mercado global de lançamentos de cargas ao espaço. É do interesse do Brasil fomentar este tipo de atividade comercial, pois gerará recursos substanciais para o desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro, de Alcântara e do País.

Fonte: FAB

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