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domingo, 5 de dezembro de 2021

Especial de Domingo

Amanhã, 6 de dezembro de 2021, o Esquadrão Pelicano completará 64 anos. Saiba mais sobre este destacado núcleo da Força Aérea Brasileira especializado em busca e salvamento.
Boa leitura.
Bom domingo!

2º/10º GAV completará 64 anos em buscas e salvamentos

O Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAV) completará amanhã, segunda-feira, 06 de dezembro de 2021, 64 anos de existência. O Esquadrão Pelicano é o responsável pelas buscas e salvamentos de aeronaves e embarcações desaparecidas em todo o Brasil e até em alguns países vizinhos. Os "pelicanos", como são chamados os militares que servem no esquadrão, já participaram de importantes missões no país, realizando o salvamento de milhares de pessoas. O esquadrão também participa de campanhas de vacinação e faz o transporte de pacientes em estado grave para centros de maior recurso médico, além de ajudar a população ribeirinha do Pantanal (MS), transportando alimentos e medicamentos para as pessoas isoladas.


Entre as missões de destaque nacional estão as buscas aos 218 passageiros do Airbus da Air France, em junho de 2009, quando os pelicanos foram os primeiros a decolar para o local da tragédia, e o resgate aos corpos dos 154 passageiros do voo 1907 da Gol, episódio no qual os militares de Campo Grande (MS) também foram os primeiros a chegar. Na missão do voo 1907, os pelicanos permaneceram mais de 40 dias no local do acidente.

Esquadrão Pelicano: "Para que outros possam viver"
A simbologia em torno do pelicano é uma história de dedicação e abnegação. A ave costuma sofrer de uma doença que deixa uma mancha vermelha em seu peito. A partir daí surgiu uma lenda medieval em que, ao perceber que seus filhotes estão famintos e que não há nada para alimentá-los, a ave bica o próprio peito, tirando de lá alimento necessário para a sobrevivência deles. Deste tipo de atitude, surgiu o lema e ideal de vida dos integrantes do Esquadrão Pelicano: “Para que outros possam viver”, remetendo ao fato de estarem sempre prontos para ajudar, nem que para isso seja necessário doar do próprio sangue.


O Esquadrão Pelicano foi criado no dia 6 de dezembro de 1957 na Base aérea de Cumbica, em São Paulo (SP). As primeiras aeronaves a serem entregues foram os helicópteros H-19D que chegaram desmontados ao Galeão em fevereiro de 1958. Lá mesmo, uma equipe do Esquadrão Pelicano dirigida pelos tenentes Lemar Gonçalves e José Mariotto Ferreira iniciou os trabalhos de montagem e testes em um hangar junto ao prédio do Comando. Lemar, que atuou como Coordenador Geral do Núcleo Infantojuvenil de Aviação - NINJA, contou aos nossos jovens que o primeiro helicóptero chegou a Cumbica no início de março de 1958. Como na ocasião o hangar e o pátio já estavam desimpedidos e prontos para a ocupação, foi possível iniciar imediatamente as operações, mantendo uma tripulação em alerta SAR vinte e quatro horas por dia. Na foto, abaixo, um dos H-19D pioneiros do Esquadrão Pelicano.


Em 1972, o Esquadrão Pelicano foi transferido para a Base Aérea de Florianópolis (SC) e, em 20 de outubro de 1980, mudou-se para a Base Aérea de Campo Grande (MS), sua atual sede. Responsável por buscas e resgates em todo o Brasil e até em alguns países vizinhos, os pelicanos chegam às mais distantes localidades brasileiras em um espaço de tempo reduzido, devido a localização estratégica do estado do Mato Grosso do Sul, na região central do País. É este esquadrão que responde ao Alerta SAR (Search and Rescue) Brasil. O Esquadrão Pelicano age como forma de suporte a todas as operações da Força Aérea Brasileira, bem como resgatando aeronaves civis, militares, navios e embarcações. O efetivo conta com aviões e helicópteros equipados para atender a qualquer situação de emergência na terra ou no mar. Mecânicos, observadores e pilotos, entre outros profissionais, estão prontos para decolar a qualquer momento. Os Pelicanos mantêm por 24 horas, durante todo o ano, uma equipe de prontidão.


O Pelicano também participa de ações de misericórdia. São feitas missões de socorro, remoções de emergência de pacientes em estado grave para centros de maiores recursos médicos, apoios em caso de catástrofes naturais, como enchentes e incêndios. Também atuam em várias campanhas sociais, buscando sempre apoiar a população civil. A vantagem está na versatilidade dos profissionais que, após intenso treinamento, estão aptos para chegar a lugares de difícil acesso.

Fontes: FAB e Blog do NINJA

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